Terça-feira

VALOR

Alta moderada no mês mantém dólar no patamar de R$ 4,15

Após o conturbado mês de agosto no mercado brasileiro de câmbio, o dólar se acomodou em setembro e terminou o período na marca de R$ 4,15. Não dá para negar que o patamar segue elevado, mas é praticamente igual ao do começo do mês, com uma alta acumulada de apenas 0,33%. Ontem, a moeda americana encerrou o pregão aos R$ 4,1552 (-0,01%).

Como em grande parte das últimas semanas, o mercado foi direcionado pela expectativa de aprovação da reforma da Previdência no Senado e pela temperatura da guerra comercial entre China e Estados Unidos. “O dia de negociação foi calmo e o humor dos investidores deve se manter nessa toada ao longo da semana”, diz Cristiane Quartaroli, economista do banco Ourinvest.

Para a profissional, isso deve acontecer por causa do feriado na China e pela agenda fraca de indicadores e eventos no exterior. Cristiane crê ainda que a aprovação da Previdência em primeiro turno no Senado não afetará o câmbio, uma vez que já foi precificada. O feriado de uma semana que fechará os mercados chineses deve diminuir o fluxo de notícias sobre a guerra comercial com os EUA.

 O tema tem se mantido entre as principais preocupações dos investidores e, embora as últimas notícias tenham sido positivas, os mercados internacionais mantiveram uma postura relativamente cautelosa no pregão de ontem. Enquanto isso, esquentam as discussões sobre o processo de impeachment do presidente Donald Trump. As incertezas sobre a economia mundial foram ressaltadas ontem pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento em São Paulo.

O dirigente argumentou, no entanto, que mesmo esse cenário continua a prescrever uma política monetária estimulativa no Brasil. Ontem, o comportamento do câmbio refletiu nas taxas dos DIs, que também encerraram perto da estabilidade. A taxa para janeiro de 2020 saiu de 5,06% para 5,07%. Já a do DI para janeiro de 2025 recuou de 6,66% para 6,65%. A queda da Selic e a consequente compressão do diferencial de juros com o exterior é uma das explicações citadas para a fraqueza relativa da moeda brasileira.

 Apesar do comportamento mais ameno em setembro, o dólar acumulou alta de 8,23% no trimestre contra o real. É a apreciação mais intensa por aqui desde o segundo trimestre do ano passado. E considerando apenas os intervalos de julho a setembro, foi o maior salto desde 2015. Outro motivo comumente citado para esse movimento é a própria força do dólar em todo o mundo, já que o quadro externo ainda carrega os riscos de recessão global e eventos geopolíticos. Ainda assim, o real sofre na comparação com pares emergentes.

No terceiro trimestre, o dólar registrou alta de 3,04% frente ao peso mexicano, 3,00% contra o rublo russo e 7,60% contra o rand sul-africano. O desempenho da moeda brasileira ficou próximo ao de outras latino-americanas menos relevantes, como o peso chileno e o peso colombiano, contra as quais o dólar avançou 8,29% e 7,56%

 

Campos Neto ressalta aumento da incerteza no comércio mundial

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou nesta segundafeira que as incertezas têm aumentado no comércio mundial. Em apresentação promovida pelo escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe, ele repetiu slides que vêm usando em suas últimas falas, que mostram os efeitos das incertezas provocadas pelas tensões entre EUA e China na atividade global.

A apresentação aponta que a probabilidade de recessão nos EUA tem crescido e que as projeções de crescimento global têm desacelerado. Com isso, o fluxo para economias emergentes se tornou desfavorável nos últimos meses. “O cenário externo segue incerto, e os riscos associados a uma desaceleração mais intensa da economia global permanecem”, afirmou o presidente do BC.

 Diante de todo esse cenário, prevalece agora um elevado estímulo monetário nas economias centrais, apontou Campos Neto. Ao mesmo tempo, existe um “aumento da credibilidade da economia brasileira”. Isso é evidenciado, na avaliação do presidente do BC, pela redução do excesso de risco percebido, de acordo com a queda da taxa de juro real do Brasil, em comparação com uma métrica que soma o juro real dos EUA e o CDS do Brasil.

Em sua apresentação, Campos Neto reiterou que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Assim como nas últimas comunicações da autoridade monetária, ele apontou que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo. Ele também reiterou que o risco de redução da inflação inclui o nível de ociosidade elevado que “pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado”.

 Por outro lado, uma eventual frustração em relação à continuidade das reformas e à perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse segundo risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes. Em suas conclusões, ele apontou que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado. “A continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”, aponta.

 

Bradesco reage a Itaú e reduz juro do crédito imobiliário a 7,30% ao ano

O Bradesco respondeu à redução de juros do crédito imobiliário anunciada pelo Itaú na sexta-feira (27) e baixou a sua taxa para a partir de 7,30% ao ano + TR (que está atualmente zerada). O Itaú cobrará a partir de 7,45% + TR.

