Quinta-feira

VALOR ECONÔMICO

Mercado ganha fôlego após condenação de Lula

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sergio Moro deu força ao movimento positivo que os mercados financeiros vinham exibindo desde o começo da semana e que colocou os ativos locais como destaque dentre os emergentes. Num dia em que o apetite por ativos de risco cresceu no mundo, a decisão que pode afastar Lula da corrida eleitoral de 2018 levou o dólar ao menor patamar em oito semanas, na maior queda desde os dias seguintes ao estouro da crise política, em meados de maio.

A moeda americana recuou 1,35%, para R$ 3,2084, ameaçando deixar para trás o suporte de R$ 3,20. Na mesma linha, as taxas do CDS ("credit default swap", espécie de seguro contra calote da dívida) recuaram 9 pontos-base, maior queda numa lista de 28 países emergentes e desenvolvidos. O CDS brasileiro atingiu 227 pontosbase, nível mais baixo desde o fatídico dia 17 de maio, última sessão antes do vazamento da gravação do empresário Joesley Batista, da JBS, com o presidente Michel Temer.

Já o Ibovespa subiu 1,57%, aos 64.836 pontos, maior nível desde 18 de maio. O giro financeiro ficou em R$ 10,11 bilhões, o maior desde 16 de junho, e bem acima da média diária do ano, de R$ 6,2 bilhões. Logo que a notícia da condenação de Lula começou a circular entre as mesas de operação, no início da tarde, aumentaram as ordens de compras de ações.

O volume de negócios por minuto que estava em R$ 4,19 milhões às 13h57, passou para R$ 48,82 milhões no minuto seguinte e para R$ 88,66 milhões às 13h59. Entre as ações mais negociadas, o destaque de alta ficou com o papel Petrobras PN, que subiu 4,95%. No setor bancário, o papel preferencial do Bradesco subiu 2,72%. As ações ordinárias do Banco do Brasil ganharam 2,71%.

A decisão de Moro de condenar Lula provoca um efeito positivo sobre os preços de mercado porque toca em um ponto sensível para as decisões de investimento e que justifica uma boa parte do prêmio de risco exigido pelos investidores: o quadro eleitoral de 2018. Embora a condenação não garanta que Lula estará afastado da disputa - cabe recurso em segunda instância -, ela eleva a probabilidade de que isso aconteça.

E como Lula é considerado hoje a única alternativa capaz de unificar a esquerda para a disputa eleitoral, seu enfraquecimento justifica a redução do prêmio de risco dos ativos. Esse cenário levou o ganho da moeda brasileira para 3,31% neste mês, o melhor desempenho dentre 33 pares do dólar americano. Analistas já consideram que o dólar a R$ 3,20 parece um preço mais "justo" neste momento, mas não descartam chances de a moeda seguir em queda. Em quatro sessões, o dólar perdeu 2,81%. É a mais longa série de baixas desde o período entre 9 e 16 de maio (quando a moeda recuou por seis pregões).

Com isso, o dólar diminuiu para 2,46% a alta acumulada a partir da deflagração da atual crise política do país. No dia 18 de maio, o real sofreu um recuo de 8%, maior queda diária desde 1999, quando houve a maxidesvalorização cambial. A forte baixa levou a moeda, em apenas um dia, a sair de ganho de 3,81% no acumulado do ano para perda de 3,93%. Com a recuperação da divisa desde o fim de junho, o câmbio não só apagou as perdas no ano como passou a subir 1,32%.

O Ibovespa, por sua vez, ainda cai 4%, em moeda local, e 9,69%, em dólar, desde o dia 17 de maio, mas vem recuperando parte do "atraso" em relação a outras bolsas emergentes, que passaram por um rali capitaneado pelos mercados americanos. No mesmo período, o índice Dow Jones subiu 3,89%, a bolsa mexicana ganhou 8,86%, e o mercado de ações da Índia teve alta de 3,52%. "A bolsa brasileira ficou parada à espera de uma definição política, ninguém sabe o que vai acontecer. O Ibovespa deixou de capturar o melhor momento do mercado global", diz um gestor.

Desde o fim de junho, no entanto, os ativos brasileiros melhoraram sua performance. Isso porque, segundo analistas, a desvalorização já sofrida pelo real e pelas ações, a melhora dos fundamentos domésticos e a percepção de que a política econômica seria mantida - com ou sem Temer - acabaram limitando o apetite por vendas. No caso do câmbio, o elevado custo de carregamento de posições negativas em reais desestimula estratégias que ganham com a desvalorização da moeda brasileira.

