Quinta-feira

VALOR
 
Meirelles: Brasil está preparado para eventual alta de juros pelo Fed
 
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil está preparado para um eventual aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, no futuro. “O que estamos fazendo na economia brasileira é torna-¬la não só mais capacitada a crescer, mas capaz de absorver choques, sejam internos ou externos”, disse durante evento no Conselho das Américas, em Nova York. Ele afirmou que o Federal Reserve, nesta quarta-¬feira, foi cauteloso ao não mudar os juros, apesar de sinalização de que poderia fazê--lo em breve. “Foi uma decisão de política monetária do Fed. Eles estão obviamente muito cuidadosos e preocupados em fazer o movimento na hora certa.”
Meirelles afirmou também que as elevações de juros são naturais, seja nos Estados Unidos ou em outros países. “Não é uma crise, não é um choque, mas é algo esperado, que está sendo encarado com a maior responsabilidade pelo Fed, e a economia brasileira está preparada para isso”, afirmou. O ministro enfatizou que a proposta de limitação do crescimento de gastos públicos “endereça uma questão estrutural na economia” e, junto com as outras propostas, será capaz de levar a uma recuperação resistente a mudanças de liquidez.
O ministro negou que a limitação dos gastos públicos vá gerar um arrocho excessivo na economia. “O que estamos adotando nessa proposta é algo completamente diferente da politica de cortes pontuais e que não são sustentáveis”, disse. “É um projeto gradual de limitação do crescimento de gastos, que caso continue seria insustentável.” Meirelles qualificou a proposta como essencial para recuperar a confiança dos investidores. “Estamos endereçando um aspecto fundamental da situação do Brasil: a queda de confiança em função do descontrole nos gastos públicos.”
Segundo ele, a dívida pública estava crescendo com velocidade e a taxa de juros subindo. “Isso fazia com que tivéssemos menos recursos para crédito, consumo e investimento.” O ministro da Fazenda descartou aumento de impostos no curtíssimo prazo como medida para aumentar a arrecadação. “Eu tenho dito que, caso seja necessário, haveria aumento de impostos. Mas, no momento, pensando no orçamento de 2017, não se configura a necessidade de aumentar impostos no Brasil. Para 2017, não prevemos aumento de impostos”, reiterou.
Estados Meirelles afirmou que, uma vez aprovada, a limitação de gastos públicos, vai favorecer a economia dos Estados. “Aos Estados que estão reclamando do rigor fiscal da União, a minha resposta é que o problema do Brasil foi criado pelo aumento da dívida pública como resultado do aumento da despesa pública no país. Isso é que gerou a queda de confiança e o declínio da atividade econômica e a recessão. No momento em que revertermos isso, teremos aumento de arrecadação”, disse.
Segundo o ministro, esse é o caminho para resolver o problema dos Estados “de maneira saudável”. “Nós falamos para eles controlarem despesas que a situação de todos vai melhorar ao longo do tempo.” Meirelles lembrou que os Estados podem tomar até R$ 20 bilhões em empréstimos com a União; R$ 10 bilhões foram concedidos como garantia e há R$ 8 bilhões em análise no Tesouro “em processo intenso”. “É importante também que Estados façam ajuste fiscal, e isso está no acordo da dívida com a União.”
O Brasil poderá voltar a cumprir metas de superávit primário em 2019, disse Meireles. “Nós propomos ao Congresso o limite de gastos e vamos ter medidas de longo prazo. Esse será um programa por 20 anos. Vamos prover previsibilidade aos indicadores macroeconômicos do país”, afirmou o ministro após encontro com investidores. Segundo ele, a aprovação do limite de teto deverá levar a uma queda na relação dívida-¬PIB.
 
