Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Bancos preferem esperar confiança crescer

Apesar dos sinais que apontam para uma eventual retomada do consumo, as instituições financeiras permanecem reticentes em pisar no acelerador dos financiamentos em meio ao ambiente político nebuloso. "Os bancos têm se comportado, sob o ponto de vista de gestão de risco, da mesma maneira que no passado, ou seja, ainda cautelosos, mesmo com queda da inadimplência, limpeza das carteiras e diminuição das provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD)", afirma Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

Os maiores provedores de crédito do país, porém, já revelam interesse em expandir a oferta. "O banco está com apetite para voltar a crescer [no crédito], tem a liquidez e a base de capital para isso, mas depende muito mais do grau de confiança do consumidor", diz Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco.

Já o Santander começa a se posicionar de "modo muito contundente" em termos de ofertas de crédito sob expectativa de recuperação da economia, especialmente no segmento imobiliário, conforme atestou o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, durante entrevista coletiva no início do mês. O Banco do Brasil "já percebe um aquecimento da procura do crédito em geral" e o banco trabalha com "uma perspectiva boa de retomada", afirma Edson Cardozo, diretor de Empréstimos, Financiamentos e Crédito Imobiliário do BB.

A instituição tem apresentado "um ligeiro crescimento" do financiamento a veículos e uma continuidade de expansão forte do consignado. O Bradesco também monitora a possível volta do consumo. O economistachefe do Bradesco, Francisco Honorato Barbosa, afirmou, durante debate do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), realizado no Valor no começo do mês, que "o crédito a pessoa física começou a crescer, mas na jurídica, ainda não".

Pesquisa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) em agosto aponta uma projeção de crescimento nominal de 1,4% na carteira total das instituições financeiras em 2017 na comparação anual. Para ocorrer o resultado positivo, uma expansão do saldo das pessoas físicas, de 3,4% para financiamentos com recursos livres, terá de compensar a queda dos empréstimos das empresas, que, segundo o levantamento da Febraban, vão recuar 1,3% no mesmo segmento.

O sentimento do consumidor, entretanto, tem oscilado ao sabor do noticiário. O índice de confiança da FGV-Ibre (ICC) atingiu a mínima histórica em setembro de 2015 e permaneceu em um nível baixo até metade de 2016. A partir do segundo semestre do ano passado passou a se recuperar gradativamente, conforme a economia mostrava os primeiros sinais de retomada.

Mas desde a delação da JBS, em maio, o indicador registra três meses consecutivos de queda. "As pessoas sentiram o impacto da incerteza política após a delação da JBS", afirma a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV-Ibre.

Na leitura de agosto, o ICC teve perda de 1,1 ponto percentual, para 80,9 pontos. Após a terceira queda consecutiva, o índice voltou ao nível do início do ano, acima dos 79,3 pontos de janeiro. Segundo Kopel, do Itaú Unibanco, as denúncias do grupo frigorífico "deram uma pausa na retomada [do crédito]". O executivo acredita, porém, na aceleração gradual das operações "com o tempo", conforme as incertezas se diluam e as notícias econômicas positivas prevaleçam

 

Pessoas físicas começam a puxar volta gradual dos empréstimos

A retomada do crédito já começou. E, embora tenha engatado apenas os primeiros passos, um conjunto significativo de sinais aponta para a aproximação de um novo ciclo de avanço liderado, em um primeiro momento, pelas pessoas físicas. A velocidade com a qual essa expectativa se tornará realidade, porém, vai depender da melhora dos riscos políticos e de dados concretos sobre a virada da economia, conforme ressalvam economistas e as próprias instituições financeiras.

A volta do consumo ainda é um cenário mais projetado do que efetivo, mas já começam a aparecer indícios de que a curva inverteu a tendência. "A gente passou a ver nos últimos dois meses uma parte dos clientes retomando alguma inclinação ao consumo. Já teve início uma recuperação para [financiamento de] veículos e temos observado pessoas tomando o consignado [linha com desconto em folha de pagamento] para troca de carro e fazer viagens", afirma Eduardo Jurcevic, superintendente-executivo de Produtos de Crédito à Pessoa Física do Santander. "Ao longo deste trimestre começamos a ver uma melhora, uma aceleração [da demanda] do crédito para pessoa física", confirma Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco.

