Quarta-feira

VALOR

Fitch reafirma 'rating , mas espera Previdência

Mesmo com as perspectivas de crescimento do Brasil sendo revisadas fortemente para baixos nas últimas semanas, a Fitch decidiu ontem reafirmar o rating "BB-" do país, com perspectiva estável. O cenário base da agência de classificação de risco, no entanto, contempla a aprovação da reforma da Previdência e de outras medidas de ajuste fiscal que ajudem a garantir a sustentabilidade da dívida pública no médio prazo. Sem isso, um novo rebaixamento na avaliação soberana é provável.

Segundo a Fitch, a nota do Brasil é pressionada pela fraqueza estrutural nas finanças públicas e o nível elevado de endividamento do governo, além das baixas projeções de crescimento, um ambiente político difícil e questões relacionadas a casos de corrupção, que afetam a efetividade das políticas econômicas e prejudicam o andamento das reformas estruturais.

A Fitch lembra que a administração Jair Bolsonaro pretende abordar algumas das deficiências estruturais do crescimento e das finanças públicas, incluindo uma ambiciosa proposta de reforma da Previdência, que prevê economia de quase R$ 1,2 trilhão em dez anos. A questão é que a abrangência e o prazo de aprovação das mudanças ainda são incertos.

O Congresso tem um perfil fragmentado e o novo governo ainda não conseguiu criar uma coalizão "crível, eficaz e durável" para avançar com sua agenda de reformas. "A qualidade [e, portanto, as economias esperadas] da reforma dependerá da capacidade da administração de envolver e mobilizar apoio no Congresso.

Riscos idiossincráticos decorrentes de investigações relacionadas à corrupção podem pesar no progresso das reformas. O risco de um completo fracasso no avanço da reforma não pode ser descartado", diz a Fitch, em relatório assinado pela diretora sênior de ratings soberanos, Shelly Shetty.

Na semana passada, em entrevista ao Valor, Shelly já havia alertado para essa possibilidade de fracasso na reforma. "Achamos que o cronograma inclui aprovação ainda em 2019, no segundo semestre do ano. Ter paciência no processo não é algo ruim, mas ao mesmo tempo achamos que este primeiro ano de governo é crítico para ver a reforma aprovada", comentou ela na ocasião.

No ponto do relatório em que cita os eventuais fatores que levariam a um rebaixamento, a Fitch aponta justamente para a falta de uma reforma que seja suficiente para apoiar uma melhoria nas perspectivas fiscais e de crescimento, o que levaria a um rápido crescimento da carga da dívida pública, ameaçando sua sustentabilidade no médio prazo. A Fitch destaca que o déficit nominal do Brasil continua muito elevado, em 8% do PIB em 2018, ante uma mediana de 2,7% para países com rating na faixa "BB".

A dívida pública, que atingiu 77,2% do PIB no ano passado, também é bastante superior à mediana desse grupo, de 45%. A projeção da agência é que a dívida brasileira atinja 80% do PIB este ano. A agência de classificação de risco revisou para baixo suas projeções de crescimento para o Brasil, e diz que os riscos para essas novas estimativas ainda são de baixa.

Para este ano, a estimativa passou de 2,1% a 1,5% e, para 2020, mudou de 2,7% para 2,5%. Em agosto do ano passado, quando havia mantido o rating brasileiro em "BB-", a agência previa crescimento médio de 2,5% ao ano entre 2019 e 2020.

Segundo a Fitch, a economia brasileira continua com desempenho aquém do esperado, em meio às incertezas sobre a capacidade do governo de avançar com as reformas, a crise na Argentina e o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). Isso acontece mesmo com a postura estimulativa da política monetária e a recuperação no mercado de crédito.

A agência S&P Global também tem rating "BB-" para o Brasil, com perspectiva estável, que foi reafirmado em fevereiro. Já a Moody's tem rating "Ba2", com perspectiva estável, mas a última revisão foi em abril do ano passado.

 

FOLHA

Caixa vai lançar crédito imobiliário corrigido pelo IPCA

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou nesta segunda-feira (21) uma linha de crédito imobiliário que vai emprestar a IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais juros de 4%,

A nova linha é mais vantajosa ao banco do que os empréstimos feitos a TR (Taxa Referencial, hoje zerada) mais 4,5% ao mês. O funding do banco público serão os recursos do SBPE, sistema da poupança.

O IPCA no mês de abril avançou 0,57%, acumulando 4,94% em 12 meses, segundo dados do IBGE.

“Se você quiser securitizar uma carteira de crédito, o mercado não compra com a TR. Então se eu fizer IPCA mais alguma coisa, eu consigo vender”, afirmou. “É bom para a Caixa, o banco do Excel [programa de planilhas no computador]. A gente ganha dinheiro, e a gente ajuda a reativar a economia.”

Com essa mudança, Guimarães espera gerar uma carteira de crédito imobiliário de R$ 10 bilhões, com 46 mil imóveis que beneficiariam até 400 mil pessoas.

Maior concessor de crédito imobiliário do país, a Caixa usa a TR como referência e a tabela SAC na maioria dos empréstimos para o público da classe média. Em geral, esse conjunto resulta em taxas de juros um pouco menores para o tomador.

 

 

 

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