Quarta-feira

ESTADÃO

Santander aumenta para 90% valor financiado do imóvel

Em um sinal de que a disputa por clientes deve ir para além da taxa do financiamento para casa própria, o banco Santander anunciou que passou a financiar 90% do valor total dos imóvel em suas linhas de crédito imobiliário. O limite dos contratos era, até então, de 80%. A mudança, comunicada ao mercado nesta terça-feira, 7, já era oferecida aos tomadores pelo menos desde dezembro de 2019.

 “Os clientes têm tirado os sonhos da gaveta. Em tempos de recessão, é muito difícil que as pessoas tomem decisões e a compra de um imóvel é uma das decisões mais importantes que elas fazem na vida”, diz o superintendente executivo de Negócios Imobiliários do Santander, Paulo Duailibi.

Ele explica que o aquecimento do setor com a redução da taxa básica de juros, redução de estoques e novos lançamentos contribui para a competição dos bancos em busca de clientes. “O crédito imobiliário significa um relacionamento longo com aquele cliente. É muito interessante para essas instituições”, diz.

De fato, a corrida nessa modalidade de crédito vem acirrada desde o último ano. A Caixa Econômica Federal, líder nesse tipo de financiamento, anunciou três reduções de taxas em 2019, chegando 6,5% ao ano em dezembro. Os bancos privados também anunciaram reduções e promoções.

No caso do Santander, na época da Black Friday os clientes contaram com seis meses de carência para o pagamento do valor principal e dos juros. “Devemos voltar dentro de algum tempo com essa ação de forma permanente”, diz Duailibi.

Além do Santander, quem já faz alguns contratos de financiamento com cobertura de até 90% do valor dos imóveis é o Bradesco. Segundo Rafael Sasso, do site Melhor Taxa, que monitora os contratos de financiamento assinados pelos principais bancos do mercado, ampliar de 80% para 90% a cobertura dos financiamentos deve ser uma tendência no novo expectro de concorrência do setor. "Os bancos estão se preparando para uma alta importante esperada na demanda por crédito imobiliário", afirma Sasso.

 

VALOR

Poupança tem a menor captação desde 2016

A poupança teve em 2019 a menor captação líquida da poupança em três anos. O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira que no ano passado a captação líquida da aplicação foi de R$ 13,327 bilhões. Em 2017 e 2018, a diferença entre a captação da poupança e os saques efetuados foi de R$ 17,126 bilhões e R$ 38,260 bilhões, respectivamente. Em 2016, por sua vez, foi registrado saque líquido de R$ 40,701 bilhões.

O resultado de 2019 foi fruto de captação de R$ 2,475 trilhões e de saque de R$ 2,461 trilhões. Com a taxa básica de juros nas mínimas históricas, o investimento na poupança perde atratividade. A regra determina que, quando a Selic está abaixo de 8,5%, o rendimento da poupança será de 70% da taxa básica mais a TR, que está próxima de zero. Atualmente, a Selic está em 4,5%.

Em dezembro de 2019, as novas captações em caderneta de poupança superaram os saques em R$ 17,211 bilhões. Em novembro, a captação líquida havia sido de R$ 2,426 bilhões. Já em dezembro de 2018 a poupança havia registrado captação líquida de R$ 17,126 bilhões. A captação líquida de dezembro do ano passado se somou ao rendimento de R$ 2,533 bilhões creditado no mês. Com isso, o saldo total da poupança somou R$ 845,464 bilhões, frente a R$ 825,729 bilhões em novembro.

No ano, o rendimento foi de R$ 34,856 bilhões. Em dezembro, os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) registraram captação líquida de R$ 13,597 bilhões. As instituições que destinam os recursos para o crédito rural (SBPR) registraram captação líquida de R$ 3,613 bilhões, por sua vez. No ano passado como um todo, as captações líquidas foram de R$ 12,389 bilhões e R$ 937 milhões, respectivamente.

 

Mercado local atenua perda com exterior

Sinais mais apaziguadores de autoridades dos Estados Unidos em relação ao conflito com o Irã aliviaram parte da pressão sobre os ativos brasileiros ontem. Após passar a maior parte do dia em alta moderada, superando brevemente o patamar de R$ 4,09, o dólar devolveu o avanço e fechou praticamente estável, num movimento muito semelhante ao da bolsa, que atenuou as perdas no fim do pregão.

Ainda assim, as incertezas com a tensão no Oriente Médio permanecem no cenário e custaram mais um dia de queda para o Ibovespa. O principal índice de ações do país fechou em baixa de 0,18%, aos 116.662 pontos, com alguma distância para a mínima no dia, de 115.965 pontos.

Vale dizer, inclusive, que o Ibovespa chegou a operar brevemente em território positivo durante a tarde. Com todo esse vaivém, o giro financeiro do pregão somou R$ 14,8 bilhões, acima da média diária em 2019, de R$ 12,3 bilhões.

Já o dólar comercial terminou o dia cotado a R$ 4,0645, alta marginal de 0,06%. A maior parte dos emergentes também cedeu terreno contra o dólar: o peso mexicano caía 0,20% e o rand sul-africano cedia 0,67% no fim da tarde.

Já os juros futuros terminaram em leve baixa, com a leitura de que os dados correntes de inflação ainda são bastante benignos. Desde a manhã, o recuo das commodities encabeçado pelo petróleo deu um viés de queda para as moedas de países emergentes. Esse movimento cambial, no entanto, arrefeceu na margem após a entrevista de Mike Pompeo, secretário de Estado americano, que voltou a adotar um tom moderado quanto ao Irã.

Pompeo afirmou que eventuais ataques das forças americanas contra o Irã respeitarão as regras do Direito Internacional. Um tom mais ameno também foi visto nas declarações do secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper.

Ele afirmou que o país não busca uma guerra contra Teerã, mas que está “preparado para terminar uma”. Esper disse ainda que os EUA não pretendem retirar tropas do Iraque após o Parlamento local aprovar um pedido pedindo a expulsão do contingente. “Os mercados esperavam uma manifestação mais dura de Pompeo. Como ela não veio, a tensão arrefece”, diz Jefferson Lima, responsável pela mesa de câmbio e juros da CM Capital.

As declarações dos americanos ajudaram a dissolver parte do receio criado mais cedo pelos próprios iranianos. Segundo veículos do país, autoridades locais teriam 13 cenários possíveis em mente para retaliar os americanos. Embora os mercados continuem revertendo o susto inicial após o ataque dos EUA que matou um general iraniano na sexta-feira, a situação no Golfo Pérsico permanece frágil, avaliam analistas do Brown Brothers Harriman (BBH).

“A situação deve manter os mercados inquietos, tornando qualquer rali de ativos de risco algo muito difícil de sustentar”, diz o banco americano, lembrando que os EUA enviaram três navios com mais de 2 mil fuzileiros navais para a região, que se somarão aos 3,5 mil soldados enviados na semana passada.

Com a instabilidade no Oriente Médio, que afeta os preços de petróleo, os investidores acompanham de perto as discussões em torno das políticas da Petrobras. “Existe muita incerteza em torno do assunto, por mais que as autoridades garantam que não haverá aumento de preços. Teve também esse papo de haver alguma compensação em caso de aumento de preços do petróleo, mas ninguém sabe como será. Desse jeito o mercado fica às cegas, muito receoso e vende”, afirma o analista João Freitas, da Toro Investimentos.

As ações ordinárias da Petrobras apresentaram uma queda mais acentuada (-1,36%) que os papéis preferenciais (-0,39%) da estatal nesta tarde, causada principalmente pelo anúncio da venda de ações que estão com o BNDES.

A Petrobras protocolou na segunda-feira um prospecto para a venda de ações que estão com o banco de desenvolvimento. Poderão ser vendidos até 734,2 milhões de papéis, que podem ser representados por recibos de ação.

Isso representa um total de 9,87% das ações ordinárias da estatal e toda a posição do banco neste tipo de papel. “Se haverá mais ações disponíveis no mercado, a tendência é que o preço caia”, diz Raphael Guimarães, operador da RJ Investimentos.

 

 

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