Para o curto prazo, o cenário ainda inspira cautela, mas analistas resistem a ver gatilhos negativos para o câmbio nas próximas semanas. Nada indica pressa dos bancos centrais do mundo desenvolvido no sentido de desmontar abruptamente suas políticas de estímulo - o tom da presidente do Fed (o BC americano), Janet Yellen, em comentários ontem reforçou a percepção.

A balança de pagamentos brasileira segue forte, ajudada pelos fluxos comerciais superavitários. E, apesar da trajetória de baixa, o juro brasileiro ainda é comparativamente mais elevado que o restante do mundo, o que mantém a atratividade dos ativos domésticos. No plano político, o estrategista do Crédit Agricole em Nova York Italo Lombardi chama atenção para a notícia da condenação do ex-presidente Lula.

Segundo ele, ainda que em segunda instância a decisão seja revertida, fica a sensação de que Lula pode iniciar uma possível campanha presidencial de 2018 mais enfraquecido. "Em linhas gerais, é isso que vai determinar a continuidade da política econômica. Se vai haver ruptura ou não. E o medo com relação a 2018 incomoda bastante o gringo", diz. Ao mesmo tempo, o mercado começa a ver mais probabilidade de que algum ajuste na Previdência seja aprovado - ainda que de forma mais diluída e menos abrangente.

A base para essa esperança é a ideia de que, com Temer ou Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, no poder, a equipe econômica será mantida e terá capacidade de reação caso a reforma da Previdência não volte à pauta do Congresso neste ano. Para os próximos dias, não se descarta algum ajuste de alta no dólar, à medida que o mercado digere a combinação de notícias, avalia o sócio-gestor da Leme Investimentos Paulo Petrassi.

Mas o cenário-base já parece melhor do que uma semana atrás, o que faz o gestor considerar que o câmbio mais apreciado levará o Banco Central a manter o ritmo de corte de juros da Selic no fim deste mês. "Mais até do que o dólar, acho que o juro tem muito espaço para cair", afirma, citando o cenário de inflação em queda e atividade econômica distante de retomada mais forte.

O mercado já discute a possibilidade de corte de um ponto percentual da Selic neste mês. A taxa básica de juros está atualmente em 10,25% ao ano. Na B3, o juro com vencimento em janeiro de 2019 - que reflete expectativas para os movimentos da política monetária até o fim de 2018 - caiu a 8,64% ao ano, de 8,73% no ajuste anterior.

 

Rabello recua e agora diz apoiar proposta do governo para a TLP

Após criticar a metodologia de cálculo da Taxa de Longo Prazo (TLP) que acabou suscitando o pedido de demissão de dois diretores do BNDES, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, voltou atrás ontem e disse que não sugeriu alterações na Medida Provisória 777, que trata da nova taxa de juros dos empréstimos do banco.

A MP, relatada pelo deputado Betinho Gomes (PSDBPE), cria a nova taxa em substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Rabello afirmou que terá um encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. "Na próxima terça-feira, vou conversar com o ministro. Não vou conversar com ele. Na realidade, vou saber as instruções que ele tem para me dar. Ele e o ministro Dyogo. Sou subordinado diretamente ao ministro Dyogo", afirmou.

"Sou um técnico do governo, e dos mais modestos. Eu nem sei se eu penso. Eu só executo", disse. Na terça-feira, o Valor mostrou que o governo não pretende rediscutir as bases da MP. No dia anterior, o presidente do BNDES havia sugerido que a TLP fosse prefixada à taxa de inflação como forma de atenuar a volatilidade da taxa. Na sexta-feira, dois diretores do banco pediram demissão após entrevista de Rabelo ao "Estado de S. Paulo" na qual tecia críticas à taxa.

Ontem, ele recuou. "Eu não sugeri nada. Eu estou decorando a MP 777 só para eu saber de cor tudo o que o governo propôs para que eu possa endossar" disse Rabello, após cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar recursos para investimento em infraestrutura nos municípios. "Eu não tenho que ter proposta. O único que tem de ter proposta é o presidente Michel Temer", afirmou. Rabello disse que conversou com o relator da MP para discutir quem participaria de uma audiência, mas não solicitou alteração na proposta.

"O entendimento dele é que havia muitas emendas e que ele gostaria que eu lesse as várias emendas e pudesse dar para ele algumas sugestões. Tudo o que é dito pode ser dito com uma ênfase ou com outra", disse o presidente do BNDES. Questionado sobre a sua posição a respeito da forma de cálculo da TLP, Rabello afirmou que "funcionário do governo não tem posição". "Na realidade, minha posição é de sentido", disse.