De acordo com o executivo, os sinais de retomada têm sido observados desde o fim do semestre passado, mas, no período, o ritmo de novas concessões não conseguia ultrapassar o de amortizações de dívidas, "mas agora se aproximaram". Os números revelam um consumidor ainda fragilizado, mas que começa a apresentar uma melhora da confiança. Levantamento nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) apontou uma subida de 1,3% na demanda por crédito de consumidores em julho na comparação com o mês anterior.

Em 12 meses até julho, houve desaceleração de queda da taxa para recuo de 5,7% frente a uma baixa de 6,3% em junho. O órgão projeta a volta ao crescimento positivo até o primeiro trimestre de 2018. A demanda de crédito no mercado imobiliário, considerado um dos termômetros da confiança dos consumidores pelas características de longo prazo, reforça a percepção de que a mudança de rumo dessa curva se trata de um evento recente.

Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram uma reação a partir do segundo semestre. A entidade estima que 2017 termine com um recuo de 3,5% na comparação anual do volume de novos financiamentos dentro do regime do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Apesar de negativo, o resultado representaria forte desaceleração frente à queda de 9% vista em junho. De fato, até setembro, aponta a Abecip, a baixa acumulada diminuiu de patamar, para 6%, com crescimento da procura observado a partir de julho.

Dados mais recentes do Banco Central também já refletem essa recuperação inicial dos financiamentos a pessoa física. Em julho, o saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,2% na comparação com junho.

Em 12 meses, o avanço atingiu 4,4% para um total de R$ 1,598 trilhão. O saldo de operações para a compra de veículos subiu 0,2% no sétimo mês. Essa maior propensão aos empréstimos já pode ser notada no dado de endividamento das famílias, que apresentou a primeira alta em 16 meses de maio para junho. De acordo com o BC, a relação entre o estoque de crédito contratado e a renda líquida anualizada fechou junho em 41,62%, ante 41,53% de maio, na primeira elevação desde janeiro de 2016.

O indicador, porém, ainda mostra espaço para se expandir, pois permanece no menor nível desde meados de 2011. A inadimplência, no entanto, manteve-se sem variação no período.

Conforme o BC, a taxa média das famílias fechou julho estável na comparação com o mês anterior em 3,9%, muito perto dos 3,7% no fim de 2016. Nos últimos anos, as pessoas físicas intensificaram o movimento de desalavancagem em meio à maior recessão da história. "Até a primeira metade deste ano, o componente de amortização das dívidas ultrapassava as concessões novas, o que se refletiu no encolhimento nominal das carteiras de crédito mesmo com um volume considerável de operações", explica Kopel, do Itaú Unibanco.

"Hoje chegamos num ponto que começamos a ver algum crescimento, ano contra ano, da contratação de crédito de maneira generalizada nas linhas para pessoas físicas", acrescenta. Parte considerável do caminho para o crescimento do crédito tem sido pavimentado pela confluência de fatores positivos atuais.

A lista dos antecedentes da bonança para os financiamentos reúne variáveis como inflação baixa, juros básicos em um dígito e com perspectiva de permanecer nesse patamar, pelo menos, até o fim do próximo ano, sangria do emprego estancada, associada a indícios da volta da criação líquida de vagas, inadimplência em queda, melhora do nível de endividamento das famílias e retorno do crescimento da atividade.

A ajuda pontual da liberação para saque dos saldos de contas inativas do FGTS, na primeira metade do ano, também contribuiu para melhorar o nível de desembolsos discricionários. A injeção de recursos extras na economia alcançou R$ 44 bilhões, segundo cálculos do governo. "Desde agosto a continuidade da melhora do consumo não é mais fruto do dinheiro do FGTS, mas de pessoas que já resgataram seu orçamento e estão começando a tomar suas decisões de modo cauteloso", avalia Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

Não significa, porém, que as instituições financeiras trabalhem com um cenário de nova explosão do crédito ao consumo, semelhante à ocorrida no começo da década. Segundo Jurcevic, do Santander, o país viveu um ambiente no qual a renda real apresentava crescimento contínuo, o que ajudou as famílias a tomar mais dívidas, até 2013. A crise econômica, que já perdura por vários anos, "mudou radicalmente o cenário". A massa salarial passou a recuar e o número de pessoas com emprego nos arranjos familiares caiu fortemente. "De uma maneira geral, a demanda hoje ainda se concentra mais na tomada de empréstimos para se reorganizar financeiramente do que para consumo", pondera Jurcevic.

