Terça-feira

VALOR

Retorno de fundo imobiliário pode disparar com cortes da Selic

A possibilidade de ocorrerem novos cortes da Selic — cada vez mais presente nos cenários de analistas e economistas — pode deflagrar uma nova onda de valorização de curto prazo para os fundos imobiliários, segundo gestores. Os preços das cotas desses portfólios negociadas na B3, historicamente, reagem de maneira inversa aos movimentos dos juros.

Ou seja, quando o Banco Central (BC) reduz a taxa básica, essas carteiras tendem a se valorizar, ao atrair investidores em busca de alternativas mais rentáveis. O grande atrativo dos fundos listados em bolsa é a distribuição regular de rendimentos, isentos de imposto para a pessoa física.

Neste ano até dia 27 de maio, o Índice de Fundos Imobiliários da B3 (Ifix), que mede a variação conjunta de cotas e dividendos de uma carteira teórica com os portfólios mais negociados, acumula valorização acima de 7%. O referencial vem renovando a máxima em pontos desde março e ontem bateu a marca histórica ao fechar em 2.519 pontos.

O avanço do Ifix está diretamente ligado à manutenção da Selic na mínima histórica, aos 6,5% ao ano, agora pelo 14º mês consecutivo. O índice reflete ainda a perspectiva de manutenção dos juros em níveis baixos por tempo prolongado.

“Acho que tem um minirrali de curto prazo, se o BC concretizar a queda de juros”, afirma Diego Siqueira, CEO da TG Core Asset. Para o gestor, “nesse cenário, com o juro podendo cair um pouco mais — por exemplo, se o BC cortar a Selic para 5,5% ao ano —, vai ter fluxo adicional para ativos com prêmio”.

Conforme Marcus Castro, CEO da Hectare Capital, “a medida que as taxas caem, a tendência é de valorização das cotas dos FII negociados em bolsa”. Mas o gestor ressalva que a falta de previsibilidade no âmbito econômico pode pesar contra o efeito positivo de uma redução da Selic. “Os juros ajudam na precificação, mas as cotas também refletem o horizonte de longo prazo e têm aderência à trajetória das NTN-Bs (papéis do Tesouro indexados ao IPCA) longas.”

Selic pra baixo

Na visão do mercado, as chances de novos cortes da Selic pelo BC têm aumentado a cada novo dado que confirma a fraqueza da atividade. Essa evolução de estimativas pode ser observada no relatório de distribuição de frequência da pesquisa Focus, do Banco Central.

O documento mais recente, do fim de abril, mostra que, apesar de a grande maioria, ou 70% dos entrevistados, apontar para juros estáveis em 6,5% ao longo de 2019, cerca de 15% dos pesquisados enxergavam a Selic no fim deste ano entre 5% e 5,5% e outros 10% viam a taxa básica entre 5,5% e 6%. Ou seja, projeções de um quarto da amostra apontavam para cortes de juros pela autoridade ainda neste ano.

Já a parcela que trabalha com perspectiva de ocorrer um aperto monetário já em 2019 está perto de zero agora. A distribuição de frequência do Focus indica que o mercado enxerga a taxa básica oscilando entre estável ou menor nos próximos trimestres.

As expectativas contrastam com aquelas vistas no fim de fevereiro. Naquele mês, menos de 10% apostavam em uma Selic entre 5% e 5,5% em 2019. Em compensação, mais de 20% viam a taxa básica entre 7% e 7,5% no fim do ano, ou seja, que o BC pudesse iniciar um novo ciclo de aperto monetário.

Novos recordes

O ano passado marcou o melhor momento em todos os tempos para os fundos imobiliários em relação a quantidade de investidores, liquidez e valor de mercado. E 2019 caminha para superar os recordes mesmo em um cenário de estabilidade da Selic. Novos cortes, portanto, podem consolidar esse movimento.

O ano passado só não foi melhor que 2011 na história desse segmento em termos de volume financeiro dos lançamentos e de quantidade de emissões. Porém, pelos números preliminares, o atual ano mostra potencial para bater os resultados vistos em 2018 e também há oito anos.

Para Vitor Bidetti, sócio e CEO da Integral Brei, o ano pode fechar com um total de R$ 20 bilhões em novas emissões e ultrapassar a marca anterior de R$ 16 bilhões. O boletim de abril da B3 mostra que a quantidade de novas emissões em 2019 já supera em 55% o conjunto de ofertas dos quatro primeiros meses de 2018, com 14 operações e R$ 3,4 bilhões captados.

Além de mostrar um mercado mais aquecido que no ano passado, tanto o patrimônio líquido quanto o valor de mercado têm superado recordes a cada mês. Em 12 meses até abril, o patrimônio líquido dos fundos listados cresceu 31,2%, para R$ 57,2 bilhões — montante acima do valor de mercado, que subiu 26,9% para R$ 52,9 bilhões. A diferença de 8,12% sugere existir ainda algum desconto no valor das cotas no mercado secundário.

 

PIB per capita terá caminho longo até voltar ao nível pré-crise

O PIB per capita e alguns dos principais componentes da oferta e da demanda, como a indústria e o investimento, deverão levar um longo tempo para voltar ao nível anterior ao da mais recente recessão, dado o tamanho do tombo e o ritmo lento de recuperação da atividade econômica.

Se crescer ao ritmo médio alcançado entre 1980 e 2018, de 0,9% ao ano, o PIB per capita retornará ao que era antes da crise apenas no terceiro trimestre de 2028, segundo estimativas dos economistas Marcel Balassiano e Juliana Trece, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O Brasil passou por uma recessão cavalar entre o segundo trimestre de 2014 e o quarto trimestre de 2016, seguida por uma recuperação pífia nos dois anos subsequentes, destacam Balassiano e Juliana.

O PIB per capita encolheu 0,3% em 2014, 4,4% em 2015 e 4,1% em 2016, aumentando apenas 0,3% em 2017 e 0,3% em 2018. No acumulado entre o segundo trimestre de 2014 e o quarto trimestre do ano passado, a perda acumulada pelo PIB per capita foi de 8,7%. Se o ritmo de crescimento de 2018, de 0,3%, for mantido, o indicador só volta ao nível pré-recessão daqui a mais de 25 anos, apenas no quarto trimestre de 2045, apontam Balassiano e Juliana.

No estudo, os dois economistas fazem uma simulação um pouco mais otimista, considerando o crescimento médio do PIB per capita entre 1980 e 2013, excluindo os últimos cinco anos, marcados pela recessão (2014 a 2016) e pela "recuperação lenta e gradual da economia" (2017 e 2018). No intervalo de 1980 a 2013, o PIB per capita cresceu 1,3% ao ano, taxa que, se repetida daqui para frente, levaria o indicador ao nível pré-crise no segundo trimestre de 2024, daqui a cinco anos.

O PIB per capita é calculado pela divisão do valor do PIB pela população total, sendo usado com uma medida do nível de riqueza de um país. Balassiano e Juliana fizeram simulações também para alguns componentes do PIB. A situação é especialmente dramática no caso da indústria, pelo lado da oferta, e do investimento, pelo lado da demanda. Entre o segundo trimestre de 2014 e o quarto trimestre de 2018, a indústria teve perda acumulada de 12,1%.

Se mantiver o crescimento do ano passado, de 0,6%, a volta ao nível pré-recessão levará um pouco mais de 20 anos, ocorrendo apenas no terceiro trimestre de 2039. No caso da indústria de transformação, o quadro é um pouco menos desfavorável, porque a expansão em 2018 foi de 1,3%.

Nessa velocidade, o segmento retornaria ao patamar pré-crise no segundo trimestre de 2028, ainda assim levando um pouco mais de nove anos para chegar lá. "Esses exercícios servem para mostrar que a recessão foi muito forte e que a recuperação é muito lenta e gradual", diz Balassiano. Mantendo o panorama de uma retomada tão gradativa, ainda faltaria um longo caminho para a volta ao período imediatamente anterior à recessão, ou seja, para o primeiro trimestre de 2014.

Pelo lado da demanda, o componente do PIB que mais sofreu foi o investimento. No auge da crise, o tombo chegou a superar 30%. No acumulado do segundo trimestre de 2014 ao quarto trimestre de 2018, o recuo foi de 25,9%, uma queda um pouco menor por causa do crescimento de 4,1% da formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação) no ano passado. Se o investimento repetir essa taxa de expansão, ele voltará ao nível pré-recessão no terceiro trimestre de 2024. Balassiano lembra, no entanto, que o avanço da FBCF em 2018 foi inflado pela mudança envolvendo operações com plataformas de petróleo, que passaram a ser computadas como importação.

Sem essa questão contábil, o investimento cresceu apenas 2% no ano passado. Nesse ritmo, a FBCF retornará ao nível pré-crise no primeiro trimestre de 2031. Balassiano e Juliana construíram também um cenário mais otimista para essas simulações, dobrando o ritmo de crescimento registrado em 2018 para cada um desses componentes. A indústria, por exemplo, levaria 10, e não 20 anos, para voltar ao pré-crise. Isso ocorreria no primeiro trimestre de 2029.

No caso do investimento, o retorno se daria no quarto trimestre de 2021, mas porque a taxa considerada seria de 8,3% ao ano, o dobro dos 4,1%, inflada pela questão das plataformas de petróleo. Serviços, pelo lado da oferta, e consumo das famílias, pelo lado da demanda, deverão recuperar mais rapidamente o nível anterior à recessão, em especial porque tiveram quedas menos intensas.

No mesmo ritmo de expansão de 2018, a volta dos serviços se daria no primeiro trimestre de 2021; se a velocidade dobrar, isso ocorreria já no primeiro trimestre de 2020. Já a volta do consumo das famílias pode ocorrer no terceiro trimestre de 2020, mantido a taxa de crescimento do ano passado, de 1,9%. Se o ritmo dobrar, o retorno será no quarto trimestre deste ano. As simulações mostram a importância de o país voltar a acelerar o crescimento, diz Balassiano.

Ele e Juliana mencionam o estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, discutindo o efeito da reforma da Previdência sobre a atividade econômica. No caso de aprovação da mudança do sistema de aposentadorias, "a média de crescimento do PIB brasileiro no período 2019-2023 seria de 3% ao ano", observam eles.

Sem a reforma, o país voltaria à recessão em 2021, segundo a SPE, e o PIB cairia em média 0,5% ao ano de 2019 a 2023. "Reverter esse grave problema fiscal é de fundamental importância para o Brasil voltar a crescer mais e, com isso, reverter o cenário de desemprego alto", dizem Balassiano e Juliana, observando que, "nas últimas semanas, as projeções de crescimento do PIB de 2019 estão sendo revisadas para baixo, o que acaba comprometendo o crescimento de 3% entre 2019-2023, mesmo no cenário com aprovação da reforma da Previdência.

Para este ano, o consenso de mercado atual é de uma expansão de 1,23%. Para eles, isso reforça a importância de que, além da mudança do sistema de aposentadorias, também se tente avançar em outras medidas que ajudem a melhorar as perspectivas de crescimento do país, como a melhora do ambiente de negócios e a reforma tributária.

"Elas são de fundamental importância para que o país possa crescer mais e de forma mais sustentada no futuro e, com isso, gerar mais empregos, que é a variável mais importante para a população." No primeiro trimestre, o desemprego ficou em 12,7%, o equivalente a 13,4 milhões de pessoas.

 

Atividade preocupa mercado em semana de PIB

A fragilidade da economia continua trazendo preocupações para analistas, além de alimentar a discussão sobre possíveis estímulos adicionais por parte do Banco Central. E, à medida que investidores tiram prêmio de risco do mercado com o alívio na cena política, mais evidentes ficam as apostas no corte da taxa básica em algum momento deste ano.

De acordo com dados compilados pela gestora Quantitas, os juros futuros (DI) embutem corte de 4,4 pontos percentuais da Selic na reunião do Copom em julho e de 5,2 pontos em setembro, além de uma baixa de 2,9 pontos em outubro. O contrato para janeiro de 2021, que reflete as apostas até o fim do ano que vem, caiu ontem de 6,80% para 6,75%. O comportamento das taxas ilustra bem o receio de analistas e investidores com a fraqueza da atividade, cenário que exigiria uma política monetária ainda mais expansionista.

Ontem, o assunto foi levado por economistas a dirigentes do BC, em encontro realizado no Rio de Janeiro. O desânimo com o crescimento econômico prevaleceu nas conversas e, agora, as preocupações são de crescimento da atividade inferior a 1% neste ano. O risco é que o ritmo seja mais fraco que o de 2018, quando a expansão foi de 1,1%. "A discussão com o BC foi sobre PIB potencial e destruição da capacidade produtiva, que leva as projeções para baixo. A reforma da Previdência muda pouco isso, por isso a expectativa de novas revisões", afirma uma fonte que preferiu não ser identificada.

De acordo com o interlocutor, é consenso entre os economistas: o BC não deve fazer alterações na política monetária antes da reforma da Previdência ser aprovada. "A maioria avalia que dá para cortar, mas acha prudente esperar e ver o tamanho da reforma." A reunião do BC com econo

Quem representou o Banco Central no evento foram os diretores Carlos Viana (política econômica) e Tiago Berriel (assuntos internacionais), que não emitiram opiniões, de acordo com interlocutores. Os dirigentes devem se reunir hoje com economistas em São Paulo e a discussão sobre a fraqueza da atividade deve prevalecer ao longo da semana. Na quinta-feira, serão conhecidos os dados do PIB do primeiro trimestre e a expectativa é de contração de 0,2% em relação aos três meses anteriores.

Um dos fatores que tem pesado na recuperação, a incerteza política ganhou novo capítulo no fim de semana, com as manifestações de apoio ao governo em todo o país. Os atos, no entanto, não prejudicaram os mercados ontem, uma vez que houve baixíssima liquidez por causa do feriado nos Estados Unidos e no Reino Unido e falta de expediente em Brasília. Essa calmaria pode mudar a partir de hoje, quando o Congresso volta aos trabalhos.

O Ibovespa fechou em alta de 1,32%, aos 94.864 pontos, mas o giro financeiro foi de apenas R$ 6,7 bilhões - o segundo menor do ano, ficando atrás apenas do dia 6 de março. Já o dólar comercial encerrou em alta de 0,49%, aos R$ 4,0348, com poucos negócios.

Na opinião de Rafael Cortez, analista político e sócio da Tendências Consultoria, a disputa entre Executivo e Legislativo não foi alterada pelos atos e os dois poderes devem permanecer em atrito constante. Esse quadro, entretanto, não altera a perspectiva para a reforma da Previdência. "O Congresso precisa aprovar a reforma para escapar dessa armadilha retórica do governo de também ser responsabilizado por essa conjuntura [de fraqueza] econômica", diz.

Ao mesmo tempo, os parlamentares podem se sentir ainda mais constrangidos em se distanciar da agenda do governo depois da forte presença, nas ruas, das pautas mais concretas do Executivo: reforma da Previdência e pacote anticorrupção do ministro Sergio Moro. "Os manifestantes de domingo têm perfil muito mais parecido com o de um deputado do Centrão do que os participantes do ato do dia 15 [que eram contra o contingenciamento na Educação]", nota Leonardo Barreto, analista político da Factual Informação e Análise.

 

FOLHA

Mercado faz novo corte e passa a ver crescimento de 1,23% para o PIB de 2019

Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central fizeram ligeiros ajustes em suas expectativas nesta semana, com nova redução na estimativa para o crescimento da economia em 2019.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira (27) pelo BC mostra que a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) agora é de alta de 1,23%, ante 1,24% na semana anterior. Para 2020 não houve alteração na projeção de uma expansão de 2,50%.

O mercado também manteve a expectativa de uma alta do IPCA (índice oficial da inflação no país) de 4,07% neste ano e de 4% no próximo. O centro da meta do governo para 2019 é de 4,25% e, para 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O IPCA-15 (prévia do indicador mensal) subiu em maio 0,35%, acumulando em 12 meses alta de 4,93%, de acordo com os dados divulgados na sexta-feira pelo IBGE.

A pesquisa semanal Focus com uma centena de economistas mostrou ainda que a Selic (a taxa básica de juros) deve terminar 2019 a 6,5% e 2020 a 7,25%, sem alterações.

Já o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, segue vendo a Selic respectivamente a 6,5% e 7,0%.

 

ESTADÃO

Demanda por crédito cresce 1,5% em abril, sem sinais de aceleração

A demanda por crédito do consumidor cresceu 1,5% em abril em relação a março, segundo dados nacionais da Boa Vista, que serão divulgados nesta terça-feira, 28. No comparativo anual, a expansão é mais expressiva: um aumento de 10,4%. No entanto, a alta no acumulado dos últimos doze meses, de 3,7%, indica ritmo constante desde 2018. O número sinaliza que a demanda por crédito não tem apresentado sinais de aceleração, muito por conta do fraco crescimento da economia.

 

Inadimplência da pessoa física cresce menos

Está em curso uma progressiva desaceleração da inadimplência da pessoa física (PF) nos últimos meses. Segundo recente levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a inadimplência, que chegou a elevar-se 6% em relação ao total de clientes em novembro, registrou um aumento de 2% em abril em confronto com o abril de 2018, chamando a atenção dos analistas que acompanham a conjuntura.

As duas entidades também notam que o volume de dívidas em nome de pessoas físicas teve queda de 1,23% em abril em comparação ao mesmo período em 2018, o quarto mês consecutivo em que se registra recuo no Indicador de Inadimplência PF. Embora o resultado mostre um quadro melhor, a sondagem da CNDL e SPC Brasil indica que 62,6 milhões de brasileiros seguem “negativados”, ou seja, com contas em atraso por mais de 90 dias.

Quanto à recente evolução, há alguns fatores a considerar. Embora a massa de inadimplentes continue a ser um grande desafio a vencer, parece não haver dúvida de que o consumidor brasileiro, nesta fase de virtual estagnação da economia, vem adotando uma atitude mais consciente com relação ao endividamento.

O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, observa que “por muito tempo o aumento da inadimplência foi mitigado pela restrição do crédito. Agora, a desaceleração acontece em um contexto de retomada das concessões, o que indica um cenário melhor para o mercado de crédito”.

A par disso, vem ganhando mais força entre os bancos a reestruturação de dívidas de clientes de menor renda, o que significa adoção de esquemas efetivos para liquidação de débitos. Estudo do Banco Central (BC) há pouco divulgado revela que 51% dos clientes que fazem a reestruturação de suas dívidas – o que não deve ser confundido com renegociação, que envolve basicamente ampliação do prazo e redução de taxa – ficam com fichas limpas e em condições de tomar novos empréstimos.

Do total de débitos reestruturados, a maior parte é de pagamentos devidos por uso do cartão de crédito, representando 22% do total de inadimplentes, e 70% dos que tomam parte nessas operações têm rendimentos inferiores a três salários mínimos. Com a reestruturação, a concessão do crédito via cartões tende a reduzir-se.

 

Aprovação do governo Bolsonaro no mercado cai de 28% para 14% em maio

A aprovação do governo Jair Bolsonaro (PSL) entre os agentes do mercado financeiro caiu entre abril e maio, segundo levantamento da XP Investimentos com 79 gestores de recursos, economistas e consultores, realizado entre os dias 22 e 24 deste mês e divulgado nesta segunda-feira, 27.

Enquanto o porcentual daqueles que consideram o governo bom ou ótimo caiu de 28% para 14% e a fatia dos que avaliam o governo como regular recuou de 48% para 43%, a avaliação negativa (ruim ou péssimo) subiu para 43%, de 24% na pesquisa anterior. 

A expectativa em relação à administração também declinou. A soma de bom ou ótimo cedeu de 60% para 27% entre abril e maio. Ruim e péssimo aumentou de 13% para 23%, mas a avaliação regular subiu de 28% para 51%.

Por outro lado, a análise do mercado financeiro do Congresso melhorou em relação a abril. O porcentual de agentes que consideram como ótima ou boa a atuação do Congresso avançou de 15% para 32%. Já o grupo que avalia o Parlamento como ruim ou péssimo caiu de 40% para 25%.

Reforma da Previdência

Em relação à aprovação da reforma da Previdência, a confiança continua elevada. Dos 79 agentes consultados, 80% afirmaram que acreditam que a proposta será aprovada em 2019, mesmo porcentual registrado desde a pesquisa de fevereiro. Da mesma forma, a expectativa mediana de economia com a reforma segue em R$ 700 bilhões em dez anos, uma desidratação de R$ 537 bilhões do projeto original.

A maioria dos agentes acredita que a reforma será votada na comissão especial entre junho e julho (80%), enquanto 20% avaliam que deve ocorrer entre agosto e dezembro. A primeira votação na Câmara deve ficar para entre agosto e setembro para 85% dos entrevistados, enquanto 6% acreditam que deve acontecer antes do recesso e 9% no quarto trimestre. Já a aprovação final no Congresso acontecerá no quarto trimestre para 71% dos participantes, enquanto 19% veem a reforma sendo aprovada no terceiro trimestre e 10% em 2020 ou depois.

Impactos no mercado

Segundo o levantamento da XP, se uma reforma da Previdência com impacto de 50% da proposta inicial for aprovada, a bolsa pode subir 7% para 100 mil pontos e o câmbio teria 3% de apreciação, para R$ 3,90. Caso seja aprovada a proposta como enviada pelo governo, a bolsa poderia subir 28%, para 120 mil pontos, e o câmbio poderia apreciar 10%, para R$ 3,60. Por outro lado, sem a aprovação da reforma da Previdência, a bolsa cairia 20% para 75 mil pontos e o câmbio subiria 12%, para R$ 4,50.

 

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