A nova rodada de redução do custo para o financiamento da casa própria vem na esteira da queda da Selic (a taxa básica de juros da economia) para 5,50% ao ano e com a perspectiva de que poderá encerrar 2019 abaixo de 5%.

Até então, o custo mais baixo era do Santander, que oferecia a seus clientes financiamento a 7,99% + TR.

O crédito imobiliário tem a preferência dos grandes bancos porque serve para construir um relacionamento de longo prazo com os clientes. Além disso, a linha oferece menor risco de calote porque o imóvel é dado em garantia.

O mercado de crédito imobiliário é liderado pela Caixa Econômica Federal, que emprestou entre janeiro e agosto deste ano R$ 10,1 bilhões para a compra da casa própria, financiando 48,7 mil unidades.

O Itaú desembolsou R$ 8,5 bilhões a seus clientes, para 26,5 mil imóveis, enquanto o Bradesco emprestou R$ 8,4 bilhões que apoiaram a compra de 30,2 mil unidades. Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O crédito imobiliário foi uma das linhas que melhor atravessou o período de crise econômica. Tem a preferência dos bancos porque o imóvel é dado em garantia e também porque faz com que o banco estabeleça um vínculo de longo prazo com os clientes, gerando receitas com outros produtos e serviços.

Mas a disputa entre os bancos cresce também na esteira da recuperação do mercado imobiliário e alguns sinais de maior confiança de consumidores para a compra da casa própria.

Ainda de acordo com números compilados da Abecip, foram liberados R$ 6,7 bilhões de reais para o financiamento imobiliário apenas em agosto, uma alta de 18,4% na comparação com igual mês de 2018.

Esse montante de recursos foi destinado para a compra de 26,4 mil unidades, crescimento de 17,3% na comparação anual. Ante julho, a expansão foi de 6%.

Outros indicadores vinham mostrando a recuperação do mercado imobiliário, como o salto no número de lançamentos. A Abrainc (associação das incorporadoras) mostrava 16,3 mil novas unidades lançadas apenas em junho —a maioria delas, 12,6 mil, era do programa Minha Casa Minha Vida.

 

Mercado vê Selic a 4,75% e dólar a R$ 4 neste ano, mostra BC

A expectativa do mercado para a taxa básica de juros no final deste ano foi reduzida a 4,75%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (30), com o cenário para o dólar chegando a R$ 4.

A Selic foi reduzida neste mês em 0,50 ponto percentual, para 5,50% ao ano, nova mínima histórica, com o BC indicando de forma explícita novo alívio monetário.

Com isso, a expectativa geral se alinha à do Top-5, grupo que reúne as instituições que mais acertam as previsões.

Para 2020, a expectativa geral para a Selic permaneceu em 5%, mas o Top-5 cortou ainda mais a previsão, chegando a 4,50%, de 4,75% antes.

Já as contas para o dólar aumentaram, com a estimativa para a moeda chegando a R$ 4 neste ano e a R$ 3,91 no próximo, de R$ 3,95 e R$ 3,90 respectivamente na semana anterior.

Reportagem da Folha desta segunda diz que nada indica que o dólar voltará a cair tão cedo e que o mercado tem trabalhado com o valor de R$ 4 para o novo piso.

 

Entre as explicações para a mudança de patamar do câmbio (a expectativa do início do ano era de que a moeda chegasse a R$ 3,60) está o fluxo cambial —entrada e saída de dólares da economia brasileira.

No acumulado do ano, há uma saída líquida de quase US$ 9 bilhões, ante a entrada de mais de US$ 20 bilhões no mesmo período de 2018. Com menos dólares na economia, mais cara a moeda americana se torna em relação ao real.

Além disso, há uma aversão global ao risco, fruto da disputa comercial entre EUA e China e de sinais de desaceleração econômica global.

O levantamento semanal ainda apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2019 é de 3,43% e para 2020 de 3,79%, ambos 0,01 ponto percentual a menos do que antes.

O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento permanecem em 0,87% em 2019 e em 2% para 2020.

 

ESTADÃO

Bancos disputam crédito imobiliário

Na esteira de mais um corte dos juros básicos da economia, anunciado na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), os bancos privados deram início a uma ofensiva no mercado de crédito imobiliário. Após o Itaú ter anunciado na sexta feira uma queda na taxa mínima de 8,30% ao ano mais taxa referencial (TR) para 7,45%, nesta segunda-feira, 30, o Bradesco seguiu o movimento: redução de 8,10% para 7,30%, a menor taxa do mercado. Os dois maiorevs bancos privados disputam a vice-liderança do setor, dominado pela Caixa Econômica Federal, tanto em volume quanto em valor de concessões.

Com a reação das duas instituições, considerando as cinco maiores do mercado, a taxa mínima para linhas de financiamento do segmento abre o mês de outubro com média de 7,91%, queda de 0,33 ponto porcentual. Em julho, o Santander também já havia reduzido a sua taxa de 8,50% para 7,99%.

Questionado, o banco espanhol não descarta novo corte para as próximas semanas, apesar de estar mais centrado, neste momento, em linhas de crédito pessoal. Hoje, anuncia redução de 1,05% para 0,99% em seu produto de empréstimo com garantia de imóvel.

Conhecido por home equity, espécie de hipoteca, linha é defendida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Selic. Diante das rodadas de reduções da Selic, taxa básica da economia, que após novo corte de 0,5 ponto porcentual está no menor patamar da história, 5,50%, chama a atenção do mercado a ausência da Caixa Econômica Federal no movimento de queda de juros no crédito imobiliário. O banco mantém sua taxa mínima em 8,50% desde junho. Procurada, a Caixa não respondeu aos pedidos de entrevista até o fechamento desta edição.

Para especialistas, a falta de novidades do banco público pode sinalizar uma postura mais conservadora da instituição, que pretende esperar pela estabilização da Selic para, em seguida, repassar os cortes de uma vez para o consumidor. Ou uma estratégia para turbinar sua linha de crédito para a casa própria corrigida pelo IPCA, índice oficial de inflação, lançada no último dia 20 de agosto.

Ao lançar o novo financiamento, o objetivo do banco público é poder reempacotar os recebíveis como títulos de dívida, que serão vendidos no mercado a investidores. No dia 13 de setembro, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco já havia liberado R$ 200 milhões em crédito imobiliário com correção pelo IPCA. Segundo ele, a instituição já contava com R$ 5 bilhões em financiamentos pré-aprovados e R$ 600 milhões em processo de contratação.

“Eu acho que a ausência da Caixa nesse ciclo de redução deve-se, sobretudo, a essa nova linha de financiamento com IPCA. O banco vai centrar esforços nesse produto”, reforça o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Basilio Jafet.

Segundo ele, a disputa entre os bancos privados no crédito habitacional deve se acirrar ainda mais, já que o segmento é visto como de baixo risco e garante o cliente dentro da instituição por um longo período de tempo. “Hoje, o crédito mais barato, que passa a ser o do Bradesco, é 1,8% maior que a Selic. Acho que há espaço para cair um pouco mais, já que 1,8% não representa o custo do crédito.”

Rafael Sasso, da Melhor Taxa, startup que compara taxas de crédito imobiliário, também espera por mais reduções na concorrência antes do fim do ano. “Provavelmente vai ter mais queda de taxa rápido.”

Ranking

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o Itaú figura na primeira posição de mercado entre os bancos privados no País em concessão de crédito imobiliário para pessoas físicas em 2019. A carteira total de crédito imobiliário do banco é de mais de R$ 49 bilhões, dos quais R$ 44 bilhões são de financiamentos para pessoas físicas. Bradesco segue na segunda colocação e o Santander fecha o ranking. Na lista das instituições financeiras em geral, a Caixa lidera com empréstimos de R$10 bilhões, até agosto, em crédito para compra da casa própria, com 48.654 unidades.

Em agosto, o crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu R$ 6,71 bilhões, avanço de 18,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

 

Onda de corte nas taxas deve aquecer portabilidade do setor imobiliário

A nova onda de queda nas taxas para o financiamento imobiliário pode aquecer a portabilidade de dívida no setor. Segundo Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a troca pode valer a pena se a taxa do novo crédito imobiliário estiver 0,5 ponto porcentual mais em conta do que a contratada no passado.

No entanto, para saber se, de fato, levar o financiamento para outra instituição financeira é um bom negócio é preciso atentar ao chamado Custo Efetivo Total do financiamento imobiliário.

Neste cálculo, entra não apenas a taxa de juros praticada pelo banco, mas também os seguros por morte e invalidez permanente incluídos no financiamento. Outro custo a ser observado é a taxa de administração das contas envolvidas.

“Essas taxas têm um impacto importante na prestação porque variam de seguradora para seguradora. Elas são baseadas no prazo do financiamento e na idade do contratante”, explica o professor do MBA em Gestão de Negócios Imobiliários da Fundação Getúlio Vargas Sérgio Cano.

Para Cano, o confronto de taxas de juros é benéfico à concorrência entre instituições e alivia custos ao consumidor. Ele afirma, porém, que a portabilidade ainda não é tão utilizada quanto poderia no País. “Muita gente ainda não procurou e não despertou para isso porque não tem informação”, acredita.

Instituída há cinco anos pelo Banco Central, após entrar com o pedido de portabilidade, o mutuário tem até dois dias úteis para desistir da operação. Esse é o prazo que a instituição financeira atual tem para repassar os dados para o novo banco.

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Basilio Jafet, uma redução de 1% na taxa total do empréstimo imobiliário pode resultar em uma economia de até 15% no valor das mensalidades. Mas a economia tem seu preço: o cliente está sujeito aos custos de avaliação do imóvel e do registro no cartório depois da portabilidade. Todo esse processo sai em torno de R$ 3,7 mil para uma casa avaliada em R$ 500 mil na cidade de São Paulo, segundo o fundador do site Canal do Crédito, Marcelo Prata.

 

 

 

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