Edson Cardozo, diretor de Empréstimos, Financiamentos e Crédito Imobiliário do Banco do Brasil, enxerga um processo muito gradual de retomada dos empréstimos para pessoa física. "Não acredito que o crédito destinado ao consumo tenha uma inflexão de curva muito relevante. As novas operações estão sendo destinadas, em um primeiro momento, a aliviar o endividamento, e, em segundo, a um consumo mais sustentável", afirma.

Para o economista-chefe da Acrefi, apesar de haver uma demanda reprimida, a retomada seguirá um ritmo cauteloso. "Daqui para frente estaremos vendo um consumo e um crédito mais conscientes", considera Tingas.

 

Projeções de inflação do BC devem direcionar apostas para taxa Selic

Os investidores no mercado de juros futuros devem calibrar suas apostas para a política monetária à luz das novas projeções do Banco Central para inflação. Nesta quinta-feira, a autoridade monetária estende o horizonte de suas estimativas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), algo que pode sinalizar o espaço que a taxa Selic ainda tem para cair.

No horizonte de tempo até o fim de 2018, o modelo do BC tem apontado para inflação abaixo da meta, de 4,5%, considerando os cenários do mercado para a Selic. Com isso, a leitura entre os agentes financeiros é que a taxa de juros pode se aproximar ou até caminhar para menos de 7% no fim do ciclo.

Com o passar do tempo, entretanto, ganha mais relevância o cenário de inflação de 2019, quando o alvo do BC passa a ser mais baixo, de 4,25%. Isso porque o efeito máximo da política monetária se dá em dois anos, de acordo com estudos da própria instituição. Logo, os números nesse prazo podem até ter peso maior que de outras projeções no fim do ano. Desta vez, o RTI deve trazer projeções para o índice até o ano de 2020, como já informou o diretor de política econômica da autarquia, Carlos Viana, a economistas.

O economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo, afirma que a inflação pode até surpreender o BC para baixo, como já tem ocorrido. Dito isso, se as projeções do BC convergirem para a meta entre 2018 e 2019 com cenário de Selic a 7%, a taxa tem espaço para, no mínimo, recuar até esse patamar no fim do ciclo. "O risco é de inflação para baixo em relação às estimativas do BC", acrescenta Melo.

Em termos de mensagem, a percepção no mercado é que não haverá grande alteração em relação ao sinal deixado nas comunicações recentes da instituição: o ritmo de cortes da Selic deve desacelerar gradualmente até o fim do ciclo. Um aperto monetário já em 2018 não é um cenário de consenso no mercado. Até por isso, nos últimos dias, vem sendo reduzido o prêmio embutido no horizonte do atual ciclo de corte de juros.

A diferença entre os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2019 e janeiro de 2018, por exemplo, adentrou o terreno negativo e caiu ontem ao menor nível em mais de um mês.

Considerada um termômetro de risco de curto prazo, a marcação era de -0,115 ponto percentual no término da sessão regular de ontem. Ainda assim, o argumento de quem defende uma elevação de juros poderia se intensificar no caso de uma estimativa inflacionária bem acima da meta em 2019. "Se tiver um descolamento, talvez para 4,6% ou 4,7% na projeção de inflação de 2019, pode abrir espaço para apostas de aumento de juros no ano que vem", diz o economista Silvio Campos Neto, da Tendências.

Mas o mais provável é que a projeção fique em torno de 4,3% e 4,4%, "sem grande discrepância", acrescenta. A sustentação da Selic em níveis baixos por mais tempo deve depender ainda da evolução da reforma da Previdência. Por ora, o mercado não considera que isso acontecerá antes de 2019.

O cenário da Mauá Capital contempla que a Selic voltará a subir em 2018, mesmo num cenário de reforma "mínima". O economista-chefe da gestora, Alexandre de Ázara, trabalha com uma elevação de um ponto percentual a partir do nível do juro no fim do ciclo de alívio monetário. Sendo assim, em seu cenário base, a taxa cai para 6,75% antes de subir para 7,75%. Outro ponto de atenção é como o BC deve definir o ambiente externo.

