Terça-feira

VALOR

Sem MP, expansão do saneamento privado desacelera

As companhias de saneamento que operam no país têm crescimento acelerado garantido para os próximos cinco anos, apenas com base na expansão das redes de água e esgoto das cidades já operadas. No longo prazo, porém, o ritmo de expansão dependerá de mudanças no marco regulatório, segundo executivos das maiores empresas privadas em operação no país. Hoje, o setor aposta suas fichas na aprovação da Medida Provisória 868, que traz regras para ampliar a concorrência, permitir a privatização de estatais e dar mais segurança jurídica.

No entanto, o prazo curto para a aprovação da MP - que tem até 3 de junho para ser convertida em lei ou caducar - e a crise de articulação do governo federal têm deixado analistas céticos. Caso o texto não seja aprovado, o crescimento das empresas vai desacelerar a partir de 2023, devido à escassez de novas licitações e o esgotamento de aquisições atrativas no mercado, avaliam os executivos. "Temos muito trabalho pela frente nos municípios onde já operamos, mas não estamos aqui para ser do mesmo tamanho que somos hoje. E o potencial de crescimento é enorme", afirma Teresa Vernaglia, presidente da BRK Ambiental.

As empresas privadas ocupam uma fatia de aproximadamente 6% da prestação de serviços no país, segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas (Abcon). Caso a MP seja aprovada, a projeção é que, até 2035, essa participação alcance 35%. O prazo para essa expansão dependerá muito da disposição de Estados por privatizar seus ativos, avalia Carlos Eduardo Castro, diretor da Águas do Brasil.

A possível desestatização de companhias estaduais é aguardada com ansiedade pelo mercado e poderá acelerar o processo, diz ele. O BNDES já concluiu estudos de modelagem para, pelo menos, seis companhias estaduais, que ainda serão apresentados aos novos governadores. Outros Estados ainda poderão aderir - a União planeja usar a privatização como contrapartida para apoio fiscal.

O prazo mínimo para que o mercado tenha alguma reação após uma eventual mudança das regras seria de ao menos um ano - tempo necessário para a estruturação de novos editais. A expectativa de aprovação das novas regras é alta entre os executivos, e a frustração caso a proposta não passe será grande.

No entanto, mesmo que o texto perca validade, a pressão política poderá abrir caminho para novas PPPs [Parcerias Público-Privadas] e subconcessões estaduais no próximo ano, avalia um executivo do setor. Para ele, ao fazer oposição à MP, os governadores passarão a ser cobrados por uma melhora nos índices e poderão recorrer a parcerias com o setor privado para ampliar investimentos.

Além disso, a cobertura de água e esgoto no país é tão precária que há um espaço enorme para as empresas ampliarem suas receitas só com os investimentos exigidos pelos contratos atuais. Até 2023, a BRK, maior operadora privada, com 180 municípios atendidos, deverá dobrar de tamanho mesmo sem novos contratos. A Aegea, que opera em 50 cidades, também prevê duplicar seu Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nos próximos cinco anos.

No caso da Iguá, a geração de caixa deverá ser multiplicada por três, segundo os presidentes das respectivas companhias. No país, 52,36% da população tem acesso à coleta de esgoto, segundo o Trata Brasil, organização formada por empresas do setor. A taxa pode ser ainda menor a depender da região e da cidade. No caso de Manaus, por exemplo, a cobertura de esgoto é de 19%.

"De uma população de 2,1 milhões, 700 mil ainda não estão conectados. O potencial de novas unidades consumidoras é grande", diz Hamilton Amadeo, presidente da Aegea, que adquiriu a operação na metade de 2018. Até 2030, a companhia tem a obrigação de elevar a taxa de cobertura de esgoto para 80% com investimentos de R$ 880 milhões só nos próximos cinco anos.

Já o mercado de aquisições, que garantiu a expansão de muitas empresas nos últimos anos, ainda tem algum potencial, mas os bons ativos à venda estão se esgotando, dizem os executivos. "Ainda há algumas operações, de pequeno e médio porte, que poderão ser realizadas. Mas as principais compras já foram feitas", avalia Paulo Roberto Oliveira, presidente da GS Inima, que acaba de anunciar a compra do segmento industrial da BRK, por R$ 780 milhões.

