Segunda-feira

CORREIO BRAZILIENSE

O PAC de Temer

Enquanto tenta aprovar parte do texto original da reforma da Previdência, o presidente anuncia a ampliação de programas e obras para garantir apoio de governadores e empresários. Distrito Federal tem cinco empreendimentos contemplados

Diante das dificuldades de aprovar a reforma da Previdência no Congresso, o presidente Michel Temer organizou ontem uma solenidade no Planalto para mostrar que é capaz de fazer a economia girar mesmo se não conseguir alterar as regras de aposentadoria. Sem a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), Temer apresentou o Programa Avançar, com previsão de investimentos de R$ 130,97 bilhões até 2018.

A intenção é retomar e finalizar 7,44 mil obras que estavam paradas ou em ritmo lento. O projeto prevê ações em rodovias, ferrovias, hidrovias, aeroportos e portos. E também em áreas sociais, como habitação, saneamento e drenagem, recursos hídricos, mobilidade urbana, contenção de encostas e centros de artes e esportes unificados, creches, quadras, unidades básicas de saúde, entre outras.

A medida é um agrado aos empresários e ao mercado, para mostrar que o governo não está paralisado. O próprio ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reconheceu isso. "Ficamos os últimos 18 meses de governo tentando recuperar a credibilidade. Hoje, os pagamentos estão em dia e só no ano passado pagamos R$ 42 bilhões em obras. Este ano, fizemos uma programação da execução com o orçamento, e vamos continuar avaliando até o fim do ano", declarou.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), João Carlos Martins, avalia que o governo tenta recuperar a confiança dos empresários. Mas discorda de que seja um agrado para sinalizar que a reforma da Previdência pode não sair. "A reforma vai sair. Não tem como ninguém aguentar o estratosférico rombo", ponderou.

Foi o primeiro evento público do presidente após a Câmara enterrar a segunda denúncia contra ele, por corrupção passiva e obstrução de justiça. "Ao longo dos últimos cinco meses, muita gente temeu por uma crise política, mas veja só, debelada a recessão, foi nesse período que a economia voltou a crescer", disse Temer. "Fomos contestados do ponto de vista da oposição aguerrida e orgânica que não aceitou o governo posto e legitimado. Depois, fomos contestados do ponto de vista moral, mas eu sempre afirmei que as coisas viriam à luz", lembrou.

Em todos os discursos proferidos, foi possível ler nas entrelinhas alfinetadas internas do governo. Responsável por definir o caderno de obras, o ministro da Secretaria de Governo, Moreira Franco, aproveitou para criticar o rigoroso fiscalismo do titular da Fazenda, Henrique Meirelles. "Asseguro que Meirelles não deixará faltar dinheiro para esses projetos", brincou Moreira.

Como uma maneira de agradar à base aliada e reverter a impopularidade, o Nordeste será a região com o maior número de obras contempladas: 3.186, com investimentos de R$ 19 bilhões. Por outro lado, nada menos que 2.254 obras estão ligadas à pasta da Saúde, do ministro Ricardo Barros, do PP, um dos partidos que mais cobra a reforma ministerial e namora a pasta de Cidades, hoje nas mãos do PSDB.

Apesar das recentes revisões da meta de deficit fiscal, o governo elaborou um programa que se desdobra em três subprodutos: o Avançar Cidades, que disponibilizará R$ 29,9 bilhões da Caixa Econômica Federal, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; o Avançar Energia, que injetará R$ 58,9 bilhões de empresas estatais no setor de energia; e o Avançar com recursos do orçamento geral da União, de R$ 42,1 bilhões.

 

PORTAL TERRA

Cyrela espera voltar ao lucro em 2018

A Cyrela espera voltar a ter lucro no próximo ano, com a redução do volume de entregas, disseram executivos nesta sexta-feira da companhia, uma das maiores construtoras e incorporadoras de imóveis de alto e médio padrão do país.

Eles ressaltaram, contudo, que a recuperação do resultado dependerá do ritmo de distratos, lançamentos e também da dinâmica macroeconômica.

No terceiro trimestre, a Cyrela amargou prejuízo de 6,8 milhões de reais, com receitas e margens afetadas pelos cancelamentos de vendas.

Questionados sobre a joint venture com a Cury Construtora, na qual a Cyrela detém fatia de 50 por cento, os executivos disseram que não há planos de mudar a gestão do negócio voltado para o segmento de imóveis econômicos.

 

VALOR ECONÔMICO

Fitch mantém nota de crédito do Brasil com perspectiva negativa

A Fitch Ratings reforçou a nota de crédito do Brasil em 'BB', com perspectiva negativa. Ou seja, com possibilidade de a classificação ser revista para baixo futuramente. Segundo a agência, limitam as notas do país a debilidade estrutural nas finanças públicas e o alto endividamento do governo, fracas perspectivas de crescimento e indicadores de governança mais fracos do que os pares do país, além do recente histórico de instabilidade política.

Essas debilidades, acrescentou a Fitch, são compensadas pela diversidade econômica do brasil e instituições civis consolidadas. A perspectiva negativa reflete a continuidade de incertezas relacionadas com a sustentabilidade e força da recuperação econômica brasileira, as perspectivas para a estabilização da dívida no médio prazo e o progresso da agenda legislativa, especialmente a reforma da Previdência.

A Fitch espera uma modesta recuperação cíclica no Brasil, com o crescimento acelerando de 0,6% em 2017 para uma média de 2,6% durante 2018 e 2019. O consumo começou a se recuperar, sustentado pela inflação mais baixa, que impulsiona os ganhos salariais, estabilização da taxa de desemprego e uma recuperação do crédito ao consumidor. Uma recuperação do investimento também é esperada para os próximos anos.

De acordo com a agência, os riscos que podem fazer com que o governo não alcance as suas metas fiscais no curto prazo incluem uma recuperação econômica mais fraca e a dificuldade em cortar gastos públicos, sobretudo em ano eleitoral. A implementação da reforma da Previdência e outros ajustes serão necessários para assegurar que os gastos fiquem de acordo com a meta no médio prazo.

A Fitch projeta que a dívida pública brasileira continuará a crescer durante o período previsto, mesmo levando em conta o impacto da antecipação dos pagamentos dos empréstimos feitos pelo Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) entre 2017 e 2018. A agência projeta que a dívida alcançará 76% do PIB em 2017 (acima da mediana dos países "BB", de 45%) e avance a 80% em 2018.

O déficit em conta corrente do Brasil deve ficar abaixo de 1% em 2017, de acordo com as projeções da Fitch, e deve permanecer abaixo dos 2% no período projetado pela agência. O déficit caiu 80% durante os primeiros nove meses de 2017, em relação ao ano passado, com o crescimento do superávit comercial.

Fazenda

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, classificou como “normal” a decisão da Fitch. “Agência de rating tem função de ser conservadora”, disse ele em entrevista após palestra a empresários durante almoço na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

De acordo com o ministro, a reforma da Previdência é um “item fundamental” para elevar as notas de crédito do país, mas, como ainda está em discussão, a agência não pode se “antecipar” e mudar o rating para melhor. “Mas não estão dizendo se acham que vai ou não vai ser aprovada”, afirmou. Segundo ele, depois de aprovada a reforma, todas as agências farão previsões baseadas no novo cenário.

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