Quinta-feira

VALOR

É natural que encurtemos um pouco o prazo das nossas atuações, diz diretor do BC

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta quarta-feira que o encurtamento do prazo de operações compromissadas, anunciado ontem à noite, é natural diante de questões conjunturais, que obrigaram o Tesouro Nacional a encurtar o prazo médio da dívida pública. A estratégia de reduzir o prazo das compromissadas foi adotada, segundo o dirigente, “para não concorrer com a dívida pública”.

Serra, além disso, enfatizou que a taxa básica de juros nas mínimas históricas não é o fator que tem dificultado o gerenciamento da dívida pelo Tesouro. “Se a Selic estivesse gerando dificuldade para a captação, o dinheiro estaria saindo de investimentos no Brasil. O investidor que está saindo de uma LFT tem ido para as compromissadas, ou seja, o problema não está na Selic”, disse o dirigente ao participar de evento organizado pela Renascença DTVM e pela Panamby Capital.

Para o dirigente, a mudança no prazo das compromissadas é operacional, já que, “é indiferente, para o BC, se os investidores vão querer alocar recursos no overnight ou em títulos públicos”. Ele apontou, ainda, para fatores positivos de um alinhamento entre BC e Tesouro quanto a um diagnóstico claro do cenário à frente. Serra disse, ainda, que a raiz do problema que gerou uma correção significativa nas taxas de deságio das LFTs não está na Selic, mas sim na questão fiscal. “Temos dificuldade para controlar a dívida bruta e a mobiliária segue esse movimento”, afirmou.

Durante o evento, ele lembrou que a abertura de prêmios nas LTNs de prazo mais longo já estava em andamento e que, depois do início desse movimento, as taxas de deságio das LFTs começaram a subir. De acordo com o diretor do BC, o mercado de LFT demorou mais para reprecificar o movimento e fez isso de forma “abrupta” por ter uma liquidez menor.

Questionado sobre a possibilidade de uma atuação do BC na recompra de títulos públicos no mercado secundário, Serra avaliou que essa ação poderia ocorrer em um momento de disfuncionalidade maior. Para ele, isso seria ver “um movimento de forma maciça, numa corrida contra a indústria de fundos”.

Na avaliação do dirigente, “disfuncionalidade não é preço baixo ou alto, é um conceito mais amplo”. Ele destacou que a volatilidade excessiva dos mercados não é adequada, mas ressaltou que ela é compreensível neste momento de ajuste grande da percepção das pessoas quanto à questão econômica.

Serra afirmou que a autoridade monetária tem disposição para vender reservas, caso isso seja necessário, mas ressaltou que não há o desejo de fazer isso. “Passamos um bom tempo sem vender reservas e, ao longo deste ano, dependendo da necessidade do mercado, atuamos dependendo da necessidade do mercado”, afirmou.

O dirigente disse que as reservas têm a função de proteger o país de choques externos e que evitam o mau funcionamento do mercado de câmbio. Questionado, ainda, sobre a inclinação da curva de juros, Serra afirmou que o Brasil está em um período de incertezas e os investidores se questionam sobre as implicações na condução futura da política fiscal, o que tem gerado uma diferença grande entre os juros de curto prazo e as taxas mais longas. “Quando o mercado opera juro longo, coloca riscos de assimetria e de choques importantes. É natural que isso ocorra”, disse.

Apesar disso, para o dirigente, o mercado mostra que está disposto a financiar o Brasil no caso de uma agenda clara e que contemple a sustentabilidade da dívida, mesmo que em prazos mais longos.

Juros Serra apontou ainda que os riscos altistas, que têm se sobreposto aos baixistas no balanço de riscos da autoridade monetária, vêm das dúvidas quanto ao cenário fiscal e enfatizou que não há uma relação mecânica entre uma possível retirada do “forward guidance” (prescrição futura) e elevações na taxa Selic.

“Entendendo que é há um risco que desloca o balanço para uma assimetria, que é algo difícil de se mudar e tendo em mente os limites da política monetária, o BC entendeu que seria apropriado escrever um ‘forward guidance’, que funciona como um contrato com os participantes do mercado”, disse.

Serra apontou, ainda, que a prescrição futura permitiu ao BC falar que, “colocando o risco fiscal de lado, vamos focar no cenário base e isso nos indica que será possível ou desejável manter a Selic estável por um período prolongado”. Assim, ao comentar sobre as pressões inflacionárias observadas no curto prazo, o dirigente disse que esses choques têm tido pouco impacto nas expectativas de inflação no horizonte relevante para a política monetária.

Serra enfatizou que o BC está em um modelo de metas de inflação e que o “forward guidance” foi um instrumento de comunicação escolhido dentro do arcabouço desse regime de metas. Assim, para ele, não há uma ligação mecânica entre uma possível retirada da ferramenta e elevações de juros. “Há cenários em que o ‘forward guidance’ cai e nada acontece”, afirma.

 

Abandono do teto pode iniciar processo de revisão do rating brasileiro, diz Moody’s

A discussão relacionada ao Renda Cidadã inflamou as incertezas sobre a sustentabilidade fiscal do Brasil, diante da possibilidade de introdução de nova pressão sobre os gastos públicos. Mas, sob determinadas condições, o programa pode ser positivo para o país, avalia a vice-presidente sênior e analista responsável pelo rating soberano do Brasil pela Moody’s, Samar Maziad, ontem evento on-line da agência.

Segundo a executiva, “se o governo tiver comprometimento com o teto de gastos e com a trajetória vista antes da pandemia, mantendo a disciplina fiscal, a implantação do programa seria positiva” para o crescimento. Qualquer avaliação sobre o impacto de tornar permanente o programa de renda básica, “depende da proposta e das decisões que forem tomadas”, acrescenta a analista.

Um novo programa que estenda o alcance do Bolsa Família e outros benefício “vai exigir medidas compensatórias e outras a serem aprovadas pelo Congresso”. Na avaliação da analista sênior da Moody’s, uma flexibilização ou abandono do teto pode iniciar um processo de revisão do rating brasileiro, na medida em que o evento poderia deteriorar as expectativas macroeconômicas e a confiança de investidores e consumidores. “O teto é a principal âncora fiscal [do Brasil] e um ponto-chave para a expectativa dos investidores sobre o rumo do endividamento e o crescimento do peso da dívida.”

De acordo com Samar, o rating brasileiro “Ba2”, com perspectiva estável, conforme revisão realizada em maio, “incorpora a deterioração [econômica] deste ano, mas também considera a retomada da consolidação fiscal no ano que vem”, com o avanço da agenda de reformas e manutenção do teto.

No evento, a vice-presidente sênior Ceres Lisboa mostrou um estudo que mostra situação confortável para os bancos brasileiros em relação ao cenário de inadimplência pós-pandemia. A projeção da agência indica que o nível atual de provisões das instituições pode absorver 20% de perdas dos empréstimos que tiveram prazos de pagamento prorrogados até agosto.

Segundo a analista, os bancos em junho mantinham uma provisão para devedores duvidosos (PDD) de cerca de 7% das carteiras. “Os bancos elevaram as provisões ao longo do primeiro semestre e hoje têm uma capacidade de absorver perdas bastante importante”, avalia executiva.

 

Caixa reduz taxa de juros e amplia carência do crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal anunciou medidas de estímulo ao crédito imobiliário que podem envolver R$ 83 bilhões com redução de juros, possibilidade de pagamento parcial da prestação e carência de seis meses para os novos contratos de financiamento. Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, a partir de 22 de outubro, a taxa de juros dos financiamentos imobiliários para a pessoa física corrigidos pela TR será reduzida. Até ontem, a taxa nesses contratos variava entre 6,5% e 8,5% mais TR. A partir do dia 22, vai variar entre 6,25% e 8% mais TR.

O presidente da Caixa anunciou ainda a ampliação da carência de pagamento por seis meses para novos contratos. As contratações devem ser feitas até o dia 30 de dezembro e a expectativa é de que mais de 30 mil clientes possam ser beneficiados. Preocupada com o fim da pausa nos pagamentos dos financiamentos imobiliários, a Caixa ainda está abrindo a possibilidade do pagamento parcial das parcelas dos financiamentos. O valor não pago será incorporado ao saldo devedor.

O pagamento parcial pode ser de 75% da prestação por até 6 meses e entre 50% e 75% da prestação por até três meses. Além disso, em outubro e novembro, serão feitos feirões online da casa própria. Segundo o vice-presidente de habitação da Caixa, Jair Mahl, as medidas não comprometem a situação financeira do banco. "Talvez a Caixa nunca tenha experimentado gestão tão austera do aspecto de controle de capitais", frisou, acrescentando que a gestão é focada em liquidez.

Mahl ressaltou ao Valor que o banco é o mais líquido do mercado e que a Caixa não empresta recursos a grandes companhias. "Concentramos naquilo que sabemos fazer", disse ao citar o crédito imobiliário e para micro e pequenas. "Estamos muito tranquilos do ponto de vista de capital e índice de liquidez", reforçou.

O presidente da Caixa informou que a carteira de crédito imobiliário do banco atingiu R$ 500 bilhões em outubro. Em janeiro de 2019, essa carteira era de R$ 441 bilhões. O crescimento da carteira se deu, em especial, durante a pandemia de covid-19. "Essa é uma demonstração de foco da Caixa nesse segmento relevante para o Brasil. Depois do segmento agropecuário, o imobiliário foi o que sentiu menos com a pandemia", afirmou Guimarães.

Com isso, o market share da carteira de crédito imobiliário chegou a 69,3%. Os empréstimos que mais crescem são os que contam com funding da carteira de poupança. O banco estima conceder mais de R$ 14 bilhões em crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança até o fim do ano.

 

Procura por crédito cresce e pode esgotar certas linhas

A demanda por crédito rural disparou no trimestre de abertura do ano-safra 2020/2021. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que os desembolsos somaram R$ 73,8 bilhões no acumulado de julho, agosto e setembro, um avanço de 28% em relação aos três primeiros meses do ciclo anterior.

A procura é intensa por recursos em todas as operações (custeio, comercialização e investimentos), um cenário que já leva ao esgotamento precoce das principais linhas com juros subsidiados do Plano Safra 2020/2021. Vários fatores explicam o apetite dos produtores e agroindústrias.

Redução dos juros, perspectiva de safra recorde de grãos, valorização das cotações de importantes produtos da pauta de exportação (soja, milho, café, algodão, proteína animal) e demanda internacional aquecida potencializaram as margens no campo. “O aumento das exportações e o câmbio favorável trouxeram para diversas culturas e atividades alguns dos preços recorde da série histórica. Isso explica uma demanda crescente por crédito e que deve continuar”, explica Antonio Chiarello, diretor de agronegócios do Banco do Brasil.

Para a atual safra, o BB disponibilizou R$ 103 bilhões para o campo, volume 11,3% maior em relação aos R$ 92,5 bilhões do último ano agrícola. Entre julho e setembro, foram emprestados R$ 30 bilhões, alta de 20% em relação a igual período do ano passado. A demanda está especialmente aquecida por linhas de investimento, conforme balanço da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa.

Neste início da safra, enquanto os contratos de financiamento de custeio subiram 20% (R$ 42,5 bilhões) e os de comercialização 4% (R$ 6,5 bilhões), a contratação das linhas de investimento teve alta de 72% (R$ 19,6 bilhões). “ O recorde de produção agrícola com preços inimagináveis, aliado a um custo de produção que não se alterou tanto, aumentam as margens e levam o produtor a buscar produtos de crédito para investir”, opina o diretor de agronegócio do Bradesco, Roberto França.

O forte apetite nas operações de investimentos levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a alertar para o esgotamento dos recursos de programas com linhas equalizadas, a exemplo do Pronaf (agricultura familiar), Pronamp (médios produtores rurais) e Inovagro (inovação tecnológica).

A queda nas taxas de juros contribuiu para a redução das taxas dos programas equalizados, o que aumentou a demanda. “Se compararmos as taxas médias com as da safra anterior, elas estão entre 1,0 e 1,5 ponto percentual em média mais baixas”, diz Tiago Luiz Peroba, chefe do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES.

 Já antevendo a alta demanda, o Mapa previu para o atual Plano-Safra o remanejamento de recursos entre as linhas com maior e menor demanda. “Mesmo que isso ocorra, é pouco provável que dê conta de suprir a procura e a demanda reprimida da safra passada”, diz o diretor-executivo de crédito do Banco Cooperativo Sicredi, Gustavo Freitas. A situação não é inédita.

No ciclo passado, diz o executivo, também houve o esgotamento precoce de recursos de longo prazo de programas equalizados. “Em algumas linhas operadas pelo BNDES, os recursos se esgotaram em 22 de outubro de 2019. Em maio deste ano, o orçamento adicional de R$ 500 milhões se esgotou em quatro horas e meia”, diz. No primeiro trimestre do atual ano-safra, o Sicredi já desembolsou R$ 9 bilhões, um crescimento de 20% sobre os R$ 7,5 bilhões de igual período do ano passado.

Nas linhas de investimentos, o crescimento foi de 141%. As instituições financeiras estruturam alternativas para financiar o campo, em uma matriz que se torna mais diversificada a cada ano. Crescem recursos em poupança com exigibilidade rural, Cédulas do Produto Rural (CPR), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e recursos livres.

 

FOLHA

Banco Mundial, FMI e G20 alertam para endividamento de emergentes

Três dos principais organismos multilaterais do mundo expressaram nesta quarta-feira (14) preocupação com os efeitos da pandemia do coronavírus sobre os países em desenvolvimento e apontaram para um cenário de dificuldades para a frente, com aumento do endividamento dos emergentes.

Enquanto a recessão é menos severa do que se temia nas economias avançadas, na maioria dos países em desenvolvimento tornou-se depressão, especialmente para os mais pobres, avaliou o Banco Mundial.

“Nossos últimos dados econômicos e de pobreza mostram uma desigualdade terrível causada pela pandemia e por paralisações econômicas”, disse o presidente da instituição, David Malpass, durante reunião de ministros de finanças e chefes de Banco Central do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.

Malpass afirmou que o que está sendo visto até o momento é uma recuperação em forma de “K”, sendo que as economias avançadas são a perna de cima, que segue em recuperação e têm conseguido dar suporte especialmente para os seus mercados financeiros e alguns trabalhadores.

“Para os países em desenvolvimento, especialmente os mais pobres, que são aquela perna de baixo do ‘K’, há uma crescente e terrível recessão, ou depressão, por causa da perda de empregos, receitas e remessas de trabalhadores que estão no exterior.”

No mesmo evento, os líderes do G20 ressaltaram a necessidade urgente de controlar a pandemia e prometeram “fazer o que for preciso” para apoiar a economia e a estabilidade financeira global.

Em um longo comunicado a que a Reuters teve acesso, eles concordaram, em princípio e pela primeira vez, com um “arcabouço comum” para lidar caso a caso com o número crescente de países de baixa renda que enfrentam problemas de dívida, que deve ser finalizado em uma nova reunião do grupo em novembro.

As autoridades do G20 concordaram em estender o congelamento dos pagamentos oficiais da dívida bilateral por seis meses e expressaram desapontamento com a ausência de credores do setor privado no processo de moratória.

O FMI calcula que as ações fiscais de combate à Covid-19 somam US$ 11,7 trilhões (R$ 65,2 trilhões) em todo o mundo, até 11 de setembro, próximo a 12% do PIB global. Com isso, a relação entre dívida e PIB global deve saltar de 83% para 98,7% neste ano.

“A resposta enérgica dos governos salvou vidas, apoiou pessoas e empresas vulneráveis e mitigou as consequências da pandemia na atividade econômica”, observou o FMI em comunicado divulgado também nesta quarta. “No entanto, as consequências da crise para as finanças públicas, combinadas com a perda de receitas resultante da contração da produção, foram enormes”.

Malpass, do Banco Mundial, afirmou que a instituição espera conceder mais de US$ 50 bilhões em doações ou créditos até junho de 2021, para países mais frágeis. Também propôs um pacote suplementar de US$ 25 bilhões. O executivo do Banco Mundial reafirmou que a pandemia pode levar mais 150 milhões à pobreza extrema até 2021 e destacou o aumento de doações e empréstimos que atingirão os limites de capital do banco.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que uma maior cooperação internacional é necessária para se trabalhar numa vacina e que o progresso inicial pode aumentar a renda global em até US$ 9 trilhões até 2025.

O FMI projeta recuperação parcial e desigual da economia em 2021, com crescimento global estimado em 5,2%, mas alertou que ainda existem riscos significativos, incluindo o ressurgimento do vírus.

Apesar da piora das contas públicas em todo o mundo, o FMI avaliou que a política fiscal deve continuar a ser uma ferramenta essencial. Para países em piores condições financeiras, o Fundo disse que será necessário repriorizar gastos e entregar mais com menos, aumentando a eficiência.

“Países com espaço fiscal limitado e menor acesso a financiamento devem proteger o investimento público e as transferências para famílias de baixa renda, aumentando ao mesmo tempo a taxação progressiva e assegurando que empresas altamente lucrativas estejam sendo adequadamente tributadas.”

O fundo estima que um aumento do investimento público em 1% pode elevar o PIB mundial em 2,7%, o investimento privado em 10% e o emprego em 1,2% em dois anos, se os recursos públicos forem alocados de forma eficiente e o nível de endividamento público e privado não enfraquecer a resposta do setor privado.

“Embora o endividamento público esteja em níveis recordes, é necessário mais suporte para proteger as pessoas que não podem ganhar a vida sob as atuais circunstâncias e para promover uma forte recuperação”, disse o fundo. “As políticas fiscais devem ser adequadas às diferentes fases da pandemia, adaptando-se à evolução das necessidades e garantindo a sustentabilidade da dívida.”

Na terça, o FMI revisou sua projeção para a queda do PIB mundial de 5,2% para 4,4%. Para o Brasil, a estimativa passou a queda de 5,8% este ano, menor do que o tombo de 9,1% esperado anteriormente.

 

Dívida brasileira vai passar de 100% do PIB em 2020, diz FMI

 O FMI calcula que a dívida bruta brasileira deve ultrapassar a marca de 100% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020 e que não há perspectiva de estabilização pelo menos até 2025.

A deterioração fiscal e aumento da dívida pública brasileira seguem tendência mundial, em meio ao aumento de despesas dos países em resposta à pandemia, mas as estimativas para o Brasil chamam atenção por destoarem dos demais emergentes e pela piora em relação às projeções do próprio FMI feitas em abril.

No relatório Monitor Fiscal divulgado nesta quarta-feira (14), o fundo estima que a relação entre dívida bruta e PIB do país deve saltar de 89,5% para 101,4%, devido ao aumento de despesas com a pandemia.

O patamar é o segundo mais alto entre os emergentes para os quais o FMI tem dados, atrás apenas de Angola. Até 2025, deve chegar a 104,4%.

Em abril, o FMI estimava que a relação entre dívida bruta e PIB do país chegaria a 98,2% em 2020 e se estabilizaria nesse nível em 2021.

Pelo critério do fundo, os títulos do Tesouro mantidos em carteira pelo Banco Central entram na conta da dívida bruta. Nos seus cálculos, o BC desconsidera esses papéis. Com isso, a autoridade monetária brasileira estima que a relação entre dívida bruta e PIB fechou 2019 em 75,8%.

 

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