Quarta-feira

CLIPPING (03.04.2019)

VALOR

BB vê melhora no resultado apesar de economia fraca

O Banco do Brasil (BB) vai ter resultados melhores neste ano, mas não vai ser agressivo na oferta de crédito enquanto persistir o "marasmo" na economia, afirmou o presidente da instituição, Rubem Novaes. De acordo com o executivo, o BB está preparado para caminhar no contexto atual, com um crescimento da economia entre 1,5% e 2% neste ano.

Esse cenário de baixo crescimento, segundo Novaes, explica por que o banco não está sendo mais ousado no crédito. "Tenho muito medo de expandir a política de crédito sem uma demanda saudável por crédito, que só virá quando a economia deslanchar", disse ontem, em apresentação num evento do Bradesco BBI.

Novaes afirmou que o crescimento do BB neste ano virá muito mais do segmento de varejo, voltados às pessoas físicas e pequenas empresas. Com relação às grandes companhias, a intenção é transferir operações com esses clientes para o mercado de capitais sempre que possível.

Para o presidente do BB, a situação do país é binária, com a aprovação ou não de uma reforma da Previdência robusta, e as devidas consequências para a economia. No entanto, o executivo disse acreditar que a "classe política está se convencendo de que algo forte precisa ser feito, e está todo mundo com o dedo no gatilho para investir no Brasil".

Enquanto a economia não deslancha, Novaes toca em frente a agenda de desinvestimentos de ativos que não têm relação com a atividade principal do banco e trabalha em parcerias ou aberturas de capitais de outros negócios. O Banco do Brasil contratou o BB BI, o J.P. Morgan e o Bank of America Merrill Lynch como líderes para coordenar a oferta pública inicial de ações (IPO) da Neoenergia, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre, disse Novaes.

O BB tem 9,34% das ações da empresa, enquanto a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, tem 38,21%. O restante - 52,45% do total das ações - é do grupo espanhol de energia Iberdrola. "Já está acertado com o sócio nosso, proximamente vamos sair da Neoenergia, através de um IPO", disse o executivo.

Questionado para quando seria a operação, ele disse "se Deus quiser" no primeiro semestre. Em relação à venda da participação do Banco Votorantim, no qual o BB é sócio da família Ermirio de Morais, ele disse que contratou uma assessoria que vai procurar o melhor caminho para o banco. "O que nós vamos fazer não está plenamente definido."

No mesmo evento, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que, se o banco não vender pelo menos R$ 100 bilhões em operações no mercado de capitais, vai considerar que não teve sucesso em sua gestão. A Caixa deve abrir capital de quatro operações, sendo seguros e cartões no segundo semestre, e a de loterias e de gestão de recursos no ano que vem. As áreas que não têm relação com a atividade principal serão vendidas afirmou.

De acordo com Guimarães, a Caixa quer ser o banco do "seu Joaquim da padaria", com uma oferta ampla de produtos. "Não existe a possibilidade de a Caixa só oferecer crédito". O executivo afirmou que a Caixa não deve focar em tecnologias que têm sido o foco de seus concorrentes, mas usar melhor sua rede física, que soma 26 mil pontos entre agências, lotéricas e correspondentes. "Um sistema de inteligência artificial, como o do Bradesco, não adianta, a Caixa não vai chegar nisso neste momento.

 

FOLHA

FMI diz que perspectiva de crescimento global é precária em meio a tensões comerciais

O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou nesta terça-feira (02) que o crescimento global perdeu força em meio às tensões comerciais e condições financeiras mais apertadas, mas que pausas nas altas dos juros ajudarão a impulsionar a atividade a partir do segundo semestre de 2019.

A diretora-gerente da entidade, Christine Lagarde, disse que a economia global está "instável" após dois anos de crescimento estável, com a perspectiva "precária" e vulnerável ao comércio, Brexit e choques dos mercados financeiros. Lagarde se pronunciou na Câmara de Comércio americana em Washington, antes das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial.

