VALOR
GWI confirma negociações para venda de participação na Gafisa
O grupo GWI confirmou nesta segunda-feira (11) que negocia a venda integral ou parcial da sua participação na Gafisa. O grupo é dono de 49,9% do total de ações da construtora, segundo o formulário de referência mais recente disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A informação sobre as negociações aparece em comunicado da Gafisa, que pediu esclarecimentos ao GWI após a veiculação de reportagens sobre o tema.
Na resposta enviada à administração da construtora, o GWI diz que “no âmbito de suas atividades de gestão de investimentos e maximização de retorno para os seus investidores, está constantemente avaliando alternativas estratégicas para os seus principais investimentos”.
Nesse sentido, o GWI informa que tem “conversas com terceiros” que podem resultar na alienação da participação na Gafisa. “O Grupo GWI ressalta que essas conversas são ainda preliminares e que não há qualquer garantia de que qualquer operação será realizada”, diz trecho da correspondência anexada ao comunicado.
Focus: Projeção para inflação em 2019 tem 4ª queda seguida
A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2019 teve nova queda, a quarta seguida, agora de 3,94% para 3,87%, segundo a pesquisa semanal Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada.
Para 2020, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 4,00%. Já entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação oficial subiu, de 3,83% para 3,88% em 2019 e manteve-se em 4,00% para 2020. Para os 12 meses seguintes, a pesquisa indicou alta , de 3,99% para 4,00%.
Em janeiro, o IPCA acelerou para 0,32% em relação a dezembro (0,15%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira. O resultado ficou ligeiramente abaixo da média das estimativas de 35 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,38%, com intervalo de 0,33% a 0,53%. No dia da divulgação do dado de janeiro, Bradesco e Itaú já revisaram para baixo suas projeções para a inflação no ano.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4,25% em 2019, 4,00% em 2020 e 3,75% para 2021, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA de janeiro na próxima sexta, dia 8. Dólar A mediana das projeções para o dólar subiu entre os economistas que mais acertam as previsões: de R$ 3,83 para R$ 3,88 no fim deste ano e de R$ 3,78 para R$ 3,97 no próximo.
Entre os economistas em geral, o ponto-médio das apostas permaneceu em R$ 3,70 para o fim de 2019 e R$ 3,75 no encerramento de 2020. O dólar comercial encerrou a semana passada em R$ 3,7324, com alta de 1,95% no período. PIB Já a mediana das projeções do mercado para o crescimento do PIB brasileiro em 2019 permaneceu em 2,50%.
Entre o fim de fevereiro e o começo de junho do ano passado, a mediana das projeções para a economia brasileira neste ano ficou praticamente parada em 3,00%, patamar alcançado no fim de janeiro passado, de acordo com o levantamento sistemático do BC. Desde o fim do primeiro semestre, a estimativa permanece em torno dos 2,50%.
Para 2020, o ponto-médio das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também ficou parado em um crescimento de 2,50% pela segunda semana consecutiva. Selic A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2019 também não sofreu alterações: manteve os 6,50% entre os economistas em geral e entre os campeões de acertos.
Para 2020, a taxa permaneceu em 8,00% nos dois grupos. Em sua primeira reunião do ano, na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros em 6,50% ao ano pela sétima vez seguida, conforme expectativa consensual do mercado, e destacou que os riscos inflacionários arrefeceram desde dezembro. A taxa Selic está nesse patamar — o menor da história — desde março de 2018.
Em comunicado divulgado no fim da reunião, o colegiado apontou que o cenário externo permanece desafiador, mas com alguma redução e alteração do perfil de riscos. "Por um lado, diminuíram os riscos de curto prazo associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas. Por outro lado, aumentaram os riscos associados a uma desaceleração da economia global, em função de diversas incertezas, como as disputas comerciais e o Brexit", afirmou o Copom
Economistas ajustam expectativas para o câmbio
O alívio com a nova postura do banco central americano (o Federal Reserve) abriu caminho para um ajuste de expectativas para o câmbio. A possível interrupção do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos retira parte da pressão sobre moedas emergentes - cenário que passou a ser incorporado pelos bancos Itaú Unibanco, J.P. Morgan e Fibra, que agora adotam projeções mais favoráveis para o real.
As estimativas, no entanto, ainda esbarram em obstáculos para a aprovação da reforma da Previdência e nas persistentes incertezas no exterior. O dólar comercial acumulou alta de 1,95% na semana passada, cotado a R$ 3,7324, depois de recuar 5,58% em janeiro, quando captou o clima bastante otimista com a agenda de reformas e o novo discurso no Fed. Já o Ibovespa se afastou ainda mais da simbólica marca dos 100 mil pontos, ao cair 2,57% na semana e voltar aos 95.343 pontos.
Num sinal de que a cautela persiste, as novas projeções do Itaú Unibanco e do J.P. Morgan ainda preveem alguma depreciação do câmbio ante o nível atual. O banco brasileiro agora estima que o dólar fique em R$ 3,80 no fim de 2019, ante R$ 3,90 no cenário anterior, enquanto manteve a estimativa para 2020 em R$ 3,90. "
Incorporamos nas nossas contas um cenário internacional mais benigno, especialmente em razão da mudança de postura do Fed. A depreciação ao longo de 2020, no entanto, se deve a uma ligeira deterioração das condições financeiras globais em função da retirada de estímulos de bancos centrais de economias desenvolvidas", afirma o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, em nota. Os economistas do J.P. Morgan trabalham com um cenário em que o Fed deve elevar juros duas vezes e o Banco Central Europeu (BCE) mexerá nas taxas uma vez em 2019. Além disso, as tensões comerciais entre os EUA e a China tendem a crescer novamente, trazendo um cenário menos amigável para ativos mais arriscados.
Para eles, o dólar deve recuar para R$ 3,60 até o fim de junho (ante R$ 4 na leitura anterior), mas deve terminar o ano perto de R$ 3,90, ante a expectativa anterior de R$ 4,10. A estimativa vem com alerta sobre o crescimento interno. A atividade "decepcionará as expectativas mais otimistas, à medida que a demanda externa enfraquece e o fardo fiscal persiste", diz a economista-chefe do banco no Brasil, Cassiana Fernandez, em nota.
O J.P. Morgan atribui 80% de chances de que o governo aprovará, pelo menos, uma modesta reforma da Previdência, mas destaca que a administração de Jair Bolsonaro deve enfrentar dificuldades na negociação de apoio parlamentar à agenda de ajustes econômicos, em particular no Senado.
Agora que o Congresso já voltou do recesso, a instabilidade no mercado tende a ficar mais acentuada. "Não acreditamos que esse processo político será linear e sem sobressaltos", escreve o economista-chefe do Fibra, Cristiano Oliveira. O cenário no banco já leva em conta que o governo de Bolsonaro será bem-sucedido na aprovação ao longo do ano da reforma da Previdência que enviar ao Congresso Nacional.
O Fibra revisou a previsão para o dólar de R$ 4 para R$ 3,50 no fim do ano, por causa do cenário externo. Contudo, aponta que a reforma é um dos fatores de risco que devem ser monitorados durante todo o ano. Mesmo o cenário externo, que motivou os ajustes das estimativas para o câmbio, exige uma dose reforçada de atenção.
O enfraquecimento acentuado do crescimento global pode prejudicar preços de commodities e elevar a busca por proteção no mercado - ambos fatores negativos para o real e para a bolsa. A acomodação mais precoce e intensa da economia americana, que é o motivo da nova postura do Fed, mantém o ambiente internacional com elevado grau de incerteza, na avaliação do Santander. "Isso tende a afugentar investidores de países com maior risco percebido, como é o caso da economia brasileira", diz o economista do banco Jankiel Lima, que segue com estimativa de um dólar a R$ 4 no fim de 2019.
Para o economista-chefe do Rabobank Brasil, Mauricio Oreng, esse é um risco que precisa ser equilibrado com a nova estratégia do Fed, que adotou um tom mais neutro para a política monetária. "São duas forças que atuam em direções opostas no cenário externo", alerta o especialista, que segue com aposta de dólar em R$ 3,70 no fim do ano.
O banco Votorantim, por outro lado, vem trabalhando com viés mais favorável ao real e manteve a aposta em dólar a R$ 3,40 no fim de 2019 e 2020. "Trabalhamos com a hipótese de que a reforma seja aprovada na Câmara em abril, gerando uma economia de R$ 700 bilhões em dez anos", afirma o economista-chefe da instituição, Roberto Padovani.
O dólar já poderia estar em nível mais baixo que o atual, de acordo com modelos que se baseiam em fatores como o risco país ou as contas externas. O Bradesco manteve o cenário de que o dólar ficará em R$ 3,70 no fim do ano. "Porém, nosso viés segue sendo de apreciação, na direção dos níveis sugeridos pelos fundamentos - R$ 3,40 a R$ 3,50 -, mas esses patamares dependem de uma maior alocação dos estrangeiros, que tende a ocorrer apenas com a aprovação das reformas", diz o economista-chefe do banco, Fernando Honorato, em nota.
Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental
O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.