Quarta-feira

VALOR ECONÔMICO

Indústria mostra recuperação lenta e gradual

A alta de 0,1% da produção industrial em fevereiro sobre janeiro, feitos os ajustes sazonais, frustrou as expectativas de uma expansão maior do setor, já que a média das projeções colhidas pelo Valor Data apontavam para alta de 0,5%. A Pesquisa Industrial Mensal ¬ Produção Física (PIM¬PF), divulgada ontem pelo IBGE, foi considerada mais um sinal de que a atividade industrial está em processo de recuperação, ainda que fraca, confirmando, por enquanto, o prognóstico de alguns economistas de que a retomada da atividade será um processo 'lento e gradual'.

Com redução no setor extrativo e na fabricação de bens semiduráveis e não duráveis, o dado da indústria pode até levar a revisões para baixo nas projeções para o desempenho da economia no primeiro trimestre, mas os especialistas destacaram que uma observação mais atenta dos dados permite ver um quadro um pouco melhor.

Apesar de, na média, o indicador ter ficado praticamente estável na passagem mensal, três das quatro grandes categorias econômicas elevaram sua produção. Os destaques foram os bens de consumo duráveis e bens de capital, que cresceram 7,1% e 6,5% no mês, respectivamente. Segundo economistas, a aparente discrepância entre o número total e os resultados desagregados mais expressivos ocorre porque a dessazonalização é feitos separadamente para cada série calculada pelo IBGE.

Assim, é possível que grande parte dos segmentos mostre crescimento maior e a média de setores, não. Outro dado positivo em fevereiro foi a evolução da média móvel trimestral da produção. Usado para medir tendências e tirar a volatilidade do número mensal, o indicador subiu 0,8% em fevereiro, depois de duas altas seguidas nos meses anteriores, de 0,9% e 0,6%. "A boa notícia é que aquela característica de quedas sucessivas ficou para trás", afirmou André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE.

"Há uma melhora recente na produção, mas ainda assim o setor industrial continua operando em um patamar muito baixo na série." De janeiro para fevereiro, 13 dos 24 ramos de atividade que compõem a pesquisa tiveram aumento na produção. As maiores influências positivas partiram de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%) e máquinas e equipamentos (9,8%).

Na outra ponta, o setor de produtos alimentícios recuou 2,7%. Fora do setor de transformação, a indústria extrativa registrou comportamento negativo no período, com queda de 0,5%.

David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch (BofA), aponta que a extração de minério de ferro foi a maior surpresa negativa em relação ao resultado de fevereiro, mas já houve reversão da queda em março, o que é uma boa notícia. "Continuaremos a ver uma recuperação gradual da indústria", avalia Beker, para quem a produção vai crescer 1% na média de 2017.

Riscos para baixo, no entanto, seguem no cenário, diz ele. Em função do dado de fevereiro, o PIB esperado para o primeiro trimestre pode ser mais fraco do que o previsto, afirma Natalia Cotarelli, do banco ABC Brasil. A projeção do ABC para o desempenho da atividade no período ainda não está fechada, mas a expectativa é de crescimento, principalmente em função do setor agropecuário, diz Natalia.

O banco trabalhava com expansão de 0,8% da produção industrial na última medição. Se a produção ficar estável em março, calcula a economista, o primeiro trimestre registrará expansão de 1,6% ante os últimos três meses de 2016 na comparação dessazonalizada. Para o PIB industrial, ela espera estabilidade ou ligeira alta na mesma comparação. Embora o dado geral tenha ficado estável na passagem mensal, Natalia viu o desempenho dos segmentos de bens duráveis e bens de capital como resultados favoráveis.

Para Luiz Castelli, da GO Associados, esses dois segmentos, mais sensíveis à trajetória dos juros e da confiança, devem puxar a reação modesta da indústria em 2017. Esses foram os setores que mais reduziram seu nível de atividade nos últimos três anos, observa Castelli, que projeta aumento de 1,8% da produção na média do ano. A indústria precisa crescer a um ritmo médio de 0,9% por trimestre para que essa previsão se concretize, estima.

A alta na fabricação de bens de capital no mês é uma sinalização positiva para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas, construção civil e pesquisa), acrescenta Castelli. "Conforme a taxa de juros real da economia cair, o investimento vai voltar a crescer junto com a produção", diz ele.

Pelos dados já divulgados para março ¬ por enquanto, apenas a confiança industrial e o nível de utilização da capacidade instalada, ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV) ¬ a indústria também deve ter crescido no mês, diz o economista. Essa perspectiva pode ser confirmada amanhã, após a divulgação da produção de veículos.

 

Crédito segue fraco em 2017

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, considerou improvável que o mercado de crédito volte a crescer neste ano e disse que ainda falta demanda para as operações. "Não acredito que o crédito volte a crescer neste ano", disse o executivo durante evento do Bradesco BBI em São Paulo. Segundo Trabuco, o crédito ainda não recuperou seu volume, embora tenha parado de cair "tanto" em fevereiro.

Em março, no entanto, o estoque ainda pode ter um pequeno recuo, acrescentou. Trabuco afirmou que os bancos ainda não estão concedendo crédito novo às companhias envolvidas na LavaJato. Estão apenas alongando as linhas já existentes. "Crédito novo depende de projetos, e essas empresas estão encolhendo", observou.

 

Queda da Selic reduz em R$ 20 bi subsídio à TJLP

Apesar de a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) na semana passada ¬ de 7,5% para 7% ao ano ¬ representar, em um primeiro momento, um aumento das despesas para o governo, a queda esperada da taxa Selic neste ano deve contribuir para reduzir o diferencial de juros e, consequentemente, do subsídio implícito nessas operações.

Estudo realizado pelo Departamento Econômico do banco Santander sobre o impacto da mudança da TJLP para as empresas estima que a cada ponto percentual de redução da diferença entre a taxa Selic e a TJLP há uma economia de R$ 5 bilhões por ano nos subsídios implícitos, considerando um estoque de cerca de R$ 500 bilhões de financiamento concedido pelo BNDES atrelado à TJLP. Parte dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar os empréstimos subsidiados concedidos pelo BNDES está atrelada à Selic.

Considerando a queda projetada da Selic média no boletim Focus, de 14% em 2016 para 10,38% no fim de 2017, e o recuo da TJLP média de 7,5% no ano passado para 7,125% neste ano, a economia do governo em subsídios neste ano seria da ordem de R$ 20 bilhões, estima o Santander.

Os subsídios ao BNDES entram na conta de juros da dívida pública líquida e não afetam o déficit primário, apenas o nominal. A cada trimestre o Conselho Monetário Nacional (CMN) reavalia a TJLP. A taxa Selic, hoje em 12,25%, é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A partir de janeiro de 2018, a TJLP deve ser substituída pela Taxa de Longo Prazo (TLP), que passará a indexar as novas operações de empréstimos.

A TLP deverá convergir gradualmente, no prazo de cinco anos, para a remuneração integral da NTN¬B, passando a usar a taxa prefixada desse título mais a variação do IPCA. Assim, ao longo dos próximo cinco anos, e conforme o estoque de empréstimos do BNDES atrelado à TJLP for caindo, o custo fiscal com esse subsídio tende a zero. No mesmo relatório, o banco Santander levantou quais devem ser os setores mais beneficiados e afetados pelo corte em meio ponto percentual, de 7,5% para 7%, na TJLP.

Segundo o apontamento da instituição, os segmentos de transportes, papel e celulose, siderúrgicas e telecomunicações devem ter impacto positivo no lucro líquido de 2017, com destaque para transportes, cuja última linha de balanço deve ter ganho de 2%. Entre as companhias, o benefício deve ser de 15,4% no lucro líquido da Rumo Logística, de 7,4% da Renova Energia, de 4,1% para Klabin e de 2,3% para Randon.

No entanto, as companhias que usam a taxa como compensação fiscal devem ter seus ganhos ligeiramente afetados, com destaque para mineração, bancos e saúde. Nesta outra ponta, o impacto negativo maior sobre o lucro de 2017, de acordo com o relatório, deve atingir empresas como Totvs, com 1,5%; EcoRodovias, com redução de 1,4%; Comgás, com 1,3%; e Vale, com contração de 1,2%.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou ontem, em evento promovido pelo Bradesco, a mudança na TJLP, que passa a chamar TLP a partir de janeiro e, em um processo de convergência de cinco anos, ficará mais próxima das taxas de mercado. "O objetivo foi queda da taxa de juros estrutural, porque diminuiu tamanho do Estado na economia".

Segundo Meirelles, o esforço de redução do tamanho do Estado como consumidor de recursos na economia e as reformas microeconômicas em curso e em planejamento elevarão o crescimento potencial do país dos atuais 1,3% para algo "acima de 3,5% ou até próximo de 4%" no médio prazo. Entre as medidas microeconômicas que promoveriam maior desburocratização do ambiente de negócios no país, Meirelles citou o cadastro positivo de tomadores crédito, o portal único de comércio exterior e a nova lei de falências, além da lei que regulamenta a terceirização e a proposta de reforma trabalhista, que tramita no Congresso.

 

Com errata, relatório do BC projeta inflação mais baixa

O Banco Central (BC) publicou, ontem à noite, uma errata do Relatório de Inflação (RTI) divulgado na semana passada. As projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em dois diferentes cenários de uma das mais importantes peças de comunicação da autoridade monetária foram ajustadas para baixo de forma relevante.

Após as correções, no cenário com taxas de juros e câmbio constantes, o antigo "cenário de referência", a projeção para 2017 caiu de 3,9% para 3,6% e para 2018 recuou de 4% para 3,3%, uma queda de 0,7 ponto percentual.

Segundo o BC, "a projeção é menor do que no cenário anterior porque, como a trajetória da inflação é de queda, o pressuposto de taxa de juros nominal constante resulta em aumento na taxa de juros real, pressionando ainda mais a inflação para baixo." Já no cenário híbrido, com taxa de câmbio da pesquisa Focus e taxa Selic constante, a projeção para 2017 caiu de 3,9% para 3,7% e para 2018 mudou de 4,2% para 3,5%.

Ainda de acordo com o BC, todas as demais informações, projeções e tabelas do relatório continuam válidas e não foram alteradas. Em nota, o BC diz que "foi corrigido erro operacional no cálculo dos valores referentes às projeções de inflação". A correção pegou dois dos quatro diferentes cenários apresentados.

Segundo o próprio BC, a projeção que traz mais informação no momento de queda da Selic, como agora, é aquela que considera as trajetórias de câmbio e Selic da pesquisa Focus, o antigo "cenário de mercado", que mostra IPCA de 4% no fim de 2017, 4,5% em 2018 e 4,6% para os 12 meses encerrados no primeiro trimestre de 2019. Essas projeções não foram alteradas.

O economista¬chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo, diz que desde a divulgação do RTI alguns agentes de mercado vinham demonstrando estranhamento com as projeções do documento para o IPCA, consideradas elevadas. Segundo ele, porém, como as estimativas para o cenário de mercado foram mantidas, é provável que o impacto sobre os juros futuros de mercado seja mais limitado.

Nesta semana, analistas econômicos perguntaram a dirigentes do BC sobre as projeções em reuniões fechadas, apurou o Valor, que davam a entender que houve uma perda de potência dos juros. As projeções apresentadas pelo BC na semana passada davam conta de que, se os juros caíssem a 9% até o fim de 2017, como previsto pelo mercado, e o câmbio se desvalorizasse como antecipado pelos analistas, a inflação de 2018 ficaria em 4,5%. Mas numa outra projeção, em que os juros ficassem estáveis nos 12,25% ao ano atuais e o câmbio evoluísse como prevê o mercado, a inflação ficaria em 4%.

Ou seja, apesar de juros 3,25 pontos percentuais maiores, a inflação ficaria apenas 0,5 ponto percentual menor. Grosso modo, nesse cenário, cada ponto percentual de alta de juros teria um efeito de 0,16 ponto percentual na inflação. Muito menos do que o efeito de cerca de 0,3 ponto que os economistas normalmente encontram nos seus modelos.

Com a correção, a inflação projetada para 2018 cai a 3,3%, considerando juros constantes e a desvalorização prevista pelo mercado. Isso significa que uma alta de um ponto percentual nos juros leva a uma queda de 0,36 ponto percentual da inflação, uma potência da política monetária mais em linha com o histórico anterior.

A errata não tem consequência para a condução da política monetária, mas fica o constrangimento de corrigir um dos mais importantes documentos do BC, depois de uma polêmica envolvendo essas projeções. Em fevereiro, o BC deixou de divulgar no comunicado do Copom o cenário com juros constantes, com o argumento de que era pouco informativo. Parte do mercado não gostou, porque essa projeção, junto com o cenário de mercado, dá uma ideia do poder de fogo da política monetária.

Alguns acusaram o BC de não divulgar o cenário com juros constantes porque ele, segundo essa visão, deixaria claro o quanto o nível atual de juros é alto no Brasil. O BC tem argumentado, porém, que nem sempre todas as projeções são úteis. Dependendo da situação, produzem mais ruído do que ajudam na comunicação de política monetária.

Resolveu, ainda, abandonar a antiga nomenclatura das projeções do cenário de referência. Na avaliação do BC, esse nome dava a falsa impressão de que essa era a projeção mais importante que as demais. Por isso, resolveu adotar o nome mais neutro de "projeção de inflação com taxas de juros constantes".

 

BC indica corte de um ponto antes do período de silêncio

Nos últimos pronunciamentos públicos antes do período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje, dirigentes do Banco Central cristalizaram a indicação de que os juros vão cair um ponto percentual em abril e, muito provavelmente, em maio. Em evento do Bradesco em São Paulo, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, esclareceu que a autoridade monetária não deu nenhuma indicação prévia de que poderá fazer uma pausa no ciclo de distensão monetária mais para o fim do ano.

Nos últimos dias, o BC manteve reuniões fechadas com participantes do mercado que consolidaram a visão de que o corte de juros poderia ser de um ponto. Alguns dos presentes nesses encontros, porém, entenderam que, mais para o fim do ano, o Copom poderia fazer uma pausa na baixa de juros, quando a taxa chegasse perto de 9% ao ano, retomando o ciclo em 2018, quando o BC tivesse mais segurança sobre os efeitos dos cortes de juros que estão sendo feitos no começo deste ano e sobre o cenário inflacionário para 2019.

Viana esclareceu, no evento em São Paulo, que há incerteza sobre o tamanho do ciclo de distensão monetária, mas lembrou que as projeções condicionais do Relatório de Inflação dão uma ideia dele. Sobre uma eventual pausa da queda dos juros em fins de 2017 para retomada em 2018, disse que é difícil fazer uma comunicação sobre um evento que está tão distante no tempo. "É difícil antecipar o que vai acontecer em um estado tão distante do ciclo", disse Viana. "Não dá para tentar comunicar além do que é razoável. Indiretamente nossa comunicação revela o tamanho do ciclo. As projeções com juros da pesquisa Focus revelam o que os modelos projetam para a inflação."

O Relatório de Inflação divulgado na semana passada aponta que, se os juros caírem a 9% em fins de 2017 e a 8,5% ao fim de 2018, a inflação projetada fica em 4,5% em 2018 e em 4,6% no primeiro trimestre de 2019, assumindo a desvalorização cambial prevista pelos analistas na mesma pesquisa Focus. Com câmbio estável, a inflação ficaria, respectivamente em 4,3% e 4,4%. Ou seja, o fim do ciclo, hoje, seria num percentual perto de 9% em 2017 e de 8,5% em 2018.

Na semana que vem, o Copom se reúne para decidir um novo corte nos juros e, pelas normas do colegiado, seus membros devem evitar fazer declarações de política monetária a partir da quarta¬feira da semana anterior. Viana confirmou que o corte de juros na próxima reunião será de um ponto ao dizer que intensificar a distensão nem sempre significa surpreender o mercado. Os juros futuros já precificavam majoritariamente uma redução de um ponto percentual em abril.

Alguns analistas econômicos ainda achavam possível que o Banco Central pudesse rever novamente a sua estratégia, cortando os juros mais de um ponto percentual, devido a uma nova safra de indicadores, divulgados após o ponto percentual, devido a uma nova safra de indicadores, divulgados após o Relatório de Inflação, mostrando debilidade da economia. "Estamos com sinais de que o pior pode ter ficado para trás."

Mais cedo, em depoimento à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, decidiu não falar sobre a condução da política monetária, procedimento que o Copom vem usando quando mantém sua comunicação em vigor. Ilan renovou ainda a visão do Banco Central de que a atividade econômica se estabilizou no primeiro trimestre, com grandes chances de entrar em uma trajetória de recuperação nos próximos trimestres.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Meirelles projeta crescimento 'em ritmo de 3%' no fim deste ano

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça (4) esperar que o país esteja crescendo até 2,7% no quarto trimestre, e em "ritmo de 3%" no fim do ano.

"Se olharmos a previsão do crescimento do quatro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, esperamos um crescimento de 2,7%. Vamos entrar em 2018 com um crescimento, um ritmo, acima de 3%. Portanto, está dentro da previsão", disse.

Presente à abertura de uma feira de defesa no Rio, Meirelles disse esperar recuperar "nos próximos trimestres" os 30% perdidos em investimentos nos dois últimos anos.

O quadro róseo foi reforçado pelo crescimento da produção automotiva, comemorado por Meirelles, ainda que não reflita a indústria como um todo.

Sobre o contingenciamento de R$ 41 bilhões anunciados na semana passada, Meirelles disse ser possível abater algo disso com o uso de precatórios depositados pela União em bancos e não retirados.

"Existe a disponibilidade de precatórios que foram depositados pela União nos bancos e que os beneficiários não retiram. Serão vários bilhões de reais", disse, complementando ao citar a expectativa de arrecadar R$ 8 bilhões com leilões do pré-sal ainda neste ano.

 

EXAME

Preço dos imóveis sofre queda real de 3,62% no último ano

O mercado imobiliário ainda não dá sinais de aumento nos preços e quem pretende adquirir a casa própria segue com margem para negociar. Os valores dos imóveis residenciais seguiram estáveis em março, apresentando uma discreta queda de -0,04%.

O dado é do último Índice FipeZap, que acompanha a variação dos valores de apartamentos anunciados para venda em 20 cidades brasileiras.

Nos últimos 12 meses, o preço médio dos imóveis acumulou alta de 0,77%, abaixo da inflação esperada para o período, de 4,55%, segundo o Banco Central. Assim, os demais preços da economia subiram mais do que os imóveis, em média, e a queda real foi de 3,62%.

A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem tem uma alta inferior ao aumento generalizado dos preços, medido por índices inflacionários, como o IPCA. Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.

Em 11 das 20 cidades pesquisadas pelo Índice FipeZap, os preços de imóveis à venda caíram em março.

O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para o Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.

Entre as cidades incluídas mais recentemente na composição do Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm séries históricas iniciadas em julho de 2012. O Índice FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.

O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.

Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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