Sexta-feira

CLIPPING (16.03.2018)

VALOR ECONÔMICO

FGTS quer mudar regra para atrair banco privado

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estuda medidas para estimular bancos privados a realizar operações de crédito utilizando como funding os recursos dos trabalhadores. A ideia é revisar as regras operacionais, assim como o custo desse capital e os limites de taxas de juros incidentes nas transações feitas com recursos do FGTS. Segundo fonte ouvida pelo Valor, um grupo de trabalho foi criado no âmbito do fundo com representantes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e bancos privados.

Somente neste ano já foram realizadas duas reuniões para discutir o assunto. O objetivo é que as propostas para alterar as regras operacionais e financeiras do fundo estejam prontas até abril, para seguir logo depois para votação no conselho curador do FGTS. Não deve ser promovida nenhuma alteração que exija mudança na legislação. A avaliação é que não há espaço político, neste momento, para mudanças que dependam de apreciação do Congresso Nacional.

O técnico do governo explicou que um dos principais entraves apontados pelas instituições financeiras privadas para entrada no negócio é justamente as regras operacionais, que exigem uma série de comprovações consideradas excessivas, além de um processo de fiscalização das obras feitas com recursos do FGTS.

Com a revisão nessas regras, a expectativa é que melhore a concorrência entre os bancos pelos recursos do fundo. Atualmente, a Caixa opera cerca de 90% do dinheiro do fundo. O grosso dos recursos é destinado para financiamentos imobiliários. Por enquanto, ainda está aquém do desejado o uso de recursos do fundo para financiamento em saneamento básico e mobilidade urbana.

Na avaliação do técnico, o FGTS não precisa ter tantos detalhes sobre como é cobrado hoje e como são aplicados os recursos, desde que a destinação prevista em lei esteja cumprida. Pela legislação, o dinheiro do fundo deve ser aplicado apenas em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana. Para um executivo da Caixa, os bancos privados não têm interesse em operar os recursos do fundo porque o spread (diferença entre o custo do capital e o valor cobrado do cliente final) é baixo.

Por isso, o banco público acaba operando quase que a integralidade dos recursos. Ou seja, não há restrição para os bancos privados e BNDES serem operadores financeiros do fundo. Desde o ano passado, a Caixa tem adotado medidas para fortalecer seu capital de melhor qualidade e desta forma ficar preparada para cumprir as regras prudenciais definidas pelo Acordo de Basileia a partir do próximo ano.

Uma das operações que demanda muito capital é a responsabilidade de operar mais de R$ 80 bilhões por ano do FGTS. Recentemente, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou ao Valor que para operar o orçamento do fundo de R$ 325 bilhões para o período de 2018 a 2021 o banco precisaria de um aporte de capital equivalente a R$ 25 bilhões ao longo desses anos.

Com ajustes das regras do fundo, o governo estimula a entrada da iniciativa privada. Com isso conseguiria reduzir gradualmente a participação da Caixa na operação dos recursos do FGTS e, consequentemente, diminuiria a necessidade de capital do banco público para fazer frente a essas operações.

 

Demanda de consumidores por crédito avança 16,5% no 1º bimestre

A demanda dos consumidores por crédito caiu 13,2% em fevereiro em relação a janeiro deste ano, informou a consultoria Serasa Experian. Na comparação com igual período do ano passado, no entanto, o número de pessoas buscando crédito avançou 12,5%.

No bimestre, subiu 16,5% sobre os dois primeiros meses de 2017. Para os economistas da Serasa, o recuo na comparação mensal foi causado pelo efeito calendário e a menor quantidade de dias em função do Carnaval deste ano.

A demanda no bimestre, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, foi impulsionada pela queda dos juros, da inflação e do aumento da confiança dos consumidores. Na comparação mensal, o recuo na busca por crédito ocorreu em todas as classes de renda. O maior percentual foi observado entre os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês: -13,6%.

No acumulado de janeiro e fevereiro todas as classes de renda aumentaram a demanda pelo crédito. Nessa base, no entanto, os consumidores que recebem até R$ 500 por mês lideraram a alta, com 39,4%. Região A demanda pelo crédito caiu em todas as regiões do país entre janeiro e fevereiro, com mais ênfase no Sul do país (-18,4%). Já a alta no bimestre foi puxada pelo Nordeste (24,2%) e observada também nas demais regiões.

O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian.

 

Crédito a pessoa jurídica volta a crescer com captações, diz BC

O crédito a pessoas jurídicas voltou a subir em 2017, depois de dois anos de queda, segundo dados compilados pelo Banco Central que somam empréstimos bancários e captações feitas por empresas no mercado de capital. Por esse critério, as concessões de financiamentos às empresas chegaram a R$ 1,229 trilhão no ano passado, alta de 10,4% em relação ao volume de R$ 1,113 trilhão do ano anterior.

Para o BC, num contexto de queda na taxa básica de juros e de mudanças nas regras do crédito direcionado, será importante examinar a evolução tanto do crédito bancário quanto do mercado de capitais para ter leitura mais abrangente das condições de financiamento às empresas.

Em 2017, o estoque das operações de crédito a pessoas jurídicas apresentou uma contração de 7%, fechando em R$ 1,441 trilhão. Esse dado sinaliza que, no ano passado, teve continuidade o processo de desalavancagem entre as pessoas jurídicas, ou seja, de redução dos níveis de endividamento pelas empresas.

Entretanto, pela métrica proposta agora pelo Banco Central, há indícios de que esse ciclo de desalavancagem das empresas pode ter entrado na sua fase final, embora não seja possível chegar a uma conclusão sobre quando ele poderá de fato terminar. As concessões de crédito a pessoas jurídicas tiveram um aumento de 2,2% em 2017, para R$ 957 bilhões, num critério que exclui linhas de crédito rotativo, como cartões de crédito e cheque especial.

As captações no mercados de capitais doméstico e internacional, por sua vez, cresceram 54%, para R$ 272 bilhões. Desse total, R$ 80 bilhões foram captados no exterior e R$ 192 bilhões no mercado local, incluindo debêntures, notas promissórias, ações e outros instrumentos. Como nessa metodologia são incluídas apenas as concessões de crédito e as captações no mercado, não é possível afirmar com certeza que o processo de desalavancagem das empresas terminou.

O adequado seria observar o estoque das operações, uma medida mais próxima das dívidas que as empresas carregam no balanço. De qualquer forma, o crescimento das concessões e captações é uma mudança de sinal relevante no processo de desalavancagem das empresas. Mesmo com a reação no ano passado, o volume de concessões de crédito a empresas e captações é inferior ao observado entre 2012 e 2015. O pico foi em 2014, com R$ 1,465 trilhão, em valores nominais.

A soma das captações nos mercados doméstico e internacional, porém, supera os volumes observados nos cinco anos anteriores. Nos últimos dias, banqueiros de algumas das mais importantes instituições financeiras do país afirmaram que as empresas estão substituindo financiamentos por meio do crédito bancário por fontes nos mercados de capitais.

O Banco Central apresentou dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) que mostram que 33% dos recursos captados por meio de debêntures em 2017 foram utilizados para o refinanciamento de dívidas. O percentual é igual ao do ano anterior, mas abaixo da média observada de 2011 a 2015 de 38% abaixo da média observada de 2011 a 2015, de 38%.

Ao apresentar os dados, há alguns dias, o diretor de política econômica da autoridade monetária, Carlos Viana de Carvalho, destacou que o exame consolidado do crédito bancário e do mercado de capitais mostra um quadro "menos fraco" para o financiamento das empresas. "Se a economia convergir de forma sustentada para juros mais baixos - algo que vamos ver se ocorre ao longo do tempo -, deveremos ver o mercado de capitais assumindo um papel mais importante no financiamento de empresas", disse.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Crescimento do Brasil vai se ampliar, mas dúvida é se será duradouro

O crescimento da economia brasileira deve se ampliar este ano, podendo chegar a 3%. A grande dúvida é se o País vai conseguir fazer as mudanças estruturais para que a expansão não fique restrita ao curto prazo e continue ao longo dos anos. A avaliação é do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

"O Brasil está mudando e se fala em crescimento de 2,5% a 3%. Acho que é um número realista", disse ele após participar de evento do Fórum Econômico Mundial em São Paulo nesta quinta-feira, 15. Entre as mudanças estruturais necessárias para o País seguir crescendo, Moreno disse que a reforma da Previdência tem papel central.

"Já venho ao Brasil há muitos anos e a diferença é que há dez anos ninguém falava da reforma da Previdência e ninguém queria fazê-la. Hoje todo mundo comenta", afirmou o presidente do BID. "Obviamente é uma decisão difícil que os brasileiros vão ter que tomar, mas é central para a questão fiscal brasileira."

As eleições presidenciais de outubro, disse Moreno, podem ser um risco ou não para o cenário da economia brasileira. "Quem vai determinar isso são os brasileiros", afirmou. Para ele, diferente de outros países da América Latina, o brasileiro tem um jeito próprio que permite costurar acordos em Brasília. "Isso é muito importante para a sociedade."

Moreno participou de um painel do Fórum Econômico em que destacou a questão da corrupção. Ele disse que o combate às práticas irregulares se transformou em tema central para os países da América Latina. Na região, afirmou ele, não existe tema mais importante do que recuperar a confiança.

O presidente do BID citou que o Brasil tem combatido a corrupção com a Operação Lava Jato, mas mencionou uma pesquisa que mostra que 62% da população da região acredita que o quadro da corrupção piorou. "É preciso romper a conexão entre as finanças do governo e a corrupção", afirmou ele durante o debate.

 

Risco maior é ação dos Bancos Centrais, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira, 14, que o Brasil pode crescer acima do seu potencial por um período de três a quatro anos e que, se as reformas estruturais forem aprovadas, esse crescimento acima do potencial continuaria por mais tempo.

“Assim o Brasil cresceria a taxas maiores com melhores bases estruturais”, disse Meirelles, durante debate sobre o cenário econômico global na edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial.

Meirelles também declarou que o principal risco para a economia mundial nos próximos anos está na estratégia dos bancos centrais dos países desenvolvidos. Para ele, a política monetária desses países deve levar mais alguns anos para voltar ao normal. O ministro disse também que é preciso ficar atento a sinais de formações de bolhas financeiras.

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