Quarta-feira

VALOR ECONÔMICO

Elite de analistas do Top 5 do BC vê Selic de até 8% neste ano

As instituições que mais acertam previsões para variáveis macroeconômicas trabalham com um cenário positivo para a economia brasileira nos próximos meses. A inflação na meta (ou mesmo abaixo dela) vai permitir ao Banco Central colocar a Selic em um dígito, com estimativas que vão até 8% no fim deste ano. O câmbio, embora ainda vá se depreciar, deve ficar menos desvalorizado que o previsto.

Veja abaixo as projeções e as avaliações das instituições Top 5 de médio prazo consultadas: Gustavo Arruda/ BNP Paribas (Top 5 IPCA e câmbio): Estamos otimistas. A inflação vai desacelerar a 4% neste ano, atingindo algo como 3,3% em agosto (12 meses). A Selic cairá hoje 0,75 ponto, terminando o ano a 8%. Mas não descartamos que o juro seja reduzido em até 1 ponto e não vemos nenhum problema nisso. O câmbio vai fechar o ano a R$ 3, e não descartamos que no curto prazo fique abaixo desse patamar. Apesar de trabalhosa, a reforma da Previdência será aprovada até agosto, sem grandes mudanças em relação ao texto original. O ponto central da agenda de normalização da política econômica é o fiscal. Então é natural pensarmos que o risco, pelo menos interno, vem daí.

Elson Teles/ Itaú Unibanco (Top 5 IPCA): Vemos Selic de 9,25% no fim deste ano, com corte de 0,75 ponto percentual hoje. O dólar deve fechar o ano a R$ 3,35, e o IPCA, em 4,4%, com risco de ficar abaixo disso, mais perto de 4%. O principal risco em torno desse cenário é um revés sobre a reforma da Previdência com um ambiente mais arriscado. Esperamos a aprovação na Câmara até o fim do segundo trimestre. Havendo algum problema nesse lado, o câmbio se enfraqueceria, colocando em dúvida o cenário para a inflação e, por conseguinte, para a trajetória da Selic.

Zeina Latif /XP Investimentos (Top 5 Selic): A Selic deve cair 0,75 ponto, terminando o ano entre 9,5% e 9,75%. Vemos cumprimento tranquilo do centro da meta de inflação. A economia ainda deve se recuperar de forma lenta, e isso colabora para um IPCA mais baixo. Com base no histórico, acreditamos que, devido ao estado da atividade, o BC poderá em algum momento colocar a política monetária em zona expansionista, o que aumenta a chance de cortes adicionais do juro. Entre os riscos, o cenário externo é sempre muito relevante, e a China pode concentrar as atenções, especialmente se houver dúvidas sobre a qualidade dos números bons de atividade recentemente divulgados.

Juan Jensen/ 4E Consultoria (Top 5 Selic): A Selic vai chegar a 9,5% até o fim do ano, com queda de 0,75 ponto nesta quarta-¬feira. O IPCA ficará em 4,7% em 2017, mas estamos esperando o IPCA¬15 de amanhã, que pode nos levar a revisar a inflação para abaixo de 4,5%. Vamos revisar a taxa de câmbio dos atuais R$ 3,95 por dólar para R$ 3,60 para o fim deste ano. Em termos de risco, já vemos o processo de ajuste fiscal mais lento neste ano, então a surpresa negativa seria ele ficar ainda mais demorado. Isso poderia acontecer, por exemplo, a partir de algum problema de articulação do Planalto com o Congresso, especialmente caso a Lava¬Jato atinja ministros do núcleo duro do governo.

André Muller/ AZ Quest (Top 5 Selic): O BC cortará hoje a Selic em 0,75 ponto, com o juro indo a 9% no fim do ano, mas vemos chance de uma taxa ainda mais baixa. Nosso IPCA é de 4,4%, também com viés de baixa, e o dólar a R$ 3,15 no fim do ano. Vemos probabilidade importante de que tanto analistas quanto o Banco Central sejam surpreendidos novamente com uma inflação mais baixa. O principal risco desse cenário é a política interna. Se em algum momento a percepção de que o governo será capaz de dar sequência ao ajuste for colocada em xeque, as coisas podem mudar de maneira bem rápida.

José Pena/ Porto Seguro Investimentos (Top 5 câmbio): Esperamos que o dólar fique entre R$ 3,3 e R$ 3,4 neste ano, mas há chance de a moeda cair abaixo dos R$ 3 no curto prazo. A Selic cairá para 9,75%, com corte de 0,75 ponto hoje. O IPCA fechará a 4,4%. As condições justificam um câmbio mais apreciado, o que tem efeito sobre as projeções de inflação. O ambiente é extremamente favorável agora, mas essa conjunção astral não deve durar até o fim do ano. A reforma da Previdência a ser aprovada não será a dos sonhos. Diria que, de 0 a 10, o projeto começou em 9 e terminará em torno de 6,5 ou 7. Isso já está contemplado nas nossas expectativas.