Por ora, a recuperação da atividade global e a postura ainda acomodatícia dos principais bancos centrais tem se mostrado algo benigno aos emergentes. A leitura, entretanto, pode ser colocada à prova com a decisão do Fed amanhã. É baixa a expectativa de alta de juros já neste encontro, mas o Fed pode trazer sinais sobre seus próximos passos, inclusive a redução do balanço patrimonial.

Foi justamente diante dessa expectativa que o dólar ganhou terreno globalmente ontem e, por aqui, avançou 0,66%, a R$ 3,1343. Na B3, o contrato DI para janeiro de 2021 recuou de 8,970% para 8,950%.

 

Inflação abaixo da meta em 2017 é cada vez mais provável

A menos que o governo anuncie outro reajuste de impostos ainda este ano, é cada vez mais provável o cenário em que o Banco Central terá que escrever uma carta para, de maneira inédita, justificar uma inflação abaixo do intervalo da meta em 2017, acreditam economistas. O boletim Focus, divulgado ontem, revelou que o grupo de instituições que mais acertam previsões (Top 5) revisou a estimativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,15% para 2,84% este ano.

O piso estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3% e a taxa acumulada em 12 meses até agosto é de 2,46%. As previsões para a taxa de inflação também recuaram para mais próximas do piso da meta entre as demais instituições que alimentam o boletim Focus. A mediana agregada para 2017 caiu de 3,14% para 3,08%. Há quatro semanas, as estimativas dos analistas indicavam inflação de 3,5% neste ano.

A Mongeral Aegon Investimentos é uma das casas que já projetava a inflação abaixo dos 3% em 2017, com o IPCA a 0,15% em setembro, 0,30% em outubro e 0,40% em novembro e dezembro, chegando ao fim do ano num acumulado de 2,90%. Agora, a economista Patrícia Pereira aguarda o IPCA- 15 que será divulgado na quinta-feira para possivelmente revisar para baixo seus números.

"Mantendo a dinâmica de inflação que estamos vendo hoje - uma recuperação da atividade ainda sem pressionar a inflação devido ao hiato [do produto] muito aberto e o desemprego melhorando, mas ainda via informalidade, com espaço para recuperação sem pressionar a inflação -, parece que esses meus números de 0,30% e 0,40% para outubro, novembro e dezembro estão muito altos", afirma Patrícia.

A Mongeral projeta o IPCA-15 de setembro em alta de 0,10%, na base mensal ajustada, com o acumulado em 12 meses caindo a 2,55%, ante 0,35% e 2,68%, respectivamente, em agosto. Segundo a economista, a inflação abaixo do piso no ano é influenciada principalmente pelos alimentos, que respondem por cerca de 25% do cálculo do IPCA.

Mas além da alimentação, Patrícia destaca que os núcleos da inflação, que buscam eliminar ou reduzir a influência dos itens mais voláteis, continuam com comportamento benigno; a difusão (percentual de itens com alta de preços em relação ao mês anterior) segue abaixo de 50%; e mesmo a inflação de serviços, resistente no início da recessão, tem atualmente um comportamento favorável.

A economista da Mongeral ressalta ainda que, pela primeira vez em muito tempo, ocorre uma "inércia positiva" como resultado da inflação benigna. Devido à indexação de itens como aluguéis e educação, além do salário mínimo, a inflação reduzida do passado recente tende a influenciar positivamente os números futuros.

A expectativa da continuidade de uma inflação de serviços baixa é o principal fator para a Absolute Investimentos apostar num IPCA a 2,50% no fim de 2017. Vetor mais relevante da inflação de serviços, a renda da população não deve ter uma melhora expressiva a frente, acredita o sócio e gestor de renda fixa Renato Botto.

Segundo o economista, a variação anual da massa salarial real passou a ser positiva recentemente por fatores como os dissídios coletivos do início do ano (feitos com uma inflação acumulada em 12 meses mais alta do que a atual), a queda da inflação de alimentos e a injeção de recursos do FGTS.

Para o ano que vem o gestor lembra que o salário mínimo não deverá ter reajuste, tampouco os salários do funcionalismo público federal, e também a inflação deve voltar a subir, gerando perda de renda real até os próximos dissídios. "Todos esses são componentes que não vão fazer com que a recuperação da renda real seja algo vigoroso. Com isso, não tem porque achar que serviços sobem de forma muito abrupta", afirma Botto.

Além disso, se a reforma da Previdência for aprovada, haverá maior disponibilidade de mão de obra no mercado, de pessoas que antes se aposentariam e agora terão que continuar trabalhando, por conta da regra de transição. Isso também poderá ser um fator a contribuir para a fraca inflação de serviços, diz.

Do ponto de vista fiscal, a inflação baixa em 2017 pode trazer dois efeitos opostos. Por um lado, pode dar alívio ao gasto público - limitado em 2018 ao teto de 2017, corrigido pelo IPCA acumulado em 12 meses até junho (3%). Caso a inflação feche o ano abaixo disso, deve impactar o reajuste do salário mínimo, que afeta parte relevante da despesa, como o pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais e outros gastos sociais.

"Isso cria um alívio para o gasto no ano que vem", diz Fábio Klein, da Tendências Consultoria. Por outro lado, se a inflação voltar a subir em 2018, como esperado, haverá perda do poder de compra do orçamento, dificultando o cumprimento do teto.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

'Não podemos correr o risco de entrar 2018 sem reforma', diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (18) que o país não pode correr o risco de não realizar a reforma da Previdência antes de 2018.

Segundo ele, se as mudanças na aposentadoria não forem realizadas neste ano, terão de ser feitas "em um futuro próximo".

Ele disse esperar que a tramitação de denúncia contra o presidente Michel Temer por obstrução judicial e organização criminosa não paralise as discussões em torno da reforma.

"Se ela não for feita agora, deverá e terá de ser feita num futuro próximo. Não podemos correr o risco de entrar em 2018 ainda com a Previdência pendente ou, pior ainda, iniciarmos o próximo governo com uma discussão de reforma da previdência", disse.

Para ele, as mudanças na aposentadoria devem ser feitas agora para que o país entre em um "novo capítulo com equilíbrio fiscal e estabilidade econômica".

O ministro compareceu à posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Na saída da cerimônia, esquivou-se ao ser questionado se pretende ser candidato à sucessão presidencial em 2018.

"No momento, sou ministro da Fazenda", disse.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Vendas de imóveis sobem 40% em julho, mostram Fipe e Abrainc

O mercado imobiliário mostrou expansão nas vendas e nos lançamentos em julho, bem como recuo dos distratos, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e divulgada nesta segunda-feira, 18.

A pesquisa mostra que, em julho, as vendas líquidas (já descontados os distratos) totalizaram 5.130 unidades, crescimento de 40% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os distratos foram de 2.821 unidades, retração de 35%. Os lançamentos totalizaram 6.628 unidades, um salto de 182%.

Com os dados positivos de julho, o mercado imobiliário mantém a trajetória de recuperação das operações. No acumulado do ano, as vendas líquidas somaram 37.571 unidades, aumento de 20,3% frente o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, os distratos atingiram 20.643 unidades, queda de 22,3%, e os lançamentos alcançaram 30.530 unidades, recuo de 3,5%.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, as vendas líquidas foram de 63.749 unidades, alta de 11,6%. Os distratos totalizaram 39.790 unidades, baixa de 15,4%, e os lançamentos alcançaram 37.158 unidades, alta de 9,4%.

Os dados da pesquisa abrangem imóveis novos, dos setores residencial, comercial e loteamentos de 20 empresas associadas à Abrainc, com atuação em diversos estados e concentração na região Sudeste.

BANCO DE TALENTOS

ÁREA DO ASSOCIADO

O Sinduscon/RN pensa como você, e por isso trabalha:

NOSSA MISSÃO

Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental

POLÍTICA DA QUALIDADE

O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.

CONTATO

55 84 3206 5362

contato@sindusconrn.com.br

SOCIAL

LOCALIZAÇÃO

Rua Raimundo Chaves, 2182 - Sala 101 Empresarial Candelária - Candelária - Natal/RN

SINDUSCON/RN (C) 2012 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS