Sexta-feira

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa põe exterior de lado e zera perdas, de olho na cena política

Depois de passar o dia pressionado pela queda das ações da Vale com a volta das tensões comerciais no exterior, o Ibovespa acabou zerando perdas e fechando na máxima do dia, com a alta dos bancos e da Petrobras. Entre investidores de bolsa, passou a circular com mais força no fim do dia especulações em torno do xadrez político no Brasil, que ainda é muito difuso.

A leitura de que Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato considerado mais alinhado ao mercado, possa sair fortalecido com o apoio do Centrão deu ênfase a uma melhora no humor do investidor. Com a bolsa brasileira muito pressionada por apostas mais negativas recentemente, o ajuste positivo de fundos no leilão de fechamento — onde as mudanças nas carteiras são mais intensas — permitiu ao Ibovespa subir 0,16% após ajustes, para 77.487 pontos, máxima do dia.

As ações dos bancos e da Petrobras, que também ficaram no campo negativo durante o dia, viraram para o azul bem no fim dos negócios. Bradesco ON reduziu perdas a 0,34%, enquanto Bradesco PN subiu 1,26% no fim do dia; Itaú Unibanco PN avançou 1,44%. A Petrobras ON subiu 1,16%, enquanto a PN avançou 1,94%.

Durante o pregão, o Ibovespa chegou a cair 1,90%, indo à faixa dos 75 mil pontos (75.890 pontos), devido à queda da ação da Vale (-3,93%). Lá fora, a volta da pressão com a briga comercial entre Estados Unidos e outros países derrubaram as bolsas americanas. O presidente Donald Trump reiterou ontem as ameaças contra importados de veículos europeus. No front político no Brasil, os investidores acompanham de perto o noticiário.

Nesta tarde, o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), avaliou que está “bem encaminhada” a negociação para que partidos que compõem o Centrão se agreguem à aliança em torno da candidatura de Alckmin à Presidência. Representantes do PP, PRB, DEM e Solidariedade (SD) estiveram em São Paulo hoje para um encontro com o presidenciável.

“Ainda falta muito para dizer que o investidor confia na candidatura de Alckmin em outubro, mas a notícia estimula um mercado que anda muito pressionado”, diz um operador. “É o assunto que vai cada vez mais pautar as decisões de investimento.”

 

Inadimplência atinge recorde de 61,8 milhões de pessoas, diz Serasa

O número de consumidores inadimplentes no país chegou a 61,8 milhões em junho, informa a Serasa Experian em relatório divulgado nesta quinta-feira. Trata-se do maior número de pessoas desde o início da série, em 2016. Na comparação com junho de 2017 (60,6 milhões), o índice teve aumento de 1,98%.

O montante alcançado pelas dívidas em junho de 2018 foi de R$ 273,4 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.426 por pessoa. A inadimplência dos idosos, embora não seja a faixa mais elevada, foi a que mais cresceu nos últimos dois anos.

Em junho deste ano, 35,0% dos brasileiros com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Se comparado ao mesmo período de 2016, a inadimplência desse público registrou crescimento de 2,6 pontos percentuais. Em relação a junho de 2017, a alta foi de 1,7 ponto percentual, também a maior entre os grupos separados por idade.

A faixa etária mais inadimplente continua sendo a dos adultos entre 36 e 40 anos, com 47,3% dos brasileiros inadimplentes. Nos dois últimos anos, no entanto, a fatia de adultos inadimplentes cresceu muito menos do que a dos idosos.

Segmentos e Estados

Apesar de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade dentro do índice, na comparação interanual, a participação desse segmento caiu 1,5 ponto percentual enquanto a participação dos segmentos de utilities, telefonia, serviços e financeira aumentou.

Alguns estados do Norte como Roraima, Amapá e Amazonas apresentam uma taxa de inadimplência acima de 50% da população adulta enquanto que as pessoas que moram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraíba estão abaixo dos 35%. No Brasil, 40,3% da população adulta está inadimplente.

A safra de soja deve bater recorde neste ano e impulsionar Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que devem ter crescimento de 3,7% e 2,2% do PIB, respectivamente. A agropecuária também promete ser mais generosa em Roraima e em Rondônia, contribuindo para alta de 3,2% do PIB de cada um deles. Essas quatro Estados devem acelerar ainda mais no ano que vem e recuperar o nível anterior à crise.

O PIB de Santa Catarina, por sua vez, pode crescer 2,8% neste ano e 3% em 2019, segundo os cálculos da Tendências. Esse crescimento será promovido pela indústria, com destaque para os segmentos de alimentos (carnes e aves) e bens de capital. “As vendas do comércio também têm desempenho favorável no Estado, que vai ser o único do Sul a recuperar o nível pré-crise em 2019”, diz Camila.

Na região Norte, além de Roraima e Rondônia, a consultoria chama atenção para o crescimento projetado de 3,2% e 5,4% do Estado do Pará. Em 2019, o PIB local estará 11,3% acima do nível verificado em 2014, ano em que a recessão começou, mas que ainda registrou crescimento. Isso é explicado pelo aumento da produção de minério de ferro, com destaque para o projeto S11D, da Vale, maior empreendimento da história da mineradora.

Mais sensível aos ciclos econômicos, São Paulo tem potencial para crescer 2,4% e 3,3% neste ano e em 2019, respectivamente, ritmo superior ao projetado para a média nacional. O desempenho previsto tem entre suas premissas a maior produção de automóveis e bens de capital. “O Estado não recupera o nível de antes da crise já em 2019 por causa dos números ainda fracos da construção civil, atividade que tem peso relevante”, disse Pitoli.

Das 27 unidades da federação, os piores desempenhos projetados pela consultoria estão numa faixa do litoral brasileiro que se estende do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, abrangendo, portanto, quase a totalidade dos Estados da região Nordeste. Em 2019, o PIB de Alagoas e Sergipe, por exemplo, ainda estarão 8,4% e 7,8% abaixo do nível verificado antes da crise.

Segundo Pitoli, Rio de Janeiro e Pernambuco percorreram uma trajetória semelhante nos anos que antecederam a recessão econômica do país — ambos receberam pesados investimentos estatais, especialmente da Petrobras, com importante injeção de recursos do BNDES. E também teriam sofrido uma “ressaca dramática“ da falta desses recursos durante a recessão.

Daqui para frente, a trajetória do Rio e de Pernambuco pode ser bastante diferente, na avaliação da Tendências. A economia fluminense tende a ser ajudada pelo aumento da produção de petróleo da Bacia de Santos, com reflexos na arrecadação de royalties e no consumo de bens e serviços. O PIB do Rio de Janeiro cresceria, desta forma, 3,6% em 2019. Pernambuco, porém, não teria um indutor claro de retomada.

A 4E Consultoria também calcula crescimento do PIB de todos os 26 Estados mais o Distrito Federal em 2018, mas tem estimativas menos dispersas do que a Tendências. A projeção mais otimista é para São Paulo, com alta de 2,5%, principalmente por causa da recuperação industrial. A projeção para a indústria paulista é de crescimento de 3,8%.

Como a Tendências, a 4E destaca positivamente o desempenho de Santa Catarina, para qual calcula expansão de 2,1% em 2018. O mercado de trabalho do Estado apresenta, por exemplo, bons números, como a menor taxa de desemprego (6,5%) entre todas as 27 unidades da federação. “Pelo terceiro trimestre consecutivo, o crescimento de Santa Catarina despontou na região (Sul)”, diz o relatório, citando as altas em 2017 do PIB (1,5%), agropecuária (10%), indústria de transformação (3,3%) e comércio (9,8%) catarinenses. Já o Santander calcula crescimento “forte” (acima de 2%) para oito Estados em 2018.

São todos das regiões Sul e Centro-Oeste, além de São Paulo e Amazonas. O Sudeste e o Norte, por sua vez, devem ter desempenho heterogêneo. Apesar do cenário favorável para São Paulo e Amazonas, a tendência é que outros Estados dessas regiões tenham crescimento “moderado” (de 1% a 2%) ou “fraco, estabilidade ou queda” (de 1% a -1%). O pior desempenho deve ficar para o Nordeste.

Nos cálculos do banco, quatro Estados da região devem ter crescimento “moderado” e cinco devem ter crescimento “fraco, estabilidade ou queda”. “É uma região em que, na média, o desemprego ainda está alto”, diz Rodolfo Margato, economista do Santander. No primeiro trimestre, dos seis Estados com maior taxa de desemprego, cinco (Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Maranhão) estão no Nordeste.

O Itaú, por sua vez, criou uma metodologia própria para calcular todos os meses o Produto Interno Bruto (PIB) dos 26 Estados e do Distrito Federal, com base em pesquisas setoriais do IBGE e dados de emprego. Em dezembro de 2017, no acumulado de 12 meses, eram dois Estados com contração moderada da atividade, 11 com variação considerada neutra e 14 com crescimento moderado. Quatro meses depois, os números já eram substancialmente melhores.

Em abril, havia dez Estados com variação considerada neutra, 16 com crescimento moderado e um com crescimento intenso (Maranhão, com 8,8%). Além disso, nenhuma das entidades da federação apresentava retração, na metodologia do banco. “De maneira geral, percebemos que a atividade já está sendo retomada na maior parte dos Estados”, diz Paula Yamaguti, economista do Itaú.

 “A recuperação está vindo, em diferentes ritmos, mas todos os Estados apresentaram evolução em relação ao ano passado.” Segundo a 4E, houve crescimento de todas regiões do país neste ano, em relação aos últimos três meses de 2017. A expansão foi liderada pelo Norte (2,1%), seguido por Nordeste (1,1%), Sul (0,7%), Sudeste e Centro-Oeste (ambas com 0,2%).

 

Mercosul melhora oferta para União Europeia, mas acordo segue sem desfecho

Os países do Mercosul ampliaram suas ofertas nos setores automotivo, de serviços e de indicação de origem, em mais uma tentativa de chegar a um acordo de abertura comercial com a União Europeia.

Mas após dois dias de reuniões ministeriais, as tratativas não chegaram a um desfecho. Nova reunião está prevista para setembro, em Montevidéu.

O Mercosul enviou oito ministros a Bruxelas para demonstrar o interesse do bloco em chegar a um consenso com os europeus.

Os governos do Brasil e da Argentina têm interesse em fechar o acordo ainda nas gestões de Michel Temer e Mauricio Macri (que fica no cargo até dezembro de 2019).

Mas os negociadores brasileiros ficaram frustrados com a ausência de uma contraproposta dos europeus no setor agrícola.

O Mercosul tem interesse na abertura do mercado europeu principalmente para carne bovina, frango e açúcar. Já os europeus pretendem vender mais produtos industriais ao bloco sul-americano.

No primeiro dia de reunião, na quarta-feira (18), o negociador europeu para o setor agrícola, Phil Hogan, deixou o encontro sem novas ofertas.

Restou ao Mercosul, então, avançar na parte industrial e de serviços, a fim de manter as tratativas. Nesta quinta (19), os dois lados falaram em "avanços concretos", após a segunda rodada de conversas.

Em nota, o chanceler argentino, Jorge Faurie, indicou que espera um acordo em setembro. "O esforço que fizemos ambos os blocos nos deixa frente à etapa final de discussões".

Entre brasileiros, o clima é menos otimista. Para o país, é hora de os europeus apresentarem propostas no setor agrícola, já que os sul-americanos cederam em áreas sensíveis.

No setor automotivo, um dos que estão no centro da negociação, os países do Mercosul ofereceram cotas para a importação de veículos com taxação mais baixa até a completa abertura do mercado, após 15 anos.

Pelo que está sendo negociado, entre 30 mil e 60 mil veículos europeus poderiam pagar 50% da tarifa de importação durante o período de transição até a abertura total. Carros híbridos e elétricos seriam isentos da tarifa de importação.

Outro avanço foi na indicação de origem. Os europeus querem restringir o uso de nomes, como queijo parmesão, a alguns produtos que tem origem em seus países.

De uma lista inicial de 357 itens que poderiam ser afetados, o Mercosul aceitou ceder em 317. Nesta rodada, houve acordo sobre outros 20.

Para Diego Bonomo, gerente-executivo de assuntos internacionais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o resultado foi frustrante, com "um erro tático e outro estratégico".

O erro tático da União Europeia foi não ter apresentado uma proposta final mais clara e detalhada. O estratégico foi ter perdido a oportunidade de mostrar ao mundo um exemplo de esforço positivo num momento tão delicado como o atual, em que Estados Unidos e China se enfrentam em uma guerra comercial e o papel da OMC tem sido questionado.

Bonomo considera que, em todo o histórico de negociações, desta vez, o setor industrial brasileiro atingiu seu ponto de maior flexibilidade, tanto em relação ao número de produtos ofertados quanto à velocidade de redução das tarifas.

Mas suas expectativas para a reunião de setembro ficaram diminuídas.

"Diante do que a UE apresentou até agora, não tem muito o que fazer. Se chegar setembro e ela apresentar uma proposta mais clara do que pode oferecer, principalmente na área agrícola, a gente avalia. Mas, claramente, a União Europeia ficou refém dos grupos agrícolas do bloco", diz Bonomo.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

União fará aporte de R$ 2 bilhões na Caixa para reforçar o capital do banco

O governo vai injetar cerca de R$ 2 bilhões na Caixa Econômica até o fim do ano para reforçar o capital do banco. A capitalização do Tesouro Nacional é necessária para que o banco estatal cumpra em 2019 normas internacionais que exigem mais capital próprio para fazer frente ao risco de perdas nas operações de crédito.

A Caixa lucrou R$ 12,5 bilhões no ano passado, o maior lucro da história do banco. A instituição ficou com boa parte desse lucro, mas repassou 25% do resultado para o Tesouro, como prevê a lei. Agora, o caminho será o inverso. A operação de capitalização da Caixa já foi autorizada pelo Banco Central, segundo apurou o Estadão/Broadcast, e será feita em duas parcelas até o fim deste ano. O valor de R$ 2 bilhões foi calculado com base no montante que o banco estatal devolveu em forma de dividendos menos impostos. Em maio, a Caixa pagou R$ 2,8 bilhões de dividendos à União.

Há pelo menos três anos, o banco vinha pedindo ao Ministério da Fazenda um reforço no capital – o que sempre foi negado porque a equipe econômica cobrava um ajuste do banco que previa mudanças na sua política de gestão, inclusive com revisão da expansão do crédito.

A Caixa contava, inicialmente, com uma injeção de R$ 15 bilhões que sairiam do FGTS. Essa operação chegou a ser aprovada no Congresso Nacional, mas entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU). Para o Ministério Público junto ao TCU, o reforço de capital com dinheiro do trabalhador seria desvio de finalidade do fundo. Com a suspensão da operação de socorro via FGTS, além de ficar com boa parte do lucro, a Caixa teve que reduzir o volume de desembolsos. Como as alternativas não foram suficientes, o banco teve de recorrer ao Tesouro.

Estratégia. Depois de ser usado pelo governo como locomotiva de crédito para impulsionar a economia nos últimos anos, o banco estatal registrou em 2017 o primeiro recuo na carteira de empréstimos em pelo menos 15 anos. Nos últimos anos, houve uma brusca desaceleração na concessão de empréstimos e financiamos, que já teve crescimento superior a 40% ao ano. Antes de registrar queda em 2017, a expansão foi de 4,4% em 2016, ritmo bem menor do que os 11,9% registrados em 2015, os 22,4% de 2014 e os 36,8% de 2013.

Todo esse esforço se deve à necessidade de se cumprir as regras de Basileia, acordo internacional que visa a garantir a solidez do sistema financeiro. Na prática, o índice de Basileia mostra quanto de capital o banco deve ter em relação aos recursos emprestados. As normas brasileiras exigem 11%, ante 8% do restante do mundo.

Novas regras globais, mais restritas, estão a caminho. A norma batizada de Basileia 3, criada após a crise financeira global de 2008, aumenta gradativamente a participação do capital próprio que os bancos são obrigados a ter para fazer frente aos riscos.

Se as regras de Basileia 3 já estivessem plenamente em vigor, a Caixa teria encerrado o ano passado com 10,6% desse capital genuinamente próprio. No ano anterior, esse índice era de 9,5%, patamar mínimo que será exigido pelo BC a partir de 2019, o que acendeu a luz amarela no governo sobre a capacidade do banco não se enquadrar às regras.

Com a redução dos desembolsos e o reforço de R$ 2 bilhões, a Caixa terá condições de atender “com relativa folga” as exigências de Basileia 3, asseguram fontes do banco. Procurados, Caixa Econômica e Ministério da Fazenda não comentaram.

 

O GLOBO

Trump e 'centrão' dão alívio aos mercados e dólar cede

Com uma inesperada ajuda do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e um possível acordo do “centrão” para o apoio à candidatura de Geraldo Alckmin ajudaram os negócios nos mercados no Brasil no final do pregão. Depois de subir mais de 1%, o dólar comercial perdeu força e fechou em leve alta de 0,13% ante o real, cotado a R$ 3,846 - na máxima, chegou a R$ 3,893. Já o Ibovespa principal índice de ações local, também se recuperou no final dos negócios teve alta de 0,16%, aos 77.486 pontos, após cair mais de 1,50%.

Internamente, o que contribuiu para o alívio foi a expectativa de que o bloco de partidos conhecido como “centrão” venha a apoiar o pré-candidato do PSDB, o que garantiria a ele mais tempo de TV. De forma geral, Alckmin tem um discurso que agrada os profissionais do mercado financeiro, ao contrário de Ciro Gomes, que também estava conversão com esse grupo de partidos.

Do lado externo, a ajuda veio de Trump, que declarou estar insatisfeito com a alta dos juros nos Estados Unidos, o que foi interpretado como uma razão para que o Federal Reserve (Fed, o bc americano) siga com uma política gradual de elevação das taxas americanas.

— A declaração de Trump, à tarde, no qual criticou a postura do Fed no processo de elevação dos juros do país, e o fator político interno, com o “centrão” dando sinais de uma aproximação com Alckmin, trouxeram alívio ao movimento inicial, jogando a divisa novamente para o terreno de baixa — disse Ricardo Gomes da Silva Filho, diretor da Correparti Corretora de Câmbio.

Apesar do alento de última hora, os investidores continuam de olho no cenário externo. Os dados de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos, chegaram ao menor nível desde 1969 - 207 mil pedidos, ante expectativa de 220 mil. Além disso, o Federal Reserve (Fed, o bc americano) da Filadélfia mostrou que o nível de atividade industrial ficou acima do esperado. Essas divulgações mostram que a economia americana está em um ritmo de crescimento forte, o que eleva os temores de uma alta dos juros americanos em nível maior que o planejado por analistas. “Esses indicadores da economia dos Estados Unidos reforçam a percepção de falta de sincronia no crescimento entre os países avançados”, avaliou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da corretora Nova Futura.

BOLSA SE RECUPERA

O mau humor no exterior, que persistiu durante quase todo pregão, afetou também os negócios na Bolsa brasileira. Além dos dados da economia americana, os analistas ainda repercutiram as novas ameaças de Trump, que dessa vez mirou a importação de carros da Europa.

— O dia começou com as questões comerciais no radar. Além do foco na China, a Europa também voltou para o alvo dos Estados Unidos. Isso contribui para uma realização de lucros após alguns pregões de alta no exterior e acabou influenciando os negócios por aqui — avaliou Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.

Apesar dessa influência, o Ibovespa conseguiu fechar em alta com a recuperação das ações da Petrobras. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) da estatal subiram 1,93%, cotadas a R$ 18,40. Já as ordinárias (ONs, com direito a voto) avançaram 1,16%, a R$ 20,89. No mercado externo, o petróleo tinha queda de 0,40%, com o barril do tipo Brent a US$ 72,61.

Os bancos, de maior peso na composição do Ibovespa, também contribuíram para essa virada do índice. A alta teve início com os rumores do apoio do “centrão” a Alckmin. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco fecharam em alta de , respectivamente, 1,44% e 1,26%. A exceção foi o Banco do Brasil, que fechou em queda de 0,88%.

Também não respondeu às notícias políticas e de Trump a Vale, que fechou em queda de 3,92%, cotada a R$ 49,43.

Há a preocupação de que a guerra comercial aumenta a desaceleração da economia da China, que é a maior compradora de minério de ferro do mundo. As ações da Bradespar, uma das principais acionistas da Vale, também caiu forte: recuo de 3,90%.

 

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