"Estou totalmente vinculado à medida provisória", disse o presidente do banco de fomento, ao ser perguntado se estava comprometido com a MP 777. Mesmo assim, o presidente voltou a dizer, a exemplo do que fez na semana passada, que o banco tem de fazer "em seis meses o que faria em seis anos", frase cunhada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, na cerimônia dos 65 anos do BNDES, no dia 20 de junho.

Algumas das mais severas críticas à TLP partem da Fiesp. A criação da TLP buscou reduzir a diferença entre o custo que o Tesouro Nacional paga ao mercado para se financiar - que é a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,25% ao ano - e a taxa que a União cobra nos (Selic), atualmente em 10,25% ao ano - e a taxa que a União cobra nos empréstimos ao BNDES, a TJLP, em 7% ao ano.

Em audiência pública realizada no Senado, representantes da indústria repetiram a crítica à mudança da taxa de juro de longo prazo do BNDES, enquanto economistas do governo e do setor privado consideraram positiva a redução do crédito subsidiado pelo banco. Representando o BNDES, o economista Fabio Giambiagi disse na audiência que o banco endossa os termos da MP.

Ele ponderou que o texto final da medida será dado pelo plenário do Congresso Nacional. Giambiagi declarou que os termos de sua apresentação foram previamente acertados com Rabello. Para o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Tiago Couto Berriel, a adoção da TLP reforça da política monetária e dá transparência ao uso dos recursos públicos. Ele apontou os benefícios fiscais com a redução do subsídio. A TLP aproxima a taxa do BNDES da taxa de captação do Tesouro, disse.

Na avaliação do professor da PUC-Rio Vinicius Carrasco a economia de hoje no Brasil é resultado de maus investimentos no passado. "Concessão de crédito muito subsidiado distorce a alocação de capital e gera uma economia fraca, pouco produtiva com pouco empregados", disse.

Carrasco e o também economista Claudio Coutinho pediram demissão da diretoria do BNDES na semana passada, depois das declarações de Rabello de Castro. Para Ana Carla Abrão Costa, sócia da Oliver Wyman Consultoria, "é preciso que se trabalhe as ineficiências da economia para permitir queda de juros. E a TLP vai nessa direção".

O professor de economia da UFRJ Ernani Teixeira Torres Filho é a voz dissonante entre os economistas. Ele questiona o impacto da medida sobre a potência da política monetária, já que o estoque de operações com juros subsidiados não seria afetado, apenas novos fluxos. O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, pediu que a MP não seja aprovada.

Ele rebateu as afirmações de que países ricos se desenvolveram sem políticas industriais, e citou casos da Alemanha, China e Índia. Também apontou que algumas políticas de estímulo seguem até hoje nesses países. Para Figueiredo, a afirmação de que o BNDES perde dinheiro com seus financiamentos é "mentira".

Para o diretor-executivo de competitividade e economia estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini, a adoção da TLP "mata o setor brasileiro de bens de capitais". Ele também pediu que a MP seja rejeitada.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

‘Desarmamos a caminhada rumo ao suicídio’

O Brasil desarmou a “caminhada rumo ao suicídio” ao mudar a condução da política econômica no ano passado, com o começo do governo de Michel Temer. Agora, é preciso preservar o que já foi conquistado e evitar voltar a velhos erros, avalia o economista e ex-diretor de Política Internacional do Banco Central, Beny Parnes, sócio da gestora SPX Capital. No momento em que se discute se o Brasil pode ter um terceiro presidente em pouco mais de um ano, o executivo avalia que a agenda de reformas estruturais não deve ser pauta de um ou outro governo, mas do Estado, da nação.  A seguir, trechos da entrevista.

A economia tem mostrado certa resistência à piora da política. A crise em Brasília pode afetar a atividade?

Quanto mais a incerteza se prolongar, pior. Aumentos de incerteza afetam especialmente as decisões de investimento, e tivemos um aumento enorme. Isso nos fez rever a previsão de crescimento para este ano. Começamos projetando 0,5% de expansão, revisamos para 0,6%, porque os dados do primeiro trimestre vieram um pouco melhores que o esperado, mas agora fizemos nova revisão, para crescimento de 0,2% em 2017. Em 2018, a previsão é de alta de 2%. Chegamos a prever 2,7%, mas temos de levar em conta que em torno dessa projeção há incerteza muito grande. Vai ser um ano de eleições e não é uma eleição fácil de prever.

Há risco de o País voltar a ter recessão?