 Com a aquisição, a receita subirá de R$ 300 milhões em 2018 para R$ 750 milhões neste ano. No caso da Iguá Saneamento, que opera em 18 cidades do país, a empresa também avalia crescer por outros meios, como a prestação de serviços - conexão de residências às redes, manutenção de caixas d'água, entre outros. "Esse modelo ainda está em teste, mas ainda em 2019 deverá entrar de forma estruturada", diz o diretor-presidente, Gustavo Guimarães.

 

Corte de juro não resolve crescimento baixo

Autor de um comentado texto que diz que a economia brasileira está entre a recessão e a depressão, o economista Affonso Celso Pastore reconheceu que existe espaço para um corte de juros após a eventual aprovação da reforma da Previdência, mas ressaltou que seu impacto seria reduzido para reanimar a economia quando os principais componentes da demanda agregada apresentam baixa tração.

O diagnóstico coincidiu com o de alguns dos maiores especialistas no tema reunidos ontem em seminário no Rio. A exceção foi o economista Sérgio Werlang, que, embora reconheça que o eventual afrouxamento monetária teria efeitos limitados para estimular a atividade, defendeu que o Banco Central parta imediatamente para ação, cortando juros.

"Não se pode querer que a política monetária faça tudo, ela tem limites e não é a tábua de salvação para a economia brasileira na situação que está hoje", afirmou Pastore, durante o "V Seminário Anual de Política Monetária", organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e pelo Valor.

Ele acrescentou que o BC pode até baixar os juros, considerando a inflação e o alto grau de ociosidade da economia, mas os atuais contextos global, macroeconômico e político "no mínimo" reduzem a eficácia da política econômica.

Werlang, por sua vez, foi enfático sobre a necessidade imediata de corte da taxa básica de juros, a Selic, já nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Um dos introdutores do regime de metas de inflação no país, ele defendeu duas reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual da taxa. "Não é solução, os políticos vão ver isso, mas por que continuar mantendo apertado desnecessariamente? Vocês têm razão, não é isso que vai resolver. Mas não tem sentido deixar mais apertado do que o necessário", afirmou o ex-diretor de política econômica, hoje na FGV.

Para ele, o corte reduziria "o sofrimento das pessoas". O ex-diretor de Política Econômica do BC Afonso Bevilaqua, professor da PUC-Rio, pontuou que revisões para baixo na expectativa de crescimento econômico não estão sendo acompanhadas pelos cortes nas projeções de inflação do mercado para 2019 e 2020.

Esse é um indício de que o baixo crescimento tem mais a ver com as restrições da capacidade de oferta, diante do cenário de incertezas, do que de uma eventual falta de demanda agregada da economia, disse. "Para o Copom [Comitê de Política Monetária do BC], contemplar revisões adicionais de juros básicos as revisões de cenário da atividade precisam fazer as projeções inflação se afastarem das metas da política monetária ao longo da trajetória relevante", disse Bevilaqua.

Para o ex-diretor de Estudos Especiais do Banco Central Eduardo Loyo, dependendo de como e se for aprovada, a reforma da Previdência pode ter efeitos distintos sobre as condições que vão influir sobre as políticas econômicas a serem adotadas.

Segundo ele, que é conselheiro no BTG Pactual, os reflexos benéficos podem ser maiores do que os negativos, com possibilidade de que "os espíritos animais" dos empresários se revigorem em alguma medida e com a chance de haver um espaço monetário adicional. "Em caso de decepção da reforma em relação ao que esperamos, acho que vamos ter um problema de ter que tolerar um desempenho de atividade muito ruim e ter que tolerar também uma inflação alta", disse.

Mário Mesquita, ex-diretor de Política Econômica do Banco Central, engrossa o grupo que acha que o BC poderá cortar os juros após a aprovação da Previdência, mas pondera que "não há bala de prata" nem medidas isoladas que farão a economia crescer do dia para a noite. Ele descartou a adoção de medidas fora do arcabouço do sistema de metas de inflação, que, segundo ele, tem sido muito úteis.

Apesar das divergências com Werlang sobre cortes de juros imediatamente, ponderou que há consenso pelo menos sobre o que não fazer. "Não voltar a utilizar outros instrumentos parafiscais para tentar bombar a economia diretamente, uma alimentação forçada de crédito na economia", disse o economista-chefe do Itaú Unibanco.

