Segunda-feira

VALOR ECONÔMICO
 
Aumentam apostas para Selic menor em 2017
 
Os especialistas ainda debatem até onde a Selic pode cair, em meio a estimativas cada vez menores para a taxa. No entanto, o atual ciclo de corte de juros já está próximo do fim e algumas casas alertam que, sem o ajuste estrutural de contas públicas, o cenário recomenda uma normalização de condições por meio possivelmente de uma elevação da taxa Selic logo no próximo ano. A curva de juros precifica atualmente que a Selic pode cair para o patamar entre 7% e 7,25% no término de 2017.
Algumas instituições financeiras vão além e estimam que a taxa pode cair até a casa de 6%. As novas apostas contam com a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve executar uma desaceleração gradual dos cortes de juros até o fim do ciclo.
A condição para manter a Selic num patamar mínimo, entretanto, é o avanço na agenda de reformas, principalmente, a da Previdência, diz o economista sênior do Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), Carlos Pedroso. A expectativa do especialista é de algum progresso, mas com o conteúdo da medida mais diluído. Por isso, seria ainda insuficiente para conduzir o juro neutro da economia a uma queda substancial. Sem isso, a leitura é de que será necessário normalizar em 2018 as condições monetárias, com elevação da Selic.
Assim que o cenário de crescimento do PIB for consolidado e, portanto, a capacidade ociosa da economia for reduzida gradualmente aos níveis normais, o MUFG avalia que o Banco Central optará por um ciclo de aperto monetário mais curto, até voltar para 8% ante a taxa esperada de 7% ao fim de 2017. Isso contribuiria para manter ancorada as expectativas de inflação nas metas de 4,25% e 4,0%, respectivamente, para 2019 e para 2020.
Recentemente, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana, teria dito a economistas que, finalizado o ciclo, "em algum momento" será preciso normalizar as condições monetárias. Isso porque a taxa real de juros ex-ante - diferença entre o juro nominal de um ano e a estimativa da Focus para o IPCA 12 meses à frente - já está em terreno expansionista. Nesse processo, há dois caminhos para essa normalização: queda do juro neutro, em um cenário de reformas, ou alta da meta Selic.
O mercado embute elevação de 1 ponto percentual ao longo do ano que vem. Nessa conta, está tanto o prêmio de risco - devido a eleições de 2018 - quanto a própria expectativa para política monetária. "O prêmio recuou bastante e está num patamar mais razoável, mas só deve cair mais com avanços concretos", diz o trader de renda fixa Matheus Gallina, da Quantitas. Dada a necessidade atual de estímulos monetários, o Banco Votorantim entende que o BC justifique a manutenção da taxa de juros abaixo do nível estrutural.
Mas "na medida em que a economia volte para o potencial e a inflação caminhe em direção à meta, a Selic deve voltar a subir, o que pode acontecer já em 2018", diz o economista Roberto Padovani. O risco de colocar a Selic em nível muito baixo é acelerar a etapa seguinte. Na opinião da economista-sênior do Santander, Tatiana Pinheiro, o custo dessa atuação seria o fechamento mais rápido do hiato do produto e de antecipação do processo de normalização da política monetária. A projeção do banco para a Selic é de 7,5% no fim de 2017 e de 2018, o que significa manutenção da política monetária expansionista neste período.
Boa parte do mercado vê que essa normalização deve ocorrer só a partir de 2019. De acordo com o economista-chefe da Icatu, Rodrigo Melo, esse cenário só seria abalado caso algum risco fiscal se concretize ou um evento no exterior resulte em forte depreciação do câmbio. "Se esses riscos não acontecerem, nosso cenário é de inflação rodando bastante confortável por vários anos", afirma. A queda de juros no Brasil e a expectativa de recuperação econômica são alguns dos alicerces que sustentam a tendência de alta da bolsa. O Ibovespa subiu 1,61% na semana passada e continua buscando o recorde histórico de 73.516 pontos.
 
 
FOLHA DE SÃO PAULO
 
Investimento público despenca e afeta PIB
 
Os investimentos públicos estão no menor patamar dos últimos dez anos, o que pune principalmente o setor da construção civil e contribui para puxar o PIB (Produto Interno Bruto) para baixo.
Em meio ao forte esforço para reduzir despesas e cumprir a meta fiscal, os investimentos do governo federal nos primeiros sete meses do ano somaram R$ 16,3 bilhões, quase R$ 10 bilhões a menos do que o mesmo período de 2016 e o menor valor desde 2008, quando começa a série disponibilizada à Folha pelo Tesouro Nacional, com dados corrigidos pela inflação.
Nesse grupo estão incluídas obras públicas e compra de novas instalações para órgãos do governo, além de material de uso permanente, como computadores.
Os investimentos são os candidatos naturais a corte em tempos de ajuste, uma vez que mais de 90% das despesas públicas obedecem a regras de desembolso e não podem ser reduzidas sem mudar a legislação. Por outro lado, são um importante fator de estímulo à economia.
Manoel Pires, economista da FGV e ex-secretário de Política Econômica do governo Dilma Rousseff, afirma que cortar investimentos tem forte impacto na atividade, superior à redução de despesas com funcionalismo ou com subsídios, por exemplo.
"Quando se aumentam os subsídios, o efeito sobre a atividade é marginal. No caso de despesas com pessoal, é de 0,6 a 0,7 [ponto percentual] no PIB. Para investimentos, isso sobe para 1,4 a 1,6 [ponto percentual]", afirma.
Em outras palavras, a cada R$ 1 gasto pelo governo com investimentos, o PIB aumenta R$ 1,60. Se há corte, o impacto é oposto.
Para Fabio Klein, da consultoria Tendências, sem a reforma da Previdência ou a redução de subsídios - este último também só pode ser mudado por decisão do Congresso Nacional- , não ê possível fazer outro tipo de ajuste.
"[O corte dos] investimentos são quase a única solução para cumprir a meta. A economia está sendo feita evitando um gasto bom", disse.
Apesar dos efeito adverso na atividade, Klein afirma que o ajuste é indispensável para a recuperação da economia, uma vez que indica que a evolução das despesas no futuro é sustentável e compatível com as receitas públicas.
CONSTRUÇÃO
Observando os investimentos no detalhe, é possível verificar que são as obras os principais alvos de corte.
Levantamento do Tesouro mostra que os gastos com investimentos caíram 13% desde o fim de 2013, ano anterior ao do início da recessão. Mas as despesas com obras, conservação de estradas e Minha Casa, Minha Vida despencaram 40% no período.
Em julho (somando as despesas dos últimos 12 meses), esses gastos somaram R$ 19 bilhões, ante os R$ 32 bilhões despendidos em 2013.
Segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), as contratações do Minha Casa, Minha Vida caíram a menos da metade de 2013 a 2016. Em 2013, foram 940 mil unidades, ante 385 mil no fim de 2016.
Além disso, o governo encolheu as despesas com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"O governo disse que iria retomar 1.600 obras que estavam paradas, dentro de um universo ainda maior [de investimentos atrasados]. Mas, do jeito que cortaram despesas, não devem chegar nem a essa marca", disse José Carlos Martins, da CBIC.
Com dificuldades de caixa, o governo já sinalizou que o PAC poderá ser reduzido ainda mais em 2018, caso não consiga cortar despesas obrigatórias com as reformas.
 
 
Construção encolhe 21% durante a crise e volta ao patamar de 2009
 
A contração nos gastos públicos, aliada à crise do setor imobiliário, fez a construção civil encolher ao patamar de seis anos atrás, em 2009, ano em que o país sofria os efeitos da crise financeira global.
Desde o início da recessão, no segundo trimestre de 2014, a atividade encolheu 21%, segundo dados do IBGE.
A construção e sua cadeia de materiais respondem por cerca de 10% do PIB, calcula a CBIC. E sua debilidade está empurrando os investimentos no setor e a indústria para o vermelho.
Presidente do Sinduscon-SP (sindicato da construção), José Romeu Ferraz Neto ressalta que, além da contração das obras públicas em razão do ajuste fiscal do governo, o setor também patina, digerindo o excesso de oferta de habitações dos últimos anos.
Economistas do governo falam que o segmento imobiliário produziu uma bolha, com a liberação de empréstimos para pessoas com menor capacidade de endividamento, o que levou a uma sobrevalorização dos imóveis.
Ferraz não concorda e atribui o excesso de oferta à perda de renda da população, além da alta da inflação e dos juros nos últimos anos.
Segundo projeções da CBIC, a construção civil como um todo (inclusive infraestrutura) fechará 2017 com uma retração de 3,5%, no quarto ano consecutivo de queda.
Presidente da entidade, José Carlos Martins diz que os recursos cativos da habitação também minguaram, o que retirou verba da construção.
Em seus cálculos, os recursos vindos dos depósitos da poupança —65% são carimbados para o financiamento imobiliário— encolheram de R$ 120 bilhões em 2014 para uma projeção de R$ 40 bilhões neste ano. "Os depósitos voltaram a se recuperar nos últimos meses, mas estamos a séculos da situação que tínhamos no passado."
Uma das medidas listadas pelo setor para ajudar na recuperação é a legislação para regular a desistência na compra de imóveis, os distratos. A crise econômica levou muitos consumidores a desistir da compra, o que drenou a capacidade de investimento das construtoras.
A Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça finalizou uma medida provisória para regularizar os distratos, mas o texto está parado na Casa Civil.
O secretário de Defesa do Consumidor, Arthur Rollo, diz que, pela proposta, consumidores pagarão mais se desistirem do negócio (até 50% do valor pago, limitado a 10% do valor do imóvel), mas as construtoras terão que permitir a desistência, com ressarcimento integral, se ela ocorrer em até sete dias.
 
 
O ESTADO DE SÃO PAULO
 
Consumo deve sustentar alta do PIB em 2018
 
Ajudado pela queda da inflação e dos juros e pela redução do desemprego e da inadimplência, o consumo das famílias, ainda que em ritmo gradual, deve avançar e sustentar o crescimento da economia neste ano e no próximo.
A virada do consumo começou a ser registrada no segundo trimestre. Entre abril e junho, o consumo das famílias voltou para o terreno positivo, depois de dois anos de queda. O avanço de 1,4% do consumo garantiu o crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no período, segundo os dados do IBGE.
As projeções dos economistas para o consumo das famílias para este ano giram em torno 0,7% de alta. Nas contas do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, 70% do crescimento do PIB, projetado também em 0,7% para 2017, virá do consumo. Para 2018, a expectativa da consultoria é que o consumo das famílias avance 2,8% e represente 60% do crescimento do PIB, estimado em 3%. “O consumo responderá mais no ano que vem, quando o mercado de trabalho será mais robusto e a evolução real da massa de renda, de fato, começar a crescer”, afirma o economista.
Mas, mesmo com o crescimento, ainda levará tempo para o consumo voltar aos patamares de antes da crise. Nos últimos dois anos e meio, houve uma redução de R$ 79,7 bilhões no consumo, segundo cálculos da consultoria Tendências. Nesse período, as famílias mudaram o padrão de consumo para economizar. Das despesas do dia a dia, com alimentos e itens de higiene e limpeza, à aquisição de bens de maior valor, como eletrodomésticos e veículos, por exemplo, o brasileiro optou por produtos mais baratos e até usados.
Pesquisa da consultoria Nielsen, que visita quinzenalmente 8,5 mil domicílios no País para radiografar o consumo de uma cesta com 150 categorias de produtos, aponta que o volume de vendas dessa cesta caiu 5,7% no ano passado. Foi a maior retração em 20 anos. “Batemos no fundo do poço”, diz Margareth Utimura, líder da indústria de higiene e beleza da Nielsen.
No primeiro semestre deste ano, a queda foi ligeiramente menor, de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2016. “Este ano deve ser um pouco melhor e esperamos fechar 2018 com estabilidade”, prevê Margareth.
Ciclo. Apesar de toda a ginástica para manter o padrão de compras, economistas concordam que o caminho será longo para recuperar as perdas. “Vai levar tempo para as famílias voltarem ao patamar de compras do período anterior à recessão. Isso deve ocorrer só em 2020”, afirma Bruno Levy, economista da Tendências.
O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes, tem posição parecida. “A perspectiva é esse padrão de consumo voltar após 2019”, diz.
Nas contas de Levy, entre o quarto trimestre de 2014, o último ano em que houve crescimento do PIB, até o segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias caiu 8,3%, descontada a inflação. Para este ano e o próximo, o economista projeta crescimento do consumo das famílias de 0,7% e 2,1%, respectivamente.
Mesmo com o avanço esperado para dois anos seguidos, ele diz que, ao final de 2018, o consumo das famílias estará ainda 6,6% abaixo do registrado no final de 2014. “O ritmo de recuperação é lento, mas sustentável”, pondera Levy.
Entre os fatores que garantem essa recuperação estão a queda da inflação – em 12 meses até agosto o IPCA está em 2,46% – e o crescimento da renda dos trabalhadores – que, em 12 meses até julho, avançou 1,4%. A MB destaca também a expressiva redução do endividamento das famílias e do nível de comprometimento da renda ao final do primeiro semestre como elementos que favorecem o aumento do consumo.
O comprometimento dos pagamentos com dívidas sobre a renda total, que era de 42% em junho de 2015, encerrou o primeiro semestre deste ano em 21,1%.
 
 
O ESTADO DE SÃO PAULO
 
Novo título do setor imobiliário deve atrair por segurança e rentabilidade
 
Um novo produto financeiro vai integrar a sopa de letrinhas dos investimentos ligados ao setor imobiliário.
Autorizada pelo governo no fim de agosto, a Letra Imobiliária Garantida (LIG) tem potencial para ganhar espaço tanto na carteira do pequeno investidor como dos gestores de fundos imobiliários. Isso porque, para especialistas, ela será uma opção com retornos melhores do que a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e com menos risco que os Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), ambos concorrentes diretos.
O LIG, que está em processo final de regulamentação pelo Banco Central, é um título privado do mercado imobiliário, isento de Imposto de Renda e que poderá ser emitido por instituições financeiras.
O prazo para resgate é de 24 meses e a rentabilidade será baseada na taxa de juros ou atrelada a outros indicadores, como o IPCA. Deve estar disponível no mercado até o fim do ano.
A LIG promete sair na frente de outros produtos que integram a prateleira de ativos imobiliários por oferecer uma dupla garantia ao investidor.
Além da salvaguarda da própria instituição que emitiu o título â ou seja, seu patrimônio â, haverá como garantia uma carteira de ativos imobiliários específica para esse fim, que não poderá ser usada para quitar outras dívidas da instituição no caso de falência. Romeu Amaral, advogado e especialista em financiamento empresarial, alerta, porém, que a dupla garantia exige que o investidor conheça também quais os ativos "salvavidas" vão compor a carteira.
No caso da LCI, por exemplo, a única cobertura é a do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante investimentos de até R$ 250 mil por CPF e instituição bancária em caso de quebra.
Já os certificados, por oferecerem retornos maiores, não estão sob esse mesmo guarda-chuva.
Por isso, ao comprar um CRI, o investidor tem de avaliar os empreendimentos imobiliários dos tomadores do empréstimo para medir os riscos.
Além da vantagem da dupla garantia da LIG, Conrado Navarro, especialista em finanças pessoais do Modalmais, acredita que, no futuro, a letra pode disputar com a LCI o investidor que busca rentabilidade e não se importa com o prazo de resgate de dois anos. "Não faria sentido lançar um produto com retorno menor do que já existe se ele vai ficar preso por mais tempo. Se for pagar o mesmo com resgate maior, as pessoas vão ficar nas LCIs". Há uma carência de 90 dias na LCI e a rentabilidade geralmente é atrelada ao CDI.
Arthur Vieira, professor da Fecap e especialista em fundos imobiliários, acredita que o prazo maior, entretanto, vai exigir um investidor mais estruturado, que possa deixar o dinheiro por mais tempo â o que deverá implicar aportes iniciais maiores.
Diversificação. Além do investidor pessoa física, fundos imobiliários também devem estar ansiosos pela LIG, diz Vieira. Isso porque os fundos são importantes compradores de papéis lastreados no mercado, além de imóveis fixos.
A vantagem do fundo imobiliário é o acesso a uma carteira diversificada.
"O investidor poderá comprar cotas de fundos que investem em LIG, CRI e LCI e conseguir uma liquidez maior. Se ele for negociado em Bolsa, é possível entrar e sair quando quiser", explica Vieira. A desvantagem é que o fundo imobiliário não é isento de Imposto de Renda e tem taxas de administração.

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