Sexta-feira

VALOR

Indústria caiu em dezembro e fechou ano com alta de 1%, estimam analistas

A indústria terminou 2018 enfraquecida, sem ter anotado um aumento de atividade significativo em todo o segundo semestre, segundo as expectativas de consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. A média de 30 projeções para a produção industrial de dezembro aponta queda de 0,2% na comparação com novembro, feito o ajuste sazonal, e recuo de 3,8% sobre o mesmo período em 2017.

Com isso, o crescimento acumulado no ano deve ficar próximo de 1%, uma desaceleração significativa frente a 2017, quando a produção aumentou 2,6%, após anotar resultados negativos entre 2014 e 2016. Se confirmado, o dado de dezembro, que será divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforça um quarto trimestre fraco para o setor, que deve deixar um carregamento estatístico também ruim para o primeiro trimestre des 2019.

Em dezembro, a queda na produção industrial deve ter sido puxada pela diminuição na fabricação de veículos. Segundo a Anfavea (que reúne as montadoras), houve queda de 27,4% na atividade na comparação com novembro, recuo de 16,8% ante dezembro de 2017. Feito o ajuste sazonal, houve diminuição de 6,7% no último mês de 2018.

O Santander, que prevê queda de 0,2% na produção industrial de dezembro sobre novembro e de 4,6% sobre dezembro do ano anterior, diz que se essa projeção se confirmar o setor terá crescido apenas 1% em 2018.

"Esse número é decepcionante se compararmos com nossa expectativa (e de boa parte do mercado) no início do ano [passado]", afirma relatório da instituição. Greve dos caminhoneiros, incertezas eleitorais e a recessão na Argentina, um dos maiores destinos de manufaturados do Brasil, explicam grande parte da frustração com o desempenho da indústria. Além do setor automotivo, outros indicadores vieram negativos em dezembro, como os dados do setor siderúrgico.

A produção de aço bruto caiu 6,3% em dezembro ante o mesmo período em 2017, segundo o Instituto Aço Brasil, e as vendas pelos distribuidores recuaram 17,4%, segundo a Inda (que reúne essas empresas), no mesmo período. Na comparação com novembro, o número da Inda representa uma queda de 8,3% com ajuste sazonal feito pelo Bradesco.

As vendas de papelão ondulado também caíram 1,4% de novembro para dezembro, também no dado dessazonalizado. Os indicadores coincidentes de dezembro sugerem retração da produção industrial no período, sinalizando que a retomada da economia segue bastante gradual. O Bradesco prevê expansão de apenas 0,1% no PIB do quarto trimestre sobre o terceiro, com ajuste sazonal. Essa lentidão da economia deve "contaminar" a atividade no início de 2019.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a utilização da capacidade instalada caiu de 68% em novembro para 65% no mês passado. No dado apurado pela sondagem mensal da Fundação Getulio Vargas (FGV), a ociosidade aumentou em dezembro, chegando aos níveis registrados durante o período de recessão, em 2016.

O Nuci medido pela instituição foi 01/02/2019 Indústria caiu em dezembro e fechou ano com alta de 1%, estimam analistas de 74,8% em dezembro. Ao longo do segundo semestre, a produção industrial caiu em quatro dos cinco meses com números conhecidos.

O Itaú Unibanco, que estima queda de 0,4% em dezembro sobre novembro, observa que os indicadores ligados à indústria estão mais fracos do que os demais dados de atividade e que a produção está abaixo do período anterior à greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado.

Para o banco, isso se deve ao efeito defasado do aperto das condições financeiras nos trimestres anteriores e à desaceleração de alguns mercados globais. A estimativa do banco para o PIB é de 0,2% no quarto trimestre sobre o terceiro.

 

S&P projeta crédito 20% maior no ano

A S&P Global Ratings espera que os seis grande bancos brasileiros serão capazes de mostrar um aumento na carteira de crédito de até 20% neste ano, o que representa uma injeção de recursos na economia da ordem de R$ 500 bilhões. É o que mostra o relatório "Os maiores bancos do Brasil estão prontos para aproveitar as perspectivas mais favoráveis do crescimento do crédito", publicado pela agência de classificação de risco. Os maiores bancos analisados no relatório são Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Caixa, BB e BNDES.

"Acreditamos que, se a demanda por crédito ganhar força, esses bancos estariam em uma posição relativamente confortável para acomodar um crescimento de crédito mais forte", diz a S&P. A agência aponta que os bancos privados serão capazes de mostrar um crescimento da carteira de até 25%, enquanto os bancos públicos deverão mostrar um aumento de até 15%. Esses números, segundo a S&P, levam em conta que os bancos devem manter o colchão de liquidez acima do requerimento mínimo de capital e a liquidez de acordo com suas políticas de risco.

Segundo a S&P, resultados mais fortes de lucro e crescimento do crédito modesto têm compensado os requerimentos de capital mais estritos. O Brasil começou a implementar as novas regras de Basileia para requerimento de capital em 2014, cujo processo terminou no início deste ano.

A agência lembra que com as propostas de reforma do novo governo, de cortar gastos e privatizar empresas, a expectativa é que a economia ganhe força gradualmente. "Neste contexto, acreditamos que as companhias devem precisar retomar os investimentos, o que vai requerer mais financiamentos dos bancos do que elas têm precisado no passado."

 

Governo quer votar em março autonomia do BC

O governo deflagrou a articulação para tentar aprovar o projeto de lei que confere autonomia ao Banco Central, em março, na Câmara dos Deputados. A independência administrativa da instituição consta como uma das 35 metas a serem alcançadas nos primeiros 100 dias de governo, conforme anúncio feito na semana passada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Se for aprovada, a nova regra permitirá que o economista Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Jair Bolsonaro para assumir a presidência do BC, permaneça até nove anos no cargo. Campos Neto tem feito sessões de "media training" a fim de se preparar para a futura sabatina no Senado. Onyx já anunciou que se a proposta for aprovada, o presidente do Banco Central perderá o status de ministro, e o governo ficará com 21 ministérios.

Na quarta-feira, o diretor de Relacionamento Institucional do BC, Maurício Moura, reuniu-se com o articulador político do governo - o ex-deputado Leonardo Quintão, que assumirá a secretaria de Relações Institucionais, ligada à Casa Civil - para tratar do tema. Fontes da Casa Civil confirmaram ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, que a pauta da reunião foi a articulação para aprovar a matéria no Congresso.

Segundo uma das fontes, Quintão ponderou que será preciso "construir a base" favorável ao projeto, mas demonstrou otimismo. Isso porque o Congresso teve uma taxa de renovação de 51%, e os parlamentares novatos, na visão do governo, são mais receptivos ao projeto. Os articuladores políticos do governo identificam maior resistência à matéria entre os veteranos.

A expectativa de Quintão é aprovar a matéria nas duas casas legislativas no prazo estipulado de 100 dias. Ele trabalha para levar o texto à votação na Câmara até o fim de março. O projeto tem a simpatia do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se for reconduzido hoje ao cargo, colaborará para a inclusão na pauta do plenário. A avaliação no Banco Central é que a resistência ao conceito de independência da instituição refluiu na sociedade nos últimos anos.

O projeto é considerado importante para blindar a autarquia de pressões políticas e afastar especulações sobre possíveis alterações de rumo na condução da política monetária em face das mudanças de governo. O texto em discussão é o substitutivo do deputado Celso Maldaner (MDBSC), que foi reeleito.

O parecer foi apresentado aos líderes das bancadas no ano passado, em novembro, e institui mandato fixo para o presidente e para os diretores da instituição, não coincidentes com o do presidente da República.

O texto estabelece mandatos de quatro anos para os oito diretores e o presidente do Banco Central a partir de março de 2020. Os prazos são não coincidentes de forma que, a cada ano, o presidente da República deverá nomear dois diretores. O presidente da autarquia será nomeado sempre no segundo ano do mandato presidencial.

Os diretores e presidentes poderão ser reconduzidos uma única vez. A regra, na prática, abre espaço para que o economista Roberto Campos Neto, indicado para o comando da instituição, permaneça até nove anos no cargo. Após a sabatina e submissão de seu nome ao plenário do Senado, ele deverá assumir o cargo ainda sob as regras em vigor hoje, sem mandato fixo. A outra proposta de interesse do Banco Central que entrou na relação de metas para os primeiros 100 dias foi um projeto de lei que estende aos bancos públicos a obrigação de submeter à autarquia nomeações de seus dirigentes.

A regra já é válida para as instituições privadas e busca assegurar que os executivos atendam requisitos técnicos mínimos. Uma terceira medida que não entrou nesta relação, mas é aguardada para breve, é um decreto que vai delegar ao Banco Central a responsabilidade de autorizar a participação de capital estrangeiro em bancos no país. Essa autorização hoje é concedida pelo presidente da República, caso a caso.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Taxa de desemprego fica estável em 2018, e Brasil fecha ano com 12,1 milhões sem trabalho

A taxa de desemprego no Brasil fechou o último trimestre do ano passado em 11,6%, divulgou nesta quinta-feira (31) o IBGE.

O recuou de 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2017 é considerado um quadro de estabilidade pelo instituto.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em setembro de 2018, a taxa teve queda de 0,3 ponto percentual

Apesar da melhora estatística, o país encerrou 2018 com número alto de pessoas que ainda não tinham emprego, mas que estavam em busca de oportunidade.

A população desocupada fechou o quarto trimestre de 2018 com contingente de 12,1 milhões de pessoas, queda de 297 mil pessoas ou 2,4% em relação ao observado no terceiro trimestre.

As quedas na taxa geral de desemprego refletem movimento que foi contínuo ao longo de 2018, com as novas ocupações surgindo principalmente do mercado informal.

Conforme são reduzidas as vagas formais, uma parcela da população é empurrada para trabalhos sem a proteção das leis trabalhistas, que demandam profissionais de menor qualificação e pagam menores salários.

No trimestre, depois de quase um ano de indicadores em queda, o volume de trabalhadores com carteira parou de cair. 

O aumento dos trabalho informais na economia ao longo do ano elevou a quantidade de pessoas ocupadas no país, movimento que ajudou na queda geral da taxa oficial divulgada pelo IBGE.

O desemprego fechou a média do ano passado em 12,3%, queda de 0,4 ponto percentual em relação à média de 2017, quando o desemprego esteve em 12,7%, o maior da série histórica até então.

A fila de emprego é menor porque muitas pessoas, levadas pela crise, aceitaram empregos de qualidade mais baixa para sobreviver.

São estudantes, idosos ou mães com filhos pequenos que antes não trabalhavam e que agora estão tendo que complementar a renda do domicílio. A entrada desses novos atores no mercado fez explodir o número de pessoas ocupadas do país.

A população ocupada em nível alto contribuiu para que a taxa geral de desemprego viesse menor com o passar dos trimestres em 2018.

O contingente de pessoas ocupadas, que são aquelas que estão efetivamente empregadas, seja no mercado formal ou informal, encerrou o último trimestre de 2018 em 93 milhões, aumento de 381 mil frente ao verificado no trimestre imediatamente anterior. O dado é o mais alto para divulgações trimestrais do IBGE desde o início da série histórica da pesquisa. 

Desde o final de 2017 que a quantidade de trabalhadores informais supera o número de postos com carteira assinada. Esse movimento, inédito até então na série histórica, acelerou em 2018.

No último trimestre, os postos com carteira assinada somaram 32,9 milhões de pessoas, número que ficou estável em relação ao observado no trimestre anterior. Na passagem dos trimestres, 24 mil pessoas conseguiram uma ocupação formal.

Na outra ponta, contudo, houve aumento dos trabalhadores sem carteira assinada. Na passagem dos trimestres, 31 mil pessoas conseguiram empregos desse tipo, de um total de 11,5 milhões de pessoas no país.

Os trabalhadores por conta própria atingiram 23,8 milhões de pessoas, com aumento de 1,5% no período, ou 352 mil pessoas a mais nessa situação em dezembro.

No último trimestre do ano a geração de novas vagas ficou concentrada nos setores de informação e comunicação (1,5%), administração pública e serviços de saúde (1,2%) e outros serviços (1,2%).

Os setores de transporte e armazenamento (0,7%) e alojamento e alimentação (0,7%) tiveram altas menos expressivas, mas que refletem o aumento de motoristas de aplicativo de celular e também das pessoas que escolhem os serviços de alimentação como opção ao desemprego.

A construção civil e a indústria continuam com dificuldade para superar a crise e gerar vagas. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, houve queda de 2% da população ocupada nesses dois setores.

Apesar do aumento geral da população ocupada no período, o rendimento dos trabalhadores não teve grandes alterações no último trimestre. O rendimento médio em dezembro ficou em R$ 2.254, pequena alta, de 0,8%, na comparação do quarto trimestre com período imediatamente anterior.

DESALENTO

 O país teve recorde no contingente de pessoas desalentadas na média de 2018.

Apesar disso, houve redução de 69 mil pessoas nessa parcela da população na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2018.

O total de desalentados no período, que são as pessoas que desistem de procurar emprego depois de tanto tentar, foi de 4,7 milhões de pessoas em dezembro de 2018.

Também foi alto o volume de pessoas na chamada força de trabalho subutilizada, que são pessoas que trabalham menos horas do que gostariam ou que estiveram disponíveis para trabalhar mas não encontraram oportunidades.

No total, 26,9 milhão de pessoas estiveram nessa condição no trimestre encerrado em dezembro. Esse volume representa queda de 344 mil pessoas, ou de 1,3% em relação ao terceiro trimestre.

 

ESTADÃO

Governo espera votar reforma da Previdência ainda no 1º semestre

O governo do presidente Jair Bolsonaro espera que a reforma da Previdência seja votada no Congresso ainda no primeiro semestre deste ano. Em documento divulgado para apresentar um balanço do primeiro mês de gestão, a Secretaria de Comunicação Social escreveu que a proposta está em fase final de elaboração e será apresentada em fevereiro.

O governo não esclareceu, no entanto, se espera a votação tanto na Câmara como no Senado no primeiro semestre ou apenas na primeira Casa.

No último dia 23, o ministro-chefe da Casa Civil apresentou um programa de metas para os primeiros 100 dias de governo que não incluiu a reforma da Previdência, classificada como prioritária pela equipe econômica.

O Planalto justificou que a medida ficou fora da lista por estar em fase de discussões e de elaboração. "Mas expectativa das equipes econômica e política é que seja enviada ao Congresso Nacional e votada ainda no primeiro semestre do ano", diz o balanço.

 

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