FOLHA DE SÃO PAULO
 
Reforma trabalhista fica para segundo semestre de 2017, reitera ministro
 
A reforma da legislação trabalhista vai ficar para o segundo semestre de 2017, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta quarta (21).
Segundo o ministro, a prioridade do governo do presidente Michel Temer é resolver o problema fiscal do país.
"De que adianta modernização da legislação se a economia não voltar aos eixos? É uma questão lógica: primeiro as primeiras coisas", disse Nogueira em evento do jornal "O Estado de S. Paulo" em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Temer já havia decidido deixar a reforma trabalhista para o ano que vem.
O ministro não entrou em detalhes sobre o que pode mudar na legislação nem se o governo terá tempo hábil para aportar uma reforma no final do próximo ano.
Para Nogueira, a atual legislação trabalhista é datada, por ter sido elaborada na primeira metade do século 20, e precisa ser modernizada. O principal objetivo dessa reforma é dar segurança jurídica às negociações entre trabalhadora e empregadores.
Em outra ocasião, o ministro disse que o principal objetivo de uma reforma é dar segurança jurídica às negociações entre trabalhadores e empregadores. Fomentar ocupações com geração de renda e a consolidação são outros eixos que norteariam essa "modernização" —Nogueira, porém, não explicou como essas medidas se aplicariam na prática.
Hoje, a Justiça do Trabalho invalida em muitos casos as negociações feitas entre sindicatos e empresas, por entender que elas desrespeitam a legislação.
JORNADA DE TRABALHO
Mais uma vez, Nogueira afirmou que nunca defendeu a ampliação da jornada de trabalho de oito horas diárias ou 44 semanais, e reforçou o compromisso do governo em manter as regras atuais em uma eventual reforma.
Em evento recente com sindicalistas, uma fala do ministro foi interpretada como uma defesa da ampliação da jornada. Após a repercussão negativa, Nogueira, sob orientação de Temer, vem aproveitando aparições públicas que houve um mal entendido e que a jornada não será alterada e que nenhum direito trabalhista será suprimido, mas "consolidado".
Na ocasião, Temer já havia indicado que deixaria para 2017 a apresentação de seu projeto de reforma das leis trabalhistas.
O governo quer permitir que acordos negociados por sindicatos e empresas prevaleçam sobre a legislação em alguns casos, o que pode abrir caminho para reduzir garantias que a lei oferece aos trabalhadores hoje.
Pela proposta do governo, convenções coletivas poderão acordar a possibilidade de um trabalhador cumprir jornada de até 12 horas por dia, com a limitação semanal de 48 horas (44 horas mais 4 horas extras). Esse modelo já é utilizado nas áreas de enfermagem e de vigilância, mas precisa de segurança jurídica, na avaliação do ministro.
Segundo o Ministério do Trabalho, a jornada de trabalho de 44 horas semanais e todos os demais direitos do trabalhador serão respeitados.
Nogueira também usou o tema para criticar a gestão de Dilma Rousseff. "Quem suprimiu o maior de todos os direitos ao trabalhador, que é o direito ao emprego, foi o governo passado. Foram 1,5 milhão de empregos formais fechados em 2015", disse o ministro, citando dados da pesquisa Rais, divulgada na semana passada pela pasta.
RODRIGO MAIA
A declaração de Nogueira foi criticada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Não deveria ter tratado de reforma trabalhista. Porque foram duas notícias ruins. Da forma como comunicou antes [sobre a jornada] e o anúncio agora de que deixou para o segundo semestre do ano que vem. Às vezes é melhor a gente falar pouco e produzir mais. Ajuda mais o país."
 
O ESTADO DE SÃO PAULO
 
Serviços ainda pressionam a inflação
 
Fazia quase cinco anos que o dono da funilaria Hot Roders, Vinícius Aguirre, não aumentava preços. Nos últimos meses ele não teve alternativa. A tinta subiu 50% e o preço da fita crepe mais que dobrou. “Reajustei em cerca de 15% o serviço de pintura e funilaria, pois estava no limite.” Aguirre diz que concluiu que aumentar preço não iria derrubar mais os negócios. Desde outubro de 2015, o movimento da funilaria caiu 40% por causa da recessão.
Os reajustes feitos por Aguirre e outros prestadores de serviços, que se viram pressionados por aumentos de custos foram captados pelo índice oficial de inflação. Apesar da trégua dada pelos preços dos alimentos, que fez desacelerar a inflação de julho (0,58%) para agosto (0,44%), houve aumento em cinco dos nove grupos de preços pesquisados pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para apurar o IPCA. Desses, quatro são fortemente influenciados pelos serviços (habitação, saúde, despesas pessoais e educação).
Com isso, em 12 meses até agosto, tanto a inflação geral como a de serviços ganharam fôlego. O IPCA, que estava em 8,74% em julho, subiu para 8,97% em agosto. A inflação de serviços foi de 7,11% para 7,40% no mesmo período.
Alerta. “Acendeu a luz amarela”, diz o economista Bernard Gonin, sócio-diretor da Rio Gestão de Recursos. Ele diz que a inflação dos serviços intensivos em trabalho voltou a subir. O indicador, que é acompanhado pelo Banco Central, tinha fechado 2015 com alta 8,32%. Em julho acumulava em 12 meses aumento de 7,58% e subiu para 7,81% em agosto.
O economista pondera que houve mudança metodológica do IBGE na apuração do preço da mão de obra para reparos e do empregado doméstico. Eles foram fixados em 0,87% ao mês e isso pode ter pesado na inflação de serviços a partir de maio.
No entanto, Gonin apurou um indicador da inflação de serviços que expurga o custo da mão de obra para reparos e do empregado doméstico, a fim de eliminar essa distorção. E o resultado revelou que, mesmo sem esses dois itens, a inflação de serviços intensivos em trabalho, que incluem médico, dentista, manicure, cabeleireiro, por exemplo, subiu de julho para agosto. O indicador em 12 meses estava em 6,71% em junho, desacelerou para 6,13% em julho e avançou para 6,25% em agosto. Também a inflação de serviços diversos, que engloba aluguel, escolas, por exemplo, que acumulava alta de 6,27% em 12 meses até julho, subiu para 6,38% em agosto.
Gonin considera a hipótese que, com a melhora dos índices de confiança, abriu-se uma brecha para os prestadores de serviços recuperarem as margens. “Mas ainda é cedo para dizer que há reversão da tendência.”
Para o economista Fabio Silveira, sócio-diretor da consultoria MacroSector, houve “um suspiro” na inflação dos serviços no mês passado, que pode ter ocorrido em razão da recuperação de margens. “Mas esse movimento não é sustentável porque o nível de atividade está bastante enfraquecido.”
Fábio Romão, economista da LCA Consultores, projeta desaceleração de mais um ponto porcentual da inflação de serviços neste ano, de 8,2% para 7,1%. “Os serviços estão desacelerando mais claramente este ano, o que é positivo, mas o ritmo poderia ser mais intenso, sobretudo à luz da recessão.”
Romão atribui a resistência da inflação de serviços em níveis elevados à grande influência da indexação, especialmente em razão de contratos, e à pressão de custos que leva os prestadores de serviços a tentar recuperar margens. Esses seriam os principais fatores. “Há muita herança do passado atrapalhando a desaceleração.” Um elemento secundário que poderia, segundo ele, estar levando a aumentos de preços seria a melhora na confiança.
Pressões. “Não temos como reduzir preços, apesar da recessão”, afirma Marco Amati, diretor executivo da Abrasel em São Paulo, que reúne bares e restaurantes. Nos últimos 12 meses, a alimentação fora de casa subiu 8,65% para uma inflação de serviços de 7,40% no mesmo período. Além de custos fixos pressionados, com aluguel por cláusula de contrato, ele ressalta que os preços dos alimentos desaceleraram, mas não voltaram ao patamar anterior.
Amati lembra que o aumento neste ano do imposto sobre bebidas pesou nos custos que, segundo ele, também foram influenciados pelo dissídio (8%). “Mão de obra é 25% do custo da alimentação fora de casa.”
No caso da despesa com condomínio, que subiu 7,15% em 12 meses até agosto e 0,75% no mês passado, o peso da mão de obra também é significativo. Nas contas de Angélica Arbex, gerente da Lello Condomínios, 50% do valor do condomínio se referem a gasto com mão de obra, cujo dissídio girou em torno de 8%.
 
