Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

País vê sinais positivos em trégua entre EUA e China

A trégua no conflito comercial entre Estados Unidos e China é um sinal positivo, mas a estabilidade no comércio internacional depende de um resultado concreto após os 90 dias anunciados pelos dois países. Para o governo e analistas, uma solução definitiva é o melhor resultado para todos, inclusive para o Brasil - mesmo considerando a expansão da exportação brasileira à China que o conflito ajudou a proporcionar.

A China elevou de 23,3% para 27,9% a fatia nas exportações totais brasileiras de janeiro a novembro do ano passado para igual período deste ano. O dado do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) inclui Hong Kong e Macau. As vendas à China aumentaram 31% no período, pela média diária, em ritmo maior que a alta de 9,4% da exportação total.

A elevação das exportações rumo à China no decorrer de 2018 foi puxada pela soja. O grão é, de forma isolada, o produto mais embarcado pelo Brasil, com 14,4% das exportações totais de janeiro a novembro. Com o crescimento das exportações rumo à China, o superávit brasileiro na relação bilateral com o país avançou 33%, de US$ 20,93 bilhões para US$ 28 bilhões no acumulado até novembro de 2017 para igual período deste ano.

Na mesma comparação, as importações brasileiras com origem na China subiram 29,2%, também em ritmo mais alto que a alta de 21,3% dos desembarques totais. O secretário de Comércio Exterior, Abrão Miguel Árabe Neto, afirmou que a trégua é um sinal positivo de distensão que pode contribuir para reduzir a imprevisibilidade no comércio internacional. Para ele, porém, é preciso que o processo gere "resultados sólidos".

"São sinais positivos de distensão do cenário que tem se chamado de guerra comercial. Claro que não há aqui um retorno ao estado anterior. Foi um congelamento no avanço da escalada de tensão. Mas só o congelamento é um sinal positivo", disse o secretário. "Há muitos capítulos nessas conversas bilaterais entre EUA e China e esperamos que elas produzam um cenário mais previsível, pois seria positivo para o crescimento do comércio e para a atuação do Brasil no mercado internacional."

"Esses embates no comércio internacional são, no agregado, mais prejudiciais do que positivos para o mundo como um todo e também para o Brasil", disse o secretário. No curto prazo, há ganhos, destaca o secretário, como no exemplo da soja. "Também no caso da carne suína. Mas nem todo o crescimento geral está relacionado a esse fato isolado [tensão]. No agregado, esse cenário leva uma série de organismos internacionais a reduzir perspectivas de crescimento e comércio."

José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), tem análise semelhante. Para ele, a trégua é sem dúvida é uma boa notícia e representa um alívio. Mas, segundo ele, já se contabiliza de antemão uma desaceleração no mercado internacional no ano que vem como resultado desse conflito, já que é difícil prever o que virá ao fim dos 90 dias.

 

Ilan reconhece ponto positivo em comunicação do Fed

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reconheceu pontos favoráveis na mais recente comunicação do Federal Reserve (Fed, o BC americano), mas ainda assim voltou a citar a normalização dos juros nos Estados Unidos como um dos dois principais riscos no horizonte da política monetária. "Na última comunicação, o Fed disse calma, vamos chegar lá devagar e sempre", afirmou Ilan, durante o seminário "Reavaliação do Risco Brasil", promovido por Fundação Getulio Vargas (FGV), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e Valor.

Ele comentou a comunicação da política monetária americana ao responder uma pergunta sobre o discurso recente do presidente do Fed, Jerome Powell, que disse que os juros americanos estão próximos da faixa de estimativa para a taxa "neutra". A mensagem de Powell levou otimismo ao mercado financeiro, que de forma geral acredita que o Fed pode estar mais próximo do fim do ciclo de alta de juros e que poderá seguir mais devagar no seu trabalho de normalização da política monetária. A normalização das condições monetárias de economias desenvolvidas, em particular do Fed, é um dos dois principais itens do lado negativo no chamado balanço de riscos do Banco Central - ou seja, fatores que podem fazer a inflação ficar mais alta do que o projetado pela autoridade monetária.

O outro item é a aprovação das reformas, sobretudo as fiscais, no governo de Jair Bolsonaro. Para Ilan, o mais importante para as economias emergentes é que a política monetária seja bem comunicada pelo Fed. O Banco Central vem afirmando, nas suas últimas reuniões, que o balanço de riscos é assimétrico, pendendo para o lado negativo.

Por isso, o Copom (Comitê de Política Monetária) vem mantendo a ameaça de começar a subir os juros gradualmente antes do previsto se o balanço de riscos piorar ou se o cenário inflacionário se deteriorar. Ontem Ilan não esclareceu se, com a nova comunicação do Fed, houve alguma mudança significativa no balanço de riscos.

Nesta semana, o Copom entra no período de silêncio que antecede sua próxima reunião. Sobre uma outra pergunta em relação aos riscos que ele enxerga no horizonte, Ilan reafirmou os principais itens do balanço de riscos: o andamento das reformas e o cenário de normalização das taxas de juros nos Estados Unidos.

Em relação ao cenário externo, Ilan disse que durante muito tempo as condições de liquidez foram favoráveis, mas que o BC sempre alertou que esse era um "interregno", no qual o Brasil deveria aproveitar para fazer reformas. "Esse ano foi muito difícil, pode ter um ano muito difícil daqui para frente", ponderou ele.

 

Cresce aposta do mercado na manutenção da Selic em 2019

Cerca de 20% dos analistas econômicos preveem que o Banco Central vai manter a taxa Selic nos atuais 6,5% ao ano ou, no máximo, promover uma pequena alta, de 0,25 ponto percentual, em 2019. Um mês atrás, menos de 10% dos analistas econômicos acreditavam nessa hipótese. É o que mostra o mapa das distribuições das frequências de expectativas de mercado da pesquisa Focus, divulgada ontem pelo BC.

A pesquisa não inclui informações que explicam porque os analistas econômicos estão mais otimistas com a trajetória da taxa de juros. Mas, no último mês, as expectativas do mercado podem ter sido influenciadas pela eleição de Jair Bolsonaro, pelas projeções de inflação mais favoráveis divulgadas pelo Copom na sua reunião de outubro e pela divulgação de dados mensais sobre inflação menores do que o previsto.

Apesar do otimismo, é próximo de zero o número de analistas que esperam uma baixa na Selic no próximo ano. Mesmo com o crescimento das previsões na manutenção da taxa em 6,5% no próximo ano, segue preponderante a aposta de que o BC vai subir os juros de forma mais substancial, retirando uma boa parte dos estímulos monetários feitos desde fins de 2016. Cerca de 35% dos analistas econômicos acreditam que o Copom vai subir os juros para 8,5% ou 8,75% no ano que vem. Outros aproximados 20% preveem Selic em 7% ou 7,25% ao ano, e cerca de 25% apostam em taxas em 7,5% e 7,75% ao ano.

 

ESTADÃO

Média de recuperação de garantias no Brasil é de 13%, enquanto a mundial é 80%, diz Ilan

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira, 3, que, por causa de falhas no marco legal, a recuperação de garantias em operações de crédito no Brasil é de cerca de 13% dos valores emprestados, contra 80% na média mundial. Goldfajn chamou a atenção para o fato ao voltar a defender a aprovação de uma série de medidas microeconômicas com foco no aumento da eficiência do setor bancário e do mercado de crédito, a chamada agenda "BC+".

"Não basta só a inflação ficar na meta. Precisamos avançar em medidas estruturais", afirmou o presidente do BC, em palestra durante seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio.

Segundo Goldfajn, o sistema bancário nacional pode ser mais eficiente e as medidas buscadas pelo BC, incluindo ações no campo das garantias, podem aumentar a competição e, portanto, baixar os spreads e as taxas ao consumidor final. No campo das garantias, Goldfajn citou a criação das Letras Imobiliárias Garantidas (LIG).

"Temos que trabalhar as garantias", afirmou Goldfajn. O presidente do BC deu exemplo ainda de outras ações, para flexibilizar a portabilidade das contas-salário e o mercado de cartões de crédito e facilitar a entrada no mercado de instituições financeiras inovadoras, com destaque para novas tecnologias.

"Temos novos competidores, que podem parecer pequenos, mas estão captando bilhões em NY", afirmou Goldfajn, numa referência ao mercado de meio de pagamento, que prestam o serviço com as maquininhas de cartão de crédito e débito.

Conforme dados mostrados por Goldfajn na apresentação, em 2016, apenas 14,3% do mercado de meios de pagamento estava fora das mãos das duas empresas líderes do segmento. Em 2018, essa fatia subiu para 26,4%.

Goldfajn comemorou ainda a aprovação da lei que cria as duplicatas eletrônicas, em reta final no Congresso Nacional, e previu ainda para este ano a aprovação da lei que altera as regras no sistema de cadastro positivo de crédito. "Em poucos dias vamos ter a duplicata eletrônica", disse Goldfajn.

Ilan defendeu mais uma vez a autonomia do BC, com mandatos da diretoria independentes do Executivo, além da continuidade de reformas, como da Previdência. Durante a palestra, ele argumentou que o objetivo é diminuir as incertezas e o prêmio de risco, para garantir um custo Brasil menor e o crescimento da economia.

"O Banco Central tem de fato autonomia. Os políticos não entram no BC. Mas, em ano de eleição, todo mundo não para de perguntar se o presidente do BC vai ficar. Em países desenvolvidos não acontece isso. O governo muda num ano e o BC em outro", afirmou.

Em seguida, acrescentou que o Brasil precisa continuar no caminho de ajustes e reformas e que o crescimento só será sustentável se as reformas continuarem. "A atuação do Banco Central foi firme neste ano. Com reformas e ajustes a recuperação pode ser mais que gradual", acrescentou. Em sua opinião, o crescimento "é o objetivo do governo como um todo".

Em sua palestra, o presidente do Banco Central destacou o trabalho realizado neste ano, que, em sua opinião, geraram avanços. Entre eles, citou a queda do spread bancário. "Tem muito para avançar. Mas já estamos avançando. Há sinais de saúde que estão vindo no sistema financeiro", como o crescimento do acesso ao crédito.

Outro exemplo de melhora citado por Ilan Goldfajn foi a redução da taxa mensal do cartão de crédito. "Uma taxa de 11% ao mês ainda é alta. Mas percebam que estava em 15%. Tem que saber qual é a direção. Não é a direção de medidas populistas, mas estruturais, que vão nos levar a que essa taxa não volte mais", afirmou.

O presidente do BC disse ainda que "as coisas não vão ser resolvidas em dias, mas ao longo do tempo" e que espera que o Congresso aprove definitivamente a criação do cadastro positivo, dos bons pagadores, ainda neste ano.

Ele ainda afirmou que começar 2018 com a inflação abaixo da meta fixada pelo governo federal foi importante para enfrentar problemas ocorridos ao longo do ano. Goldfajn destacou a piora no cenário externo, com depreciação das moedas de países emergentes, e o ambiente doméstico volátil como exemplos de desafios.

"Começar 2018 com a inflação abaixo da meta se mostrou útil", afirmou Goldfajn, em apresentação durante evento promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio.

Ilan classificou a recuperação econômica como gradual, mas consistente. "O ano de 2018 foi um ano de desafios. O ambiente foi desafiador para as economias emergentes. Houve depreciação nas moedas de todos os emergentes, eu diria em torno de 10%", disse.

Os slides apresentados pelo presidente do BC estão disponíveis no site do órgão. As observações sobre o cenário de 2018 foram feitas após Goldfajn defender a estratégia da política monetária desde 2016. O presidente do BC voltou a lembrar das pressões pela adoção de uma meta de inflação ajustada, no início de sua gestão. E comemorou o fato de a inflação terminar na meta já em 2017, ano seguinte à sua posse.

Em 2017, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 2,95%, bem aquém do centro da meta de 4,50%. Já para este ano, a mediana nas pesquisa Focus é de 3,89%, também inferior ao alvo da meta.

"Uma vez a inflação consolidada, este ano, tivemos a satisfação de manter a taxa de juro básica em mínimas históricas", afirmou Goldfajn.

O presidente do BC defendeu a política monetária baseada na comunicação e no gerenciamento das expectativas de inflação. Segundo Goldfajn, é a queda nas expectativas, em primeiro lugar, que leva à inflação mais baixa. "Depois é que veio a queda na inflação. Isso permitiu que a taxa de juro caísse de 14% para 6,5%", disse.

Segundo o presidente do BC, o processo de "normalização" da política monetária dos Estados Unidos tem sido gradual e bem comunicado, afirmou ao responder a uma pergunta sobre os mais recentes passos do Federal Reserve (Fed).

"O juro nos EUA não poderia ficar perto de zero para sempre", afirmou Goldfajn, após constatar que o momento é de "normalização". O presidente do BC lembrou que, nos EUA, o desemprego está perto de 4%, nas mínimas históricas, e a economia americana está "crescendo bastante".

"A maior apreensão é que (o juro básico nos EUA) subisse rápido, mas isso não aconteceu. Até agora, (a normalização) tem sido gradual, bem comunicada", afirmou Goldfajn, após ressaltar que, quando o juro sai de zero e vai subindo, pode "gerar turbulência aqui."

 

Melhora da nota do Brasil dependerá de qual reforma da Previdência será aprovada, diz Fitch

A agência de classificação de risco Fitch Rating poderá rever a nota brasileira, fixada em BB- em fevereiro deste ano, caso o novo governo consiga aprovar reformas no Congresso, principalmente, a da Previdência. A definição da nota, no entanto, não dependerá exclusivamente da aprovação, mas do modelo de reforma que sair da discussão entre os parlamentares.

"Em havendo a passagem das reformas, olharemos no que essas reformas impactam na trajetória fiscal do Brasil no longo prazo. Nossa preocupação é com a sustentabilidade da dívida no médio e longo prazos", afirmou o presidente da agência no Brasil, Rafael Guedes, após participar de evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.

Segundo Guedes, a reforma da Previdência é a mais importante, mas outras, como a tributária, também são importantes. Para mexer na nota do Brasil e sinalizar ao investidor de que o cenário de aposta no País melhorou, "dependerá de qual Reforma da Previdência será aprovada", acrescentou ele. O modelo de capitalização, por exemplo, possui um custo muito alto para as contas públicas num momento em que, em sua opinião, o Brasil não teria como arcar. "Teria que ter uma série de ajuste para abrir espaço fiscal", afirmou.

O viés de estabilidade da nota definida pela Fitch ao Brasil em fevereiro deste ano indicaria que o rating do País não deve ser alterado num prazo de 18 a 24 anos. Porém, a sinalização de redução dos gastos pode interferir nessa decisão, segundo Guedes. "Havendo uma inflexão e tão mais rápido seja essa queda do endividamento, os analistas podem se sentir confortáveis a dar uma boa notícia de aumento da nota do Brasil", acrescentou.

O cenário atual da economia global, com crescimento econômico acima do potencial, marcado por mudanças na política monetária americana e no elevado déficit fiscal da maior economia do mundo, sugerem o fortalecimento do dólar nos próximos anos, afirmou Rafael Guedes. O movimento é negativo para economias emergentes, como o Brasil.

"As políticas americanas continuarão fortalecendo o dólar. O fortalecimento do dólar é uma notícia ruim para mercados emergentes", afirmou Guedes.

Apesar disso, o Brasil tem algumas vantagens, na comparação com outras economias emergentes, para o caso de enfrentar uma piora nas condições da economia global. Guedes destacou as expectativas de inflação ancoradas pela política monetária, o fato de o endividamento público, apesar de relativamente elevado, ser mais concentrado no mercado local, e o regime cambial flexível, que permitiria "reagir rapidamente" a eventual crise.

