Quinta-feira

CORREIO DO ESTADO

FGTS vai injetar R$ 330 bilhões na economia em quatro anos

O Brasil terá mais de R$ 330 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura nos próximos quatro anos, de acordo com orçamentos aprovados nesta terça-feira (24) pelo Conselho Curador do FGTS, na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília (DF). A estimativa é de que esses investimentos beneficiem até 144,7 milhões de pessoas e gerem em torno de 6,7 milhões de empregos em todo o período. "É um bom orçamento. O Fundo está sólido e estável e continua sendo um importante instrumento para financiar o desenvolvimento do País", comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Durante a reunião, os conselheiros aprovaram os orçamentos operacional, financeiro e econômico do FGTS para 2018 e o orçamento plurianual de aplicação para o período 2019-2021. Somente no próximo ano, serão mais de R$ 85,5 bilhões para os três setores, valor superior aos R$ 77,5 bilhões do Orçamento de 2017. Já em 2019 e 2020, o volume de recursos será de R$ 81,5 bilhões por ano, com mais R$ 81 bilhões em 2021.

Para a área de habitação, considerada o carro-chefe do orçamento do FGTS, estão previstos R$ 69,4 bilhões em 2018, R$ 68 bilhões em 2019, outros R$ 68 bilhões em 2020, e R$ 67,5 bilhões em 2021. A maior parte desses recursos é para habitação popular, com estimativa de R$ 62 bilhões por ano até 2020 e R$ 62,5 bilhões em 2021. "Na habitação, a execução de recursos do FGTS já é boa e estamos mantendo os valores para os próximos anos", avaliou Moura Neto.

Financiamentos

Ele lembra que, em meio à crise econômica, os bancos reduziram o volume de empréstimos com recursos da Caderneta de Poupança. "Os bancos, somados, financiaram 140 mil unidades nos últimos 12 meses. Só o FGTS financiou 470 mil unidades nesse período. Então, praticamente o FGTS é que está sustentando o mercado imobiliário", observou o coordenador-geral do FGTS, Bolivar Moura Neto. A expectativa, porém, é de que nos próximos anos a Poupança se recupere e os bancos voltem a utilizar recursos dessa fonte para os financiamentos.

Moura Neto salienta que o FGTS para habitação atende a uma grande parcela da população - no primeiro semestre deste ano, foram destinados mais de R$ 31 bilhões para o setor. Por isso, o orçamento dos próximos anos prevê uma fatia menor do bolo para o programa Pró-Cotista, voltado para a classe média. "O Conselho manteve o valor de R$ 5 bilhões por ano, operado historicamente no Pró-Cotista, justamente para que os bancos voltem a operar com recursos da Poupança para a classe média, e o FGTS seja mais voltado para a habitação popular, que é o foco do Fundo", explicou.

A previsão do Conselho é de que os recursos para habitação atendam a 528,3 mil pessoas no próximo ano; 525,8 mil em 2019 e, também, em 2020; com mais 525,3 mil em 2021. O total chega a mais de 2,1 milhões de moradias financiadas com o FGTS nos próximos quatro anos.

Saneamento e infraestrutura - No saneamento básico, o orçamento do Fundo prevê R$ 6,8 bilhões em 2018 e mais R$ 6 bilhões por ano até 2021. Já para a infraestrutura urbana, a estimativa é de R$ 8,6 bilhões no ano que vem, com outros R$ 7 bilhões por ano até 2021.

A expectativa é de que esses investimentos beneficiem 41,8 milhões de pessoas em 2018 e 34,3 milhões por ano, até 2021, totalizando um acumulado de mais de 144,7 milhões de brasileiros atendidos com melhorias em saneamento e infraestrutura.

Moura Neto destaca que os recursos do FGTS alocados pelo Conselho para esses dois setores não têm sido totalmente aproveitados, mas a expectativa é de reverter esse quadro. "Foram feitas algumas mudanças na seleção de projetos", justifica. Além disso, ele cita programas como o Pró-Transporte, para investimentos em infraestrutura de transporte e mobilidade urbana, e o Pró-Frota, para renovação da frota de ônibus urbanos, que foram criados para auxiliar na utilização do dinheiro disponível.

Empregos

Os recursos do FGTS também devem movimentar o mercado de trabalho no País. Segundo os números do Conselho Curador do FGTS, os investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura urbana com dinheiro do Fundo vão responder pela abertura de mais de 6,7 milhões de novas vagas nos próximos quatro anos. A estimativa é de 1,7 milhão de empregos em 2018 e mais de 1,6 milhão por ano até 2021.

Os orçamentos aprovados pelo Conselho levam em consideração a estimativa de arrecadação do FGTS no período. Segundo Moura Neto, a expectativa é de que a arrecadação líquida volte a crescer, mas as projeções ainda foram conservadoras.

Ele explica que os números podem ser revistos, para mais ou para menos, dependendo de medidas que venham a ser adotadas pelo governo, ou aprovadas pelo Congresso Nacional, e que impliquem a utilização do Fundo. "Em 2017, foram utilizados R$ 45 bilhões só na liberação das contas inativas. Isso é quase 12% do volume total das contas", lembrou.

 

VALOR ECONÔMICO

Governo inclui 13 aeroportos em programa de desestatização

O governo federal incluiu uma lista de 13 aeroportos no Programa Nacional de Desestatização. A decisão está no "Diário Oficial da União" (DOU) desta quarta-feira. Constam da lista os aeroportos de Vitória (ES), Recife (PE), Várzea Grande (MT), Macaé (RJ), Juazeiro do Norte (CE), Bayeux (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE), Maceió (AL), Rondonópolis (MT, Sinop (MT), Alta Floresta (MT) e Barra dos Garças (MT).

Os aeroportos poderão ser concedidos individualmente ou em bloco. A decisão virá após " estudos de modelagem da desestatização". Todos os aeroportos foram incluídos no Programa de Parcerias de Investimento (PPI).

 

Copom corta Selic em 0,75 ponto para 7,50% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por unanimidade a redução da meta da taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano, sem viés. A autoridade monetária sinalizou uma nova desaceleração no ritmo de corte dos juros na sua próxima reunião, marcada para os dias 5 e 6 de dezembro. Mas retirou a expressão que dizia que o colegiado antevia “encerramento gradual do ciclo” de distensão monetária. “A evolução do cenário básico, em linha com o esperado, e o estágio do ciclo de flexibilização tornaram adequada a redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual nesta reunião.

Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”, diz a nota. “O Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”, completa o colegiado.

Veja íntegra do comunicado do Copom

O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 7,50% a.a., sem viés. A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações: O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira; O cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global vem se recuperando sem pressionar em demasia as condições financeiras nas economias avançadas. Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes; O Comitê julga que o cenário básico para a inflação tem evoluído conforme o esperado.

O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária; As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 3,1% para 2017 e 4,0% para 2018.

As projeções para 2019 e 2020 mantiveram-se em torno de 4,25% e 4,0%, respectivamente; e No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,3% para 2017, 4,3% para 2018 e 4,2% para 2019. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2017 e 2018 em 7,0% e eleva-se para 8,0% ao longo de 2019.

O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, a combinação de (i) possíveis efeitos secundários do choque favorável nos preços de alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos e da (ii) possível propagação, por mecanismos inerciais, do nível baixo de inflação pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado.

Por outro lado, (iii) uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de (iv) reversão do corrente cenário externo favorável para economias emergentes. Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 7,50% a.a., sem viés.

O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anoscalendário de 2018 e 2019, é compatível com o processo de flexibilização monetária. O Copom entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

O Comitê enfatiza que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural. As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê. A evolução do cenário básico, em linha com o esperado, e o estágio do ciclo de flexibilização tornaram adequada a redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual nesta reunião. Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária.

O Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

 

Bancos anunciam repasse de corte da Selic para linhas de crédito

Os grandes bancos voltaram a anunciar reduções nos juros cobrados nos financiamentos logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 7,5% ao ano. Itaú Unibanco e Bradesco informaram que vão repassar o corte de juros para as linhas de crédito de pessoas físicas e empresas. No Itaú, as taxas passam a valer a partir de 1º de novembro.

O Banco do Brasil também anunciou a redução das taxas em linhas como crédito para a compra de veículos para pessoas físicas e jurídicas e antecipação de recebíveis para empresas. As novas taxas passam a valer a partir de segunda-feira, 30 de outubro. Já o Santander informou que pretende repassar a queda da Selic para as taxas cobradas nas linhas de cheque especial.

 

Meirelles: reformas possibilitaram corte na Selic

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, na noite desta quarta-feira (25), que as reformas que estão sendo feitas no país para a redução de gastos e controle do crescimento da dívida, associadas a uma política monetária correta para o controle da inflação, permitiram que o Banco Central fizesse um corte adequado da taxa básica de juros (Selic).

O Copom anunciou hoje uma queda de 0,75 ponto percentual da Selic para 7,5% ao ano. "Tudo isso é muito positivo", destacou Meirelles, após participar de palestra de encerramento do III Fórum Nacional do Comércio, organizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Segundo Meirelles, a queda da inflação tem efeito duplo, pois aumenta o poder de compra da população, dá estabilidade à economia, além de permitir que os juros continuem caindo. Crescimento Durante o evento, o ministro disse acreditar que o país tem condições de crescer no próximo ano mais do que os 2,5% projetados por economistas na pesquisa semanal Focus, do Banco Central.

"Achamos até que tem grande possibilidade de ser mais que isso", reforçou. "Os números indicam crescimento sólido. Não há dúvida de que recessão ficou para trás", complementou. O ministro falou em palestra de encerramento no III Fórum Nacional do Comércio, organizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), nesta quarta-feira (25). Durante o discurso, ele elencou várias medidas adotadas pelo governo para garantir que o país tenha um crescimento sustentável no longo prazo, sem sofrer sustos.

Dentre as medidas importantes citadas para o crescimento do país e para ganhar confiança, estão a aprovação do teto para o crescimento do gasto público e aprovação da reforma trabalhista. Meirelles reforçou que o país está na direção certa, com uma política econômica que vem enfrentando as instabilidades. Na palestra, o ministro destacou, ainda, que o mercado de trabalho começou a reagir antes do que esperava muitos economistas. Reformas

Para Meirelles, as reformas são essenciais para garantir que o Brasil cresça por mais tempo. "Precisamos sair do padrão de que todos ficam com medo de quando será a próxima recessão", disse. "Estamos aprovando não só mudanças fundamentais na área fiscal, mas também na área trabalhista. Mas mudanças visando tornar a economia mais eficiente e produtiva."

O ministro afirmou para os dirigentes lojistas de todo o país que foi aprovado, hoje, pelo Senado um projeto de cadastro positivo que vai permitir a inclusão automática dos brasileiros, assim como acontece em outros países. "Como consequência, os senhores terão acesso à nota de crédito do consumidor de forma automática", frisou.

A proposta agora segue para a Câmara. Para Meirelles, é preciso ter tranquilidade de que o Brasil vai crescer nos próximos anos e é para isso que o governo está trabalhando na aprovação de medidas. "Estamos agora enfrentando a questão da Previdência, que deve ser votada proximamente", ressaltou. 

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