AGÊNCIA BRASIL DE NOTÍCIAS
 
Unctad prevê baixo crescimento da economia global e pede ações ousadas
 
A economia mundial deve crescer 2,3% este ano, abaixo dos 2,5% registrados em 2014 e 2015, segundo previsão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Para que a economia global volte a crescer, o órgão das Nações Unidas diz que os países precisam rever suas políticas econômicas e adotar políticas macroeconômicas mais ousadas, além de medidas industriais mais ativas. As propostas estão no Relatório sobre o Comércio e o Desenvolvimento, divulgado hoje (21) pela entidade.
“Essas taxas não são, infelizmente, nenhuma surpresa. E, de fato, os economistas da Unctad não vão se surpreender se elas forem ainda piores”, disse o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Antonio Carlos Macedo e Silva, que participou da elaboração do relatório e apresentou o documento à imprensa, em entrevista em São Paulo.
“O problema, fundamentalmente, é que a economia global ainda não encontrou novas fontes de expansão. Na ausência dessas novas fontes, esse crescimento lento, decepcionante e incapaz de promover o desenvolvimento em boa parte do mundo, tenderá a persistir”, ressaltou.
Silva, no entanto, disse não saber por quanto tempo o período de baixo crescimento deve se estender. “Depende da vontade política e da coordenação de política econômica entre os países. [Nesse relatório] nós pedimos por políticas econômicas que pressupõem uma certa mudança de mentalidade, uma espécie de reconsideração das políticas econômicas que têm sido adotadas até aqui, ou seja, o crescimento com base na expansão monetária e no crédito barato praticado pelos países desenvolvidos não gerou bons resultados.” Segundo o pesquisador, é preciso expandir a demanda nos países. “Alguém precisa comprar mercadorias, mas é preciso que a distribuição de renda melhore e o salário real volte a crescer”, acrescentou.
Papel dos países desenvolvidos
Para a Unctad, a desaceleração econômica dos países desenvolvidos é o grande obstáculo para o crescimento global. Segundo a organização, o “conservadorismo fiscal” e “uma exagerada austeridade” dos países ricos levaram a uma das “mais fracas recuperações econômicas já registradas”.
 “O relatório acredita que o principal nó da economia global hoje em dia é o baixo crescimento nas economias desenvolvidas. E recomenda a adoção de políticas fiscais expansionistas e de políticas de renda que gerem mais salário real por parte desses países”, disse Silva.
Para os Estados Unidos, por exemplo, o organismo da ONU prevê crescimento econômico de 1,6% este ano, menor que o estimado para a União Europeia, de 1,8%. No Japão, a expectativa é de estagnação (crescimento de 0,7%). No Reino Unido, o crescimento é estimado em 1,8%, afetado pelo Brexit (saída do país da União Europeia).
Todo esse panorama nos países ricos têm afetado as nações desenvolvimento, que, segundo a Unctad, devem crescer, em média este ano, 3,8%, quatro pontos percentuais a menos que em 2010, maior taxa de crescimento registrada nos últimos anos.
Entre estes países, o bloco Latino-Americano está em recessão, com previsão de resultado de -0,2%. Já a Ásia deve crescer em torno de 5,1%. No caso do Brasil, a previsão da Unctad não é otimista: o a economia deve encolher 3,2% este ano, panorama um pouco melhor que no ano passado, quando a queda foi de 3,8%.
“Como a gente observa no relatório, quando mostramos um contraste até um pouco constrangedor com os países asiáticos, a América Latina vai mal. Ela cresce pouco e cresce de um jeito um pouco errado, com a indústria ou estagnada em alguns países ou em franca regressão, em outros. Daí a gente falar em desindustrialização. A América Latina sofre de desindustrialização precoce. Perder um pouco de indústria quando você já é um país desenvolvido como Estados Unidos ou Japão é normal e já tem acontecido. Mas a sua indústria perder peso com o nível de PIB [Produto Interno Bruto] per capita como a gente tem na América Latina é claramente um problema”, avaliou Silva.
Comércio
O comércio global também tem desacelerado, com expansão de apenas 1,5% no ano passado. Para a Unctad, a falta de demanda global e os salários reais estagnados são os principais problemas por trás dessa queda no ritmo de crescimento do setor.
“O comércio internacional cresce abaixo do PIB global, que já cresce pouco. No início da crise financeira, o PIB global cresceu mais depressa e o comércio internacional crescia ainda mais. Como fazer para que o comércio internacional volte a crescer depressa? Para alguns economistas, a saída está em negociações que reduzam as barreiras ao comércio. Mas a nossa tese é de que não adianta promover reformas das barreiras tarifárias e não-tarifárias. Não é através das negociações internacionais, mesmo da OMC [Organização Mundial do Comércio]. É necessário que a economia volte a crescer e que você tenha mudanças nas políticas econômicas”, disse o pesquisador.

BANCO DE TALENTOS

ÁREA DO ASSOCIADO

O Sinduscon/RN pensa como você, e por isso trabalha:

NOSSA MISSÃO

Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental

POLÍTICA DA QUALIDADE

O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.

CONTATO

55 84 3206 5362

contato@sindusconrn.com.br

SOCIAL

LOCALIZAÇÃO

Rua Raimundo Chaves, 2182 - Sala 101 Empresarial Candelária - Candelária - Natal/RN

SINDUSCON/RN (C) 2012 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS