Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Copom vê como adequada nova redução moderada no ritmo de corte do juro

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que “uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização na próxima reunião parece adequada sob a perspectiva atual”, conforme a ata da sua última reunião, divulgada nesta terça-feira.

A ata, que faz um histórico das discussões da reunião da semana passada, em que os juros foram reduzidos de 7,5% ao ano para 7% ao ano, diz que os participantes do Copom “debateram o próximo passo na condução da política monetária”.

Segundo o documento, os integrantes do colegiado analisaram, contudo, "que cabia advertir que essa visão é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores".

Por um lado, diz o documento, “os membros do Copom avaliaram que diversas medidas de inflação subjacente estão em níveis confortáveis ou baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, e refletiram sobre a trajetória de inflação em direção à meta”.

O texto traz ainda que o colegiado também refletiu "sobre o risco de a atual conjuntura inflacionária ser interrompida por uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, em particular em um contexto de reversão do corrente cenário externo favorável para economias emergentes”.

 

Reforma do PIS/Cofins só atingirá a indústria

Diante da forte reação contrária do setor de serviços, o governo decidiu alterar a sua proposta para a reforma do PIS e da Cofins, de acordo com fonte credenciada da área econômica. Agora, as mudanças só valerão para a indústria, que já paga os dois tributos no regime não cumulativo, ou seja, com o desconto dos créditos das etapas anteriores da produção.

Os setores de serviços - entre os quais as escolas, as universidades, os hospitais e clínicas - continuarão no regime cumulativo dos dois tributos, pagando um percentual sobre o faturamento, sem o uso de créditos.

O governo espera que no futuro, "quando se encontrar um ambiente adequado", as novas regras serão estendidas para os setores de serviços, de acordo com a mesma fonte. "Agora, quem está submetido ao regime cumulativo, permanecerá nele", informou a autoridade.

Assim, nesse novo cenário, os créditos para a indústria serão ampliados e também os créditos financeiros, para que o setor possa ter ressarcimento mais rápido. "Boa parte da economia será beneficiada com as mudanças", disse a fonte. "Daremos mais dinamismo a quem precisa de dinamismo, a quem exporta, por exemplo."

Hoje, as empresas que pagam pelo regime não cumulativo só podem se creditar dos insumos que utilizam no processo produtivo. Com a nova legislação, o direito aos créditos será ampliado. Qualquer bem ou serviço poderá ser objeto de crédito, independentemente de sua aplicação ou destinação (consumo ou produção).

Um dos objetivos do governo é simplificar a tributação do PIS e da Cofins, responsáveis, de acordo com a fonte, por 80% de todo o contencioso tributário, no nível federal. O governo queria encaminhar ao Congresso a reforma do PIS no primeiro semestre deste ano e, posteriormente, a reforma da Cofins.

O presidente Michel Temer chegou a informar que a proposta seria encaminhada ao Congresso Nacional até o fim de maio. Depois, o prazo foi estendido para o segundo semestre deste ano. Agora, o governo decide que a reforma não atingirá as empresas que pagam os dois tributos sob o regime cumulativo.

Ainda em 2015, durante a gestão do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, o governo anunciou sua intenção de reformular esses dois tributos que incidem sobre o consumo, cuja arrecadação corresponde a cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB). A ideia era criar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que abrangeria os dois tributos, com incidência não cumulativa para todos os setores da economia, inclusive para os serviços. Em 2016, o governo preferiu fazer a mudança em fases.

Primeiro, encaminharia ao Congresso uma medida provisória com as alterações no PIS. A estratégia era testar a alíquota escolhida para evitar excesso e observar os eventuais problemas.

O objetivo do governo era manter o mesmo nível de arrecadação. Somente depois desse teste, que daria segurança ao Fisco e ao contribuinte, o governo faria as mudanças também na legislação da Cofins. As empresas do setor de serviços reagiram contrariamente à proposta de reforma do PIS e da Cofins com o argumento de que iriam pagar muito mais imposto, pois, ao contrário da indústria, não possuem muitos créditos de etapas anteriores a deduzir. Com isso, a reforma ficou paralisada. Compartilhar 32 Tweet Share 24 (

 

Arminio diz temer 'um pouco' a candidatura Meirelles

Era para ser um debate sobre o livro que retrata o período no qual o exministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira, 86 anos, liderou a equipe econômica do governo Collor, entre maio de 1991 e outubro de 1992 - grupo que já trazia futuros formuladores e condutores do Plano Real, alguns dos quais presentes no pré-lançamento feito ontem, na Casa das Garças, centro de pensamento ligado aos tucanos, no Rio.

Mas os 17 meses de ontem deram lugar às inquietações sobre os próximos meses de incerteza que o país vai atravessar antes e depois das eleições presidenciais de 2018. Um dos integrantes da mesa, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, mostrou-se preocupado em relação à possibilidade de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, concorrer ao Planalto.

Para Arminio, a candidatura Meirelles pode retirar o "espaço de manobra" para que haja um diálogo entre governo e outros atores políticos e econômicos. "Eu tenho um pouco de medo da candidatura. O conjunto da obra é muito bom. [Mas] Me assusta isso, o que não é pouco", disse Arminio, que comparou o ano de 2018 a outros períodos de transição, como o que viveu durante a passagem do governo Fernando Henrique Cardoso para o de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

"Pode ser necessário alguém ali com espaço para dialogar com todo mundo, para procurar construir pontes, equilibrar um pouco uma discussão que hoje está difícil de ser a respeito das reais necessidades do país. É questão de um espaço de manobra que o líder da equipe econômica talvez fizesse por bem preservar", defendeu.

"Corremos o risco de ter candidatos oferecendo o seguinte cardápio: vamos fazer o ajuste ou vamos ser felizes? Esse cardápio não existe. [O que existe é] vamos fazer o ajuste e ser felizes, ou vamos, provavelmente, viver uma crise ainda maior do que a que vivemos recentemente", disse o ex-presidente do BC.

Ao Valor, no fim do debate, Arminio afirmou que se preocupa com a candidatura Meirelles mais pelo lado da "governabilidade econômica" do país do que pelo potencial de tirar votos do pré-candidato do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e dividir o atual bloco governista. "Será que é um bloco?", questionou.

Ao permanecer no ministério, Meirelles "teria mais facilidade para pilotar uma crise que por ventura venha a ocorrer". A situação de Meirelles seria muito diferente da de FHC, quando o tucano, então ministro da Fazenda, se tornou presidenciável depois do Plano Real. "Fernando Henrique já estava lá e pilotou o plano que foi um sucesso estrondoso; depois veio a candidatura. Ela nasceu espontaneamente. Agora está um pouco cedo para comemorar, a economia está no buraco ainda, o investimento está paralisado, falta muito", disse.

Para Arminio, talvez não seja tão grave Meirelles "fazer esse balão de ensaio" da candidatura uma vez que teria que se desincompatibilizar seis meses antes da eleição de outubro. Mas ele "tem um papel de coordenador-geral que bem ou mal está dando sustentação a essa transição difícil".

 

Bancos centrais de 20 países se reúnem nesta semana com foco em 2018

Nada menos do que 20 bancos centrais se reúnem ao longo desta semana se preparando para o próximo ano, que deve ser o de maior aperto na política monetária desde o estouro da crise americana em 2008. E também, à exceção de 2010 (4,3%), o crescimento global será mais robusto, de cerca de 3,7%, segundo o Fundo Monetário Internacional.

Para se ter uma ideia da recuperação, a média de crescimento foi de 2,1% nos últimos dez anos. Dentre esses BCs, o Federal Reserve (Fed) faz seu último encontro liderado por Janet Yellen, que deixa o cargo em fevereiro para ser substituída por Jerome Powell. Com todo o simbolismo que traz essa reunião, composta por uma entrevista coletiva posterior, virá, se o mercado estiver certo, uma nova alta da Fed Fund Rate, para o intervalo de 1,25% a 1,50% ao ano.

Novas projeções e, especialmente, novas medianas para a expectativa de juros dos participantes do Fomc serão também divulgadas. Analistas esperam que as projeções para o crescimento sejam elevadas, já que a atividade vem surpreendendo ao próprio Fed ao longo de 2017. A taxa de emprego, por sua vez, pode sofrer nova redução. Em setembro, o BC americano esperava 4,3% ao fim de 2017, contra 4,1% observados no último dado de novembro.

É a menor taxa em quase 18 anos. Naquele mês, a taxa de longo prazo foi definida em 4,6%, o que pode também cair. Sobre a inflação, o ponto central do PCE (índice preferido do Fed) estava projetado em 1,6% neste ano, exatamente em linha com a última leitura e possivelmente não vá sofrer correção importante neste e nos próximos anos (apenas em 2019 chegaria à meta de 2,0%). T

oda a ansiedade do mercado talvez esteja na curva de juros esperada - embora o Fed venha reiteradamente dizendo que se trata apenas de opiniões, não projeções. Até a última revisão, três altas estavam sendo esperadas para 2018. Há no mercado financeiro quem espere um aumento para quatro nesta quarta-feira, mas, no geral, a sensação é a de que na ausência da certeza da reforma tributária (embora bem encaminhada) e com a saída de Yellen, essa mudança soaria excessivamente "hawkish", principalmente num momento de troca na presidência do BC. Faz sentido.

Ademais, o Fomc muda totalmente de cara no ano que vem, portanto seria natural manter o tom de curto prazo e talvez realizar mudanças só a partir de 2019. No dia seguinte ao Fed, será vez do Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra (BoE), o Banco Nacional da Suíça (SNB) e o Banco da Noruega (Norges Bank). Não se espera mudanças de taxas em nenhum deles, mas as pontuações sobre o estado da economia serão bem importantes.

A Europa também vem surpreendendo para melhor em termos de atividade econômica e por isso o BCE anunciou em outubro a redução paulatina de seu programa de compras de ativos de € 60 bilhões para € 30 bilhões, estendendo o prazo de março para setembro de 2018. Daqui para frente, considerando a continuidade do bom desempenho da economia e da inflação, a atenção se volta para uma mudança de orientação futura, de forma a preparar suavemente o caminho para a normalização dos juros, o que deve levar no mínimo mais um ano, segundo perspectiva de observadores.

A entrevista de Mario Draghi, como sempre, será deve ser o ponto alto do evento. Já o BoE recentemente elevou os juros depois de 10 anos no mês passado (para 0,5%), e nada deve fazer na quarta-feira. O clima político melhorou com o andamento das negociações do Brexit, mas, nem por isso, se espera um tom "dovish" do banco central, até porque a incerteza continua a pesar sobre os investimentos e as exportações, apesar do comércio mundial estar em expansão.

O BC da Suíça e da Noruega também não devem se mover nas reuniões na quinta, mas podem preparar uma mudança de viés para 2018. O SBN tem atualmente juro negativo de 0,75%, que só muda (lentamente) na curva de mercado a partir de meados do ano que vem. A taxa na Noruega está atualmente em 0,5% ao ano. Entre vários emergentes que decidem as taxas de juros, se destacam o Peru (expectativa de alta de 25 pontos base para 3,5%) e Rússia (expectativa de queda de 25 pontos base para 8,0%). Turquia (8,0%), México (7,0%), Colômbia (4,5%), Chile (2,5%), Indonésia (4,25%) e Filipinas devem manter as taxas estáveis segundo expectativas do mercado.

 

MRV Engenharia voltará a lançar no segmento de média renda

A MRV Engenharia voltará a fazer lançamentos no segmento de média renda. “Sempre atenta às oportunidades e tendências do mercado, voltará a lançar no segmento de média renda”, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de segunda-feira. Em apresentação sobre suas perspectivas, a empresa lembra que o segmento premium reduziu a representatividade no resultado desde 2010, passando de 26% das vendas para 3% em 2017.

Para os próximos anos, sem especificar a data, a companhia espera que fique entre 10% e 30%. Em nota, a MRV destaca o cenário macroeconômico positivo a partir de 2018, com avanços legislativos e regulamentares e, assim, a oportunidade de aumentar a representatividade de financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no mix de vendas.

A empresa projeta que a demanda por novos imóveis de 2017 a 2025 será de 11,9 milhões de unidades. “Com a forte demanda habitacional e o cenário econômico favorável, a MRV pretende elevar os lançamentos da linha Premium”, informou a MRV. Nesta terça-feira, a empresa realiza o MRV Day, encontro com analistas e investidores, onde detalhará seus planos para os próximos anos.

 

Construção prevê expansão de 2% em 2018

O setor da construção civil trabalha com estimativa de crescimento de 2% para o próximo ano, mas esse resultado só virá, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), se o governo adotar medidas que reduzam a insegurança jurídica, como regulamentação de distrato, e possibilite a capitalização da Caixa , para que ela possa alavancar as operações de crédito.

Caso nada seja feito, o segmento espera mais um desempenho negativo. Neste ano, a retração esperada é de 6%. O setor reclama de aumento de custos, como do material asfáltico fornecido pela Petrobras, que pode paralisar obras de manutenção e ampliação de rodovias no próximo ano. Os reajustes do insumo l deixarão de ser anuais e passarão a mensais, o que terá impacto nos custos de contratos ajustados a cada 12 meses.

Para se ajustar à variação dos preços internacionais, a Petrobras informou que, a partir de 2018, o material asfáltico terá reajuste mensal de 8% até abril. O material asfáltico tem um peso de 45% do custo da obra da manutenção de rodovia.

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