Segunda-feira

VALOR ECONÔMICO

Mercado eleva previsão de crescimento do PIB em 2017 para 0,89%

Os analistas consultados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus preveem crescimento de 0,89% para a economia brasileira neste ano, acima do avanço de 0,73% estimado anteriormente e mantido nesse patamar há cinco semanas.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela autoridade monetária mostra já os ajustes feitos pelos analistas do mercado em suas projeções para o desempenho da economia brasileira em 2017, após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar na última sexta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre e, mais do que isso, revisar para cima os números do primeiro e do segundo trimestre deste ano e de 2016.

Para 2018, a mediana das estimativas para a expansão do PIB também subiu, de 2,58% para 2,60%. Do lado da inflação, a previsão para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 3,98% para 3,96% em 12 meses e de 3,06% para 3,03% em 2017. No caso do próximo ano, a projeção permaneceu em 4,02% de aumento.

Entre as instituições que mais acertam as projeções, o chamado Top 5, as estimativas de médio prazo para a alta do IPCA passaram de 3,10% para 3,09% em 2017 e foram mantidas em 4% em 2018. Também foram conservadas as expectativas para a taxa básica de juros, Selic, em 7% tanto no fim deste calendário quanto no fechamento do próximo ano pelos economistas em geral e em 7% para 2017 e em 6,50% para 2018 as projeções de médio prazo do Top 5.

Para o câmbio, a expectativa foi mantida em R$ 3,25 no fim deste ano e R$ 3,30 no encerramento de 2018, mantendo a mesma projeção há 11 semanas. Entre o Top 5, a previsão de médio prazo das projeções para o dólar saiu de R$ 3,15 para R$ 3,20 no fim deste ano e de R$ 3,20 para R$ 3,30 no próximo calendário. A previsão de crescimento da produção industrial pelos economistas em geral consultados pelo Focus foi mantida em 2% em 2017 e 2,90% em 2018.

 

Investimento disseminado indica aceleração do PIB

Apesar de o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre ter ficado abaixo das expectativas, os números trouxeram boas notícias quanto às perspectivas de retomada da economia brasileira. A expansão, por exemplo, de 1,6% do investimento não foi um evento atípico, mas um aumento disseminado entre os diversos setores da economia.

Após 15 trimestres de queda, os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, começaram a responder à recuperação cíclica da economia, comandada inicialmente pelo consumo das famílias, que cresceu 1,2% em relação ao trimestre anterior.

A economista Sílvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia (FGV), calcula que, nesses 15 trimestres, o investimento acumulou retração de 30%. Sílvia destaca o aumento das importações e da produção interna de bens de capital (máquinas e equipamentos) como representativos da retomada dos investimentos.

Já a construção, segmento de maior peso na taxa de investimento (53%), apresentou retração de 4,7% no terceiro trimestre, embora tenha havido melhora nos insumos, dado que antecede a retomada do setor. A reação dos investimentos depois de longo período é uma boa notícia, mas não se espera comportamento excepcional em 2018.

Sílvia Matos estima avanço de 3,5% do investimento no próximo ano, mas o setor de construção civil tende a continuar fraco, a depender das incertezas políticoeleitorais. Os investimentos em infraestrutura crescerão em 2018. Gastos em energia elétrica, telecomunicações, saneamento e transportes devem somar R$ 101,5 bilhões, expansão real de 7,9% em relação a este ano, segundo cálculos de Cláudio Frischtak, da Inter. B Consultoria. Em 2017, eles foram de 1,37% do PIB, o menor valor desde 1970.

 

Sem Previdência, S&P pode cortar rating

Líder mundial de análise de ratings soberanos da S&P Global Ratings, Moritz Kraemer afirma que uma eventual frustração na aprovação da reforma da Previdência até o período pré-eleitoral de 2018 deve levar a agência a rediscutir a nota soberana do Brasil, que hoje é "BB" - dois degraus abaixo do nível de investimento - e encontra-se com perspectiva negativa.

