Quinta-feira

VALOR ECONÔMICO

BNDES eleva crédito para saneamento

O BNDES vai aumentar o financiamento para o saneamento básico. O limite de financiamento vai passar de 80% para 95%, nível que valia apenas para o programa Avançar Cidades Saneamento, do governo federal. A diretoria do BNDES aprovou a medida em sua reunião mais recente, segundo disse ao Valor o diretor de infraestrutura e saneamento do banco, Marcos Ferrari.

A decisão deve mais que dobrar o volume de contratações previstas para este ano. A estimativa anterior era de contratações de R$ 1,7 bilhão em projetos de saneamento, mas agora devem ser agregados mais R$ 2 bilhões em contratações. Os desembolsos desses recursos, contudo, não são imediatos. Hoje, há 14 operações em tramitação no banco. A iniciativa aprovada não tem prazo de validade e deve incluir uma série de empresas que antes não conseguia, por causa da exigência de 20% de capital próprio, se habilitar no BNDES para obter recursos para as obras. A medida atinge inclusive projetos exclusivamente do setor privado.

"O objetivo é melhorar a oferta de saneamento básico no país. Os projetos dessa área são os que têm prazo mais longo, de até 34 anos, e são fundamentais no processo de redução das desigualdades", disse Ferrari. O diretor do banco explicou que a mudança na regra de financiamento deve garantir também para o ano que vem um volume no mínimo igual aos R$ 3,7 bilhões agora previstos para 2018.

As operações serão feitas utilizando-se a Taxa de Longo Prazo (TLP), com spread de 0,9% ao ano para obras na área de esgoto e de 1,3% para obras de água. Ferrari destacou que a medida do BNDES se alinha com a medida provisória que revisou o marco regulatório do saneamento (MP 844), editada em julho.

Entre as novidades da MP, estão o artigo que obrigará os municípios a realizarem consulta pública na ocasião da renovação dos contratos com as empresas estaduais de saneamento e o papel mais relevante da Agência Nacional de Águas (ANA) no setor. A atuação do BNDES também se insere no contexto em que uma instrução normativa editada pelo Ministério das Cidades facilita o processo de tramitação dos projetos de saneamento, com a revisão do fluxo de liberação dos projetos, que já poderão chegar na pasta com a pré-aprovação do financiamento bancário. "As mudanças regulatórias são favoráveis ao investimento em infraestrutura", disse.

No caso do financiamento à TLP, os tomadores de crédito poderão se beneficiar do recente movimento do mercado, que reduziu fortemente os prêmios das Notas do Tesouro Nacional (NTN-B), vinculadas à inflação e que definem a parcela pré-fixada da TLP, que subiu ao longo de todo o ano e está em seu nível mais elevado.

Se a redução das taxas de juros do mercado futuro se confirmar nas próximas semanas, a TLP para os últimos dois meses do ano deverá cair bem. Isso, combinado com o fato de que o "alfa", item que compõe a fórmula da TLP, vai subir no ano que vem, favorece a tomada de crédito nesses últimos dois meses.

O BNDES não soube informar quais seriam as regiões mais beneficiadas pelos projetos sob as novas condições do banco. De qualquer forma, é conhecido que as regiões Norte e Nordeste são as que têm maior necessidade de aplicação de recursos nessa área.

 

MRV prevê 'volume grande' de lançamentos no 4º tri

A MRV Engenharia terá "volume muito grande de lançamentos" no quarto trimestre e mantém a expectativa que o Valor Geral de Vendas (VGV) apresentado no acumulado deste ano vai superar o de 2017, de acordo com o diretor executivo de finanças, Leonardo Corrêa. A empresa tem 81% dos alvarás necessários para fechar o ano com 50 mil unidades.

No terceiro trimestre, o VGV lançado pela MRV aumentou 18,5%, na comparação anual, para R$ 1,675 bilhão. Poderia ter havido mais lançamentos se não fossem atrasos na liberação de licenças de projetos por parte de algumas prefeituras e o período eleitoral, segundo Corrêa.

As vendas líquidas tiveram queda de 9%, para R$ 1,166 bilhão. Os distratos aumentaram 5,5%, para R$ 279 milhões. A MRV gerou caixa de R$ 237 milhões no terceiro trimestre e de R$ 421 milhões no acumulado de janeiro a setembro. Em nove meses, houve aumento de 5,9% dos lançamentos, para R$ 4,19 bilhões.

As vendas líquidas cresceram 5,3%, para R$ 3,68 bilhões até setembro. Os distratos da incorporadora caíram 3,4%, para R$ 790 milhões. Assim como ocorreu há um ano, tem faltado recursos do FGTS para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, o que leva à necessidade de remanejamento de outros estados e outras finalidades a que se destina o fundo. "O governo precisará remanejar recursos", diz o diretor da MRV.

Nos últimos meses, o setor de incorporação vem pleiteando com o governo federal liberação dos recursos de linhas do FGTS que estão sub-utilizadas para finalidades que não terão verba suficiente até o fim deste ano se o ritmo de consumo for mantido. Em relação à continuidade do programa habitacional, Corrêa afirma que o setor espera continuidade, independentemente do candidato que vencer o segundo turno da eleição presidencial - Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT). "Já ficou claro que se trata de um projeto de governo e não de partido", afirma o diretor de finanças.

Corrêa pondera que, devido ao déficit fiscal do país, o tamanho do orçamento da União para o próximo ano deve ser mantido em relação ao de 2018. Com isso, ressalta, não há expectativa de aumento dos subsídios para o programa habitacional. Por outro lado, no entendimento do executivo, pode haver necessidade de redução de subsídios para as faixas 1 e 1,5 do Minha Casa caso haja ampliação de outros programas. A incorporadora atua, principalmente, nas faixas 2 e 3. "Não estou vendo um risco grande para os nossos negócios", diz.

 

Datafolha: Bolsonaro tem 58% dos votos válidos, Haddad tem 42%

A primeira pesquisa presidencial do Datafolha feita após o fim do primeiro turno da eleição mostra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, com 58% das intenções de voto na conta dos votos válidos. Fernando Haddad (PT) tem 42%. Foram ouvidos 3.235 eleitores em 227 municípios nesta quarta-feira (10). A margem de erro do estudo é de dois pontos para mais ou para menos. Esse critério dos votos válidos é o que descarta intenções de voto em branco, nulos e indecisos. É o usado pela Justiça Eleitoral na apuração e divulgação dos resultados.

No primeiro turno, no último domingo, Bolsonaro teve 46% dos votos válidos; Haddad alcançou 29%. Os demais candidatos somaram 25%. Na contabilidade dos votos totais, o Datafolha realizado nesta quarta-feira indica Bolsonaro com 49%, Haddad com 36%. Votos em branco e nulos somam 8%. Os outros 6% são os que afirmam estar indecisos (a soma total não atinge 100% devido a arredondamentos).

Na conta dos votos totais, o candidato do PSL atingiu 42% no dia da eleição, o petista recebeu 27%. Significa que Bolsonaro conquistou 7 pontos percentuais em relação ao que obteve na urna no último domingo; Haddad conquistou 9 pontos. Simulações de segundo turno feitas antes de domingo, porém, mostravam uma disputa final mais equilibrada entre Bolsonaro e Haddad. No levantamento feito nos dias 5 e 6 de outubro, o último antes do pleito, o resultado era um empate técnico com ligeira vantagem para o candidato do PSL: 45% a 43% dos votos totais.

 

Falta de detalhes mantém bancos cautelosos com plano de Bolsonaro

Apesar da euforia inicial do mercado financeiro com o resultado das eleições no primeiro turno, um possível governo de Jair Bolsonaro (PSL) é visto com cautela por executivos de bancos de varejo. A leitura é que, embora as propostas do presidenciável para a economia apontem para a direção que consideram correta, ainda há pouca clareza sobre como serão implementadas. Bolsonaro tem o benefício da dúvida, até porque o setor rechaça a política econômica adotada no governo Dilma Rousseff (PT).

Mas seis fontes ouvidas pelo Valor - especialmente as ligadas ao crédito - aguardam um detalhamento das medidas e avaliam que a economia real levará tempo para reagir de forma mais consistente. Falta projeto ao presidenciável do PSL tanto quanto a Fernando Haddad (PT), afirma um diretor de uma importante instituição financeira. Embora divergentes, os dois programas são vagos, segundo essa fonte, que falou sob a condição de anonimato.

Outra preocupação manifestada pelo executivo é que muitas das medidas que a equipe de Bolsonaro propõe dependem de maioria de dois terços no Congresso - algo não tão simples de conseguir, apesar da base construída pelo PSL nas urnas. Essa fonte, que atua no segmento de varejo, observa que o crédito já vem se recuperando com a estabilização da economia nos últimos dois anos e bastaria "não mexer muito" para continuar melhorando. "O ideal era manter a equipe econômica atual e o crédito andaria por conta própria", afirma.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, já foi sondado por assessores de Bolsonaro sobre o interesse em permanecer no cargo, mas não se manifestou até o momento. Um executivo de outro banco avalia que a negociação com o Legislativo não será fácil, e esse ponto é crucial para a aprovação das reformas.

Para essa fonte, é importante que o próximo presidente aprove a reforma da Previdência em um prazo curto, de seis meses, para sustentar sua credibilidade. "Agilidade é a questão. Tem que saber fazer com maestria", diz.

Questionado se está otimista com a vantagem obtida pelo candidato do PSL no primeiro turno, esse interlocutor afirma que 2019 será "desafiador, mas é preciso acreditar no país". Ele observa que os pequenos empresários estão tocando seus negócios, até porque "não têm plano B", enquanto os grandes esperam para ver o que o resultado das urnas representará para a economia.

Ontem, a bolsa caiu e o real se desvalorizou em reação ao cenário externo e a declarações de Bolsonaro e do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) indicando que não vão encampar a proposta do governo Temer para a Previdência. O presidenciável também mostrou resistência à privatização da Eletrobras. A relação de Bolsonaro com seu assessor econômico, Paulo Guedes, também causa preocupação. Liberal, o economista é bem-visto pelos executivos de bancos, mas considerado de temperamento forte.

O temor é que ele acabe desembarcando se não tiver autonomia para agir. "Guedes é menos paciente que Joaquim Levy [ministro da Fazenda de Dilma], que aguentou por um tempo a interferência do governo em medidas fiscais", diz um diretor de banco. Mesmo que as medidas de ajuste fiscal venham, levará pelo menos um ano até que os efeitos positivos sejam sentidos na economia real, afirma um executivo próximo do mercado de recuperação de crédito. A expectativa dele é que o desemprego recue aos poucos e o PIB cresça entre 1% e 2% por ano durante os próximos três ou quatro anos.

Fontes de bancos de investimentos, em contrapartida, estão bem mais otimistas. Segundo um executivo de uma instituição estrangeira com operação no país, é incomparável a melhoria no ambiente institucional para o país trazida por Bolsonaro em relação a Haddad. Na opinião do interlocutor, o candidato do PSL consolida uma visão de que o Brasil não tolera mais corrupção, tendo em vista as acusações que pesam sobre o PT e outros partidos no âmbito da Operação Lava-Jato.

De certa forma, afirma, derrotar o PT nas urnas traria a percepção, para os investidores, de que o Brasil é um mercado mais maduro do ponto de vista político. Para o executivo, que tem de consultar a sede no exterior para novos projetos, é importante que potenciais clientes "estejam menos expostos a um ambiente com corrupção", o que reduz o risco das operações. Outro banqueiro de investimentos afirma que o mercado "não compra de jeito nenhum" a volta de um governo ao estilo Dilma.

Se Bolsonaro de fato adotar uma linha de enxugamento da máquina pública e privatizações, a percepção de risco do país tende a diminuir e o rating, a aumentar - isso atrairia mais capital estrangeiro e criaria um círculo virtuoso. "Se ele conseguir temperar o Paulo Guedes, poderá ser o melhor governo da história."

Na prática, essa fonte diz acreditar que um eventual governo Bolsonaro ficará num meio-termo. Por acomodação política, é improvável que o ajuste sinalizado pela equipe do presidenciável do PSL seja totalmente implementado, mas o que importa é a direção, diz. Para o banqueiro, o presidenciável também baixará o tom em suas falas polêmicas. "Hoje, existe medo do Bolsonaro por questões sociais, não econômicas. Se ele ganhar, na prática, nem vai ser a maravilha que se espera em termos econômicos, nem o desastre em termos sociais", afirma.

Segundo executivos ouvidos pelo Valor, Haddad também pode ser menos negativo para a economia do que se espera. Um analista que faz a cobertura de instituições financeiras com capital aberto diz que, caso o candidato do PT adote uma política econômica menos "agressiva" que a estampada em seu plano de governo, que leva ao aumento dos gastos públicos, a economia pode reagir bem. "Os bancos querem mais é a manutenção do status quo", afirma.

De acordo com esse mesmo analista, os bancos que atuam no país estão bem capitalizados, mas precisam do resultado das eleições e de um cenário mais claro para o próximo governo para retomar com mais força a oferta de crédito no país.

 

Bolsonaro fala sobre Eletrobras e Petrobras e Ibovespa fecha em queda

A combinação de um cenário externo negativo com ruídos no ambiente político brasileiro levou o Ibovespa a fechar em queda hoje, de volta ao nível dos 83 mil pontos. Embora seja cedo para falar em reversão de apostas na renda variável, os investidores aproveitaram os dois fatores para ajustar apostas e diminuir exposição, sobretudo em estatais. O Ibovespa encerrou em baixa de 2,80%, aos 83.679 pontos -- mínima do dia.