Riscos sempre existem, mas esse ano acho difícil, porque a economia já fez um ajuste grande, estava com base muito deprimida. Tem coisas que incomodam, como o gap do produto, que é a diferença entre o que o Brasil pode produzir e está produzindo. Esse gap está em torno de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e, pelos nossos modelos, deveria estar em 3%. O Brasil está produzindo muito menos do que poderia produzir e isto está persistindo, como se tivesse uma força da gravidade atraindo para baixo a economia brasileira, que é a incerteza política, o choque fiscal, as despesas reais dos Estados, as empresas endividadas, o consumidor está ressabiado.

Como vê a possibilidade de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumir a Presidência da República?

Vejo um certo consenso em torno da necessidade de aprovar as reformas. Queria também destacar a qualidade da condução da política fiscal e monetária. Você compara com o que fazíamos há dois anos, estávamos jogando roleta russa e botando a cada dia uma bala a mais no tambor. Desarmamos essa rota em termos de política econômica, essa caminhada rumo ao suicídio. Agora é preservar esses valores. Isso é um patrimônio da nação, não é uma coisa de governo, é coisa de Estado.

Como avalia a resistência do setor privado à nova taxa de juros de longo prazo, a TLP?

É urgente e importante aprovar a TLP, que vai acabar com subsídios que geram má alocação de recursos, que geram uma renda indevida, no sentido econômico. É uma distribuição perversa de renda e, como é um crédito subsidiado, gera inevitavelmente má alocação de recursos e obviamente também impede o desenvolvimento do mercado privado. A taxa atual (a TJLP) tem duplo efeito perverso. Além de custar subsídios ao Tesouro, que todos nós pagamos, no equilíbrio ela resulta em taxa de juros maior, diminui a potência da política monetária. Não aprovar a TLP seria regredir, um sinal péssimo para o mercado. Claro que tem resistência, todo mundo que recebe um subsídio, um dinheiro abaixo do custo de mercado vai reclamar, porque quer continuar recebendo. É uma transferência de renda que tem que cessar.

A reforma trabalhista pode ajudar a gerar emprego?

O Brasil concentra mais de 90% das ações trabalhistas no mundo e precisamos modernizar o País. Não há dúvida que a reforma tem impacto positivo na geração de emprego. A economia tem alguns resultados que são meio incontestáveis, esse é um deles. Quanto mais flexível a economia, mais rápido ela caminha para o pleno emprego.

Qual a perspectiva para aprovar a reforma da Previdência?

Também é uma questão urgente e importante, mas sou realista. Acho que essa discussão hoje, infelizmente, vai ficar um pouco para depois, mas espero que seja retomada o quanto antes. A reforma é a única maneira de reequilibrar as contas públicas. É uma condição necessária, mas não suficiente. É óbvio que do jeito que foi proposta, e não estou criticando, estou elogiando, ela só faria efeitos em dois anos, aproximadamente. Mas antes tarde do que nunca.

O Brasil pode ficar insolvente?

Estamos longe disso. A situação fiscal do Brasil é apertada, o País certamente está em uma trajetória de dívida que, no médio prazo, não é sustentável. Mas não quer dizer que a economia brasileira está condenada a ter uma dívida insustentável e nem a baixas taxas de crescimento. É fazer as reformas, manter a política econômica sendo bem conduzida, da maneira que está sendo conduzida agora, com pessoas competentes. Não estamos condenados à estagnação.

O BC vai conseguir reduzir os juros até que patamar?

Achamos que tem até espaço para cair abaixo de 8%. Nos nossos exercícios, com uma Selic de 8% vigente até o fim do ano que vem, geraríamos uma inflação de 3,2% este ano e 4% em 2018, com uma taxa de câmbio de R$ 3,40 este ano e R$ 3,50 no próximo. Cair abaixo de 8% vai depender das condições da economia (hiato do produto, inflação, que se correlaciona ao câmbio) e, mais importante, das expectativas.

Os estrangeiros estão mais otimistas que os investidores brasileiros?

Isso é normal. Para eles, o Brasil é apenas mais um país. Para nós, isso aqui é nossa vida.

BANCO DE TALENTOS

ÁREA DO ASSOCIADO

O Sinduscon/RN pensa como você, e por isso trabalha:

NOSSA MISSÃO

Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental

POLÍTICA DA QUALIDADE

O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.

CONTATO

55 84 3206 5362

contato@sindusconrn.com.br

SOCIAL

LOCALIZAÇÃO

Rua Raimundo Chaves, 2182 - Sala 101 Empresarial Candelária - Candelária - Natal/RN

SINDUSCON/RN (C) 2012 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS