Quarta-feira

VALOR

Mercado antecipa melhora da classificação de risco do Brasil

Se o mercado é um bom termômetro do que está por vir, o Brasil caminha para um avanço na avaliação de risco. Desde o fim da eleição, em outubro, a melhora significativa da percepção do investidor em relação ao país - apoiada em grande parte nas expectativas para o ajuste fiscal - derrubou o custo do seguro contra calote do Brasil, risco hoje considerado moderado pelas agências de rating, para as mínimas em oito meses.

O movimento é tamanho que o preço cobrado dos investidores globais para se proteger, hoje na casa dos 180 pontos-base, está cada vez mais próximo ao de emergentes que carregam o selo de grau de investimento, quando o risco de calote é baixo. Especialistas alertam, entretanto, que o otimismo no mercado brasileiro ainda precisa encontrar respaldo em ações concretas do governo para que uma elevação de rating se torne uma realidade.

A classificação de risco de crédito do Brasil hoje está em "BB-", com perspectiva estável, pela S&P e pela Fitch, enquanto a Moody's mantém o rating brasileiro em um degrau acima, em "Ba2", com perspectiva estável - isso significa que o país está a, pelo menos, dois níveis de distância do grau de investimento.

Contudo, o risco-país, medido pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, já seria compatível com uma nota "BB" ou até "BB+" (último nível do grau especulativo) pela escala da S&P e da Fitch, segundo os economistas Marcelo Toledo e o Marcelo Nantes, da Bradesco Asset Management (Bram).

Por outro lado, uma ação de rating pelas agências de classificação de risco só deve acontecer quando a consolidação fiscal sair do papel. "O movimento do CDS se antecipa aos eventos, numa lógica de mercado, mas as decisões das agências são de longo prazo. Só devem acontecer depois da aprovação da reforma da Previdência", diz Nantes.

Desde o pico recente, em setembro, o risco Brasil caiu de 311 pontos para os atuais 183 pontos. O ritmo de melhora é mais intenso que o verificado em outros emergentes com uma classificação de risco bem mais positiva, o que deixa claro que o caminho de melhora tem sido dominado por fatores domésticos.

A diferença da taxa brasileira caiu para menos de 50 pontos-base na comparação com o CDS de pares emergentes como México (137 pontos), Colômbia (135 pontos) e Rússia (141 pontos), países que têm rating soberano em grau de investimento - ou seja, pertencem a um dos grupos mais seletos na escala das principais classificadoras de risco. É o menor spread para o CDS desses países desde março e abril do ano passado.

 "O mercado se antecipa e, se a expectativa se confirmar, as classificadoras correm atrás. Mas o risco precificado nos ativos já está bem mais baixo", acrescenta. Pelas contas do Itaú Unibanco, o rating "BB" seria condizente com um CDS na casa dos 215 a 220 pontos, enquanto um degrau acima, "BB+", indicaria uma taxa de 170 pontos.

Isso significa que o Brasil, segundo a percepção dos investidores, estaria no meio termo entre as duas notas, acima do que a Fitch ou a S&P avaliam o país. "Ainda existe alguma dúvida sobre a proposta da reforma da Previdência, mas o mercado já antecipa a aprovação de algum ajuste fiscal", diz a economista do banco Julia Gottlieb. Para ser equiparado ao grau de investimento, o CDS teria de cair, ao menos, até 130 pontos.

Boa parte dos investidores aposta que a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro definirá ainda neste início do ano um projeto ambicioso para a reforma da Previdência, com economia igual ou superior à trazida pela proposta do ex-presidente Michel Temer.

Os especialistas afirmam que o custo do CDS tem espaço para cair conforme os detalhes da agenda econômica vão sendo conhecidos, movimento que tende a ganhar "convicção" em termos de uma melhora do rating brasileiro. No entanto, essa animação também vem com riscos em caso de frustração, principalmente, se o governo começar a enfrentar dificuldades para avançar com suas propostas no Congresso.

Hoje, o CDS do Brasil está mais perto das suas mínimas históricas, abaixo de 100 pontos-base antes de o país obter o grau de investimento em 2008, do que de seus piores momentos. Vale lembrar que ele chegou a superar a marca dos 500 pontos em 2015, em meio aos ruídos políticos que culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Foi justamente naquele ano que o Brasil perdeu o grau de investimento, mas o mercado já antecipava o rebaixamento meses antes. Os especialistas do Citi apontam, em relatório, que grande parte das notícias positivas já está precificada nos spreads dos bônus soberanos. "Com base em nosso modelo de rating versus spreads, o Brasil já está negociando como crédito 'BB+' e está a apenas 30 pontos-base da categoria de grau de investimento", citam.

Eles afirmam, entretanto, que a implementação da reforma tende a ser mais complicada do que os investidores esperam, mesmo que reconheçam que a administração de Bolsonaro traz um potencial de valorização para os ativos brasileiros. "De fato, o ajuste fiscal exigido é grande e se traduzirá em muita volatilidade."

A leitura geral dos especialistas é que as agências de classificação de riscos devem aguardar o avanço da agenda de reformas antes de mudar a classificação do Brasil. "A queda do CDS está na direção para precificar 'upgrade', mas é cedo para falar em uma elevação de rating. Até porque ainda não tem gatilho para isso. Muito do futuro depende da reforma da Previdência", diz o economista Luciano Sobral, do Santander.

O CDS já teria embutido mais de 50% de chance de aprovação da reforma, calcula o especialista. Por outro lado, o bom humor dos investidores neste começo de ano ainda é pautado por um quadro político que não conta com a atuação do Congresso, que está em recesso.

"Ainda não temos o outro lado. O desafio é avançar com as propostas no Legislativo", acrescenta. A primeira prova de fogo é evitar que Moody's rebaixe o rating do Brasil, já que a agência de classificação ainda mantém a nota soberana em patamar mais elevado que outras agências. Em seguida, a agenda de reformas precisa avançar o suficiente para inibir uma piora das contas públicas, abrindo caminho para que uma elevação de rating ocorra, num cenário otimista, mais para o fim do ano.

De acordo com especialistas, o fato de o problema do Brasil não envolver as contas externas - e, sim, a dívida pública local - acaba beneficiando o movimento do CDS, que mede o custo do seguro no mercado internacional. "Para afirmar que o mercado já precifica 100% a chance de um 'upgrade' num período de um ano, o CDS precisa andar mais e mostrar ainda mais convicção dos investidores. Mas, para isso, são necessários eventos que justifiquem otimismo. Ainda estamos na fase de expectativas", diz o gestor de um fundo paulista.

Em relatório recente, a Fitch afirmou que "incertezas significativas sobre o avanço de políticas específicas do governo Bolsonaro ainda permanecem". A classificadora de riscos vê um cenário desafiador no Congresso para aprovação da consolidação fiscal e reforma da Previdência. "Apesar do crescimento substancial do partido [do presidente] nas eleições em outubro, o Congresso continua altamente fragmentado."

Conforme a agência, "Bolsonaro vai precisar de apoio significativo de outros partidos para passar os projetos". Para Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra, o Brasil tem um longo caminho para percorrer, que vai além do mercado, antes de vislumbrar a recuperação do grau de investimento.

Pelo conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta do país responde por quase 90% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dos países no limite do grau de investimento fica em, no máximo, 70%. "A reforma da Previdência é condição necessária para melhora do rating, mas não é suficiente. É preciso restaurar crescimento, manter a disciplina fiscal e fazer outras reformas", afirma Kawall. "Dando tudo certo, estimamos que a dívida do Brasil chegaria a 70% do PIB em 10 anos (...) Por isso, um prazo realista para retomar o grau de investimento é de 5 a 10 anos, ou seja, não deve ser neste mandato presidencial."

 

BCs precisam constantemente fortalecer credibilidade, diz Ilan

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou ontem em Genebra que a política monetária nas economias emergentes enfrenta desafios crescentes, mas que no caso do Brasil a nova direção da política econômica e "firme condução" da política monetária tiveram bons resultados.

Ilan participou na tarde de ontem de um evento no Centro Internacional de Estudos Monetários e Bancários, no Graduate Institute, em Genebra (Suíça). Falando sobre o papel dos bancos centrais em mercados emergentes, ele afirmou que a política monetária nessas economias é desafiadora e, como as instituições ainda estão "em construção", os bancos centrais precisam constantemente fortalecer sua credibilidade.

Além disso, a política fiscal está frequentemente sob escrutínio e estresse. Mas ressalvou que no Brasil a política monetária deixou a inflação em torno da meta e expectativas ancoradas e taxas de juros em níveis historicamente baixos.

Ele exemplificou que a maioria dos países emergentes subiu os juros desde meados do ano passado, mas no Brasil não houve aumento. Comentou que a diferença desde maio de 2018 é que houve aumento zero no Brasil, comparado a alta de 29 pontos percentuais na Argentina, por exemplo. Ele apontou ainda que os emergentes têm maior instabilidade macroeconômica que os países desenvolvidos e que uma liquidez reduzida pode produzir contágio.

Entre os riscos atuais para esses mercados, ele cita o temor de uma desaceleração global, incertezas relacionadas a disputas comerciais e a normalização dos juros em alguns países desenvolvidos. Comentou que os choques recentes afetaram cada país de acordo com as características particulares e seus fundamentos, citando alguns fatores que influenciam nesse impacto, como as condições das contas externas, a autonomia "de facto" do banco central e a existência de espaço fiscal e monetário para a adoção de políticas contracíclicas.

Segundo ele, os governos emergentes deveriam focar no avanço de reformas estruturais para melhorar os fundamentos e aumentar a resiliência da economia. Entre as iniciativas nesse sentido, ele cita as reformas tributária e fiscal, abertura ao comércio externo e reformas financeiras. "Os colchões devem ajudar a suavizar a trajetória do ajuste: especialmente as reservas internacionais, a conta corrente, a baixa inflação e as expectativas ancoradas", afirmou.

Referindo-se especificamente ao caso brasileiro, ele afirmou que em situações de choques que levem a mudanças de preços relativos, a política monetária deve focar nos efeitos secundários. "A política monetária não deve reagir para estabilizar a taxa de câmbio per se."

Segundo ele, o Brasil fez alguns progressos recentemente, como a adoção do teto de gastos, a reforma trabalhista e as iniciativas da Agenda BC+. Ainda assim, o país precisa continuar no caminho de ajustes e reformas, em especial da Previdência, para garantir a confiança na sustentabilidade fiscal e gerar maior crescimento.

Ilan destacou que o Brasil tem instituições credíveis, e a autoridade monetária possui uma importante autonomia "de facto". Na palestra em Genebra, disse que o BC é completamente independente, "nunca recebi uma chamada telefônica sobre o que fazer com nossas políticas". Recentemente, Ilan vem defendendo a aprovação da autonomia legal do BC, mas sempre ressaltou que a autarquia já goza de autonomia "de facto".

O presidente do BC destacou que construir credibilidade "é muito duro, mas perdê-la é muito fácil". Questionado sobre a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência ainda este ano, Ilan afirmou que "há bons sinais da nova administração" do presidente Jair Bolsonaro. "A reforma tem sido desenhada para ter suficiente poupança para colocar as contas públicas em ordem e ter um período de implementação. Depende não apenas do Poder Executivo, mas também do Congresso. Estou otimista. Estamos num período de implementação, vamos ver."

Ele lembrou ainda que o Brasil está comprometido em aderir ao acordo de contas de capital da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que a liberalização dos fluxos de capitais é um dos compromissos. Perguntado sobre os recentes desdobramentos nos Estados Unidos, Ilan ressaltou que o fator importante é que houve uma mudança de um risco de rápida normalização da política monetária para um risco diferente, de desaceleração da economia. "O risco de rápida normalização teria maior impacto nos emergentes, mais do que a desaceleração global", comentou.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Para gestores de fundos, Bolsonaro recupera grau de investimento do Brasil

A confiança dos investidores de que o presidente Jair Bolsonaro conseguirá reverter a crise fiscal do país é tamanha que 2 em cada 3 gestores de fundos que aplicam em América Latina acreditam que o Brasil volta a ter o selo de bom pagador já neste governo.

É o que mostra uma pesquisa do Bank of America com 34 investidores institucionais e clientes do banco que somam US$ 93 bilhões em ativos sob gestão. A sondagem foi feita entre os dias 4 e 9 de janeiro.

Questionados se o Brasil retomaria o grau de investimento concedido por agências de classificação de risco, 85% dos consultados responderam que sim.

Quando? Dois em três disseram que durante o governo Bolsonaro. Outros 18% acham que será em 2023. Só 6% responderam que o selo não virá num futuro próximo.

A derrocada da confiança das agências de risco na situação fiscal brasileira começou em setembro de 2015, quando a S&P retirou o selo de bom pagador do país. Em dezembro daquele ano, a Fitch rebaixou a nota brasileira; em fevereiro de 2016, foi a vez da Moody's.

Hoje, o país está a dois degraus de retomar a chancela na Moody's (Ba2). Na Fitch (BB-) e na S&P (BB-), está a três níveis. Nas três, a perspectiva é estável, o que indica poucas chances de mudança. Antes de elevar as notas, as agências costumam melhorar a perspectiva para positiva, mas não é incomum que isso aconteça com panorama estável.

Boa parte do otimismo dos gestores está na confiança de aprovação da reforma da Previdência, medida considerada essencial pelo mercado para devolver sustentabilidade financeira ao Brasil. Para 91% dos consultados pelo banco, as mudanças serão aprovadas neste ano —32% acreditam que nos primeiros seis meses.

A equipe de análise da Oxford Economics é uma das que acredita que neste ano as coisas já começam a melhorar para o país nas agências, com a condição de que o país consiga avançar na redução do déficit fiscal.

O Brasil, que parece estar desfrutando de uma lua de mel com os investidores em 2019, é destacado como candidato para uma ação de rating positiva neste ano, acompanhando um ajuste externo impressionante e desalavancagem do setor privado em 2015-18”, escreveu a casa, em relatório assinado pelo economista James Watson, por Marcos Casarin, economista-chefe para América Latina, e Evghenia Sleptsova, economista sênior para mercados emergentes. 

Segundo eles, apesar do peso do elevado endividamento interno, o Brasil conseguiu conter os desequilíbrios externos.

A Oxford Economics adverte, porém, que para que a ação se materialize, Bolsonaro não pode entregar menos do que o prometido em sua agenda de reforma econômica.

O governo ainda precisa convencer o mercado de que vai agir para reduzir o déficit fiscal brasileiro.

“Se o novo governo brasileiro puder fazer um movimento mais decisivo na direção de disciplina fiscal, como aprovar a reforma neste ano, nós podemos ver ações de rating positivas na maior economia da América latina em 2019”, indica o relatório.

Para Tony Volpon, economista-chefe do banco UBS, uma previsão otimista não incluiria a retomada do grau de investimento do Brasil ao menos nos próximos cinco anos.

"Não vejo isso acontecendo até ser estabilizado por alguns anos um patamar de queda da dívida bruta", ele afirma.

Pelas projeções da equipe do UBS, o endividamento bruto do Brasil em relação ao PIB —hoje em 77,3%, segundo o Banco Central— deve continuar crescendo até 2023, a partir de quando começa a cair gradualmente.

Com o teto de gastos —regra que impede o aumento das despesas públicas acima da inflação— em vigor, conforme o crescimento do país fica positivo, diz Volpon, o superávit primário aumenta.

"Não é politicamente viável achar, pensando nos 20 anos de vigência do teto, que teríamos um superávit primário de 5% do PIB. Quando ele chegar em certo patamar, o teto deve ser flexibilizado. Mas, mesmo pressupondo esse aumento vegetativo do superávit primário, não voltaríamos a um patamar de 60% do PIB até 2030", completa.

 

O GLOBO

Caixa quer dominar microcrédito no país e emprestar até R$ 30 bilhões em 10 anos

A nova diretoria da Caixa Econômica Federal prepara um pacote de medidas para aumentar o microcrédito no país dos atuais R$ 4,9 bilhões para até R$ 30 bilhões em dez anos. De acordo com técnicos da equipe econômica, a instituição deve criar uma empresa - em sociedade com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e mais um parceiro da iniciativa privada - para cuidar do novo programa. A ideia é abrir o capital dessa nova companhia no futuro. Essa é a primeira medida concreta, após a mudança no comando dos bancos públicos, a trazer uma mudança no foco dessas instituições.

Os técnicos estruturam a operação, que deve ser anunciada até o fim de fevereiro. A Caixa mira quem ainda não tem uma conta em banco. A instituição estima que cerca de 30 milhões de pessoas podem ser incluídas no sistema bancário brasileiro dessa forma. Como o empréstimo médio nesse tipo de operação é de apenas R$ 1 mil, o banco aposta que, em dez anos, terá financiado entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões.

Com isso, a nova empresa vai dominar um mercado que praticamente não existe hoje no país. O microcrédito é um financiamento considerado caro para os bancos porque demanda acompanhamento e tem retorno baixo. A própria Caixa tem apenas R$ 80 milhões em contratos ativos de microcrédito.

- Chamava a atenção a relativa ausência da Caixa nesse segmento, uma vez que passa por ele a razão de ser de um banco público. Sobretudo quando outra instituição do governo, o Banco do Nordeste, já era tão atuante - afirmou Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV.

Para estimular o crescimento da nova companhia, a estratégia é replicar no país o que o BNB faz no Nordeste: empréstimos com aval solidário para famílias de menor renda e empreendimentos populares. Nessa modalidade, um grupo de pessoas que se conhecem toma o empréstimo conjuntamente. Se em um mês alguém não pode pagar, os demais honram o compromisso. A inadimplência é baixa: menos de 2%.

-Vamos copiar o que dá certo. Não queremos reinventar a roda. O BNB tem um programa muito bom - justificou um técnico, que não quis ser identificado.

Impacto na inadimplência

Gonzalez, da FGV, ressalta que a Caixa deve definir qual será o foco do microcrédito, se microempreendedores ou consumo. Eventual foco no consumo, diz, pode ter impacto sobre a inadimplência:

- Microcrédito não é crédito micro. Ele precisa ter impacto positivo na vida do tomador e exige tecnologia inovadora de análise de risco, concessão de crédito, impacto e cobrança.

O BNB é líder isolado nesse tipo de crédito, mas sua operação é concentrada em Ceará e Piauí. Outros estados do Nordeste têm potencial de crescimento rápido, se a operação for feita de modo integrado com a Caixa. Um dos exemplos citados é a Bahia, onde há um grande número de agências do banco federal.

Segundo Gonzalez, uma maior participação da Caixa permitirá maior pulverização geográfica do microcrédito:

- Há muita demanda para o microcrédito produtivo. Estima-se que haja cerca de 20 milhões de microempreendedores no Brasil, sendo que metade deve ser elegível.

Para incluir as pessoas que ainda não têm acesso ao crédito, a Caixa quer montar um modelo de operação que saia da tradicional agência bancária e entre nas comunidades. O desenho, porém, ainda não está fechado.

Ainda assim, já há interessados em parcerias com a nova empresa. Segundo fontes do governo, houve conversas com o Banco Mundial e com o Banco dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A Caixa ainda avalia outros parceiros.

A equipe econômica avalia que não faltarão recursos. Atualmente, várias instituições preferem deixar o dinheiro parado a cumprir o direcionamento do Banco Central de repassar 2% dos depósitos à vista para operações de microcrédito. A ideia é usar os valores parados em outros bancos — a empresa formada por Caixa e BNB requer ser uma repassadora desses recursos.

 

 

 

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