Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Governo prevê ganho de renda com reformas

As reformas realizadas no governo Michel Temer, em especial a trabalhista e a do mercado de crédito - com a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) -, devem elevar em 24,6% o Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro nos próximos 20 anos, segundo cálculos internos recentemente elaborados pela equipe econômica.

Pelas contas obtidas pelo Valor, o PIB per capita somente por causa dessas reformas deve subir dos atuais US$ 14,2 mil para US$ 17,7 mil em duas décadas. Esse cenário considera a continuidade da vigência do teto de gastos e a realização de uma reforma da Previdência para viabilizar a estabilidade fiscal.

Nas simulações feitas pela equipe econômica, em um cenário no qual o Brasil avance em quatro outras reformas, o PIB per capita mais que dobraria nos próximos 20 anos, atingindo US$ 24,6 mil. Essas outras mudanças estruturais seriam: abertura comercial, reformas tributária e de infraestrutura e uma convergência do nível educacional para padrões internacionais.

No caso da reforma trabalhista já realizada, o governo constata uma forte queda neste ano no número de ações trabalhistas. Empresários também têm relatado ao governo a percepção de que houve uma melhora substancial nesse flanco, que daria mais fôlego às companhias. No campo do crédito, a leitura é que a criação da TLP está trazendo o sistema financeiro privado para o fornecimento de recursos para os investimentos no lugar do BNDES, que teve redução.

"Está funcionando muito bem, como esperávamos", comentou uma fonte, avaliando que havia subsídio excessivo alocado nessas operações, que se tornavam fonte de ganhos financeiros para as empresas sem efetivamente alavancar os investimentos das empresas. Mesmo com os ganhos estimados em termos de PIB por pessoa, o Brasil ainda estaria longe da renda de Estados Unidos (US$ 57,6 mil/ano) e Europa (US$ 39,6 mil).

Na avaliação da mesma fonte, o desempenho do Chile nas últimas décadas em comparação com o Brasil apontaria para a eficácia de longo prazo de reformas liberalizantes. O interlocutor explica que, enquanto o país sulamericano passou por um processo de aproximação da renda per capita com os Estados Unidos, o Brasil não conseguiu fazer o mesmo.

A fonte avalia que a reforma da Previdência é uma condição para que o Brasil consiga fazer que as demais reformas ainda a serem efetuadas tenham efeito sobre o PIB per capita brasileiro. A leitura é que o impacto da reforma da Previdência é basicamente no sentido de garantir a solvência fiscal do país, pressuposto que garantiria juros mais baixos e fluxos de capitais para o país. A fonte considera que a Previdência tem impacto direto reduzido sobre a produtividade.

Além disso, a reforma previdenciária é vista como absolutamente necessária para garantir a viabilidade do teto de gastos nos próximos anos. Sem ela, o governo entende que em 2020 o limite de despesas será estourado, levando ao acionamento de medidas como congelamento de salários e contratações no funcionalismo, além do salário mínimo.

 

ESTADÃO

Banco altera projeção e não crê em alta da Selic em 2019

O Banco Fibra, na contramão do mercado, não espera aumento da taxa Selic em 2019. Nesta segunda-feira, 22, o banco revisou a projeção anterior de que o ciclo de elevação de juro básico começaria no ano que vem. Agora, acredita que a taxa permanecerá em 6,50% em 2019. A estimativa vai na direção contrária à mediana da pesquisa Focus do Banco Central (BC) desta segunda-feira, que mostra Selic em 8,00% no fim do ano que vem.

"Esperávamos um ciclo de alta de 150 pontos no segundo semestre, mas isso não necessariamente indica que o juro terminaria neste nível em 2019. Ia depender de várias questões", explicou ao Broadcast o economista-chefe do Fibra, Cristiano Oliveira

O economista acredita que o juro ficará em 6,50% na próxima quarta-feira, 31, e o Comitê de Política Monetária (Copom) não adotará viés em decisão unânime. Em nota, explica que o Copom deverá sinalizar novamente que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a queda da sua taxa de juros estrutural, cujas estimativas serão continuamente reavaliadas pelo comitê.

O Fibra explica que dentre os fatores que justificam a expectativa de manutenção do juro em 6,50% pelo menos até o próximo ano está a elevada ociosidade da economia que, conforme o banco, deve ser paulatinamente preenchida nos próximos trimestres sem provocar pressão inflacionária significativa nos próximos semestres. O banco acrescenta ainda ancoragem das expectativas inflacionárias em torno do centro da meta, sobretudo para os prazos mais relevantes para o BC.

Um outro motivo que explica a estimativa de Selic em 6,50% em 2019, cita, é o recuo atual das medidas de núcleo da inflação, que estão compatíveis com cumprimento do centro da meta para a inflação. Além disso, completa, "a forma de reduzir a taxa de juros real ex-post, que apesar de menos relevante do ponto de vista das decisões de poupança e investimento, tem impacto negativo no balanço das empresas e, certamente, é um objetivo desta administração."

O Banco Fibra ainda manteve a projeção de R$ 4,20 para a taxa de câmbio em 2019. Conforme a instituição, a estimativa de depreciação cambial nos próximos meses e especialmente no ano que vem leva em consideração o cenário externo mais desafiador para emergentes. O banco vê que uma política monetária mais restritiva nos EUA deve pressionar o valor das moedas dos emergentes.

 

Mercado sobe expectativa para a inflação pela sexta semana seguida

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,43% para elevação de 4,44%. É a sexta semana consecutiva de elevação do índice. Há um mês, estava em 4,28%. A projeção para o índice em 2019 foi de 4,21% para 4,22%. Quatro semanas atrás, estava em 4,18%.

O mercado também reduziu a expectativa para o câmbio no final de 2018. A projeção para o valor do dólar no fim deste ano foi de R$ 3,81 para R$ 3,75, ante os R$ 3,90 verificados há um mês. Para 2019, seguiu em R$ 3,80, igual ao verificado quatro pesquisas atrás.

As projeções para a Selic no final de 2018 se mantiveram constantes, em 6,50% ao ano. Para o crescimento do PIB, a expectativa também permaneceu em 1,34%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,92% para 3,78%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% e 3,97%, nesta ordem.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

No fim de setembro, o BC atualizou suas projeções para os índices de preços, com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No cenário de mercado, que utiliza o câmbio e os juros projetados no Focus como referência, a expectativa para o IPCA em 2018 é de 4,1%. Para 2019, a projeção é de 4,0% e, para 2020, de 3,6%. No caso de 2021, a projeção do BC é de 3,8%.

No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 seguiu em 4,50%. Para 2019, a estimativa do Top 5 seguiu em 4,23%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,38% e 4,10%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,88%, ante 3,75% de um mês atrás.

 

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