Quarta-feira

VALOR ECONÔMICO

Governo rompe acordo e opera por reoneração imediata

Precisando de recursos para fechar as contas deste ano, o governo lançou mão de uma arriscada estratégia na Comissão Especial que analisa a Medida Provisória 774, que trata do fim da desoneração previdenciária da folha de pagamentos para 50 setores da economia. A ideia é desfazer o acordo anterior e retomar os termos originais da proposta, reonerando as empresas já a partir deste mês.

Na semana passada, o relatório aprovado, de autoria de Airton Sandoval (PMDB-SP) trouxe um texto que adiava para janeiro de 2018 o fim das desonerações sobre a folha de pagamento. Assim, empresas voltarão a recolher a contribuição previdenciária sobre os salários pagos, e não sobre o faturamento. No texto original encaminhado pelo governo, a reoneração aconteceria já em julho deste ano.

O governo, a princípio, concordou com a mudança, apesar de afetar a arrecadação prevista, pela enorme pressão de parlamentares. Ontem, contudo, atuou para revertê-la: uma emenda da senadora Ana Amélia (PPRS) prevê que o texto, se aprovado, produza efeitos a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação. Como a MP foi editada em 30 de março, a reoneração seria feita já a partir deste mês.

Para costurar um acordo de bastidor, o governo concordou com a aceitação de emendas que beneficiam certos setores - o parecer da MP será votado hoje, mas o acordo já está apalavrado -, como a indústria de equipamentos e utensílios para a saúde. Mas negociou uma outra alteração, que permitirá ao presidente Michel Temer impor vetos que excluem outros setores.

Um dos artigos da MP agregava, em um mesmo parágrafo, todos os setores que seriam excluídos dos seus efeitos, sendo assim beneficiados e mantendo a desoneração. Mas uma errata feita pelo relator, a pedido do governo, vai distinguir cada setor, permitindo que Temer faça os vetos separadamente.

Entre os setores que estão no artigo que o governo pediu para ser desmembrado estão a indústria têxtil e de calçados e empresas jornalísticas. A tática do governo é arriscada porque, durante a tramitação da MP, o maior motivo de embate foi justamente a pressão de deputados e senadores para polpar setores ou postergar a reoneração. Eles argumentam que a medida afetará o planejamento das empresas e causará demissões.

Os parlamentares apresentaram 90 emendas ao texto na comissão especial. Empresário, Alfredo Kaefer (PSL-PR) chegou a apresentar emenda para manter a vantagem tributária irretocada. "Um aumento de carga tributária neste momento é totalmente inconveniente. Uma empresa com 1,2 mil funcionários vai ter, com a reoneração, um gasto de aproximadamente R$ 800 mil. A empresa não está sequer fazendo esse valor de lucro. Ou seja, vai entrar no vermelho".

A MP vai a voto na comissão especial hoje. Caso haja recesso parlamentar, a proposta perde efeitos no dia 10 de agosto. Sem a pausa parlamentar, o prazo fica ainda menor e a MP caduca no fim de julho. Por isso, a expectativa dos governistas é votar a proposta no plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira, dia 11, e no Senado na quarta-feira, dia 12.

 

Crise é deflacionária e Banco Central vai agir

Artigo – Por Cristiano Romero - editor-executivo e escreve às quartas-feiras

Os mercados deram ao Banco Central (BC) uma mensagem muito clara: a crise política que ameaça o mandato do presidente Michel Temer é deflacionária. Deflagrada em 17 de maio, quando o jornalista Lauro Jardim, de "O Globo", revelou diálogo comprometedor entre o presidente e o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, a crise provocou, no primeiro momento, uma correção nos preços dos ativos, já praticamente revertida.

Seu pior efeito, porém, foi abalar o ânimo dos empresários quando estes se preparavam para voltar a investir. Esta análise é compartilhada por participantes do mercado, economistas de bancos e gestoras e integrantes da equipe econômica do governo. É crescente a percepção de que, com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) derretendo, isto é, caindo bem abaixo da meta de 4,5%, as expectativas de inflação sob controle, a atividade econômica ainda bastante desaquecida e as contas externas operando no azul, o Comitê de Política Monetária (Copom) deveria acelerar a queda da taxa básica de juros (Selic), fixada hoje em 10,25% ao ano.

Quando a mais recente crise irrompeu no cenário político, o Copom caminhava para aumentar o ritmo de corte da taxa Selic para 1,25 ponto percentual a cada reunião. O mercado, em sua maioria, esperava que esse movimento ocorresse no encontro do dia 31, mas, tão logo a turbulência começou, as expectativas mudaram. E, aí, o próprio Banco Central decidiu alterar a estratégia, tornando-se mais conservador. No dia 31, o Copom reduziu a Selic em 1 ponto percentual e, no comunicado, deixou claro que, na sua avaliação, a nova crise gerou dúvidas sobre a aprovação das reformas estruturais encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional.

Antes, disse que a diminuição dos juros dependeria da estimativa da taxa estrutural, isto é, da taxa que assegura o crescimento da economia sem gerar inflação acima da meta definida pelo governo. O impacto da política monetária sobre a inflação é, em tese, proporcional à diferença entre a taxa Selic e a taxa estrutural (também conhecida como neutra ou de equilíbrio). Se a Selic é fixada abaixo da taxa neutra, a tendência é que a inflação acelere. Se é colocada acima, deve ocorrer o oposto.

A estimativa da taxa neutra não é um passeio no parque. Envolve fatores como produtividade da economia, grau de incerteza, respeito a contratos, financiamento do Estado, entre outros. Sabe-se que, no último boom da economia brasileira (2004-2010), a taxa de juros estrutural diminuiu, mas, de lá para cá, diante da acentuada deterioração da situação fiscal, da forte queda da produtividade e do aumento das incertezas, para citar apenas três razões, voltou a crescer.

"O Comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas", diz o comunicado da última reunião do Copom. A crise iniciada em 17 de maio já mostrou seus contornos. Nos primeiros dias, os mercados corrigiram os valores dos ativos - juros, dólar e taxa de câmbio -, mas não houve pânico. Este, se tivesse ocorrido, teria obrigado o Banco Central a, talvez, interromper o afrouxamento monetário, uma vez que teria que lidar com provável pressão inflacionária decorrente, por exemplo, de uma forte desvalorização do real em relação ao dólar.

O fato é que não houve pânico e, nas semanas seguintes, os preços dos ativos voltaram quase inteiramente aos valores anteriores aos do início da crise. Constatou-se que Temer, até então quase incólume aos efeitos da Operação Lava-Jato, pode sobreviver à turbulência, mas perdeu força para aprovar mudanças na previdência, a reforma mais importante da agenda de Brasília neste momento. Há também a crença de que, se o presidente perder o mandato, a coalizão que governa o país desde maio de 2016 permanecerá dando as cartas até a eleição de 2018, seja quem for o presidente.

Esse cenário, como se vê, afeta pouco os mercados, mas arrefece o ânimo do setor produtivo. Diante disso, a terrível recessão, que assola o país há três anos, pode continuar se nada for feito. A aprovação das reformas fiscais é importante para reequilibrar as finanças públicas no médio e longo prazo e, assim, aumentar a capacidade de crescimento da economia no futuro.

O crescimento no curto prazo depende, entretanto, da taxa de juros administrada pelo BC. Os números do boletim Focus, do BC, mostram que o mercado está projetando mais uma rodada de desaceleração da atividade econômica. Antes mesmo da crise política, a mediana das expectativas colhidas pelo Focus já previa um arrefecimento da atividade, mas, depois da crise, essa percepção se intensificou.

Com isso, as expectativas de inflação desabaram. Sabe-se que as expectativas do mercado estão sob controle - o que significa dizer que os agentes confiam no trabalho do BC - quando as projeções para dois anos à frente apontam o IPCA na meta ou em torno dela. Para 2018 e 2019, a mediana das opiniões colhidas pelo Focus prevê inflação de 4,25%. Para 2020 e 2021, 4% respectivamente.

É verdade que a redução da meta de 2019 para 4,25% (até 2018 será de 4,5%) e da de 2020 para 4% ajudou a melhorar ainda mais as expectativas. Além da queda acelerada da inflação e das expectativas amplamente favoráveis, o balanço de pagamentos se mostra absolutamente administrável.

Nos 12 meses até maio, o país registrou déficit em conta corrente de US$ 18,1 bilhões (ou 0,96% do PIB) e ingresso líquido de investimento estrangeiro direto (IED) de US$ 80,7 bilhões, ou seja, o saldo de IED é mais que suficiente para cobrir o déficit. Em outras palavras, mesmo com o país enfrentando turbulência que pode derrubar o presidente da República, uma crise cambial está fora do radar.

Nesse ambiente, o Copom tem todas as condições para aumentar, na reunião do dia 26, o ritmo de queda da taxa Selic e ir além das previsões que a colocavam, ao fim do processo de alívio monetário, em torno de 8,5% ao ano. "Isso [os fundamentos da economia] dá estabilidade suficiente para o BC agir segundo o manual. Além disso, com a inflação derretendo, ele vai agir como deve", disse com confiança a esta coluna um integrante da equipe econômica.

 

Para BC, nova meta de inflação já se reflete nas expectativas

O Banco Central (BC) destaca que a nova meta de inflação, fixada em 4,25% para 2019 e 4% para 2020, já se refletiu nas expectativas do mercado. Em seu mailing chamado "Conexão Real", a autoridade monetária aponta que após o anúncio das metas, na quinta-feira da semana passada, as expectativas de mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020, captadas pela Pesquisa Focus, foram revisadas, passando de 4,25% para 4,0%.

Para 2019, as estimativas já estavam em 4,25% desde o começo abril. Na prática, diz o BC, a revisão das projeções indica que os analistas do mercado financeiro acreditam que o Banco Central conduzirá a inflação de 2020 para os 4%, como definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na avaliação do chefe-adjunto no Departamento de Política Econômica do BC, Renato Baldini, os agentes econômicos têm percebido o compromisso do BC em conter a inflação, o que explica o efeito sobre as expectativas.

"Não se trata de um simples anúncio. O sistema de metas e a comunicação transparente do BC com o público diminuem as incertezas quanto ao futuro da inflação e indicam aos agentes o alvo a ser perseguido", diz Baldini. Ainda de acordo com Baldini, é muito importante balizar e coordenar as expectativas futuras de acordo com as ações realizadas no presente, porque elas influenciam a própria inflação. "À medida que são projetadas taxas de inflação mais baixas para o futuro, o mercado passa a trabalhar com essas expectativas para os seus próprios negócios."

Baldini explica que um empresário, por exemplo, que precisa equilibrar constantemente suas receitas e despesas, tende a reajustar os preços dos serviços e produtos com base nas expectativas de inflação. "Se os empresários, trabalhadores e a sociedade como um todo acreditam que a inflação terá um nível mais baixo no futuro, isso ajuda de fato a ocorrer", define. "Embora muito importante, esse não é o único fator. Além disso, para que as expectativas se cumpram, é preciso que as políticas monetárias e fiscais sejam bem conduzidas", ressalta.

Para o BC, a redução da meta deve possibilitar inflação e juros nominais mais baixos. Com taxas menores de inflação, têm-se efeitos diretos e positivos para o crescimento econômico, como maior previsibilidade, ampliação dos horizontes de planejamento dos investidores e principalmente a preservação do poder de compra da população em geral. "O impacto social de uma inflação controlada é relevante. As classes com renda mais baixa se beneficiam mais da queda da inflação, pois não conseguem se proteger num cenário com inflação", destaca Baldini.

 

Fim do 'dinheiro fácil' aflora debate sobre risco de colapso

Uma supernova de US$ 10 trilhões em juros negativos na renda fixa global que vai explodir algum dia. Um colapso iminente das bolsas globais ainda neste ano. Uma reversão dos mercados de risco em meio a uma guerra comercial entre Estados Unidos e a China. Um grande tombo do dólar em conjunto com uma fuga de recursos de ativos americanos diante da mudança de rumo da política monetária europeia.

Todas as previsões citadas, feitas, respectivamente, por nomes do calibre do guru da renda fixa Bill Gross e dos megainvestidores Jim Rogers, George Soros e Mark Faber, tentam, em maior ou menor grau, prever o cenário futuro para a encruzilhada na qual se encontram hoje os mercados: o que vai acontecer com o fim da era do dinheiro fácil? "Qual será o impacto da saída dos processos de afrouxamentos quantitativos é a pergunta do trilhão de dólares", afirma Artur Wichmann, gestor da estratégia de ações globais da Verde Asset.

Os programas de compras de ativos implementados pelos bancos centrais globais, conhecidos como afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), têm injetado trilhões de dólares e inundado os mercados globais de liquidez há quase uma década. "As políticas não convencionais dos BCs alteraram os preços de todas as classes de ativos no mundo todo", considera.

O gestor da Verde explica que, sob algumas métricas, a valorização das classes beira a alcançada em momentos de bolha. A relação entre o valor global de mercado das bolsas em 28 países dividido pelo Produto Interno Bruto (PIB) mundial está apenas a 10% do nível atingido antes do estouro da bolha imobiliária em 2008, indica Wichmann. Dentro de um ambiente de preços artificialmente inflados devido aos estímulos contínuos e por tanto tempo, investidores de todos os tamanhos se preocupam com uma guinada de rumo dos BCs.

Neste ano, justamente, as mais poderosas autoridades monetárias no mundo começaram a emitir sinais de que os ventos podem mudar em algum momento já visível no horizonte. "São mares nunca navegados e o impacto de uma reversão de políticas não convencionais é uma das grandes incertezas para o desempenhos dos mercados", pondera o gestor da Verde. Apesar das previsões catastrofistas de alguns participantes de mercado, a visão que prevalece é a de riscos controlados diante de ambientes muito mais regulados e de uma atuação extremamente cautelosa dos bancos centrais.

"Mesmo que exista uma bolha dos BCs, não significa que terá um estouro. Hoje o cenário é fundamentalmente diferente", diz Wichmann, da Verde Asset. Embora também exista um consenso de que os preços de muitos ativos esteja alto, com, por exemplo, as bolsas de Nova York nas máximas históricas e os rendimentos dos Treasuries em patamares historicamente baixos, muitas casas de análise enxergam motivos para o alto "valuation" de algumas classes.

Na opinião de Gabriela Santos, estrategista de mercados globais do J.P. Morgan Asset Management, os fundamentos sólidos das empresas americanas justificam os preços mais elevada das ações em Wall Street. Conforme a estrategista, se for usado o múltiplo P/L, ou seja, a razão entre o preço da ação e o lucro esperado por ação, o "valuation" do índice acionário S&P 500 alcança no momento 17,5 vezes, o que representa um nível pouco acima da média móvel em 25 anos, de 16 vezes.

O indicador negocia ainda muito abaixo do visto entre o fim dos anos 1990 e o começo dos anos 2000, de 24 vezes. "Esses múltiplos acima da média não estão mandando um sinal de alerta, mas apontam para a necessidade de calibrar as expectativas de retorno nos próximos anos", avalia Gabriela.

"A valorização dos ativos está realmente alta, mas não dramática", afirma Valentin Carril, economista-chefe do Principal Financial Group para América Latina. De acordo com Carril, os mercados acionários de economias avançadas negociam atualmente a múltiplos P/L entre 15 e 18 vezes, enquanto as bolsas de emergentes atingem na média 13 vezes. São níveis bem menores do que os picos de 30 vezes em momentos que precederam quedas acentuadas.

"Uma reversão [das bolsas] é sempre uma possibilidade, mas o risco é baixo", avalia. Outra medida aponta até mesmo que o mercado acionário americano pode estar barato no momento. Segundo Axel Christensen, estrategista chefe da BlackRock para América Latina e Ibéria, o prêmio de risco das ações nos EUA, ou seja, o retorno adicional exigido para deter ativos mais voláteis em relação à renda fixa ainda está acima da média de longo prazo. Isso indica que os papéis das companhias ainda permanecem atraentes em comparação com os retornos dos bônus.

Na avaliação de Wichmann, da Verde, os sólidos fundamentos das companhias americanas ajudam a justificar os patamares recordes de pontos das bolsas. "Nunca as empresas dos EUA ganharam tanto dinheiro", afirma. Christensen, da BlackRock, acrescenta que os resultados dos balanços corporativos nos EUA, embora majoritariamente positivos, ainda estão aquém do potencial pleno de avanço. A manutenção do crescimento dos lucros "deve continuar a dar suporte ao argumento do prêmio de risco".

Se as ações reúnem fundamentos para sustentar as altas recentes, o mesmo não se aplica à renda fixa soberana. Para Wichmann, os preços mais esticados entre as classes de ativos pertencem aos títulos dos governos em países desenvolvidos. "A renda fixa soberana sofreu mais o impacto das ações dos BCs porque foi o objeto primário dos programas de compras", considera. Os especialistas, no entanto, ressaltam que as autoridades monetárias globais aprenderam com o passado recente.

Os BCs têm feito movimentos muito cautelosos para evitar justamente turbulências, como o episódio de 2013, conhecido como "taper tantrum", quando os juros dos Treasuries dispararam no mercado secundário após o então presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Ben Bernanke, ter sinalizado o início da desaceleração do QE nos Estados Unidos. "Os bancos centrais vão agir ainda mais lentamente do que os preços dos mercados indicam", pondera Carril, do Principal. O Fed já deixou clara a intenção de iniciar o enxugamento do gigantesco balanço antes do fim de 2017.

Na semana passada, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sugeriu a possibilidade de o BC da zona do euro começar a discutir uma desaceleração do programa de afrouxamento. Um dia depois, o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco do Canadá (BoC) também admitiram vislumbrar um aumento de custos de financiamento dentro de seus respectivos territórios.

Desde o primeiro QE do Fed, em 2008, como reação à crise financeira iniciada com o estouro da bolha imobiliária americana, o mundo viu outras autoridades monetárias globais aderirem ou reforçarem programas similares. Entre os mais notáveis, e ainda a pleno vapor, encontram-se os planos de compra do BCE, que vai atingir € 2,5 trilhões no total, e do BoE, no valor de 435 bilhões de libras.

O programa do Banco do Japão (BoJ), que já acumulou quase US$ 600 bilhões em aquisições desde 2010, prevê compras de US$ 80 bilhões ao ano. O Fed, apesar de já ter encerrado as compras de ativos, ainda faz o reinvestimento dos títulos vencidos do portfólio para manter estável o balanço em US$ 4,5 trilhões, tamanho atingido depois de três programas de afrouxamento. Segundo estudos dos próprios integrantes do banco central americano, o movimento de redução pode equivaler, em termos de aperto das condições financeiras, a novos aumentos de taxas.

 

No Twitter, Meirelles destaca alta na produção de bens de capital

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que o "maior investimento em máquinas e equipamentos representa aposta de consumo mais forte no médio e longo prazos". Por meio de sua rede social no microblog Twitter, o ministro disse ainda que o crescimento na produção de bens de capital, que são equipamentos usados para produção de itens de consumo, mostra "retomada da confiança no crescimento".

"[A] recuperação do setor de bens de capital em maio mostra que o país está voltando a investir na ampliação de sua capacidade produtiva", escreveu o ministro. Nesta terça-feira, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a produção da indústria brasileira cresceu 0,8% em maio, ante um mês antes.

Foi o melhor resultado para o mês, na série ajustada, desde 2011, quando a atividade cresceu 2,7%. De abril para maio, a produção de bens de capital subiu 3,5%, a de bens intermediários cresceu 0,3%; a de bens duráveis avançou 6,7% e a de bens semi e não duráveis teve alta de 0,7%, com ajuste sazonal.

Em relação ao mesmo período de 2016, a produção de bens de capital registrou elevação de 7,6%, a de bens intermediários teve incremento de 2,9%; a de bens duráveis aumentou 20,7% e a de bens semi e não duráveis registrou acréscimo de 1,4%.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Pequena e média empresa não vê efeito de redução de juro pelo BC

A política de queda dos juros adotada pelo Banco Central desde o fim do ano passado ainda não trouxe efeitos positivos segundo 7 de cada 10 donos de pequenas e médias empresas.

Para mais da metade desses empresários (56%), não houve efeitos positivos da diminuição dos juros, mostra pesquisa do Insper. Outros 16% disseram que a queda afetou seus negócios negativamente.

Os demais 28% apontaram melhora com a política monetária do BC.

Gino Olivares, professor de economia do Insper, afirma que a baixa percepção de melhora pelo empresariado decorre, em parte, da necessidade de prazo maior (de ao menos dois ou três trimestres) para que essa política do Banco Central impacte plenamente a economia.

O BC começou a cortar os juros em outubro do ano passado, quando eles estavam em 14,25% ao ano. A taxa atual é de 10,25%.

Além disso, insatisfações com o cenário político e econômico podem contaminar a percepção dos empresários a respeito de medidas promovidas pelo governo, diz Olivares.

Felipe dos Anjos Chiconato, consultor do Sebrae-SP, afirma que o modo muitas vezes inadequado pelo qual empresários se relacionam com crédito torna mais difícil que obtenham empréstimo com taxas de juros atraentes e percebam melhora no mercado.

"Boa parte deles escolhe a linha de crédito pela comodidade, preferindo o cheque especial em grandes bancos à busca por agências de fomento ou cooperativas, que, em geral, têm taxas menores."

As taxas de juros em operações de cheque especial para pessoa jurídica tiveram queda tímida entre outubro de 2016 e maio deste ano, indo de 340,5% ao ano para 339,5%, de acordo com dados do BC.

Já operações de capital de giro tiveram juros médios reduzidos de 25,4% para 22,3% no período.

Para Joseph Couri, presidente do Simpi (sindicato das micro e pequenas indústrias), o fato de o crédito ainda ser pouco acessível a pequenas empresas faz com que essas reduções, na prática, tenham pouco efeito.

Pesquisa da instituição aponta que, em maio, 62% das micro e pequenas indústrias apontavam ter capital de giro em nível insuficiente ou limitado.

CONFIANÇA

O estudo do Insper também indicou que, apesar da crise política iniciada com a delação premiada dos sócios da JBS em maio, a confiança dos pequenos empresários para o próximo trimestre ficou estável.

Para o levantamento, feito em parceria com o Santander, foram ouvidos 1.292 empresários. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual para mais ou para menos.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Fipezap: preço anunciado dos imóveis residenciais no País recua 0,15% em junho

O preço dos imóveis residenciais no País caiu 0,15% em junho na comparação com maio. Esse foi o quarto mês consecutivo com redução nominal de preços neste ano, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feita com base nos anúncios de 20 cidades no site Zap Imóveis.

Com a série de quedas, o mercado imobiliário segue em desvalorização ao longo de 2017. No primeiro semestre, os preços das residências tiveram retração de 0,23%. Já nos últimos 12 meses, os valores dos imóveis acumulam alta de 0,31%.

No último mês, 13 das 20 regiões cobertas pela pesquisa tiveram queda nominal dos preços anunciados, como foi o caso de Distrito Federal (-0,60%) Rio de Janeiro (-0,49%), Campinas (-0,20%) e São Paulo (-0,03%).

Entre as 7 regiões que registraram alta nominal estão Santos (0,61%), Fortaleza (0,57%), Goiânia (0,15%) e Porto Alegre (0,09%).

O valor médio do metro quadrado dos imóveis residenciais anunciados nas 20 cidades foi de R$ 7.668. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o metro quadrado mais caro do País (R$ 10.082), seguida por São Paulo (R$ 8.680) e Distrito Federal (R$ 8.385).

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