"Achamos que esse é um projeto chave para a atual administração e, se não der em nada, se não tiver nenhuma reforma significativa, poderíamos considerar como uma indicação negativa", disse Kraemer, em entrevista ao Valor. "Teríamos de discutir no nosso comitê se o atual rating está em linha com a sustentação do governo para aprovar propostas de legislação no Congresso."

Para ele, existe espaço para a aprovação da reforma até as eleições presidenciais. "Estamos acompanhando as perspectivas para este ano do projeto de reforma da Previdência que está no Congresso, ou pelo menos até o período pré-eleitoral, porque achamos que a partir de então a janela de oportunidade vai se fechar", alertou.

Apesar da fragilidade fiscal, Kraemer ressalta que os indicadores de vulnerabilidade do Brasil a uma eventual fuga de capitais são favoráveis comparados com outras economias emergentes. E é isso que explica por que o Brasil ficou fora de uma nova lista das cinco economias frágeis (os "Fragile Five") feita pela S&P Global, diferentemente de um ranking semelhante elaborado em 2013 pelo Morgan Stanley.

Kraemer participa hoje do seminário "Reavaliação do Risco Brasil", no Rio de Janeiro, promovido por Fundação Getúlio Vargas (FGV), S&P Global Ratings, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Valor.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Valor: Qual é a chance de a avaliação de risco soberano do Brasil sofrer um rebaixamento? Moritz Kraemer: Temos uma perspectiva negativa para o rating, o que significa que nos próximos seis meses há um terço de chance de a avaliação ser rebaixada de novo. O gatilho para isso poderia ser a nossa avaliação sobre o progresso da agenda de reformas, especialmente do lado do gasto.

Valor: Quanto a reforma da Previdência é importante para o rating do Brasil?

Kraemer: Muito importante, porque é um item de despesa grande e bastante rígido. Se você extrapolá-lo para o futuro, haveria enormes pressões, até mais do que há hoje. Assim, se continuar na situação atual, esse item de despesa ficará impagável, dado que o Brasil tem uma população que envelhece. Não esperamos que a reforma vai resolver o problema para sempre. É algo a ser visitado de novo e de novo, como acontece no caso dos países europeus. Mas é preciso começar de algum ponto. Estamos acompanhando as perspectivas para este ano do projeto de reforma da Previdência que está no Congresso, ou pelo menos as perspectivas antes do período pré-eleitoral, porque achamos que a partir de então a janela de oportunidade vai se fechar.

Valor: Qual é a chance de o Brasil ter um novo rebaixamento se a reforma da Previdência não passar?

Kraemer: Essa é uma das principais iniciativas na agenda de reformas e, se virmos que o governo e o Congresso não conseguem concordar nesse primeiro passo, seria muito difícil para o novo governo eleito começar a enfrentar outras áreas do gasto obrigatório. Achamos que esse é um projeto chave para a atual administração e, se não der em nada, se não tiver nenhuma reforma significativa, poderíamos considerar como uma indicação negativa. Teríamos de discutir no nosso comitê se o atual rating está em linha com a sustentação do governo para aprovar propostas de legislação no Congresso.

Valor: Qual é o peso das eleições presidenciais de 2018 para o rating soberano do Brasil?

Kraemer: Eleições são importantes porque vão decidir se há uma coalizão funcional disposta a continuar a enfrentar esses desafios, pois não é uma tarefa que se resolve com um ato. Esse é um esforço que envolve vários anos, várias administrações. Então, se temos o primeiro passo na reforma da Previdência, mas temos um total impasse na eleição, isso seria algo negativo. Estamos acompanhando atentamente o resultado das eleições. Obviamente, é muito cedo para especular quem poderá ser o presidente ou saber a composição do Congresso que ele ou ela vai conviver. Mas não estamos tomando partido de um lado ou de outro.

Valor: O Brasil tem um problema de baixo crescimento?

Kraemer: Se você tiver mais crescimento, a arrecadação vai se recuperar. Esperamos crescimento neste ano, e a expansão vai se fortalecer no ano que vem. Mas para ter um efeito duradouro será preciso mais reformas. Uma reforma positiva que estamos observando é a do BNDES, em particular a liberalização dos empréstimos a taxas de mercado. Essa é uma melhora na alocação de capital na economia, que aumenta o crescimento potencial.

Valor: Por que o Brasil não faz parte da nova lista "Fragile Five" que a S&P criou, ao contrário da original, elaborada pelo Morgan Stanley em 2013?

Kraemer: Na minha visão, o Brasil não fazia parte dos cinco frágeis lá atrás. O foco da lista do Morgan Stanley eram os grandes riscos dos países emergentes, com destaque para o déficit em conta corrente. Não acho que o Brasil estivesse especialmente vulnerável porque é uma economia fechada, que é grande e não tem grande corrente de comércio com o resto do mundo.

Valor: E qual é o foco da sua lista de países frágeis?

Kraemer: Procuro identificar os países que estão sob maior risco caso a situação de generosa liquidez global acabe. Tento olhar indicadores externos que mostram que uma economia está vulnerável caso haja uma reversão no fluxo de capitais. O déficit em conta corrente é importante, mas minha experiência mostra que a maioria das crises financeiras começa quando há uma reversão no fluxo de capitais.

Valor: Quais são os indicadores relevantes?

Kraemer: Olhamos para sete variáveis chave, ligadas mais à conta financeira, como o tamanho da dívida externa de curto prazo, medidas de cobertura pelas reservas internacionais. Fizemos um ranking para ver como cada país pontua em cada uma das variáveis. A Turquia aparece sempre, portanto é a mais vulnerável. O Brasil não, está basicamente no meio. Há muitos desafios diante do Brasil, mas não achamos que as condições de financiamento externo são o principal. Os principais desafios têm a ver com a agenda de reforma fiscal.

Valor: Mas as crises não começam sempre com uma fraca posição fiscal?

Kraemer: Não concordaria com essa afirmativa. A maior parte das crises começa com problemas no balanço de pagamentos. No Brasil, há uma confluência de desafios políticos e fiscais que levaram à recessão e lenta recuperação. Mas a questão fiscal só é um problema se o país não consegue financiar os déficits domesticamente, se depende de fluxos de capitais. No Brasil, esse não é um problema, porque o país tem poupança própria. O problema no Brasil é a rigidez nas despesas, o mais alto gasto em relação ao PIB entre os emergentes, mas não é um problema para financiar o déficit. É uma fragilidade, mas não é o tipo de vulnerabilidade a que se refere a lista dos cinco frágeis.

Valor: Quais são os riscos da política monetária dos EUA?

Kraemer: Procuramos identificar quais são os países mais vulneráveis no caso de ocorrer um aperto monetário mais rápido nas economias avançadas, mas não estamos esperando que isso ocorra [no cenário principal]. Vemos três altas de juros pelo Fed [Federal Reserve, o banco central americano] no ano que vem. Nossa avaliação é que a normalização das taxas de juros vai ser longa e gradual, a não ser que vejamos uma inesperada alta na tendência subjacente da inflação. Isso poderia levar os bancos centrais a acelerar a alta de juros.

Valor: Quais são os outros riscos para as economias emergentes?

Kraemer: Um risco óbvio é geopolítico. Temos um fluxo de notícias do Oriente Médio e da Península da Coreia, por exemplo, que poderia criar um ambiente de maior aversão a risco. Também temos visto uma demora nas economias em se desalavancar. Ainda temos níveis altos de dívida nos setores público e privado, e a política monetária é muito acomodatícia. Essa é uma fonte de vulnerabilidade se houver uma desaceleração econômica ou recessão, porque as políticas monetária e fiscal teriam pouca margem de manobra para reagir. Essas linhas de defesa não foram reconstruídas.

Valor: Essa política acomodatícia criou bolhas nos mercados?

Kraemer: Títulos de governo com taxa de retorno negativo são algo muito difícil de se explicar racionalmente. Você não manteria um ativo desses a menos que acreditasse que poderia vendê-lo por um preço mais alto. Essa é uma definição de bolha, quando você mantém um ativo porque acha que o preço vai subir. A volatilidade e preços do mercado se descolaram do risco político. Em 2016, tivemos grandes choques que colocaram em questão a credibilidade de políticas de governo, como o Brexit e a eleição de um presidente nos EUA que ainda teria de ter suas credenciais testadas. A incerteza foi recorde, mas a volatilidade esteve na mínima. Na minha opinião, isso é uma consequência dessa política monetária muito relaxada. Obviamente, se ela desaparecer, poderia haver uma correção.

 

Consultoria prevê início de retomada na infraestrutura

Depois de quatro anos em queda, os investimentos em infraestrutura no país devem iniciar um ciclo gradual de recuperação a partir do próximo ano. Os gastos em energia elétrica, telecomunicações, saneamento e transportes devem somar R$ 101,5 bilhões em 2018, crescimento real de 7,9% na comparação ao número deste ano. A previsão é da Inter. B Consultoria Internacional de Negócios, que há dez anos realiza a contabilização de investimentos em infraestrutura no país a partir de estatísticas levantadas com associações setoriais, em orçamentos de governos e estatais, além de estimativas próprias.

Na sexta-feira, o IBGE divulgou que a formação bruta de capital fixo cresceu 1,6% no terceiro trimestre, na comparação aos três meses anteriores deste ano. Foi a primeira taxa positiva após 15 trimestres consecutivos de queda. O avanço foi puxado basicamente por bens de capital e pela importação de máquinas e equipamentos.

Segundo Cláudio Frischtak, sócio da Inter.b, os gastos com infraestrutura costumam reagir com certo atraso à melhora da economia e de outros tipos de investimentos, como as máquinas e equipamentos para a indústria de transformação. Isso pode ser atribuído desde aos lentos processo de licenciamento ambiental a até a maior dependência por recursos públicos. "Investir é apostar no futuro. Como os investimentos em infraestrutura são feitos pensando no longo prazo, o investidor precisa se sentir confortável com o ambiente regulatório e político, além de haver uma normalidade macroeconômica. Neste caso, é natural que a retomada do investimento ocorra realmente só a partir do ano que vem e lentamente", avalia Frischtak.

O cenário traçado considera um crescimento de 3,2% do PIB em 2018, além de um candidato de centro liderando as pesquisa eleitorais para presidente no primeiro semestre. "Se chegarmos ao segundo trimestre com um candidato populista, sem programa econômico e sem apoio do Congresso bem posicionado, a tendência é que as empresas puxem o freio dos investimentos", acrescenta.

Todos quatro grandes setores de infraestrutura pesquisados devem aumentar investimentos em 2018. O destaque foi o de telecomunicações. Influenciado pela conjuntura econômica e a recuperação judicial da Oi, o setor cortou 28% dos investimentos em 2017 (em termos nominais), segundo a Inter.b.

Para o próximo ano, a previsão desenhada indica gastos 25% maiores, somando R$ 23,3 bilhões. Outra contribuição importante deverá vir do setor elétrico. De acordo com a consultoria, o segmento deve investir R$ 32,3 bilhões ao longo do próximo ano, 18,3% a mais (em termos nominais) do que em 2017.

Esse desempenho é influenciado positivamente por projetos de energia renováveis (eólica e solar) e dos leilões de linha de transmissão realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É bem verdade que a velocidade do crescimento dos investimentos do mercado elétrico - assim como dos outros grandes setores da pesquisa - está relacionada a uma base de comparação mais baixa.

Com o fim do ciclo de construção de grandes usinas hidrelétricas, os gastos na infraestrutura do setor recuaram 37,7% neste ano, na comparação ao ano passado, segundo cálculos da consultoria. "Em 2017, os investimentos em infraestrutura como um todo devem atingir seu ponto mais baixo nas últimas cinco décadas. Estamos falando de uma proporção de apenas 1,37% do PIB, menor percentual de toda a série histórica que dispomos, desde os anos 70", afirma ele. O início da retomada da infraestrutura deve ser parcialmente beneficiado pelo ciclo de concessões do governo Temer.

O setor aeroportuário é um exemplo disso. A expectativa é de avanço de 22,2% nos investimentos em 2018, para R$ 1,1 bilhão, na esteira da concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza realizada em março deste ano. Apesar do avanço em aeroportos, a pesquisa da Inter.b prevê estabilidade nos gastos com infraestrutura de transporte como um todo no próximo ano.

O cenário permanece negativo, por exemplo, para o segmento rodoviário. Os investimentos nas estradas devem encolher 12%, para R$ 12,2 bilhões, afetado pelas limitações fiscais dos governos federal e estadual, além de uma especificidade setorial. "As concessões rodoviárias do governo Fernando Henrique estão acabando. Há casos em que a concessão não deve ser renovada, como na BR-040, que liga o Rio a Juiz de Fora.

Quando a renovação não acontece, a tendência é de menos investimentos. Além disso, a fase três das concessões, do governo Dilma, foi um desastre, com só uma ou duas concessões atualmente me operação", diz o economista. Se confirmados, esses investimentos devem contribuir para que a taxa de investimento cresça para 17% em 2018, acima dos 16% previstos para 2017.

 

Mercado concentra atenções em Previdência e reunião do Copom

A ansiedade sobre a reforma da Previdência pode garantir mais uma semana agitada nos mercados financeiros domésticos, que ainda terão de decifrar as sinalizações do Banco Central (BC) sobre os próximos passos da política monetária. O pregão desta segunda deve repercutir o encontro entre o presidente Michel Temer e o futuro presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, ocorrido no sábado. Após o encontro, Alckmin foi lacônico ao comentar: "Presidente, conte conosco".

O teor da conversa ganha importância após Alckmin ter dito, na sexta, que a legenda apoiará a reforma da Previdência. A data inicialmente prevista para votação do texto da reforma na Câmara dos Deputados era o próximo dia 6. Mas declarações de integrantes do chamado centrão e até mesmo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esfriaram apostas de que o governo conseguirá avançar com a pauta nos próximos dias. Foi essa virada de percepção que ditou a alta de quase 2% do dólar no acumulado de quarta e quinta-feira e o salto de mais de 20 pontosbase dos juros longos no mesmo período.

A despeito do ajuste de preços já ocorrido, o profissional da área de juros de uma atuante instituição financeira diz que o mercado ainda pode piorar mais, caso se oficialize a não votação da reforma neste ano. "O mercado tem menos para piorar agora, mas ainda acho que haveria uma reação imediata", diz. Além das negociações sobre a reforma da Previdência, investidores vão se debruçar nesta semana sobre as indicações do Comitê de Política Monetária (Copom) após o esperado novo corte da Selic - provavelmente de 0,50 ponto percentual - na quarta-feira.

Com uma redução nessa magnitude, o juro básico cairá para 7% ao ano. Para o Itaú Unibanco, o colegiado do BC "deve sinalizar a possibilidade de uma flexibilização monetária adicional no início de 2018", caso o cenário básico evolua conforme o esperado e o balanço de riscos não se altere. Mas não deve se comprometer com nenhum curso pré-definido. O Itaú espera redução de 0,50 ponto nesta semana e outra no mesmo ritmo em fevereiro, o que levaria a Selic a atingir novo piso histórico, de 6,5%.

O Nomura diz que a ausência da reforma em 2017 "provavelmente não alteraria" o plano do BC de levar o juro a 7% na quarta. "Por outro lado, 'alguma reforma da Previdência' poderia fazer o Copom cortar mais os juros no primeiro trimestre do ano [que vem]", dizem estrategistas do banco. Os profissionais avaliam que os riscos continuam voltados para uma Selic abaixo de 7% ao longo de 2018. Dessa forma, recomendam posição vendida em juro (que ganha com a queda da taxa) com vencimento em janeiro de 2019, no qual investidores negociam apostas para a evolução da Selic durante o próximo ano.

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