 O também ex-diretor do Banco Central José Júlio Senna afirma que o problema não é se a redução de juros será de 0,5 ou de 0,25 ponto percentual. "Estamos empacados há quatro décadas. Quando mais se fala que o estímulo monetário contribui para o avanço da economia, mais se tira o foco do que é essencial", afirmou.

Para ele, políticos e tomadores de decisão ficam na expectativa da atuação do BC, que, se ocorrer, não teria tanto impacto sobre o crescimento da economia. "Não dá, se tiver [impacto] é mínimo, vamos cuidar do que importa, de destravar a economia", defendeu. No artigo "A depressão depois da recessão", a equipe da AC Pastore & Associados considera como principal critério para caracterizar a depressão econômica a estagnação da renda per capita (medida do PIB dividido pelo população).

Nesse documento, a consultoria diz que é importante não apenas profundidade da recessão e sua retomada, assim como "saber quanto cada um dos cidadãos que habitam o país perdeu de renda per capita a partir do início da recessão, e nesse campo estamos vivendo um ciclo sem precedentes", afirma o texto.

No evento, Pastore afirmou ter recebido muitos comentários sobre se "depressão" seria o termo técnico adequado a ser usado, deixando de lado discussões aprofundadas sobre o problema em si. Pastore projeta um PIB de 1% em 2019 e afirma que, com isso, "serão três anos consecutivos de renda per capita praticamente estável e 8% abaixo do pico prévio, o que caracteriza uma depressão.

Para ele, a retomada não deverá vir das exportações líquidas, devido ao baixo crescimento mundial; nem do consumo das famílias, tem o desempenho muito fraco, o que tem relação o com a estagnação da renda per capita; nem do governo, que está sem capacidade de puxar a economia.

O que restariam são os investimentos, que podem ser puxados pelas concessões e privatizações - e também ganhar um pequeno reforço de um eventual corte de juros, que juntamente com a reforma da Previdência poderia estimular o chamado "espírito animal" dos empresários. "Você não corre o menor risco de aprovar a reforma da Previdência e a economia ter um superaquecimento instantâneo. Isso só existe na mesa de operação lá da [avenida] Faria Lima.

Uma coisa é o mercado financeiro, outra é a indústria, agricultura, setor de serviços, de transportes. O BC sabe disso. O que ele não sabe e não pode dizer é qual é a qualidade da reforma da Previdência", afirmou Pastore. Para Senna, a reforma da Previdência é indispensável, mas outros aspectos precisam ser solucionados para que o crescimento de fato ocorra. "No dia seguinte da aprovação da reforma, os empresários ainda estarão se vendo na luta da carga tributária elevada e infraestrutura precária", disse. "Nada disso é tocado pela reforma da Previdência."

 

BC projeta alta maior que mercado para preços administrados

O Banco Central está mais pessimista do que o mercado sobre a inflação de preços administrados, principalmente para o próximo ano. No chamado cenário de referência, que considera câmbio e Selic constantes, o BC trabalha com alta de 5,6% para as tarifas monitoradas por contrato em 2019, enquanto o consenso de analistas consultados pelo boletim Focus aponta aumento de 5,25% no período.

Em 2020, a autoridade monetária espera avanço de 5,1% para esse conjunto de preços, número 0,7 ponto percentual maior do que a mediana do mercado para o ano que vem. Ambas as projeções foram revistas para cima entre o mais recente Relatório de Inflação, publicado no fim de março, e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na semana passada.

Há dois meses, o BC incluía em suas estimativas o dólar cotado a R$ 3,85. Na semana passada, a taxa de câmbio usada foi de R$ 3,95. A moeda americana é um componente relevante para prever a inflação de administrados, uma vez que a política de preços de combustíveis da Petrobras repassa as oscilações das cotações externas do petróleo aos preços domésticos. A gasolina é o item de maior peso dentro desse grupo, que representa cerca de 24% do IPCA.

Além do combustível, fazem parte dos administrados preços como tarifa de eletricidade residencial, plano de saúde, transporte público, medicamentos, gás e taxa de água e esgoto. Em comum, todos têm correções determinadas ou influenciadas de alguma forma por órgãos públicos, sem relação com as condições de oferta e demanda.