O giro financeiro hoje foi mais uma vez bastante forte, de R$ 11,9 bilhões. No exterior, o dia foi marcado por uma diminuição na demanda por risco, o que afetou diversos mercados emergentes, como o Brasil. A alta do rendimento dos Treasuries reforçou a correção na renda variável global, e as ações locais acompanharam a tendência geral.

Além disso, investidores digeriram as declarações do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), que se opôs à privatização do "miolo" das estatais Eletrobras e Petrobras. O discurso é diferente do que Paulo Guedes, coordenador econômico de Bolsonaro, vinha pregando. Os investidores já haviam "comprado bolsa" de olho na guinada pró-mercado e próprivatização, o que significa reduzir apostas agora, em meio às incertezas.

"Muita gente colocou peso nas declarações do Bolsonaro, porque jogar dúvidas sobre a continuidade de uma agenda tão positiva para o investidor não é bem recebido. Mas acredito que é importante lembrar que foram dois vetores somados que acabaram forçando o ajuste", afirma Fernando Barroso, diretor da CM Capital Markets.

Apesar da leitura construtiva para o cenário pós-eleição, que deve contar com uma moderação dos discursos e indicações de continuidade de reformas, Barroso nota que seria uma surpresa o Ibovespa superar os 90 mil pontos. "É possível avançar até esse nível e ultrapassá-lo, o otimismo é grande, mas será fundamental ter a confirmação das perspectivas para isso."

Os ativos que tiveram os piores desempenhos hoje foram justamente aqueles cujo ganho foi mais intenso nas últimas semanas, caso de companhias com dívida em dólar, estatais e empresas do setor de varejo. Isso justifica a queda de Gol PN (-10,32%), Eletrobras ON (-9,21%), Eletrobras PNB (-8,36%), Usiminas PNA (-7,39%), MRV ON (-7,33%), Via Varejo Unit (-6,52%) e CSN ON (-5,76%).

No mesmo sentido, Petrobras ON desvalorizou 3,70% e a Petrobras PN recuou 2,87%. No setor financeiro, que tem importante peso e giro na bolsa, Banco do Brasil ON caiu 4,23%, Bradesco ON cedeu 4,27%, Bradesco PN recuou 3,25% e Itaú Unibanco PN desvalorizou 3,45%. Na ponta positiva, ações que sofreram perdas recentes com a queda do dólar voltaram a ganhar espaço, em linha com a valorização da moeda americana -- a maior alta do Ibovespa hoje foi da Suzano ON, com avanço de 2,22%.

 

FMI alerta para aumento de riscos aos emergentes

Os riscos de uma crise para os mercados emergentes têm aumentado, avalia o Fundo Monetário Internacional (FMI) no mais recente relatório de Estabilidade Financeira Global. Segundo o órgão, os resultados sugerem que a chance de uma fuga de capital na mesma magnitude vista durante o colapso financeiro de 2008, embora ainda pequena, já surge no horizonte de médio prazo, o que significa ter potencial de se concretizar em um período entre quatro e oito trimestres.

De acordo com o relatório do FMI, “os resultados sugerem que, no médio prazo, os riscos de saída mais intensa de capital dos emergentes vão ser direcionados pela elevação de taxas de juros nos Estados Unidos, pelo fortalecimento do dólar e pela diminuição da inclinação pelo risco”.

O órgão estima atualmente em 5% a probabilidade de uma fuga líquida de até US$ 100 bilhões dos portfólios em um ano, ou seja, o equivalente a 0,6 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos países do grupo, sem considerar a China. O FMI pondera que “a projeção de saída de recursos dentro desse cenário é muito maior do que, por exemplo, no quarto trimestre de 2011, dentro da crise de dívida soberana europeia”. O Fundo ressalta, no entanto, que as economias emergentes, no geral, podem passar as turbulências de curto prazo “sem choques severos para seus sistemas financeiros”.

Conforme o órgão, a recente piora das condições financeiras globais tem impactado os emergentes de maneira contida e “fatores idiossincráticos explicam muito do exagerado movimento dos preços de ativos”.

Segundo o FMI, o aumento dos spreads dos títulos em dólar tem sido mais pronunciado nos emissores de ratings mais baixos. “Isso sugere que os investidores têm diferenciado os tomadores de recursos baseados nos fundamentos econômicos e outros fatores específicos de cada país.”

O relatório do organismo multilateral aponta ainda que as fortes depreciações de moedas em alguns mercados emergentes, como Argentina e Turquia, “podem ser amplamente explicadas pelos fatores internos”. Por outro lado, alguns países sobre os quais existe uma percepção política positiva, como México e Colômbia, “conseguiram compensar parcialmente as pressões de desvalorização globais”.

O FMI também ressalva que a maior parte dos emergentes ainda mantém o crescimento, embora a perspectiva de expansão tenha sido reduzida diante do aumento das tensões comerciais, da alta do dólar e da elevação de juros nos Estados Unidos.

A diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, alertou em discurso na semana passada sobre a elevação de pressões sobre os emergentes e a possibilidade de ocorrer correções de mercado, com movimentos bruscos de taxas de juros e enfraquecimento do fluxo de capital. O aperto das condições financeiras e a subida do dólar tendem a afetar mais os países mais dependentes de financiamento externo, ponderaram os especialistas do FMI. “O cenário não é inevitável, mas as vulnerabilidades [de várias economias emergentes] ainda permanecem altas.

Na avaliação do organismo, as condições financeiras atuais no mundo ainda permanecem acomodatícias e os juros baixos, se olhados pelas médias históricas. Mas a normalização de política monetária conduzida ou sinalizada pelos principais bancos centrais já levou a mudanças em relação a seis meses e o aperto tende a crescer. Embora não esteja no cenário base do órgão uma mudança súbita de condições financeiras, o FMI alerta para riscos com potencial de mudar o panorama.

Segundo o fundo, uma escalada das tensões comerciais para um nível considerado sistêmico seria um risco ao crescimento global. Outro cenário ameaçador está ligado a uma elevação das incertezas políticas, com impacto sobre a confiança dos mercados, como, por exemplo, um aumento de preocupações sobre equilíbrio fiscal em países endividados da zona do euro, ou temores relacionados a um Brexit duro.

Um dos maiores perigos estaria ligado a um ritmo mais acelerado de normalização da política monetária nas economias avançadas, especialmente nos EUA, que podem levar a um repentino aperto nas condições financeiras globais, situação que poderia ocorrer, por exemplo, no caso de uma alta acima do esperado da inflação americana causada pela política fiscal estimulativa ou pela elevação de tarifas de importação. O FMI também alerta para a possibilidade de um ajuste abrupto de preços de ativos globais, à medida que “a valorização parece esticada em vários mercados, notadamente nos Estados Unidos”. E uma reavaliação das condições financeiras atualmente favoráveis poderia levar a uma reprecificação rápida nos mercados.

 

FMI piora projeções fiscais para Brasil e vê dívida perto de 100% do PIB em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou as previsões para as contas públicas brasileiras nos próximos cinco anos, passando a estimar que a dívida bruta encostará em 100% do PIB no fim desse período. Para 2023, o FMI prevê que o endividamento bruto ficará em 98,3% do PIB, acima da projeção anterior, de 95,6% do PIB. Já a partir do ano que vem o Brasil terá o maior nível de endividamento bruto de um grupo de 39 emergentes, excluindo a Venezuela.

Neste ano, a dívida bruta do país ficará em 88,4% do PIB, nas projeções do FMI, inferior apenas aos 92,5% do PIB do Egito. No ano que vem, o Fundo espera que a dívida brasileira alcance 90,5% do PIB, ao mesmo tempo em que prevê que o endividamento egípcio cairá para 87,1% do PIB. Pelas projeções do FMI, o indicador brasileiro não dá sinais de vai se estabilizar nesse prazo de cinco anos - a previsão mais distante do Fundo para os números fiscais é 2023. Até lá, o FMI vê a dívida brasileira em crescimento ininterrupto.

O indicador é um dos principais termômetros da solvência do setor público de um país. As novas estimativas do FMI mostram uma trajetória pior para a dívida bruta do que a que aparecia no relatório anual que a instituição fez sobre a economia brasileira, divulgado em agosto. No documento, o número projetado para 2018 era de 95,6% do PIB.

O FMI calcula a dívida bruta brasileira por um critério diferente do usado pelo governo brasileiro. A instituição inclui na sua estimativa os títulos públicos que estão na carteira do Banco Central, o que o Brasil não faz. Pelo conceito do BC brasileiro, a dívida bruta em agosto ficou em 77,3% do PIB.

Por qualquer critério, porém, o endividamento bruto do país é bem maior do que o da média dos países emergentes, que deve ficar em 50,7% do PIB neste ano, nas projeções do FMI. As contas públicas se deterioram com força especialmente a partir de 2015. Se em 2014 o país tinha a 59ª maior dívida bruta do mundo como proporção do PIB, em 2023 terá a 16ª maior, atrás de países como Japão, Venezuela, Portugal, Grécia e Espanha. No ano passado, ela era a 31ª maior.

O Fundo passou a prever uma trajetória um pouco pior para o resultado primário das contas públicas (que não inclui gastos com juros). No Monitor Fiscal divulgado ontem, o FMI espera que o resultado seja zerado em 2022, com um superávit de 0,5% do PIB sendo obtido em 2023.

No relatório de agosto, a expectativa era de que um saldo positivo de 0,2% do PIB e 2022 e de 0,7% do PIB em 2023. Para este ano, o FMI aposta que o déficit primário ficará em 2,4% do PIB, um rombo que seria maior que o de 1,7% do PIB do ano passado. O FMI também piorou um pouco as projeções para o crescimento da economia, outro determinante da relação entre a dívida e o PIB. A projeção para 2018 foi reduzida de 1,8% para 1,4%, e a de 2019, de 2,5% para 2,4%. As de 2020 a 2023 foram mantidas na média de 2 2%

 

Inflação acelera para todas as faixas de renda em setembro, diz Ipea

A inflação acelerou em setembro para todas as faixas de renda, tanto na margem quanto no acumulado em doze meses, aponta o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda. O índice é calculado com base nas variações de preços de bens e serviços pesquisados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,48%, após deflação de 0,09% em agosto. Para as famílias de renda muito baixa, os preços passaram de uma deflação de 0,12% em agosto para alta de 0,34% no mês seguinte. Já para as famílias de renda alta, foram de queda de 0,06% no oitavo mês do ano, para alta de 0,53% em setembro.

“Embora a forte alta do grupo transportes – em especial, combustíveis (4,2%) e passagens aéreas (16,8%) – tenha pressionado a inflação de todas as faixas, este impacto foi bem mais intenso no segmento composto pelas famílias de maior poder aquisitivo, dado o peso destes itens na cesta de consumo desta classe”, observa Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, em relatório.

Ainda em termos relativos, a analista destaca que o grupo de despesas pessoais, influenciado pelas altas dos serviços pessoais (0,42%) e de recreação (0,30%), gerou maior contribuição para a inflação das classes mais ricas. Por outro lado, a alta dos grupos alimentos e bebidas e habitação gerou incrementos maiores para a inflação das famílias mais pobres. “Por serem itens de maior peso no dispêndio das classes mais baixas, os reajustes do aluguel (0,24%), da energia elétrica (0,46%), dos cereais (1,7%) e dos panificados (0,9%) influenciaram mais fortemente a inflação dos segmentos de menor renda”, destaca o Ipea.

Com o resultado de setembro, no acumulado do ano, a trajetória de inflação segue mais amena para as famílias mais pobres (2,99%) em comparação aos segmentos de renda mais alta (3,63%). Em 12 meses, a variação observada nas classes mais baixas é de 3,90%, comparado a 4,85% para as mais ricas.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Investidores aproveitam queda dos juros futuros para negociar títulos públicos

O mercado de títulos públicos também se beneficiou com a euforia recente de investidores vista na alta da Bolsa e na queda do dólar, reflexo da larga vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) na disputa de primeiro turno nas eleições.

A perspectiva de que as taxas de juros futuros negociadas em Bolsa poderiam voltar cair abriu uma janela para aplicações de curto prazo, com espaço para ganhos elevados. Investimentos desse tipo são considerados arriscados por planejadores financeiros por causa das oscilações bruscas de mercado.

Aplicações assim são possíveis porque os juros futuros subiram nos últimos meses, reflexo do receio de investidores com o Brasil em meio ao cenário eleitoral. Neste caso, a comparação também equivale à Bolsa, que havia caído. O movimento se inverteu na metade de setembro.

Como exemplo: uma pessoa que tivesse comprado um título público atrelado à inflação (Tesouro IPCA+) com vencimento em 2045 no dia 28 de setembro e vendido esse mesmo papel nesta quarta-feira (10), teria conseguido uma rentabilidade bruta de mais de 10%.

A rentabilidade no período supera de longe a taxa Selic, hoje em 6,5% ao ano. Nas mesmas datas, um investimento no papel com vencimento em 2024 geraria ganhou de 3,93%.

A taxa de juros de um título público é inversamente proporcional ao valor do papel: quando o juro sobe, o valor do título cai; quando o juro cai, o valor dele cresce. Por isso, o investidor que compra um título público com uma taxa de juro mais alta e vende quando a taxa cai ganha dinheiro.

Michael Viriato, professor de finanças do Insper, afirma que a melhor estratégia para esse tipo de aplicação implica na compra dos papéis de prazo mais longo. Títulos com vencimento mais curtos, em 2024, por exemplo, têm menos espaço para ganhos desse tipo. Vencimentos entre 2035 e 2045 seriam mais vantajosos.

A Folha apurou que algumas corretoras sugeriram aplicações desse tipo a seus clientes nas últimas semanas e recomendaram a venda dos papéis na terça-feira (9), após queda significativa nos juros futuros na véspera, reflexo de euforia do mercado financeiro com a larga vantagem de Bolsonaro no primeiro turno das eleições.

Bolsonaro é tido pelo mercado financeiro como o candidato mais disposto a fazer reformas consideradas necessárias para o reequilíbrio das contas públicas por ter a seu lado o economista liberal Paulo Guedes.

Títulos públicos são dívidas do governo: quando investidores consideram que é maior o risco de calote, pedem uma taxa de juros maior para emprestar. O contrário também é verdadeiro. A expectativa de reformas significaria o menor risco de um calote e, portanto, taxas de juros menores.

A lua de mel do mercado com o presidenciável teve, no entanto, uma trégua nesta quarta-feira, após Bolsonaro criticar a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer –o texto está parado no Congresso. Novas regras para a aposentadoria pública são consideradas essenciais para reduzir o déficit fiscal do país.

"Eu acredito que a proposta do Temer como está, se bem que ela mudou dia após dia, dificilmente ela será aprovada", afirmou Bolsonaro.

Isso se refletiu no mercado hoje, e os juros futuros voltaram a subir. O contrato com vencimento em janeiro de 2023 foi de 9,96% para 10,13%. O contrato para janeiro de 2021 sobe de 8,64% para 8,81%.

 

Boleto vencido acima de R$ 100 poderá ser pago em qualquer banco

A partir de sábado, boletos vencidos com valor igual ou acima de R$ 100 poderão ser pagos em qualquer banco, o que inclui caixas eletrônicos, sites e outros canais de atendimento. A regra, porém, somente vai valer para os documentos que já estiverem cadastrados na nova plataforma de cobranças desenvolvida pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Consumidores que não conseguirem pagar seus boletos devem entrar em contato com o emissor da cobrança, pois é possível que o documento não tenha sido cadastrado na plataforma. Caso isso ocorra, caberá à empresa realizar o cadastro do boleto ou indicar outra forma para o pagamento.

Em 27 de outubro, boletos com valor abaixo de R$ 100 também passarão a seguir as mesmas regras. Já no dia 10 de novembro, serão incluídos os documentos de cobranças de cartões de crédito e de doações.

Até lá, esses pagamentos podem ser feitos em toda a rede bancária até o vencimento, independentemente de estarem ou não cadastrados no sistema.

Com a inclusão dos boletos a partir de R$ 100, a plataforma única dos bancos terá incorporado cerca de 3 bilhões do total de boletos emitidos por ano no país.

Segundo a Febraban, o sistema dá mais segurança para a compensação de boletos e permite o pagamento, com a eliminação dos riscos de fraudes, além de evitar a quitação em duplicidade.

 

ESTADÃO

Seguros Unimed tem lucro de R$ 107,8 mi até agosto, alta de 24,2%

A Seguros Unimed registrou, no acumulado do ano até agosto, um lucro líquido de R$ 107,8 milhões, aumento de 24,2% em relação ao visto no mesmo intervalo do ano anterior. O montante já está perto do lucro alcançado em 2017, quando somou R$ 124,1 milhões.

Já o faturamento referente aos cinco negócios da companhia – nos ramos Saúde, Odontologia, Vida, Previdência e Ramos Elementares – chegou em R$ 2,12 bilhões, alta de 10,9%, ainda na relação anual. A sinistralidade ficou em 72,6% no consolidado – ou –1,4 ponto porcentual abaixo do verificado até agosto de 2017.

Para cima. Depois de registrar um faturamento de R$ 2,924 bilhões no ano passado, a seguradora tem como meta crescer 12,7% neste ano.

 

 

Diretor do BC defende política expansionista

As condições econômicas ainda prescrevem a adoção de uma política monetária de estímulo para o crescimento da economia, com juros abaixo do nível estrutural, afirmou o diretor de Relações Internacionais do Banco Central, Tiago Berriel, em uma apresentação divulgada pela instituição.

O estímulo gerado por taxas de juros mais baixas deve ser removido gradualmente em caso de piora no cenário prospectivo para a inflação ou se houver deterioração do balanço de riscos, afirmou Berriel, na apresentação em inglês que ele deve fazer na reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), que se realiza em Bali, na Indonésia.

A avaliação reitera a visão abordada pelo Banco Central até a semana passada, na primeira comunicação da autoridade monetária após o primeiro turno das eleições, cujos resultados embalaram os mercados brasileiros nos últimos dias.

Em sua apresentação, o diretor repete, ainda, que não há relação mecânica entre os choques recentes e a política monetária, uma indicação de que o BC pode não reagir imediatamente à valorização do dólar a não ser que haja impacto secundário na inflação.

O nível de repasse cambial vinha se mostrando contido, com exceção de alguns preços administrados, mas as medidas de inflação subjacente se elevaram para níveis apropriados, disseram os diretores do BC no fim do mês passado na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que manteve os juros na mínima histórica de 6,5% ao ano.

 

Artigo

Celso Ming

E essa esquisita proposta de reforma bancária?

Não há força política que não deplore o custo excessivo dos juros pagos no Brasil.

O candidato Bolsonaro não diz como pretende enfrentar o problema. O PT propõe uma reforma bancária.

Fernando Haddad avisa que não nomeará banqueiro para o Ministério da Fazenda porque planeja colocar em prática o projeto de reforma bancária. Portanto, está disposto a levá-la adiante. Mas o que se sabe dessa proposta não é apenas confuso, é impraticável.

Para abater o spread (diferença entre o que o banco paga pelo dinheiro e o que recebe pelo empréstimo; veja o gráfico abaixo), o PT fala em incrementar a competição entre os bancos. A derrubada seria por dois mecanismos que trabalhariam em pinça: forçar os bancos estatais, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, a trabalharem com juros mais baixos, o que obrigaria os demais bancos a acompanhá-los, sob pena de perda de participação no mercado; e, o outro, criar um imposto progressivo que achataria o lucro dos bancos tanto mais fortemente quanto mais altos forem os juros praticados. Não está claro que tipo de imposto seria nem qual seu fato gerador nem sua base de cálculo. Nem ficou explicado como evitar que o adicional tributário vá para o spread e se torne novo fator de aumento dos juros.

Um dos equívocos dessa proposta consiste em achar que basta conter a voracidade dos bancos no crédito sem atacar também a dos serviços bancários. Em junho, o cliente de banco pagava 14,6% a mais pelos pacotes de serviços financeiros incidentes sobre sua conta do que em novembro de 2016.

O segundo equívoco está em querer combater a excessiva concentração bancária (mais de 80% dos ativos estão com apenas cinco bancos), que é a principal razão dos custos altos para o tomador de crédito, com acionamento dos bancos estatais. Banco do Brasil e Caixa Econômica estão entre os maiores agentes de crédito. Se bem-sucedida, essa operação empurraria ainda mais mercado para os dois comilões. Dilma tentou essa jogada e deu com os burros n’água. E não basta aumentar os empréstimos dos bancos estatais na marra. Será preciso, também, aumentar o capital deles, para garantir proporção técnica entre empréstimos e capacidade patrimonial (critérios de Basileia). A Caixa, por exemplo, vive no quebra-não-quebra, e tem exigido seguidas transfusões de recursos do Tesouro.

Chamar capital estrangeiro para disputar o mercado, quando London, o HSBC e o Citibank saíram do Brasil? Estimular as fintechs a disputarem mais agressivamente o mercado, mesmo não tendo capital para esse crescimento? Está claro que não é por aí.

E é discutível que falte crédito. Mais de 60 milhões de pessoas (40% dos adultos) estão inadimplentes. Se já não conseguem honrar os compromissos, não podem se endividar mais. O problema não é de oferta de financiamento, é de capacidade tomadora por parte do consumidor.

São problemas que não se resolve na base do voluntarismo, por uma “reforma bancária” sem pé nem cabeça.

 » Afinal, o que vale?

As primeiras manifestações do mais provável novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, mostram os primeiros graves desencontros sobre a política econômica do futuro governo.

Embora tenha repetido que vai extinguir estatais e privatizar outras, avisou que não vai mexer na Eletrobrás. Repeliu o projeto de reforma da Previdência em tramitação no Congresso. Mas não disse o que colocará no lugar. Falou até em reduzir o limite de idade para a aposentadoria, de 65 para 61 anos.

» E vem bomba

Bolsonaro não disse uma palavra sequer como pretende enfrentar as pautas explosivas de temas fiscais já estabelecidas para as primeiras semanas de governo. Na prática a teoria é outra?

» Pergunta fatal

Suponha você que o candidato do PT, Fernando Haddad, consiga virar o jogo, algo altamente improvável, e arrebatar a Presidência no segundo turno. E aí: como vai governar com esse novo Congresso hostil ao PT?

 

 

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