Sexta-feira

CLIPPING (09.11.2019)

VALOR

Para Fitch, Brasil precisa de crescimento sustentável para melhorar nota de crédito

O diretor-executivo da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Rafael Guedes, disse nesta sexta-feira que as projeções da nota de crédito incluíam uma arrecadação de R$ 106,5 bilhões para o leilão da cessão onerosa, licitação que ocorreu na última quarta-feira. No entanto, Guedes destacou que a frustração de receita — a arrecadação foi de R$ 69,9 bilhões — não terá qualquer efeito na nota de crédito do país.

“Contávamos com R$ 106 bilhões. Não é que tenha decepcionado, mas nos nossos modelos tínhamos R$ 106 bilhões entrando”, disse ele, após o seminário promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). “R$ 36 bilhões [volume que a Petrobras vai pagar à União como parte do bônus de assinatura do leilão de excedentes da cessão onerosa] representam 0,6% do PIB brasileiro. Também não é isso que vai mudar a trajetória do endividamento brasileiro para melhor ou para pior”, acrescentou.

Na avaliação do executivo da Fitch Ratings, a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional é necessária para estabilizar a trajetória da dívida pública, mas não é por si só um fator que leve à melhoria da nota de crédito do país.

Perguntado sobre o que poderia levar a uma alteração no rating ou da perspectiva de mudança da nota, Guedes respondeu que ainda falta a economia crescer de forma sustentável. “Uma perspectiva de crescimento sustentável no longo prazo, que ainda não temos. Temos a perspectiva de uma recuperação cíclica: estamos falando de 2% no ano que vem, de 2,5% em 2021”, disse, em relação às expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB).

“Há um certo crescimento, mas ele ainda não é suficiente para fazer uma inflexão nesse endividamento de longo prazo que levasse a uma alteração da nota ou da perspectiva neste momento”, explicou.

Ele frisou que o país vem apresentando uma série de sinais favoráveis no front econômico. “Os sinais que estamos vendo são muito positivos: reforma da Previdência aprovada bastante robusta; taxas de juros jamais sonhadas para o Brasil; inflação completamente ancorada”, listou.

 

Bradesco eleva estimativa para PIB em 2020 de 1,9% para 2,2%

O Bradesco revisou nesta sexta-feira suas estimativas para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% para 0,9% em 2019 e de 1,9% para 2,2% em 2020. Segundo o banco, a mudança para este ano é reflexo dos dados correntes, que mostram uma recuperação moderada, mas consistente da atividade econômica. “No curto prazo, a retomada será potencializada pela antecipação da liberação dos recursos do FGTS, que impulsionará a demanda, principalmente neste quarto trimestre”, observam os economistas, em relatório.

Para 2020, a revisão é compatível com a melhora adicional esperada para as condições financeiras domésticas. “Adicionalmente, também incorporamos a melhora do balanço de riscos prospectivos no cenário global”, afirmam, acrescentando que o Brasil deve ser uma das economias com maior aceleração do crescimento em 2020. Apesar da melhora dos indicadores de atividade na margem, a ociosidade da economia permanece elevada e a recuperação da economia não deve gerar pressões inflacionárias nos próximos trimestres, avalia a equipe do Bradesco.

Inflação e juros

Com isso, o banco revisou suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 de 3,1% para 3,2% e o de 2020 de 3,7% para 3,6%. “Entendemos que o quadro de inflação baixa e expectativas ancoradas tende a prevalecer, levando o Banco Central a fazer um ajuste adicional de 0,25 ponto percentual em fevereiro, para 4,25%, patamar que deve se manter ao longo de todo o ano”, concluem.

A projeção anterior previa que a Selic ia terminar o próximo ano em 4,5%. “A recente comunicação do Banco Central contratou um ajuste adicional na Selic em dezembro para 4,50%, mas apontou cautela na condução da política monetária nos encontros subsequentes. Essa cautela é natural à medida que a taxa básica vai atingindo patamares cada vez menores, não testados anteriormente”, diz o Bradesco em relatório enviado a clientes hoje.

Os economistas do banco apontam, ainda, que essa cautela é amplificada devido a mudanças estruturais que tendem a alterar o juro neutro na economia. Eles citam o ajuste fiscal, avanços na agenda de reformas, maior protagonismo do setor privado e queda de juros nas principais economias do globo. Além disso, de acordo com eles, “a parcela de crédito mais sensível à política monetária tem se ampliado, elevando de fato a potência da política monetária”.

O Bradesco avalia que as receitas não recorrentes com o leilão da cessão onerosa contribuirão positivamente para o resultado das contas públicas este ano. Com isso, o banco espera déficit primário de R$ 85 bilhões em 2019 e de R$ 105 bilhões em 2020. “Esses valores são melhores do que o esperado, mas ainda reforçam a necessidade de consolidação das regras de austeridade fiscal”, observa a equipe do banco, em relatório. “A reforma da Previdência, já aprovada, constitui um primeiro e fundamental passo na agenda de ajustes estruturais e, agora, o governo apresentou uma nova, ampla e positiva agenda de medidas que também serão importantes para a mudança no perfil do gasto público.”

O Bradesco espera uma convergência da dívida bruta para patamares próximos de 50% até 2030 sob a hipótese de um crescimento de 3% no médio prazo e taxa de juro real em 3%.

 

Incertezas no Brasil e no exterior pesam e anulam alta do Ibovespa na semana

A decisão que permitiu a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia nesta tarde se somou à menor demanda por ativos de risco no exterior e ajudou a derrubar o Ibovespa até a faixa dos 107 mil pontos, fazendo o índice anular tudo que havia ganhado na semana em que renovou recordes acima dos 109 mil pontos. A preocupação dos gestores é em relação ao sentimento dos estrangeiros em termos de segurança jurídica, em um momento em que o Brasil disputa o interesse internacional na sua agenda de venda de ativos, concessões e privatizações.

No fim da sessão, o Ibovespa caiu 1,78%, aos 107.629 pontos, depois de tocar a mínima de 107.127 pontos, baixa de 2,24%. O volume financeiro ficou em R$ 15,3 bilhões, acima da média diária negociada nos pregões de 2019, de R$ 12,5 bilhões. Com a intensa baixa de hoje, o índice virou para o vermelho na semana e acumulou queda de 0,52%. O último recorde havia sido batido ontem, quando o Ibovespa encerrou nos 109.581 pontos.

Entre as perdas do dia, ficaram praticamente todos os ativos de peso e liquidez da bolsa, caso dos bancos Bradesco (-3% a ON -2,89% a PN), Itaú Unibanco (-1,49%) e Banco do Brasil (-1,41%), além de Petrobras (-1,61% a ON e -2,85% a PN) e Vale (-1,86%). Das 68 ações do índice, 40 acumularam queda na semana e só 27 subiram no período; uma ação (Itaúsa) ficou estável.

As eleições presidenciais no Brasil ainda estão distantes, em 2022, mas o efeito psicológico provocado pela saída de Lula da cadeia estimula investidores alocados em bolsa a se preocupar com as articulações políticas que poderão ser feitas pelo petista agora. Além disso, dizem especialistas, há um temor grande em termos de segurança institucional, que pode afastar o estrangeiro em um momento em que o país disputa o interesse do capital internacional. Vale lembrar que esse interesse já foi testado — e falhou — nos dois megaleilões do pré-sal realizados na quarta e na quinta-feira.

Num ambiente já menos propenso à tomada de risco no exterior e com um mercado que já se valorizou bastante até aqui (o Ibovespa acumula avanço de 22,5% no ano), fica completo o cenário para as ações acentuarem as baixas. “A insegurança jurídica gerada passou a ser um fator relevante agora. Estamos iniciando um processo de venda de ativos via privatizações, concessões e leilões, e o que ocorreu no STF [Supremo Tribunal Federal] aumenta o fator de risco para o capital estrangeiro, que já está distante do Brasil”, afirma Fernando Barroso, diretor da asset da CM Capital Markets.

Ontem, o STF decidiu, por seis votos a cinco, que é inconstitucional a prisão após segunda instância. A prisão só poderá ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando esgotadas todas as instâncias de julgamento. Cada juiz terá o poder de decidir, caso a caso, sobre a liberdade de presos a partir de agora e a medida já beneficiou Lula, que teve a soltura decretada pelo juiz titular da 12ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, Danilo Pereira Júnior.

Lá fora, a notícia de que o acordo preliminar firmado entre EUA e China não está evoluindo conforme o esperado não chegou a atingir as bolsas americanas, mas reduziu a demanda por emergentes, mercados considerados mais arriscados, com queda das bolsas e alta do dólar contra divisas nesses países. “Houve uma oposição do presidente Donald Trump às notícias que circularam, sobre um pacto comercial entre EUA e China. Concomitantemente, houve alta firme do mercado nos últimos dias, o que ajuda no movimento de correção. É a tempestade perfeita na visão tática de Brasil”, afirma Bruno Di Giacomo, sóciofundador do escritório de gestão de patrimônio Blackbird Investimentos.

 

Cyrela anuncia joint venture com fundo canadense CPPIB

A Cyrela anunciou uma joint venture com o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) para atuação no segmento de média e alta renda para locação no mercado multifamiliar. A incorporadora brasileira terá 20% da joint venture, enquanto o CPPIB será majoritário, com 80%. Segundo o CPPIB, os investimentos da joint venture poderão superar R$ 1 bilhão. Em maio, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou parceria entre Cyrela e CPPIB para desenvolvimento de empreendimentos imobiliários com o objetivo de locação, com possibilidade de projeto comercial agregado. Segundo o diretor-financeiro da Cyrela, Miguel Mickelberg, a parceria pode chegar a dez projetos. Por enquanto, quatro projetos foram identificados para a joint venture, localizados em áreas nobres de São Paulo. A Cyrela será responsável pela construção dos empreendimentos e pela administração das propriedades da parceria. A Cyrela teve lucro líquido de R$ 104,4 milhões de julho a setembro, com um aumento de 28,9% na receita líquida (R$ 934,7 milhões) e geração de caixa de R$ 78 milhões, no trimestre, e de R$ 424 milhões no acumulado de janeiro a setembro.

 

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