Com a letargia da atividade, o comportamento dos preços livres segue bastante tranquilo e, por isso, compensaria a pressão maior dos itens regulados, apontam economistas. Do outro lado, as incertezas relacionadas ao câmbio - e seu impacto direto nas tarifas administradas - seriam o principal risco inflacionário no momento.

Por isso, defendem alguns analistas, não é possível pensar em corte de juros, mesmo com a inflação de serviços e bens industriais baixa. Luiz Maciel, responsável pela pesquisa macroeconômica do Bahia Asset Management - instituição que está entre as Top 5, que mais acertam projeções para o IPCA -, nota que, desde fevereiro, a taxa de câmbio usada pela autoridade monetária em seu cenário que considera dólar e juros constantes subiu R$ 0,25. Essa alteração, em sua visão, puxou as projeções de preços administrados para cima.

Maciel ainda destaca a piora nas estimativas para 2020, horizonte que mais importa para a política monetária agora, uma vez que mudanças na taxa Selic demoram de três a quatro trimestres para surtir efeito sobre a atividade. "O câmbio é o grande argumento para o BC não fazer nada neste momento [em relação à taxa de juros]", diz Maciel, para quem, olhando apenas para os preços que reagem à política monetária, haveria espaço para corte da Selic.

Considerando que o BC elevou sua projeção para a alta dos administrados em 2020, mas manteve a previsão para o IPCA no período em 4%, a autoridade monetária trabalha com aumento de apenas 3,6% dos preços livres no próximo ano, calcula o economista. A estimativa para esse recorte não é divulgada pelo BC. "Este é um cenário benigno, e parecido com o nosso."

Economista-sênior do Haitong, Flávio Serrano pondera que os analistas não costumam atualizar tão frequentemente as previsões para os preços administrados como fazem para o IPCA total. Mesmo assim, faz sentido a projeção mais conservadora do BC para esses itens, que devem continuar subindo mais do que os itens livres em 2020, disse.

Serrano ressalta que houve forte e rápida depreciação do câmbio neste mês, o que demandaria novo reajuste da gasolina nas refinarias. Esses preços estão inalterados desde 30 abril, em linha com a nova política de correções mais espaçadas da Petrobras. Pensando em 2020, a trajetória da gasolina vai depender do que acontecer com o câmbio, maior fonte de incerteza para o cenário inflacionário no período, afirma.

 Considerando uma acomodação do dólar após a aprovação da reforma da Previdência, o economista estima que os preços administrados vão desacelerar de 5,7% para 5,2% entre este ano e o próximo. A gasolina deve pressionar menos o IPCA em 2020, mas, por outro lado, preços que consideram índices de inflação passada em seus reajustes terão alta maior, pondera.

Para Carlos Thadeu de Freitas Filho, economista-chefe da Ativa Investimentos, o BC pode ter assumido um efeito do petróleo mais caro sobre o IPCA deste ano, o que geraria uma inércia para o ano seguinte. Também mais pessimista do que o consenso de mercado, Freitas calcula que as tarifas administradas vão subir 6,2% em 2019 e 5,8% em 2020.

Recentemente, a Ativa ajustou para cima suas projeções para a inflação total neste ano e no próximo, para 4,2% e 4,1%, respectivamente, também devido ao impacto previsto da peste suína na China sobre os preços de alimentos no mercado doméstico. "Colocamos no nosso cenário um aumento maior de preços administrados devido à gasolina e uma variação maior dos preços de proteínas", disse Freitas.

Ele pondera, no entanto, que, mesmo com o choque de proteínas, suas previsões para a variação dos preços livres seguem modestas, visão da qual o BC aparentemente compartilha. Para a Ativa, os preços definidos livremente pelo mercado vão subir menos que o IPCA em 2019 e também em 2020 (3,6% e 3,9%).

"O BC tem sido surpreendido pelos preços administrados, mas, por outro lado, o efeito líquido que vai ficar na inflação daqui para frente vai ser de preços de serviços mais baixos", comportamento relacionado à retomada fraca da atividade, que não ganha tração, diz.

