Segunda-feira

VALOR ECONÔMICO

Sem recursos do FGTS, Caixa suspende financiamento imobiliário da linha pró-cotista

A Caixa Econômica Federal informou nesta sexta-feira (8) que suspendeu novas contratações de crédito imobiliário com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a linha pró-cotista.

"Os recursos disponíveis da modalidade atualmente são suficientes apenas para atender as propostas de financiamento já recebidas pelo banco", afirmou o banco em nota.

A pró-cotista financia a compra de imóveis de até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e de até R$ 800 mil nos outros Estados. É a linha de empréstimo habitacional mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida.

Um gerente de uma agência da Caixa na capital paulista, que pediu anonimato, disse à agência de notícias Reuters que novas contratações na pró-cotista estão suspensas há semanas.

"E quem teve o pedido de financiamento já aprovado tem até o fim deste mês para assinar, caso contrário vai perder", disse.

No comunicado, a Caixa afirma que deve receber nas próximas semanas cerca de R$ 3 bilhões para complementar os recursos da linha pró-cotista.

O banco negou que a suspensão esteja relacionada à falta de recursos por causa do resgate de recursos de contas inativas do FGTS, autorizado pelo governo em dezembro. Nos últimos dois meses, segundo o presidente Michel Temer, foram resgatados 15 bilhões de reais, e a expectativa é que o volume sacado das contas inativas chegue perto de R$ 40 bilhões até julho.

O vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza, disse à Reuters que, enquanto isso, o banco tem orientado os tomadores a buscar outras linhas de crédito, como a do SBPE, com recursos da caderneta de poupança.

A taxa de juro da pró-cotista da Caixa para não correntistas do banco é de 8,61% ao ano. Já pelo SBPE a taxa é de 10,49% ao ano.

Maior concessora de crédito imobiliário do país, a Caixa vem refletindo o contínuo vaivém do setor nos últimos dois anos, diante da recessão no país e de movimentos na Selic.

Em 2015, com a taxa básica de juros chegando a 14,25% ao ano, a caderneta de poupança, que paga 6 por cento anuais, teve saída líquida de R$ 53,6 bilhões. No ano passado, a poupança teve resgates de R$ 40,7 bilhões.

Com isso, os empréstimos concedidos pelo SBPE no ano passado para compra e construção de imóveis caíram 38,3% ante 2015, para o menor nível desde 2009. O desempenho só não foi pior porque o financiamento com recursos do FGTS cresceu 18,5%, com a Caixa sendo mais flexível nos critérios para uso da linha pró-cotista.

Com o início do ciclo de cortes na Selic no ano passado, a expectativa de profissionais do mercado imobiliário é de os custos menores sejam repassados pelos bancos a tomadores nos próximos meses.

"Enquanto isso, estamos recomendando aos clientes que querem empréstimos pela pró-cotista que busquem no Banco do Brasil, que ainda tem recursos", disse à Reuters a consultora imobiliária Daniele Akamine. "Recentemente fizemos isso para um funcionário da própria Caixa".

Segundo o executivo da Caixa, o banco tomará as medidas para cumprir seu orçamento, que prevê conceder um total de 84 bilhões de reais em novos financiamentos para habitação neste ano, ante R$ 81,5 bilhões no ano passado, considerando todas as linhas.

"É muito ruim o cliente pedir recursos e não haver recursos; não vamos deixar acontecer", disse.

 

Mercado vê inflação em 4,01% em 2017 e avanço de 0,47% na economia

 A projeção dos economistas para a inflação deste ano continua a cair ¬ no Top 5 ela já está abaixo de 4% ¬, mas as expectativas para a taxa de juros ficaram mantidas ao fim deste ano e do próximo, segundo o boletim Focus, do Banco Central (BC). A mediana das estimativas do mercado para o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 4,03% para 4,01% no levantamento mais recente.

Entre os analistas Top 5 de médio prazo, a expectativa caiu de forma expressiva, de 4,03% para 3,89% de alta. Para o IPCA de abril, que será divulgado na quarta¬feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a projeção do mercado em geral recuou de 0,20% para 0,18% de aumento. O Top 5 manteve o prognóstico em 0,15% de elevação. No caso de 2018, o mercado interrompeu uma série de quatro revisões para baixo no IPCA e elevou a projeção de 4,30% para 4,39% de alta.

Em 12 meses, a estimativa subiu pela terceira semana, de 4,64% para 4,72% de aumento. A despeito das revisões da inflação para 2017, ambos os grupos ¬ mercado em geral e Top 5 ¬ mantiveram a expectativa de que a taxa Selic, hoje em 11,25%, caia a 8,50% até o fim deste ano e permaneça assim até dezembro de 2018. Algumas instituições já veem juros abaixo desse patamar.

Na sexta-¬feira, o Bradesco revisou a previsão para o corte da Selic em maio de 1 para 1,25 ponto percentual. Esse novo cenário, disse o banco, contempla uma Selic em 8% ao fim de 2017, taxa que seria mantida até o fim 2018. O Bradesco revisou o IPCA de 2017 de 3,9% para 3,7% e o de 2018 de 4,5% para 4,1%. Atividade As projeções de atividade para 2017 também tiveram ligeira melhora no Focus.

A mediana das expectativas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) aponta agora crescimento de 0,47%, ante 0,46% na semana anterior. A previsão para a produção industrial saiu de aumento de 1,47% para 1,49%. Para 2018, as projeções seguem sendo de crescimento de 2,50% no PIB e os mesmos 2,50% de avanço na produção industrial.

 

Outra economia sairá do ciclo de recessão

Indicadores mais consistentes da economia brasileira autorizam expectativas com a retomada do crescimento e sugerem que economistas de A a Z têm razão quando afirmam que a reação da atividade será gradual. Bancos nacionais e estrangeiros, que 'vendem' Brasil no mercado internacional, começaram a rever projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e para este ano.

Nesse quesito, 2018 já levava vantagem sobre 2017 e ela poderá ser ampliada se a atividade engrenar no segundo semestre, como espera o Ministério da Fazenda. O ano deve terminar com o PIB avançando ao ritmo de 2,5% a 3% no seu último quarto. Há quem espere até 4%. Qualquer um desses resultados contagiará as perspectivas de estreia de um ciclo mais positivo para o eleitoral ano de 2018. Levantamento realizado pela coluna sugere, inclusive, que vem por aí uma economia diferente ¬ mais preparada e mais moderna, inserida em padrões que exigem precisão digital e conformidade com leis, regras, regulamentos.

A melhora dos índices de confiança de empresários e consumidores é fato, concordam institutos de pesquisa, o que torna mais concreta a perspectiva de retomada. O desempenho das importações aponta para um consumo maior. Em quatro meses deste ano, elas cresceram 9,5% em relação a igual período de 2016. No primeiro quadrimestre do ano passado, as importações desabaram 32,2% em relação a igual período de 2015.

A dois meses do encerramento do programa de liberação de saldos em contas inativas do FGTS, marcado para 31 de julho, a Caixa informa que os saques podem superar em R$ 10 bilhões ou mais a previsão inicial de R$ 30 bilhões. Isso quer dizer, que R$ 43 bilhões ou mais tendo o FGTS na origem estarão circulando na economia e com real possibilidade de impulsionar o consumo. O resultado das vendas do varejo em março será divulgado pelo IBGE nesta semana, mas os balanços contábeis de duas das maiores redes varejistas no primeiro trimestre são animadores.

O lucro líquido do Magazine Luiza cresceu mais de 10 vezes aproximando¬se de R$ 60 milhões. A Via Varejo __ dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio __ teve lucro líquido de R$ 97 milhões no primeiro trimestre, após perda de R$ 237 milhões em igual período de 2016. Conspira a favor do consumo, a inflação em 12 meses, navegando abaixo da meta de 4,5%, dado que pode ser interpretado como um saudável indicador antecedente de mais cortes de juros pelo Banco Central.

O mercado eleva as apostas em redução da Selic em 1,25 ponto percentual pelo Comitê de Política Monetária (Copom), no fim deste mês. Há pouco esperava¬se corte de 1 ponto. Na sexta¬feira, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco anunciou nova estimativa para a taxa básica no fim deste ano: 8%, inferior em 0,50 ponto à projeção anterior. Em seis meses de flexibilização monetária, a Selic passou de 14,25% em outubro para atuais 11,25% e poderá chegar a 10% no dia 31, quando o Copom definir a próxima taxa.

Juro menor e oferta maior de crédito podem ser um santo remédio para curar a "síndrome dos desempregados empregados". O ex-¬ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros batizou com essa expressão o comportamento de brasileiros que fugiram das compras, temendo engrossar, no futuro, a fila dos desempregados.

Durante debate organizado pelo Valor e que reuniu os economistas Armando Castelar Pinheiro, coordenador de Economia Aplicada do Ibre/FGV e professor do Instituto de Economia da UFRJ, e Daniel Leichsenring, economista¬chefe da Verde Asset, há dois meses, Mendonça de Barros afirmou que a perspectiva para a economia brasileira mudará quando as pessoas empregadas voltarem a consumir, convencidas de que não perderão postos de trabalho. Leichsenring avaliou que o crescimento econômico, em 2018, poderá, sim, ser puxado por essa retomada do consumo.

Ele se mostrou cético, porém, quanto à perspectiva de que haverá importante queda na taxa de desemprego, por considerar que o Brasil poderá aumentar a produção com a mesma população hoje alocada no mercado de trabalho. O economista acrescentou que as empresas que quiserem voltar a investir terão que recuperar sua lucratividade, porque não haverá espaço para aumento de preços.

Levantamento feito pela coluna nas últimas semanas aponta maior atenção de empresas e investidores na área digital. Houve aumento considerável de informações sobre estágios, trabalho e estudo voltados à inteligência artificial, tecnologia da informação e compartilhamento de soluções em busca de uma gestão mais eficiente de negócios, resolução de conflitos, maior produtividade e inovação.

A gestão de folhas de pagamento e de estoques por meios digitais é tema recorrente entre os fornecedores dos serviços de tecnologia. Entre os informes compilados pela coluna existem aqueles que recomendam às empresas orientar decisões de investimento que resultem em crescimento com maior sofisticação.

Se essas indicações agora percebidas forem confirmadas, o Brasil poderá queimar etapas no processo de retomada e deixar para trás, de vez, dois anos de brutal recessão.

 

Corte de 1,25 ponto na Selic ganha adesão

A pouco mais de três semanas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dados mistos de atividade e o avanço, ainda que tímido, da agenda de reformas colocam no radar apostas de uma nova aceleração do ritmo de corte de juros. Nos contratos de juros futuros, a probabilidade de uma redução de 1,25 ponto da Selic já neste mês cresceu de 24% para 36% na última semana.

Esse já é, inclusive, o cenário do Bradesco, a primeira grande instituição financeira a ajustar sua expectativa nessa direção. Na sexta, a equipe comandada pelo economista Fernando Honorato informou que passou a esperar cortes de 1,25 ponto nas duas próximas reuniões e depois mais dois cortes de 0,5 ponto. Com isso, a Selic deve cair para 8% no fim do ciclo, nível que deve ser mantido até o fim de 2018.

A nova tese considera que "o avanço da tramitação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados acontecerá dentro do esperado". O cenário anterior do Bradesco contemplava um corte de 1 ponto em maio e uma Selic de 8,5% no fim do processo de flexibilização monetária. O Bradesco é a primeira grande instituição financeira a trabalhar com um ritmo mais acelerado de corte de juros. Se confirmado esse cenário, será a primeira vez desde março de 2009 que o Banco Central fará um corte de juros superior a 1 ponto.

Na ocasião, o Copom, comandado por Henrique Meirelles, reduziu a taxa em 1,5 ponto, para 11,25%, reagindo a um quadro de fraqueza econômica, fruto da crise financeira internacional que teve a quebra do banco Lehman Brothers como ápice. A dose mais intensa de corte, no entanto, foi pontual: na reunião seguinte, de abril daquele ano, o BC retomou o ritmo anterior, de cortes de 1 ponto percentual da Selic. Ao longo do ciclo, a taxa saiu de 13,75% para 8,75%.

Antes disso, a única vez em que houve cortes superiores a 1 ponto havia sido no segundo semestre de 2003, primeiro ano da gestão de Meirelles, quando o juro estava em 26%. No ciclo de alívio monetário que está em curso, o Copom já retirou 3 pontos da Selic, atualmente fixada em 11,25%.

Para o economista¬-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, a perspectiva de que a recuperação da economia ocorra de forma lenta e gradual, num momento em que a inflação mostra¬se controlada, justifica a aceleração do ritmo. Para ele, não há no cenário riscos importantes que coloquem a inflação fora do controle nos próximos dois anos: não há perspectiva de restrição de oferta, o desemprego é alto ¬ sendo que os ganhos de renda são produzidos por queda da inflação e não pela melhora do mercado de trabalho ¬ e a ociosidade da indústria também continua elevada.

Esse quadro explica a revisão da projeção para o IPCA neste ano de 3,9% para 3,7% e, para 2018, de 4,5% para 4,1%. "Ainda não sabemos exatamente qual será a resposta da economia a esse ciclo, mas parece que ela será lenta, o que eleva a chance de termos juros mais baixos no fim do ciclo", afirma Honorato.

O cenário do Bradesco considera que a taxa de câmbio seguirá próxima do patamar atual, com viés de apreciação, "refletindo os fundamentos e o encaminhamento favorável da reforma da Previdência." Já o economista José Júlio Senna, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), defende que o Banco Central evite um corte de juros maior que 1 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária e nas seguintes, mesmo que sejam criadas as condições para tanto. "Não gosto da ideia", afirma Senna, responsável pelo Centro de Estudos Monetários, um núcleo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. "É algo que deve ser deixado para momentos muito especiais."

Segundo Senna, em 16 anos de história, os diferentes administradores que passaram pelo Banco Central, incluindo mais ortodoxos e menos ortodoxos, moldaram esse princípio de não impor uma volatilidade excessiva na taxa de juros, a não ser em circunstâncias muito especiais.

O economista diz que "não há nada de mágico" em relação ao parâmetro de fazer movimentos até 1 ponto percentual, mas a história mostra uma sabedoria de evitar movimentos excessivos no instrumento de política monetária. A interpretação de Senna é que, com movimentos acima de 1 ponto percentual, o BC amplia a volatilidade no uso da meta da taxa Selic e faz com que o mercado trabalhe com um leque mais amplo de possibilidades para decisões futuras do instrumento de política monetária.

Além do aumento dos prêmios de riscos, argumenta Senna, o Banco Central poderá prejudicar a formação de preços no mercado futuro de juros, que é essencial para a boa transmissão da política monetária. "Quando o BC abre muito o leque de possibilidades, ocorre uma dispersão muito grande nos preços." Com a recessão mais grave de sua história, o Brasil não teria hoje uma situação muito excepcional que exigiria um movimento mais forte de juros? Senna acha que não.

"Quando falamos de movimentos acima de 1 ponto, estamos falando da história anterior a 2003, num país cujas reservas internacionais acabaram e que passou por um choque tremendo na primeira eleição de Lula", afirma ele. Em 2009, lembrou, o BC fez um único movimento de 1,5 ponto, num ciclo de 5 pontos percentuais. "Será que vai ser uma grande diferença para a atividade se, em vez de cortar um ponto percentual, o BC cortar 1,25 ponto?", afirma Senna. "Acho que não. Para as expectativas de inflação, tem impacto.

O BC não deixará de sinalizar que está preocupado com a atividade. Mas, ao manter a rédea curta, vai mostrar que está preocupado com as expectativas. Vai criar as condições para ter metas menores mais adiante e em levar o Brasil a um quadro de inflação mais estável."

 

Copom considera apropriado atual ritmo de corte da Selic, reitera Ilan

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) considera o atual ritmo de corte da taxa básica de juros, a Selic, “apropriado”, mas que o atual contexto econômico pede um “monitoramento dos eventos que determinam o grau de antecipação do ciclo de afrouxamento monetário”. A mensagem é a mesma da última ata do Copom e foi reiterada em eventos do qual Ilan e os diretores do BC participaram ao longo de abril.

A repetição da mensagem de política monetária denota que os recentes desenvolvimentos domésticos e externos não mudaram a possibilidade de o Copom acelerar o ritmo de corte da Selic de 1 ponto percentual imprimido em abril, quando a Selic caiu de 12,25% para 11,25% ao ano.

O colegiado volta a se reunir em 31 de maio. Ilan está em Tóquio, Japão, para reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e a apresentação disponibilizada no site do BC cobre cinco diferentes eventos que terão a participação do presidente entre os dias 8 e 9 de maio. Em seu discurso, Ilan lembrou que os ritmo de flexibilização monetária vai depender da estimativa da extensão do próprio ciclo e do grau de antecipação.

O grau de antecipação, por sua vez, depende da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco acompanhados pelo Copom, e do comportamento das expectativas e projeções de inflação. O presidente também falou sobre o juro estrutural ou neutro, aquele que gera o máximo de crescimento sem tirar a inflação da meta.

Segundo Ilan, essa variável depende de produtividade, perspectivas fiscais, alocação de recursos e política adequadas. Para ele, o realinhamento da economia feita pelo atual governo deve levar a uma redução do juro estrutural da economia brasileira. Por isso, é importante persistir nas reformas.

Além disso, Ilan falou que é importante persistir nas reestimativas dessa taxa neutra. As mudanças, embora estruturalmente importantes para a política monetária, não são frequentes. Aqui, Ilan parece pedir um maior empenho do mercado nas avaliações sobre essa taxa que vem rodando entre 4% e 5%.

O presidente apontou, também, que o juro segue em processo de convergência no país, saindo de cerca de 9% em setembro de 2015 para cerca de 4,5% atualmente. Ilan apontou que as projeções do BC, considerando a previsão do mercado de Selic de 8,5% no fim de 2017 e 2018, mostram IPCA ao redor de 4,1% em 2017 e 4,5% em 2018.

O presidente também reafirmou que a atividade econômica mostra sinais consistentes com estabilização no curto prazo e que as evidências disponíveis sugerem uma retomada gradual ao longo de 2017. A perspectiva é de crescimento ao redor de 2,5% no último trimestre desde ano em comparação com igual período do ano passado.

Ainda de acordo com o presidente do BC, a queda no risco do Brasil é resultado da agenda de reformas que o país embarcou, envolvendo o teto para o crescimento do gasto público, Previdência, educação e mercado de trabalho. Antes disso, ele lembrou que o CDS de cinco anos do Brasil, espécie de seguro contra calotes, caiu de cerca de 500 pontos no começo de 2016 para menos da metade disso atualmente.

Sobre a inflação, foi reiterada a avaliação de que dinâmica segue favorável, com processo desinflacionário mais disseminado. Além disso, a queda de preço itens mais relacionados à política monetária e ciclo de negócios se consolidou aumentando a confiança de que o atual processo terá efeito prolongado. A queda no preço de alimentos é vista como um choque favorável de oferta. Ao listar o balanço de risco acompanhado pelo Copom, Ilan falou que a aprovação da reforma da Previdência é “crucial” para a performance futura da economia brasileira. Em outro ponto, disse que o processo de aprovação das reformas “tem sido positivo”.

Na parte dedicada ao cenário global, Ilan afirmou que o Brasil está menos vulnerável a choques externos e que o atual momento de incerteza mundial coincide com um período de estabilização econômica e melhora dos fundamentos. Para ilustrar essa menor vulnerabilidade externa, o presidente listou alguns fatores como a posição “mais confortável” do balanço de pagamentos, que em março apontou déficit de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), medido em 12 meses, enquanto que o Investimento Direto no País (IDP) somou 4,6% do PIB, quase quatro vezes o déficit. E que o superávit comercial foi de US$ 7 bilhões em abril. Ilan também lembrou que as reservas internacionais ultrapassam US$ 375 bilhões, ou cerca de 20% do PIB, e que elas funcionam como um “seguro” em período de turbulência.

O presidente lembrou, ainda, que o BC reduziu o estoque de swaps cambiais de US$ 108 bilhões para US$ 18 bilhões, “atingindo uma posição mais confortável”. A instituição rolou integralmente o lote de swaps que venceriam agora em maio e o mercado espera, agora, o que será feito com o lote que expira em junho. Por ora a indicação de “conforto” sugere nova rolagem integral. Antes disso, Ilan disse que desde 2011 o Brasil sofreu um revés comparável a um choque de oferta que produziu a maior recessão da história com inflação elevada.

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