"Em janeiro, o FMI projetou crescimento global para 2019 e 2020 em torno de 3,5%, menos do que no passado recente, mas ainda razoável. Desde então, ele perdeu mais força", declarou Lagarde.

Há dois anos, a instituição observou que 75% da economia global estava recuperando o crescimento. "Para este ano, esperamos que 70% (...) experimentem uma desaceleração", explicou. Legarde ressaltou que a recuperação esperada para o final de 2019 é frágil.

Ela disse ainda que o FMI não prevê uma recessão global a curto prazo, e que o "ritmo mais paciente de normalização da política monetária" do Federal Reserve (sistema de bancos centrais dos Estados Unidos) fornecerá algum impulso para o crescimento no segundo semestre de 2019 e em 2020.

Lagarde alertou, entretanto, que anos de dívida pública alta e taxas de juros baixas desde a crise financeira de 2008 deixaram espaço limitado em muitos países para agirem quando a próxima contração chegar e que, portanto, os países precisam fazer uso mais inteligente da política fiscal.

Isso significa atingir um equilíbrio melhor entre crescimento, sustentabilidade da dívida e objetivos sociais, além de agir para lidar com a crescente desigualdade através da construção de redes de segurança social mais fortes.

Ela previu nova pesquisa do FMI mostrando que o aumento das barreiras comerciais está prejudicando o investimento em fábricas, maquinário e projetos de criação de empregos.

Lagarde também disse que o FMI revisou sua análise dos impactos da guerra comercial entre EUA e China, mostrando que se todo o comércio entre as duas maiores economias do mundo estiver sujeito a tarifas de 25%, o Produto Interno Bruto dos EUA cairá até 0,6%, enquanto o da China recuará até 1,5%.

O FMI, que deve divulgar em 9 de abril sua nova previsão para a economia global, alerta há mais de um ano contra a guerra comercial entre Estados Unidos e a China com implicações para o crescimento global.

A guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais se materializou no ano passado com impostos aduaneiros punitivos recíprocos em centenas de bilhões de dólares em mercadorias.

Apesar de rodadas de negociações e do que parecem ser gestos de boa vontade entre os países, o conflito cria um clima de incerteza, causando turbulência nos mercados e corroendo a confiança dos investidores.

Lagarde observa também que a economia global poderia se beneficiar das medidas anunciadas pelas autoridades chinesas para estimular a expansão da sua economia, que registrou em 2018 taxa de crescimento de 6,6%, a menor em 28 anos.

Observando que "muitas economias não são suficientemente resilientes", ela reiterou a necessidade de se preparar para a próxima recessão, erguendo barreiras de proteção e adotando as reformas necessárias enquanto a economia ainda está relativamente bem. Na frente comercial, ela mais uma vez pediu a remoção de barreiras alfandegárias.

Com base em uma análise feita por economistas do FMI sobre a situação de 180 países nos últimos 60 anos, Christine Lagarde observou que "a integração comercial claramente impulsionou o investimento".

"Por outro lado, as barreiras tarifárias degradam significativamente o investimento e o emprego", concluiu.

COMÉRCIO TAMBÉM TEVE RECUO

O comércio mundial encolheu 0,3% no quarto trimestre de 2018 e deve crescer 2,6% neste ano, abaixo da expansão de 3% em 2018 e da estimativa anterior de 3,7%, informou a OMC (Organização Mundial de Comércio) nesta terça-feira (02).

Em sua previsão anual, a OMC disse que o comércio tem sido pressionado por novas tarifas, crescimento econômico mais fraco, volatilidade nos mercados financeiros e condições monetárias mais apertadas em países desenvolvidos. A organização estimou em setembro que o crescimento em 2018 seria de 3,9%, contra 4,6% em 2017.

"Com as tensões comerciais em alta, não se deve ficar surpreso com esse cenário. O comércio não pode desempenhar seu papel total de guiar o crescimento quando vemos níveis tão altos de incerteza", disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, em comunicado.

"Claro, há outros elementos, mas o aumento das tensões comerciais é o principal fator", disse ele em entrevista à imprensa. "Acho que é bastante óbvio que as tensões entre Estados Unidos e China têm um grande papel".

Ele se recusou a prever o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia.

Embora o volume de comércio tenha crescido lentamente em 2018, o valor em dólares aumentou 10%, para US$ 19,48 trilhões (R$ 75,34 trilhões), em parte devido a um aumento de 20% nos preços do petróleo, disse a OMC.

O valor das negociações de serviços comerciais cresceu 8%, para US$ 5,80 trilhões (R$ 22,43 trilhões)  em 2018, diante do forte crescimento das importações na Ásia.

O volume de comércio de produtos deve crescer com mais força em economias em desenvolvimento neste ano, com expansão de 3,4% nas exportações contra 2,1% em economias desenvolvidas.

Mas a previsão é altamente incerta, com o número de crescimento global de 2,6% sendo o ponto médio de uma faixa que vai de 1,3% a 4%. A taxa real de crescimento pode ser ainda maior ou menor se as tensões comerciais piorarem ou melhorarem, disse a OMC.

 

Rezamos para arrecadação subir a partir de maio, diz secretário nacional de habitação

O secretário nacional de habitação do governo federal, Celso Toshito Matsuda, afirmou a uma plateia de empresários da construção nesta terça-feira (2) que está preocupado com o orçamento público para o programa de moradia popular Minha Casa Minha Vida (MCMV).

"Estamos rezando para que a partir de maio comece a haver um aumento na arrecadação", disse Matsuda, gerando burburinho entre o público.

O Tesouro Nacional banca a faixa 1 do programa, em que imóveis são praticamente doados aos moradores, além de 10% do subsídio oferecido nas demais faixas. Os outros 90% são recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que tem também R$ 60 bilhões neste ano para financiar habitação popular.

Um contingenciamento do governo nos três primeiros meses do ano travou esses repasses. O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que gerencia o programa, conseguiu com o Ministério da Economia uma antecipação dos limites de pagamentos e pretendia regularizar a situação já a partir de março.

Mas o governo anunciou um novo bloqueio no Orçamento no mês passado, e construtores agora temem que faltem recursos para pagamentos de obras contratadas e novos financiamentos. Segundo a coluna Painel, empresários já falam em dispensar 50 mil empregadosnos próximos dez dias.

"Estávamos praticamente normalizando esse processo com um adicional de R$ 450 milhões", disse Matsuda. "O problema maior é que houve novo contingenciamento, o que provocou um novo desequilíbrio nesse processo", completou.

Segundo ele, há um fôlego no orçamento da pasta que permitiria equilíbrio nos pagamentos até o final de abril. "Minha preocupação: E depois de abril? É um receio nosso."

"Esperamos que aconteçam boas notícias a partir de maio e junho [aumento da arrecadação, alívio no contingenciamento]. Se não vierem, partimos para um pleito de suplementação orçamentária a partir de junho", afirmou.

Alguns construtores calculam que, com o novo bloqueio, os recursos do governo para pagar obras contratadas na faixa 1 e para bancar o subsídio das demais faixas acabariam em agosto.

Sem o aporte do Tesouro, o FGTS não consegue entrar com a sua parte, o que impediria a contratação de novos financiamentos para pessoas físicas e jurídicas nas faixas 1,5, 2 e 3.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que foram liberados, em janeiro e fevereiro, R$ 200 milhões para o FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e R$ 33 milhões para o PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural), modalidades da faixa 1, bem como R$ 100 milhões para o FGTS. Com a antecipação solicita e concedida, os repasses de março somaram R$ 399 milhões.

"A pasta continua em negociação com o Ministério da Economia para uma nova antecipação de limites para os próximos meses."

AJUSTES

Matsuda disse ainda que sua equipe trabalha em "uma revisão e um aprimoramento dos produtos já existentes" no programa, além de "estudos de novas possibilidades" para atender famílias que recorrem à faixa 1 (para renda de até R$ 1.800).

"Não há condições de seguir somente com o modelo do Minha Casa Minha Vida. Esses modelos estão sendo revistos, serão aprimorados. E temos que criar novas alternativas, não há a possibilidade de os entes públicos arcarem sozinhos com isso", afirmou o secretário.

No mesmo evento, promovido pela Abrainc (associação das incorporadoras), o presidente da Caixa Econômica Federal (operadora financeira do MCMV), Pedro Guimarães, afirmou que o programa precisa de "pequenos ajustes", mas disse considerar o Minha Casa Minha Vida uma discussão de Estado.

Ele ressaltou, porém, que o banco não tem mais problemas com restrição de capital como os enfrentados nos últimos anos.

Segundo o executivo, a Caixa pode dobrar o volume de crédito ofertado através da securitização (venda para terceiros) de sua carteira imobiliária. Além disso, Guimarães disse que o banco oferecerá capital de giro às incorporadoras "no limite do cálculo matemático".

"Entendemos o momento delicado de financiamento pelo qual vocês passam. Nosso objetivo é ir além do OGU (Orçamento Geral da União) e do FGTS."

 

ESTADÃO

Queda da confiança é marcada por clima de desapontamento com a economia, diz FGV

Março foi marcado pela queda na confiança em vários setores empresariais e entre consumidores. O Índice de Confiança Empresarial, composto pelos diversos indicadores setoriais da Fundação Getulio Vargas (FGV), acumulou perda de 3,6% em fevereiro e março. Já o Índice de Confiança do Consumidor, também da FGV, encolheu 5,8% nos dois meses.

A piora na confiança, verificada também no Índice de Confiança do Empresário Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), acompanha as revisões para baixo nas projeções de crescimento econômico, que caíram de 2,53%, no início do ano, para 1,98%, na mais recente edição do Boletim Focus, do Banco Central (BC).

Para Aloisio Campelo, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), o clima entre empresários e consumidores é de “desapontamento” com a atividade econômica. O pesquisador destacou que o avanço generalizado dos indicadores de confiança após as eleições gerais de 2018, chamado de “lua de mel” pós-eleitoral, foi o maior entre todos os pleitos presidenciais desde 2002.

“Talvez houvesse (no período pós-eleitoral) um otimismo passando um pouco do ponto”, afirmou Campelo.

O superintendente do Ibre/FGV divide o comportamento recente dos indicadores de confiança em dois. De março a setembro do ano passado, os índices passaram por uma queda expressiva, que começou antes da greve dos caminhoneiros, em maio, mas foi agravada por ela. De outubro a janeiro, com a definição das eleições, os indicadores entraram em trajetória de alta, até passar pelo ajuste em fevereiro e março.

Campelo destaca ainda que, mesmo quando houve a alta de outubro a janeiro, as análises mereciam cautela, porque o movimento foi puxado pelas expectativas com o futuro. Assim como ocorre em todos os índices da FGV, a maioria dos indicadores de confiança é composta tanto por avaliações em relação à situação presente da economia quanto pela percepção do futuro.

Para Campelo, a queda da confiança em fevereiro e março está associada a uma combinação entre a percepção de que as reformas econômicas terão dificuldade para passar no Congresso Nacional (que pesa mais sobre o empresariado) e o fato de a economia ter começado o ano em ritmo lento. Os dados da indústria, de serviços e do mercado de trabalho vieram negativos em janeiro.

“Não foi só a decepção com a velocidade das reformas no Congresso. É uma combinação disso com a constatação de que chegamos ao terceiro mês do ano com a economia ainda devagar”, afirmou Campelo.

A consequência disso é que será difícil contar com a confiança como impulso para o crescimento. Isso ocorre, lembrou o pesquisador da FGV, quando empresários e consumidores passam do sentimento positivo em relação à economia para a ação, comprando e investindo mais – o que, aí sim, movimenta a atividade.

Segundo Campelo, estudos feitos pelos pesquisadores da FGV para comparar o comportamento dos indicadores de confiança com o vaivém da atividade econômica sugerem que o impulso para a economia real tende a ocorre apenas quando os índices de confiança ficam acima de 102 pontos. Com as quedas de fevereiro e março, nenhum dos índices da FGV ficou acima dos 100 pontos.

 

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