 

Economia está com imunidade baixa, diz economista-chefe do Itaú

A economia brasileira está com imunidade muito baixa e não é necessário que ocorra algum evento político ou monetário grande lá fora para ter algum impacto no mercado local, avalia o economista-chefe do banco Itaú Unibanco, Mario Mesquita. Para ele, os investidores estrangeiros estão começando a ficar céticos com a realização da reforma da Previdência no Brasil.

O economista-chefe do Itaú Unibanco participa nesta segunda-feira do V Seminário Anual de Política Monetária, promovido pelo Valor e pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE). Mesquita afirmou que os últimos dois anos - 2017 e 2018 - foram positivos para a economia mundial, que teve o maior crescimento desde a crise financeira de 2008.

O movimento, no entanto, não foi acompanhado pelo Brasil. Já em 2019, deve haver uma desaceleração global. O ex-diretor de política monetária do Banco Central lembrou que o Federal Reserve (Fed) começou “bem ou mal” a ajustar sua política monetária. Já a China tem dado estímulos à economia, porém de forma mais comedida do que no passado.

Mesquita apontou que a guerra comercial entre o Estados Unidos e a China pode reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 0,5%. “Uma mera incerteza já serve para segurar o investimento”, afirmou.

O economista apontou que já havia uma tendência de desaceleração do comércio mundial antes da chegada de Donald Trump à presidência dos EUA, o que apenas acelerou o movimento. O aumento do indicador de incerteza de política econômica está relacionado com o aumento de países que têm regimes populistas ou autoritários, o que geralmente é negativo para o investimento.

Para Mesquita, com o fluxo de comércio internacional em baixa ou “com pouco upside”, corrobora uma “visão meio cética sobre o real”. Já o Banco Central Europeu (BCE) deve adiar consideravelmente a normalização da política econômica “por bastante tempo”, avalia. E com uma inflação global fraca, aumentam os debates em relação ao ‘framework’ de política monetária a ser perseguida pelo Fed.

 

ESTADÃO

OCDE reduz projeção de crescimento mundial em 2019 de 3,3% para 3,2% por incerteza no comércio

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)reduziu sua projeção de crescimento global neste ano de 3,3% para 3,2%. Segundo relatório de perspectiva divulgado nesta terça-feira, 21, pela entidade sediada em Paris, a incerteza no comércio influencia negativamente o quadro. Para 2020, a expectativa é de avanço maior no crescimento, de 3,4%, patamar mantido em relação à projeção anterior.

Com as tensões comerciais, existe incerteza e piora na confiança, o que penaliza os investimentos, aponta a OCDE. Com isso, o setor manufatureiro tem sido prejudicado. Entre os principais riscos a entidade cita justamente a chance de um período prolongado de tarifas mais altas entre Estados Unidos e China; novas barreiras comerciais entre Estados Unidos e União Europeia; uma desaceleração mais forte da economia chinesa; crescimento contido na Europa; e vulnerabilidades financeiras por causa do alto endividamento.

No caso dos Estados Unidos, a OCDE projeta crescimento de 2,8% neste ano, acima dos 2,6% previstos anteriormente. Para 2020, a expectativa subiu de alta de 2,2% para 2,3%. Para a China, as projeções de crescimento foram mantidas, em 6,2% em 2019 e 6,0% em 2020.

Na zona do euro, a projeção de crescimento aumentou de 1,0% a 1,2% em 2019, enquanto em 2020 ela passou de 1,2% para 1,4%. No Japão, por outro lado, a OCDE espera crescimento de 0,7% em 2019, quando anteriormente havia previsto avanço de 0,8%.

No caso do Brasil, a OCDE espera crescimento de 1,4% em 2019 e de 2,3% em 2020.

 

BANCO DE TALENTOS

ÁREA DO ASSOCIADO

O Sinduscon/RN pensa como você, e por isso trabalha:

NOSSA MISSÃO

Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental

POLÍTICA DA QUALIDADE

O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.

CONTATO

55 84 3206 5362

contato@sindusconrn.com.br

SOCIAL

LOCALIZAÇÃO

Rua Raimundo Chaves, 2182 - Sala 101 Empresarial Candelária - Candelária - Natal/RN

SINDUSCON/RN (C) 2012 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS