Terça-feira

VALOR

Copom: Cenário prescreve política de juros que estimule economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que a conjuntura econômica admite uma política de juros que incentive o crescimento da atividade produtiva. Essa análise se baseou em “expectativas de inflação ancoradas, medidas de inflação subjacente em níveis apropriados ou confortáveis, projeções que indicam inflação em direção às metas para 2019 e 2020 e elevado grau de ociosidade na economia", diz a ata da mais recente reunião do grupo, de 6 de fevereiro, quando a taxa básica Selic foi mantida em 6,5% anuais.

Os formuladores da política monetária brasileira acreditam que, embora haja incertezas, esse patamar de juros reais tem "efeito estimulativo sobre a economia”. Para a autoridade monetária, o grau de estímulo adequado depende de fatores como expectativas de inflação, capacidade ociosa na economia e balanço de riscos, que envolve, por exemplo, as reformas estruturais. “A provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas”, diz o texto.

“O Copom reitera sua visão de que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a queda da sua taxa de juros estrutural, cujas estimativas serão continuamente reavaliadas pelo Comitê.” Dadas as incertezas envolvendo os cenários econômicos, porém, o colegiado do Banco Central defende que é importante trabalhar com maior flexibilidade na condução da política monetária, sem dar indicações sobre seus próximos passos.

“Os membros do Comitê reafirmaram sua preferência por explicitar condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões. Isso contribui para aumentar a transparência e melhorar a comunicação do Copom.

Nesse contexto, voltaram a ressaltar que os próximos passos na condução da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, diz o texto. A autoridade monetária reforçou seu compromisso em conduzir sua política de forma a manter a trajetória de inflação em linha com as metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Os membros do Comitê debateram a melhor forma de atuação da política monetária diante de incertezas quanto aos cenários econômicos. Concluíram que a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas é atuar com cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis”, ressaltou o BC.

 

FOLHA

Bolsa cai quase 1% e dólar avança sem notícias da Previdência e aversão a risco no exterior

A Bolsa brasileira recuou quase 1% nesta segunda-feira, reflexo da falta de notícias sobre a reforma da Previdência e aversão a risco no exterior, enquanto investidores aguardam negociações que podem encerrar a guerra comercial entre Estados Unidos e China. O dólar avançou, em linha com o exterior.

O Ibovespa, principal índice acionário do país, perdeu 0,97% e fechou a 94.412 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,5 bilhões, abaixo da média do ano.

O índice foi pressionado pela queda dos papéis com maior peso na Bolsa, como Petrobras bancos.

A Vale cedeu 2,64%, ainda na esteira do impacto da tragédia de Brumadinho sobre a companhia e mesmo com a alta de mais de 7% nos preços do minério de ferro. Desde o rompimento da barragem, a matéria-prima se valorizou mais de 35%.

No exterior, as Bolsas europeias avançaram, mas as americanas oscilavam pouco, reflexo da expectativa de investidores sobre nova rodada de negociações entre americanos e chineses.

"O assunto da guerra comercial entre EUA e China ainda está longe de acabar, de chegar a um acordo e isso traz um pouco mais de volatilidade para o mercado, o que faz com que investidores tentem fugir do risco", disse gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini.

A moeda americana avançou 0,80%, a R$ 3,7630. No exterior, de 24 divisas emergentes, 22 perderam valor para o dólar nesta segunda.

 

Guedes promete retorno à 'ordem' em entrevista ao Financial Times

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, prometeu pôr fim a anos de intervenções estatais fracassadas, no momento em que a maior economia da América Latina embarca em reformas pró-mercado abrangentes, sob o presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Financial Times, Guedes —antigo executivo de fundo de investimentos escolhido pelo presidente direitista para reanimar a economia brasileira depois da pior recessão na história do país— disse que uma reforma nas aposentadorias representaria economia de R$ 1 trilhão (US$ 350 bilhões) em 10 anos, e que ela seria aprovada "dentro de cinco meses".

Isso seria seguido rapidamente por uma reforma tributária e um programa radical de privatização no qual não haveria vacas sagradas. "Vamos caminhar na direção de uma economia de mercado", disse o economista e professor de matemática, formado na Universidade de Chicago. "Isso é parte de um processo de melhora econômica. Quem não consegue ver o fato está interpretando o Brasil incorretamente".

A vitória de Bolsonaro  —um capitão reformado do exército, admirador do presidente americano Donald Trump, e que fez elogios à ditadura militar brasileira— foi vista amplamente como parte de uma virada mundial ao nacionalismo de direita, e como ameaça à democracia brasileira.

Para Guedes, essa representação é incorreta. "É o oposto. Foi essa a minha mensagem em Davos", disse. "O Brasil é uma democracia vibrante, a eleição de Bolsonaro demonstrou isso. [Poremos fim] aos privilégios. O sistema de aposentadorias é uma máquina de transferências de renda perversas e regressivas".

Os desafios que Guedes tem de enfrentar incluem um imenso déficit fiscal, dívida pública descontrolada, desemprego quase recorde que deixou cerca de 12 milhões de pessoas sem trabalho, baixa produtividade, e uma recuperação econômica anêmica. No entanto, as contas externas estão equilibradas, em linhas gerais, e as reservas cambiais são de amplos US$ 377 bilhões.

A recessão e escândalos de corrupção serviram de pano de fundo para uma eleição na qual quase 60 milhões de brasileiros votaram em Bolsonaro, que promoveu valores familiares cristãos e combate à corrupção. Além de uma plataforma de lei e ordem de extrema-direita que ecoou positivamente entre os brasileiros, dado o recorde de 64 mil homicídios no país em 2017.

A indicação de Guedes como assessor econômico foi um ponto de inflexão na campanha, porque atraiu investidores, grupos empresariais e empreendedores antes céticos. "As pessoas me perguntavam como é que um liberal pode se unir aos conservadores. Eles só trariam desordem. Mas a desordem já está aqui. Morrem mais pessoas a cada ano aqui do que morreram soldados americanos na guerra do Vietnã", ele disse. "O presidente vai trazer ordem, e os liberais progresso", ele disse, se referindo ao lema do Brasil, "ordem e progresso".

Guedes e Bolsonaro formam uma dupla estranha. O primeiro investe ocasionalmente como "day trader" e fundou o que mais tarde se tornaria o maior banco de investimento do Brasil, o BTG Pactual. Bolsonaro era deputado federal por um pequeno partido, e seu histórico no Congresso era de votos contrários a políticas econômicas liberais, e favoráveis ao nacionalismo corporativista que Guedes planeja eliminar.

Mas Guedes diz que os dois compartilhavam de uma visão quanto a rejuvenescer o país e libertar seus jovens do "fardo socialista" do Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o Brasil pela maior parte do século. Ainda que o partido tinha tirado milhões de pessoas da pobreza, o maior escândalo de corrupção e a pior recessão da história brasileira fizeram com que os eleitores se enraivecessem com o PT. "A ordem econômica socialista está em desordem", disse Guedes. "Manteremos os gastos sociais mas vamos acabar com a corrupção, com os privilégios e com a mordomia".

Guedes disse que o pacote final quanto às aposentadorias poderia produzir economias da ordem de R$ 700 bilhões a R$ 1,3 trilhão, e seria submetido ao Congresso "assim que o presidente sair do leito".

Bolsonaro está no hospital, se recuperando de uma cirurgia para remoção de uma bolsa de colostomia colocada depois de um ataque a facadas que quase o matou, na campanha eleitoral do ano passado.

Guedes enfatizou repetidamente que sua maior prioridade era a consolidação fiscal, já que a arrecadação do governo caiu a 29% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 36% em 2010, enquanto os gastos dispararam para o equivalente a 39% do PIB. Como resultado, o déficit fiscal disparou e a dívida pública bruta deve chegar a 90% do PIB este ano, de acordo com o FMI.

"Os gastos são a chave. É por isso que é lógico tratar primeiro do maior item, com a reforma das aposentadorias", disse Guedes. "Em seguida os impostos, e em seguida o balanço e a privatização. No final, restarão muitas companhias [estatais]. Se o plano é vender 100, conseguirei no máximo 25", ele acrescentou. "O presidente decide".

Para a reforma das aposentadorias, o bloco alinhado com o governo conta com até 302 dos 513 votos da Câmara dos Deputados - pouco abaixo dos 308 votos necessários para uma supermaioria. Mas a disciplina partidária é instável. A recente eleição do aliado Rodrigo Maia como presidente da Câmara, necessária para ajudar a formar coalizões entre os 30 partidos do Congresso, deve aumentar a probabilidade de aprovação.

 

Clima econômico dá um salto no Brasil e se descola da América Latina, diz FGV

O clima econômico no Brasil deu um salto em janeiro, descolando-se da América Latina e do resto do mundo.

Sondagem da FGV (Fundação Getulio Vargas) elaborada em conjunto com o instituto alemão ifo mostra que o Brasil foi um dos poucos países da América Latina a registrar melhora no ICE (Indicador de Clima Econômico), que saiu de 33,9 pontos negativos em outubro de 2018 – data da última pesquisa – para 3,6 pontos positivos em janeiro, pesquisa mais recente. A próxima sai em abril.

A recuperação é explicada pelo forte aumento das expectativas, de 25,9 pontos para 88 pontos no período. Já a percepção sobre a situação atual melhorou, mas se mantém no nível negativo (de -77,8 pontos para -56 pontos).

O Indicador de Clima Econômico é composto pelo ISA (Indicador da Situação Atual) e o IE (Indicador de Expectativas), que tratam, respectivamente, da situação econômica geral do país no momento e do que se espera para os próximos seis meses. Os indicadores vão de -100 a 100, sendo zero o ponto de inflexão.

O Brasil foi o único país que melhorou a avaliação da situação atual e das expectativas, influenciando a melhora do indicador de toda a América Latina.

Ainda assim, o indicador atual brasileiro em 3,6 pontos está bem longe do pico ao redor de 50 pontos alcançado entre 2009 e 2010. “Apesar da melhora, o nível atual do clima econômico ainda é bastante instável, muito associado às promessas feitas pelo governo Bolsonaro, como a reforma da Previdência”, diz Lia Valls, pesquisadora associada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.

Segundo ela, a manutenção do bom clima econômico vai depender dos próximos passos do governo. Em toda a América Latina, o indicador passou de -10,7 pontos para -9,1 pontos, ainda em zona desfavorável.

NO MUNDO, CLIMA ECONÔMICO PIORA

Desde abril de 2013, o clima econômico no mundo era melhor do que na América Latina, resultado que se inverteu na sondagem atual.

Globalmente, o Índice de Clima Econômico (ICE) caiu e segue em zona desfavorável influenciado pela queda tanto dos indicadores que medem a situação atual quanto das expectativas.

O indicador de situação atual caiu de 12,2 pontos para 2,2 pontos. Já o indicador de expectativas, que já era desfavorável desde julho 2018, registrou uma nova queda e atinge em janeiro -2,7 pontos.

Nos EUA, por exemplo, a avaliação da situação atual foi positiva, mas piorou em relação a outubro de 2018, enquanto às expectativas tiveram forte deterioração com o indicador passando de -14 pontos para -49,2 pontos.

Na União Europeia, o cenário se repete. As grandes economias estão ainda experimentando uma conjuntura favorável, mas as expectativas não são boas.

Na América Latina, além do Brasil, o clima econômico melhorou na Argentina e na Bolívia. A Argentina, porém, se mantém em nível desfavorável. Na outra ponta, a Venezuela registra o pior clima econômico possível (-100).

A sondagem é feita com base em informações prestadas a cada três meses por especialistas nas economias de seus respectivos países. Em janeiro, foram consultados 138 especialistas econômicos em 15 países da América Latina.

 

ESTADÃO

40% da indústria fechou o ano passado em crise

Depois que a recessão ficou para trás, a recuperação gradual da atividade econômica em 2017 trouxe esperança de dias melhores no setor industrial. Mas 2018 revelou-se como uma sucessão de baldes de água fria. Quatro em cada 10 segmentos da indústria de transformação encerraram o ano em crise, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade para o Estadão/Broadcast.

Dos 93 subsetores industriais investigados, 37 enfrentavam uma crise de moderada a fulminante, ou seja, 40% dos segmentos industriais acumularam uma queda na produção maior que 1% no ano em relação a 2017. Outros 14 segmentos ficaram estagnados.

O levantamento foi feito com base na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Iedi, 2018 trouxe maior fragilidade para a recuperação industrial, com uma desaceleração bastante disseminada entre os segmentos pesquisados.

Segundo Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, os segmentos que fecharam em queda são muito ligados aos fluxos de renda e à desaceleração do setor industrial como um todo. “Entre os que estão com melhor desempenho, há vários que tinham uma base de comparação muito baixa ou com perfil muito exportador, como fabricantes de papel e celulose, produtos de carnes, caminhões e ônibus, tratores e equipamentos agrícolas.”

Pelo menos cinco dos 37 subsetores em crise em 2018 pertenciam à indústria têxtil. “Os anos de 2015 e 2016 foram uma catástrofe. Em 2017, crescemos. Terminamos o ano numa trajetória positiva, e nosso prognóstico para 2018 era um PIB com crescimento em torno de 3%”, lembrou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel.

Segundo Pimentel, 2018 ia razoavelmente bem até abril. Em maio, a greve de caminhoneiros começou a mudar o rumo do setor. “Esse quadro foi muito frustrante”, definiu Pimentel.

A greve dos caminhoneiros provocou uma desorganização da produção industrial brasileira, reforçou Bernardo Almeida, analista da Coordenação de Indústria do IBGE. “Além disso, as incertezas eleitorais prejudicaram as decisões tanto de consumo quanto de investimentos.”, enumerou Almeida.

A indústria nacional cresceu 2,3% no primeiro semestre de 2018, em relação ao mesmo período do ano anterior. No segundo semestre, a conjuntura menos favorável se traduziu num freio na produção, houve apenas ligeira alta de 0,1%, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE.

Almeida lembra que a indústria encerrou o ano com avanço de 1,1%, mas ainda sustentada pelo desempenho positivo do início de 2018. “Nós corremos o risco de trocar um processo de recuperação por um processo de banho-maria, de andar de lado”, alertou Rafael Cagnin, do Iedi. “A contar pelo quarto trimestre de 2018, o primeiro trimestre de 2019 vai ser difícil, há um ajuste. Foi um freio muito forte ao longo do ano passado inteiro. O ano de 2019 vai depender muito de quais indicativos que a equipe econômica vai dar. Apesar dos indicadores econômicos mais favoráveis, ainda há incertezas no cenário doméstico”, acrescentou.

As perspectivas para este ano, porém, ainda são otimistas. Em 2019, o mercado externo deve atrapalhar menos a indústria, enquanto a demanda doméstica pode ajudar mais, prevê o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo.

“O desempenho deve ser melhor do que no ano passado ao longo dos trimestres, mas não será exuberante, até porque a Pesquisa Industrial Mensal traz um carregamento estatístico negativo”, disse Campelo. “No segundo semestre, a indústria pode ganhar um pouco mais de ritmo, dependendo da aprovação das reformas que estão sendo apresentadas pelo governo”, reforçou.

Crise prolongada

Uma das mais tradicionais confecções de Sorocaba, no interior de São Paulo, a Rota Uniformes está desde 2014 com quase a metade de suas máquinas paradas. “Naquele ano, quando as vendas começaram a despencar, estávamos com 93 funcionários. Hoje, temos 47 e só conseguimos sobreviver porque demitimos no momento certo. Se a gente esperasse mais, talvez não tivesse como pagar os encargos trabalhistas”, diz o empresário João Francisco Guariglia.

O dono da Rota conta que a expectativa era de que a retomada fosse mais rápida, mas a crise se prolongou. “Em 2017, havia expectativa de melhora, mas no setor de confecções ela não ocorreu. Depois de atingir o fundo do poço em 2016, conseguimos estabilizar, mas não houve crescimento em 2017 nem no ano passado.” A queda nas vendas das confecções reduziu a produção e atingiu também as indústrias de tecidos. “Apenas as grandes indústrias têxteis sobreviveram à duras penas”, diz.

Este ano, a Rota espera crescer 5% em produção e vendas. “É uma meta que temos de alcançar para manter o quadro de funcionários e a saúde da empresa. Estamos vivos, mas na UTI. Para voltar ao quarto ainda leva um tempo.” A empresa produz em média 15 mil peças por mês, volume que, no pico da produção, em 2014, era de 25 mil peças. Do total, 40% são uniformes escolares e 60% são vestimentas profissionais.

A Rota trabalha só com tecidos nacionais, em razão da melhor qualidade, segundo Guariglia. Muitos uniformes têm o selo antipilling (bolinhas) e proteção contra raios ultravioletas.

O empresário afirma que um lance de sorte, em 2014, ajudou a empresa a sobreviver. “Numa feira, em Santa Catarina, encontrei uma máquina de corte e enfestadeira automática de R$ 1,1 milhão. Estava quase pegando dinheiro a juros bancários, quando vi uma linha de crédito no BNDES. Foi sacramentar o negócio e, dias depois, a linha foi suspensa. Quem financiou em banco não aguentou”.

Segundo o empresário, se houver retomada rápida, vai faltar mão de obra. “Preciso de costureira e não acho. Como a crise foi longa, quem saiu foi para outra atividade. Procurei um mecânico que trabalhou com a gente, mas agora ele faz transporte escolar. Começou com uma van e está com três, não tem como voltar para o setor.”

A tradição da família Guariglia em confecção começou há 60 anos, quando a mãe de João começou a bordar enxovais para recém-nascidos. Logo ela e o marido montaram uma pequena loja, no centro de Sorocaba, que se transformou na Cirandinha, com foco na confecção de enxovais para batizados. Em 1986, João e seu irmão, ambos engenheiros, começaram a produzir uniformes profissionais. Em 2000, ele deixou a sociedade para fundar a Rota, a maior do segmento na região. “Passamos por muitas situações difíceis, mas nenhuma crise foi tão séria quando esta”.

 

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