Tomás Brisola/ BBM Investimentos (Top 5 IPCA): O câmbio ficará em R$ 3,40 neste ano, mas temos um cenário alternativo de dólar fechando 2017 a R$ 3,10. Em ambos os cenários a Selic cairá a 9%, mas nossa inclinação é de um juro ainda mais baixo. Prevemos corte de 0,75 ponto nesta quarta¬-feira, mas achamos que o certo seria uma queda de 1 ponto. Ainda estimamos taxa de 0,75 ponto devido à recente comunicação do BC. No cenário¬base, o IPCA recuará a 4,05%, podendo atingir 3,85% no final do ano, no cenário alternativo, e 3,7% ao fim de 2018. Do que pode dar errado, o exterior demanda mais preocupação. Por isso é importante fazer o ajuste fiscal de forma correta.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Problema do BC hoje é crescimento, e não inflação, dizem economistas

Se, até poucos meses atrás, a principal preocupação da diretoria do Banco Central era a aceleração da inflação, hoje, o maior risco à frente é o baixo crescimento econômico.

Nesse contexto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deverá anunciar novo corte da taxa básica de juros, hoje em 13% ao ano.

A preocupação sobre o crescimento volta à mesa dos diretores do BC após longo período de embate contra a inflação, repetidamente acima da meta do governo (4,5% ao ano). Em 2015, ela ficou acima de 10%.

"O balanço de riscos se inverteu dramaticamente. O risco principal do BC hoje é atividade, e não inflação", disse Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra, ex-secretário do Tesouro.

Em debate nesta terça-feira (21), promovido pela Anbima (associação que reúne as instituições do mercado financeiro) e transmitido na internet pela "TV Folha", Kawall e outros três experientes economistas demonstraram preocupação com o crescimento.

"O risco hoje é chegarmos ao fim do ano com crescimento de 0,5%, 0,3%, com uma inflação muito baixa", disse Kawall.

A inflação está cadente e, segundo projeções, caminha rapidamente para a meta. A previsão tanto do governo quanto de economistas é que os números negativos da atividade econômica cessem neste primeiro trimestre.

Mas o resultado final esperado para 2017 ainda é baixo, de 0,5% segundo o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Anbima.

Além de Kawall, participaram do debate, mediado pela colunista da Folha Maria Cristina Frias, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, o ex-diretor do BC e sócio da gestora Mauá Sekular Luiz Fernando Figueiredo e o chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch no Brasil, David Beker.

Nesta quarta-feira (22), eles preveem que BC vá cortar os juros em 0,75 ponto percentual, levando a taxa para 12,25% ao ano. Mas na próxima reunião do Copom, em abril, Figueiredo vê pelo menos 50% de chances de o ritmo aumentar para um ponto percentual.

Barbosa indicou concordar. "Com a inflação baixa, dependerá da retomada [da atividade]. Se ela estiver mais firme, não há urgência. Se não, por que não cortar mais em abril se a inflação permitir?"

Os quatro economistas acreditam que, se aprovada a reforma da Previdência, o Brasil caminhará para um cenário inédito de inflação e juros permanentemente baixos, começando já em 2018. Boa parte dos economistas do mercado está otimista.

As previsões positivas encorajaram o BC a estudar a redução da meta de inflação para 2019. A decisão será anunciada em junho.

Para Figueiredo, a sinalização de menor inflação no futuro é positiva e poderia ser feita gradualmente, reduzindo a meta inicialmente para 4,25%. Desde que não afete o o corte de juros, o que poderia prejudicar a atividade.

"Hoje, da maneira correta e saudável, precisamos atacar a falta de crescimento, e não a inflação, que parece estar no chão", disse.

David Beker, do BofA Merrill Lynch, ressaltou que as previsões de inflação nos anos seguintes serão determinantes para a decisão de reduzir a meta. Mas, segundo ele, em 2018, ano de eleição, o país estará em situação econômica mais favorável.

"A economia [em 2018] estará em crescimento, com inflação baixa e juros baixos em termos históricos. É uma situação bem diferente do último ciclo eleitoral."

 

Economia do Brasil já voltou a crescer, diz presidente do Santander

O presidente do Santander, Sérgio Rial, disse acreditar que a economia brasileira já voltou a crescer e que há sinais de melhora no varejo e também no segmento de financiamento de veículos.

"Eu recomendo que a gente saia da agenda de achar que o Brasil não voltou a crescer, porque isso já tá acontecendo. A gente tem que entrar numa agenda de qual é esse crescimento, para onde vai, estamos indo rápido o suficiente?", afirmou em entrevista após reunião com investidores.

"A agenda de discutir se vamos voltar a crescer já passou, está olhando no retrovisor", complementou.

O Santander espera que a economia brasileira vá crescer 0,7% neste ano.

O banco registrou retomada do crescimento nos empréstimos no fim do ano passado. Questionado sobre os primeiros meses deste ano, Rial disse que há sinais de crescimento no varejo, apesar da base de comparação negativa.

FGTS

Rial afirmou que a medida de liberação do saldo das contas inativas do FGTS é um grande avanço, porque transfere a decisão de alocação de recursos para as pessoas.

O próximo passo, afirma, é a discussão do que ele chama de "assimetrias" no sistema financeiro com o crédito direcionado e com taxas de juros baixas. "Boa parte do que acontece no Brasil é crédito direcionado. Alguém determinou o que os cinco grandes bancos têm que fazer", critica. Ele acrescenta que isso impede os bancos de concorrer entre eles e baixar a taxa de juros.

Para ele, há disposição dos bancos e do governo de conduzir uma agenda ordenada neste tema.

 

AGENCIA BRASIL

Editais de concessão de saneamento do Norte e Nordeste serão lançados na sexta

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai divulgar na próxima sexta-feira (24) os primeiros editais para concessão de empresas estaduais de saneamento para a iniciativa privada. Os pregões eletrônicos ocorrerão em seis estados do Norte e do Nordeste e vão conceder ao setor privado por 20 anos a tarefa de universalizar o serviço de água e esgoto nessas regiões.

Após se encontrar com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, deu detalhes sobre os editais. “Fizemos um processo de seleção de consultorias com determinados critérios técnicos. Então temos lá no banco cerca de 20 consultorias pré-qualificadas. Agora vamos lançar editais um a um, por estado, e dessas consultorias, ganhará quem oferecer o menor preço.”

De acordo com Maria Sílvia, devido ao caráter eletrônico da seleção, o processo será rápido. Cada empresa escolhida deverá montar um consórcio tendo como base a situação de cada estado. Depois, será promovido um novo leilão para a modelagem final do formato da parceria.

“Não necessariamente será uma privatização. São diversas modalidades de parceria, pode ser concessão, privatização, PPP [parceria público-privada]”, disse a presidente. Segundo Maria Sílvia, mais quatro editais para o setor serão lançados posteriormente.

No fim do ano passado, 18 estados manifestaram interesse na concessão dos serviços de saneamento e aderiram ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), lançado em setembro.

 

Programa Minha Casa Minha Vida precisa de reforma, diz ministro das Cidades

O programa habitacional Minha Casa Minha Vida precisa de mudanças qualitativas, afirmou o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Depois da quitação de dívidas com construtoras e do recente anúncio de reajuste nas faixas de renda, ampliando o acesso da nova classe média, o programa deverá dar um salto na questão de ocupação territorial, a fim de ser tornar "mais urbano e mais humano", afirmou o ministro.

"Agora que não temos mais cobrador batendo na porta de casa, precisamos, além de suprir a questão do déficit habitacional - atualmente na casa dos 6 milhões -, pensar nos aspectos paisagísticos e urbanísticos, pois muitos desses empreendimentos ficam marginalizados dentro do município", disse nesta segunda-feira, 20, o ministro, em seminário na Fundação Fernando Henrique Cardoso, no centro de São Paulo.

Segundo ele, entre os beneficiários do programa, as principais reclamações estão relacionadas à falta de segurança e difícil acesso a transporte e pontos de comércio. "Há ainda muitos casos de roubo e vandalismo durante as obras, e uma das formas de reduzir isso é limitar os ambientes dos conjuntos habitacionais do programa", afirmou Araújo. O ministro mencionou ainda que pretende apostar em parcerias com outros órgãos e ministérios para melhorar a eficiência do programa e rever os parâmetros de governança e transparência.

Para este ano, está prevista a entrega de 610 mil unidades: 170 mil na faixa 1, 40 mil na faixa 1,5 e 400 mil nas faixas 2 e 3.

Outras apostas do governo na área da habitação para 2017 são o Cartão Reforma, linha de crédito para a reforma de casas em condições precárias, e a regularização fundiária, por meio da medida provisória 759, que ele chamou de "revolução silenciosa".

A professora da Universidade Federal do ABC Rosana Denaldi, que também participou da mesa no evento, afirmou que a regularização fundiária e o chamado "direito de laje" ainda carecem de muito debate. "Há vários municípios descontentes por não terem participado da discussão. É um marco muito importante para ser discutido por meio de MP sem um amplo debate com a sociedade", ponderou.

Ela, juntamente com a diretora de Planejamento da CDHU, do Estado de São Paulo, Elisabete França, atentaram para a necessidade de atrair fomento também para as favelas. "É preciso aprimorar programas habitacionais, mas sem esquecer da urbanização das favelas e de investimento em saneamento básico, já que 100 milhões de brasileiros seguem sem esgoto no País." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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