Terça-feira

VALOR

Gafisa anuncia operação de incorporação da Upcon

A Gafisa assinou protocolo de intenções não vinculante de aquisição da incorporadora de imóveis de capital fechado Upcon. Na prática, a incorporação da Upcon pela Gafisa ocorrerá, principalmente, por meio de troca de ações. A meta de lançamentos traçada para a empresa combinada é de mais de R$ 1 bilhão, em 2020, com foco nos padrões médio e alto em São Paulo. O Valor Geral de Vendas (VGV) almejado inclui a entrada da Upcon na Gafisa e projetos da área de novos negócios, segundo Eduardo Jácome, conselheiro e membro do conselho de gestão da companhia.

A relação de troca e o valor de avaliação das partes considerados na operação não foram divulgados. “Estamos anunciando um namoro entre as empresas para a integração”, afirmou Gilberto Benevides, um dos sócios da Upcon. Jácome prefere ser mais incisivo e diz que se trata de “namoro com convite para casar”. O nome da Gafisa será mantido na incorporadora formada a partir da união das duas, mas há intenção de utilizar Upcon em algum segmento de atuação da empresa combinada.

Segundo Jácome, a junção das duas incorporadoras resultará em “operação bastante robusta”, associando a experiência da Gafisa, a nova gestão da companhia e as atividades de incorporação e construção da Upcon. “A Gafisa está muito bem preparada para os desafios de 2020”, diz o conselheiro. As partes não informam valores combinados de receita, lançamentos e banco de terrenos. Em até 45 dias, ocorrerá a segunda etapa da aquisição, com o fechamento efetivo do contrato.

A Gafisa, incorporadora tradicional e com nome bastante conhecido no mercado, ainda vive a conclusão de seu processo de reestruturação, marcado por várias mudanças na gestão, redução do quadro de funcionários pela metade, outras medidas para diminuir custos, paralisação e retomada de obras e aumentos de capital. Neste ano, o investidor Nelson Tanure entrou no capital da empresa e tornou-se seu principal acionista.

Tanure participa, principalmente, como cotista de fundos da Planner Redwood Asset Management, a qual tem fatia de 31,3% na incorporadora. No fim do terceiro trimestre, a Gafisa tinha dívida total de R$ 750,8 milhões. Em função da crise e dos vencimentos de curto prazo, chegou-se a cogitar, no mercado, a necessidade de a companhia ter de recorrer a uma recuperação judicial em decorrência de seus ativos e passivos.

Após a conclusão do negócio, anunciado ontem, Benevides integrará o conselho de administração da Gafisa, e os outros dois sócios da Upcon - Guilherme Benevides, seu filho, e Fábio Romano - farão parte da diretoria da empresa. Gilberto Benevides foi um dos fundadores da antiga Company, uma das primeiras incorporadoras listadas em bolsa no país, a qual se fundiu com a então Brascan Residential Properties, em setembro de 2008.

Questionado em relação às semelhanças e diferenças entre a incorporação da Company pela Brascan e incorporação da Upcon pela Gafisa, Benevides afirmou que cada operação tem sua particularidade. “São momentos diferentes, empresas diferentes”, limitou-se a dizer. A companhia combinada entre Brascan e Company passou, posteriormente, a chamar-se Brookfield Incorporações. Em 2017, quando os fundadores da Company já tinham saído da incorporadora, e o capital da Brookfield foi fechado, a empresa teve seu nome trocado para Tegra Incorporadora.

Jácome e Benevides dizem esperar que a operação anunciada ontem seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por não significar concentração de mercado. “Estamos motivados e com certeza que iremos atingir os objetivos”, diz o sócio da Upcon. Depois que essa aprovação for obtida, a Gafisa irá submeter a fusão à aprovação dos acionistas em assembleia geral extraordinária (AGE). “O conselho está completamente de acordo com a operação. Queremos realizar a integração o mais rapidamente possível”, afirma Jácome.

Desde 2014, quando lançou R$ 1,023 bilhão, a Gafisa não batia o total de pelo menos R$ 1 bilhão a ser buscado no próximo ano. Segundo o conselheiro, há financiamento assegurado para parte dos projetos, e outra parcela ainda será obtida. Em 2019, a companhia não apresentou nenhum projeto ao mercado. No ano passado, o VGV lançado pela empresa somou R$ 728,7 milhões e, em 2017, R$ 553,9 milhões. A Gafisa tinha apresentado R$ 920,8 milhões, em 2016, e R$ 996,3 milhões em 2015.

A companhia já havia anunciado que pretendia retomar lançamentos em 2020. Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o diretor financeiro e de relações com investidores da Gafisa, André Ackermann, informou que a reversão do resultado de prejuízo para lucro ocorrerá a partir da volta da apresentação de projetos, mas não disse quando será possível a mudança de patamar. De julho a setembro, a empresa reduziu seu prejuízo em 94%, na comparação anual, para R$ 1,7 milhão. As ações ordinárias da Gafisa fecharam cotadas a R$ 7,90, na B3, com alta de 1,15%.

 

Mercado eleva projeções para crescimento do PIB em 2019 e 2020

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2019 voltou a subir, de 1,10% para 1,12%, de acordo com o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira. Para 2020, o ponto-médio das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) também foi elevado, de 2,24% para 2,25%.

O PIB brasileiro cresceu 0,6% no terceiro trimestre, na comparação ao segundo trimestre deste ano, feitos os ajustes sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de dezembro.

O resultado ficou acima da mediana das projeções de 35 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de crescimento de 0,4% no período. Além disso, a mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2019 subiu pela sexta semana consecutiva, de 3,84% para 3,86%.

Para 2020, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 3,60%. Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação oficial manteve-se em 3,95% para 2019 e em 3,50% para 2020.

Para os próximos 12 meses, a pesquisa indicou queda, de 3,90% para 3,89%. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4,25% em 2019, 4,00% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Selic

A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2020 manteve-se em 4,50% ao ano na estimativa que inclui todo o mercado e em 4,25% ao ano entre os Top 5. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, a derradeira do ano, que cortou a Selic para 4,50% ao ano, confirmou a estimativa do mercado e dos campeões de acerto para a taxa no fim deste ano, expressa até o Focus publicado no começo da semana passada.

Dólar

A mediana das projeções para o dólar no fim de 2019 entre o Top 5 voltou a cair, de R$ 4,19 para R$ 4,18. Para 2020, o ponto-médio das projeções ficou estável em R$ 4,19 entre os campeões de acertos. Entre os economistas em geral, a expectativa permaneceu em R$ 4,15 para o fim de 2019 e R$ 4,10 no encerramento de 2020.

 

"Todas as alternativas estão na mesa", diz Bolsonaro sobre possível volta da CPMF

O presidente Jair Bolsonaro foi questionado nesta segunda-feira sobre uma possível volta de um imposto sobre transações financeiras, aos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Todas as alternativas estão na mesa", disse Bolsonaro a jornalistas, após reunião com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

"Nós não queremos criar nenhum novo tributo, a não ser que seja para extinguir outros. E assim mesmo, colocado junto à sociedade, para ver qual a reação da sociedade, a gente vai levar avante essa proposta ou não", acrescentou o presidente. Bolsonaro disse também que seu governo não conseguirá fazer uma reforma tributária "ampla, geral e irrestrita", envolvendo o governo federal, Estados e municípios.

E afirmou que tem pedido ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para usar o termo "simplificação tributária" e privilegiar impostos federais. "Se nós quisermos fazer uma reforma tributária ampla, geral e irrestrita, envolvendo os poderes Executivo federal, estaduais e municipais, a gente não vai fazer nada", disse Bolsonaro.

"Eu tenho falado com o Paulo Guedes para usar a palavra simplificação de impostos e focar nos impostos federais." Em setembro deste ano, o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra foi exonerado por uma sequência de desentendimentos, inclusive com Bolsonaro, sobre o retorno de um imposto nos moldes da antiga CPMF . À época, o presidente ficou contrariado com a discussão pública em torno do novo tributo, impulsionada em grande parte por declarações do ex-secretário.

 

Risco-país brasileiro vai ao menor patamar em 9 anos

O spread do contrato de Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, uma medida bastante acompanhada de risco-país, continuou caindo nesta segunda-feira. Após baixar abaixo dos 100 pontos durante a manhã, ele chegou a 98,2591 pontos no início da tarde. Este ainda é o menor patamar desde 8 de novembro de 2010. O movimento é partilhado por por outros países comparáveis. Desde o final de novembro, por exemplo, o spread do Brasil recuou 21%, em linha com comportamento dos spreads da Rússia (22%), Colômbia (19%), México (16%) e Turquia (9%).

No caso brasileiro, no entanto, a queda do risco-país também é acompanhada por sinais de melhora fiscal e da economia brasileira. Na semana passada, a agência de classificação de risco S&P também revisou para positivo, a perspectiva para o rating brasileiro, atualmente em BB-. A mudança da perspectiva implica a possibilidade de uma elevação da nota de crédito em até dois anos. Embora preveja que a relação dívida/PIB do país deva continuar a crescer nos próximos três anos, a agência citou a perspectiva de melhora da posição fiscal do país, após a aprovação da reforma da Previdência e com a perspectiva de continuidade da agenda fiscal em 2020, embora o risco de reveses continue material.

O CDS funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias, especialmente as emergentes. Se o indicador sobe, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país. Se ele cai, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país saldar suas dívidas. Em 2010, o Brasil tinha o selo de bom pagador concedido pelas agências de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), Fitch e Moody's, outra chancela acompanhada por investidores internacionais ao decidir aplicações em países emergentes, considerados mais arriscados.

Trégua entre China e EUA ajuda No pregão de hoje, ajudaram dados melhores que o esperado da China, que ajudam a aliviar temores sobre o futuro da segunda maior economia do planeta. A produção industrial avançou 6,2% ao ano em novembro, contra 5,0% de expectativa do mercado. As vendas no varejo também surpreenderam para cima. Além disso, investidores digerem a oficialização da primeira fase do acordo comercial entre a China e os Estados Unidos.

Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho no Brasil, o Brasil ainda não sobressai em relação aos pares emergentes, mas as condições para este movimento estão sendo postas. "Em um ambiente de desaceleração econômica mundial, a grande maioria dos emergentes está tendo desaceleração e o Brasil, depois de anos de baixo crescimento, começa a ter um ciclo de crescimento mais virtuoso", diz o profissional.

"À medida em que for se consolidando essa ideia, o Brasil deve se sobressair de fato. Até pelo tamanho, somos muito atraentes para as empresas estrangeiras." Relatório da Guide Investimentos informou que, "em geral, as leituras de novembro são recebidas de bom grado por investidores, mas acreditamos que ainda é cedo para definir um movimento de recuperação sustentável da economia chinesa, uma vez que, como foi o caso em setembro, já tivemos diversos meses com crescimento isolado".

O que é o risco-país O risco-país funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores globais em relação a economias, especialmente as emergentes. O "termômetro" mais usado hoje é o CDS, instrumento financeiro que indica o risco de calote de um país. Se o indicador sobe muito, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país e desconfiam que ele não vai saldar os pagamentos regulares de sua dívida.

Se o indicador cair, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país saldar suas dívidas. Indiretamente, o risco-país também aponta expectativas em relação aos demais indicadores da economia, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Rating do Brasil deve ser elevado em 2020, afirma J.P. Morgan

A melhora no crescimento econômico de curto prazo e nas contas fiscais devem abrir espaço para que o rating soberano do Brasil seja elevado já no próximo ano, afirmam os economistas Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Cristiano Souza, do J.P.Morgan. O grau de investimento, contudo, deve continuar distante, afirmam. O país permanece hoje três níveis abaixo do grau de investimento nos critérios das agências de classificação de risco Fitch e S&P Global e dois níveis abaixo na avaliação da Moody’s.

“A S&P recentemente mudou a perspectiva do Brasil de estável para positiva. No entanto, o nível de dívida permanece elevado e as questões sobre se o Brasil alcançará um nível mais elevado de crescimento sustentável a longo prazo devem persistir”, apontam os economistas do banco americano.

Nesse sentido, eles notam que, apesar do progresso na dinâmica fiscal, algumas fragilidades ainda persistem e isso deve manter o status de grau de investimento ainda distante. Ainda na avaliação do J.P. Morgan, o sucesso da agenda de reformas econômicas “é o que determinará se o Brasil alcançará esse nível no futuro”.

 

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