Sexta-feira

VALOR

Caixa terá linha de crédito imobiliário sem correção, diz Guimarães

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nesta quinta-feira que o banco público irá lançar, em março de 2020, uma linha de crédito imobiliário sem qualquer tipo de correção, seja por Taxa Referencial (TR) ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para Guimarães, a medida é uma “revolução”.

“Nós acreditamos que, a partir de março, quando lançaremos crédito imobiliário sem nenhum tipo de correção, isso [adesão à modalidade] vai multiplicar. Faremos uma terceira linha sem correção nenhuma, sem TR e sem IPCA. Isso é importante porque você vai poder contratar crédito imobiliário e saber quanto vai pagar pelos próximos 35 anos. Essa é a melhor taxa possível para a população”, afirmou.

Mais cedo, Guimarães reuniu-se com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, mas, na saída, disse que não tratou de nenhum assunto específico. Segundo o presidente da Caixa, o encontro foi apenas para “jogar conversa fora”. Lucro recorde em 2019 O presidente da Caixa disse ainda que o banco deverá divulgar, em breve, lucro recorde referente ao ano de 2019. Segundo ele, o valor será o maior lucro da história do banco.

Guimarães não quis divulgar os valores porque, segundo ele, o montante ainda não está fechado, mas aproveitou para dizer que o resultado mostrará que é possível reduzir juros e manter a lucratividade. “A decisão de redução [da Selic] é do Banco Central. Qualquer redução no BC implica redução no cheque especial, no rotativo do cartão e no crédito imobiliário. Por quê? O custo de financiamento, de funding, depende da Selic, que tem uma correlação com o CDI. Quanto menor a Selic, menor o custo de funding do banco e, por consequência, nós, na Caixa, vamos repassar parte disso para os clientes, para a sociedade. Já ganhamos mais de 1 milhão de clientes nos últimos seis meses, desde que começamos a reduzir os juros”, disse.

“Vamos anunciar um resultado recorde em termos de lucro. Será o maior da história. Não posso colocar o número porque não fechou, mas será o maior lucro da história da Caixa. Então, a gente mostra, na matemática, que pode reduzir juros e pode ser lucrativo ao mesmo tempo”, complementou.

 

País emergente segue sob pressão cambial, diz ex-Fed

Depois de rápida passagem pelo Rio de Janeiro para ministrar aula de formação executiva ao alto escalão da Petrobras, o economista Randall Kroszner, professor da Booth School of Business, da Universidade de Chicago, disse em entrevista ao Valor que os países em processo de redução da taxa básica de juros, como o Brasil, tendem a ter o câmbio mais pressionado pela manutenção da política dos juros americanos em 2020.

Ex-diretor do Federal Reserve (Fed), onde atuou de março de 2006 a janeiro de 2009, Kroszner acredita que a autoridade monetária americana só deverá cortar a taxa básica de juros no fim deste ano caso a inflação permaneça abaixo da meta, de 2% ao ano. Para ele, as reformas são o melhor caminho para a recuperação da confiança internacional no Brasil e a retomada da economia do país, após anos de má administração das políticas econômicas.

Valor: Os juros americanos devem permanecer no atual nível em 2020. O que isso significa?

Randall Kroszner: O Fed (Federal Reserve) está, definitivamente, “em espera” nas taxas de juros por um tempo. A economia dos EUA continua crescendo em um ritmo sólido e a taxa de desemprego está no nível mais baixo em 50 anos. A inflação está rodando um pouco abaixo da meta de 2% do Fed, então eles gostariam de ver a inflação crescer lentamente para atingir a meta. A inflação está abaixo da meta de 2% na maior parte da última década.

Valor: E o que virá na sequência?

Kroszner: O Fed deve monitorar a situação da inflação de forma cuidadosa. Uma motivação importante para reduzir três vezes as taxas de juros desde o início de 2019 foi a reação da inflação e das expectativas de preços rumo à meta de 2%. Se a inflação continuar abaixo da meta, o Fed provavelmente vai cortar novamente as taxas de juros no final de 2020. O Fed quer evitar a situação vivida pelo Japão, onde a inflação e as expectativas de inflação caíram muito abaixo da meta de 2% e a política monetária demorou a responder.

Valor: De que forma isso impacta países emergentes como o Brasil?

Kroszner: Ao cortar as taxas de juros no início de 2019, o Fed ajudou a sustentar a expansão econômica nos EUA. Evitar a recessão e manter um sólido crescimento têm impacto positivo em mercados emergentes como o Brasil, pois ajuda a manter a demanda por exportações. As taxas de juros mais baixas nos EUA também reduzem parte da pressão de valorização do dólar em relação a moedas de parte dos emergentes. Porém, o sinal do Fed de que parou de cortar as taxas por um tempo provavelmente levará a um fortalecimento do dólar em relação às moedas de países em que o banco central local está propenso a cortar as taxas de juros. Esta é a situação em que o Brasil se encontra.

Valor: O Brasil se recupera lentamente de uma grande recessão. Como o país está sendo visto lá fora?

Kroszner: A economia brasileira foi atingida há alguns anos por uma má administração das políticas econômicas e falta de confiança global. Parte das reformas econômicas necessárias está começando. Se o Brasil continuar no caminho da reforma, a confiança retornará e a economia se recuperará.

Valor: O senhor acredita que a baixa taxa de juros dos EUA está se espalhando para as economias emergentes? Por quê?

Kroszner: Os juros americanos estabelecem uma referência global, de modo que, certamente, impactam nas economias emergentes. A baixa inflação que estamos vendo na maioria dos países - da Europa, EUA, Japão, Brasil - é outro fator importante para reduzir as taxas de juros nominais globalmente.

Valor: Qual o risco para esse juros baixos?

Kroszner: Taxas de juros negativas por períodos prolongados podem ter consequências não intencionais como a redução da lucratividade e acumulação de capital, além de fornecer incentivos para a tomada excessiva de riscos, de “busca de rendimento” (“reach for yield”). Felizmente, parece que a quantidade de instrumentos com rendimentos negativos começou a diminuir.

Valor: O estresse provocado pela falta de liquidez no money-market pode ficar pior?

Kroszner: O Fed está bastante consciente das tensões no money-market dos EUA e está comprometido em fornecer volumes significativos de liquidez para evitar picos adicionais nas taxas de juros de curto prazo. Eu acredito que o Fed deveria instituir uma solução mais permanente, fornecendo um mecanismo de liquidez permanente que estabelecesse efetivamente um teto para as taxas de juros de curto prazo e evitasse o estresse que temos visto.

Valor: O problema de liquidez no money-market tem origem cíclica ou estrutural?

Kroszner: Creio que a origem, ao menos em parte, venha das consequências não intencionais da regulamentação após a crise internacional. Maiores exigências de liquidez dos bancos e desincentivo para os bancos participarem como formadores de mercado tornaram os mercados menos líquidos e, consequentemente, mais frágeis.

 

TJLP do primeiro trimestre é fixada em 5,09%

O Banco Central (BC) divulgou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) que vai vigorar ao longo do primeiro trimestre. A taxa foi fixada em 5,09%, em comparação com os 5,57% vigentes até então. Desde janeiro de 2018, a TJLP é calculada de forma automática. Ela foi substituída pela Taxa de Longo Prazo (TLP) e agora vale apenas para contratos aprovados antes de 2018.

Os parâmetros de cálculo da TJLP continuam os mesmos, sendo a meta de inflação mais um prêmio de risco. Esse prêmio de risco, antes arbitrado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), passou a ser calculado a partir da média de seis meses da taxa de rendimento das Notas do Tesouro Nacional, Série B (NTN-B) para o prazo de três anos. Com o objetivo de reduzir a volatilidade da TJLP, há um fator de ajuste do prêmio de risco, com efeito redutor, de acordo com o rendimento das NTN-B.

Este redutor é igual a 2 pontos percentuais, sempre que a taxa NTN-B for maior ou igual a 4% ao ano. Abaixo disto, será igual à metade da taxa da NTN-B. Já a TLP é calculada com base na média de juros nos três últimos meses de rendimentos diários de uma NTN-B com prazo de cinco anos, mais a inflação.

 

ESTADÃO

Estreia de fundo imobiliário com forte alta comprova apetite do investidor

Um fundo imobiliário – o FII Luggo, composto por prédios residenciais construídos pela MRV e administrados pela sua subsidiária Luggo, estrearam na B3 na última segunda-feira com forte alta. Em apenas dois dias de pregão a cotado fundo subiu mais de 30%. O amplo interesse dos investidores ocorreu apesar da novidade: esse é o primeiro fundo especializados em imóveis residenciais para locação.

No ano passado os FIIs foram vedetes entre os investidores: o número de investidores em novembro já beirava os 600 mil, um crescimento mensal na casa de 10%. O que vem chamando atenção é que neste ano, tamanha a procura, o valor de mercado desses fundos, que são listados na B3, passou a superar o valor do patrimônio líquido dos fundos, ou seja, dos imóveis que esses fundos possuem. Em novembro, último dado disponível, o valor de mercado de todos os fundos juntos era de R$ 89,1 bilhões e o patrimônio deles de R$ 80,6 bilhões.

O descolamento entre o valor da cota do fundo e o valor do patrimônio pode ser explicado pelo fato de que o valor do imóvel demorar mais para acompanhar a expectativa de melhora da economia e no caso do fundo imobiliário, o patrimônio reflete a avaliação do valor do imóvel. Um dos problemas, no entanto, quando existe esse descompasso de valor é que, para aproveitar esse apetite dos investidores, as gestoras estão aproveitando para fazer novas ofertas, aos chamados “follow ons”, como são conhecidas as novas captações de fundos já listados.

No entanto, quando essas ofertas são feitas em fundos em que o valor de mercado é maior do que o patrimônio, a cota é vendida na oferta ao valor do patrimônio. Apenas em 2019 foram feitas 60 ofertas de fundos imobiliários, entre novos e fundos já listados. A própria MRV já informou que neste ano espera fazer o primeiro follow on do Luggo FII.

 

O GLOBO

PIB deve ser maior em 2020, mas cenário externo é risco

O ano de 2019 começou com otimismo, com a esperança de aprovação rápida de reformas, principalmente da Previdência. Esperava-se que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse 2,6%.

Ao longo do ano, o pessimismo se instalou, e as previsões caíram para 0,81%, com a tragédia de Brumadinho, a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise argentina. Ao fim, a liberação do FGTS e a melhora ainda que tímida do mercado de trabalho elevaram as projeções para 1,2%.

Para este ano, se nas projeções dos analistas tudo parece igual ao início de 2019, com perspectiva de crescimento acima de 2%, os fundamentos econômicos são distintos. Analistas são unânimes: a recuperação ficou mais sólida.

Lucas Vilela, economista do Credit Suisse, alerta porém que poderá haver revisões nas estimativas de crescimento se houver desaceleração da economia global:

- Em 2019, as incertezas se concentraram no país, com a tramitação da reforma da Previdência. Para 2020, a agenda do Congresso segue relevante, mas o cenário externo pesará mais. Se a desaceleração global for maior do que se espera, o impacto pode ser expressivo.

O aquecimento mais intenso da economia no segundo semestre de 2019 pode ajudar o resultado da economia este ano. Analistas ressaltam que o Brasil poderá crescer pelo menos 1% em 2020 só por causa do chamado “carregamento estatístico” de um último trimestre mais aquecido.

Mesmo se a variação da economia for zero em 2020, o PIB deve crescer 1%, graças ao efeito estatístico propiciado por um fim de 2019 melhor.

- Estamos entrando em 2020 com uma taxa de juros muito mais baixa do que era no ano passado e com rentabilidade das empresas muito boa, favorecendo os investimentos - diz Francisco Pires, economista da UFRJ.

Menos risco

Em 2019, a previsão inicial de expansão de 2,6% logo deu lugar a indicadores mais modestos. No auge do pessimismo, os analistas chegaram a prever que o país entraria novamente em recessão técnica, com o PIB recuando por dois trimestres seguidos. Isso acabou não ocorrendo, graças à aprovação da reforma da Previdência e à injeção de R$ 42 bilhões com a liberação dos saques do FGTS.

Se em 2018 a retomada da economia ficou só na expectativa, em 2019 o consumo das famílias e a construção civil reagiram, refletindo a queda da taxa básica de juros — de 6,5% para 4,5%. A inflação ficou contida e deve ter fechado 2019 próxima dos 4% (o IBGE divulga o número oficial no dia 10), abaixo da meta, de 4,25%, pelo terceiro ano seguido.

— O ano de 2019 teve o mesmo perfil de 2017 e 2018, de crescimento próximo a 1%, mas por trás dos números há realidades diferentes. Terminamos melhor do que 2018. Fizemos a reforma da Previdência e houve uma mudança quantitativa e qualitativa da política fiscal. Isso faz diferença — explica Gesner Oliveira, sócio da GO Associados.

Em 2019, o risco-Brasil chegou a 98 pontos, o menor desde 2010. A mudança de perspectiva da agência de avaliação de risco S&P sobre a nota de crédito do Brasil, de estável para positiva, também indica 2020 melhor.

A despeito da melhora da economia, o mercado de trabalho se recupera lentamente.

— A geração (de vagas) é lenta, poderia ser mais acentuada. Nesse ritmo, a taxa de desemprego só vai cair abaixo de 10% em 2022 (está em 11,2%) — afirma Bruno Ottoni, da consultoria iDados e da FGV.

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