"A dívida de mercado do Brasil é relativamente grande, mas o risco é de médio para baixo porque a dívida é eminentemente local", disse Guedes.

Além disso, segundo o executivo, o passivo dos bancos brasileiros em moeda estrangeira é baixo. No setor bancário, se há algum risco para o Brasil, seria na exposição dos bancos às empresas.

Guedes ainda destacou a estratégia do novo governo de negociação com parlamentares como um dos principais desafios a serem enfrentados pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a partir do ano que vem.

Ele destacou a vitória "convincente" do novo presidente sobre o PT, durante as eleições. Porém, lembrou que o Congresso eleito é mais fragmentado, do ponto de vista partidário, do que o atual. "A agenda proposta vai testar novo estilo de negociação com o Congresso e o apoio do Congresso ao Executivo", afirmou.

Ainda assim, acredita, a oposição não será capaz de bloquear reformas. "A expectativa é que a agenda (de Bolsonaro) seja pró-mercado. Se implementada, vai agradar e levar a um crescimento mais robusto", complementou.

Entre os dados que serão avaliados na hora da Fitch definir uma possível alteração do rating do Brasil a partir do ano que vem, o executivo elencou a avaliação da coesão da equipe de Bolsonaro, a independência do Banco Central, a estratégia de aprovação de reformas, a redução do déficit fiscal e a redução da dívida econômica. Além disso, destacou medidas microeconômicas que deverão ser adotadas para reduzir o desemprego.

A Fitch revisou a nota do Brasil para BB- no dia 23 de fevereiro deste ano. "Foi a primeira vez em vários anos em que a perspectiva passou a estável. Significa que existe uma possibilidade maior que 50% de que nos próximos 18 a 24 meses a nota não seja alterada", disse Guedes.

Entre os fatores que pesam negativamente sobre a avaliação da economia brasileira, Guedes citou a "inércia continuada na reforma fiscal", além da "deterioração nas condições de acesso ao refinanciamento da dívida" e a "erosão do colchão de reservas e nas contas externas".

 

Carga tributária brasileira chegou a 32,4% do PIB em 2017

Com a alta de impostos sobre combustíveis, a carga tributária atingiu 32,43% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, o maior valor em quatro anos, segundo números divulgados nesta segunda-feira (3) pela Receita Federal.

Na comparação com 2016, a carga teve uma leve alta de 0,14 ponto percentual, que pode ser atribuída principalmente, segundo o órgão, à elevação de PIS/ Cofins sobre combustíveis (gasolina e diesel) em 2017.

O Brasil possui uma carga tributária em patamar similar ao de países desenvolvidos, que devolvem os impostos à sociedade na forma de serviços de maior qualidade. Quando a comparação é com países da América Latina, em 2016 o Brasil só perdia para Cuba, que possuía carga tributária de 41,7%, segundo a Receita.

A carga média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade considerada uma espécie de clube de nações ricas, foi de 34,3% do PIB no ano retrasado.

Mesmo estando levemente abaixo da média, o Brasil paga mais impostos em relação ao seu produto bruto do que países como EUA (26%), Chile (20,4%), Canadá (31,7%) e Israel (31,2%), por exemplo. 

Ao mesmo tempo, paga menos que países como Dinamarca (45,9% do PIB), Suécia (44,1% do PIB, Noruega (38% do PIB) e Alemanha (37,6% do PIB), por exemplo, que são conhecidos por oferecer a seus cidadãos fortes redes de proteção social.

A Receita ponderou que, apesar da elevada carga tributária, houve uma redução nessa relação entre impostos e PIB na última década. Em 2007, de acordo com o órgão, a carga era de 33,65% do produto.

"Do ponto de vista histórico, observa-se que no período de 2007 a 2016 o Brasil promoveu uma redução na carga tributária, ao passo que a média dos países da OCDE apresentou aumento", afirmou o órgão no levantamento.

 

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