Terça-feira

CLIPPING (21.01.2020)

VALOR

Mercado eleva projeção de avanço do PIB neste ano para 2,31%, traz Focus

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2020 teve leve alta, de 2,30% para 2,31%, de acordo com o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2021, o ponto-médio das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país permaneceu inalterado em 2,50% de expansão.

No caso da inflação, a mediana das projeções dos economistas do mercado para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020 teve a terceira desaceleração seguida, de 3,58% para 3,56%. Em relação ao próximo calendário, o ponto-médio das expectativas para o avanço do IPCA seguiu em 3,75%.

Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação oficial permaneceu em 3,50% para 2020 e 3,75% para 2021. Para o IPCA dos próximos 12 meses, a pesquisa indicou abrandamento, de 3,58% para 3,57% de elevação. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4% em 2020, de 3,75% em 2021 e de 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo.

Crescimento econômico em 2019

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2019 voltou a registrar leve alteração, de 1,17% para 1,16%, segundo estimativas compiladas pelo BC que dão origem ao Relatório Focus, divulgado às segundas-feiras com estimativas coletadas até o fim da semana anterior.

O dado oficial, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em suas Contas Nacionais Trimestrais, será conhecido no dia 4 de março. Até lá, as eventuais mudanças nas apostas dos economistas seguirão sendo registradas pela autoridade monetária e informadas apenas por meio do seu Sistema de Expectativas de Mercado, atualizado às segundas-feiras.

 

FMI revisa estimativas e melhora projeções de crescimento para o Brasil

O Fundo Monetário Monetário (FMI) revisou para cima suas projeções para o desempenho da economia brasileira em 2019 e em 2020. Para este ano, a estimativa passou de 2% em outubro para 2,2% agora, segundo novas avaliações divulgadas em Davos, onde tem início nesta segunda-feira a reunião do Fórum Econômico Mundial.

No caso de 2019, a alta do Produto Interno Bruto (PIB) é estimada em 1,2%, ou 0,3 ponto percentual acima das previsões feitas no documento 'Perspectiva Econômica Mundial' anterior, de outubro. O Fundo projeta expansão de 2,3% da economia brasileira em 2021. O Brasil foi um dos poucos países com viés de alta no novo relatório.

Para a economia global como um todo, o FMI estima crescimento de 2,9% em 2019 e 3,3% em 2020 - em ambos os casos, queda de 0,1 ponto percentual sobre as projeções de outubro. Para 2021, a perspectiva é crescer 3,4%. De acordo com Gita Gopinath, diretora do Departamento de Pesquisa do FMI, essa suave redução nas estimativas se deve ao viés de baixa nas projeções para a Índia.

Apesar da melhoria das previsões, ela classifica como "subperformados" os desempenhos do Brasil e do México (com crescimento zero em 2019 e de apenas 1% em 2020). No conjunto, os emergentes aceleram de 3,7% para 4,4% entre 2019 e neste ano. O ritmo melhora em países como Argentina, Turquia, Rússia, África do Sul, Nigéria e Arábia Saudita.

As novas projeções divulgadas pelo Fundo em Davos para 2020 e para 2021 ficam em 2% e 1,7% para os Estados Unidos, 6% e 5,8% para a China 1,3% e 1,4% para a zona do euro, 0,7% e 0,5% para o Japão, 1,4% e 1,5% para o Reino Unido.

 

Dúvidas sobre PIB e imagem do Brasil afastam estrangeiro, diz Volpon

A forte desvalorização do real neste início do ano ocorre porque a esperada volta do estrangeiro ao Brasil ainda não se confirmou, diz o economista-chefe do UBS para o Brasil, Tony Volpon.

O economista avalia que essa demora é notável e sugere que três fatores podem estar influenciando a dinâmica neste momento: a necessidade de evidências mais concretas do crescimento, a forte valorização da bolsa e a repercussão negativa que o Brasil tem tido no exterior, que leva parte dos investidores a evitarem se expor a ativos locais.

“Se olharmos os 25 anos do Plano Real, o que se vê, com regularidade empírica, é que a expectativa de aceleração do crescimento sempre atrai fluxo e fortalece a moeda”, diz Volpon, que é ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central.

“A questão é que o crescimento robusto já não é mera expectativa, ele está acontecendo. O que se discute agora é se ele vai ser mais perto de 2% ou de 3%. E o estrangeiro ainda não voltou” O economista nota que a forte valorização cambial no fim de 2019 ocorreu mesmo com uma enorme saída de dólares no Brasil — US$ 17,6 bilhões em dezembro.

 Em boa parte, ela foi causada pelo investidor institucional local, que tentou se antecipar a essa chegada do estrangeiro. O fato é que isso não ocorreu ainda e explicações como a crise entre EUA e Irã não funcionam porque as moedas emergentes não sofreram igualmente, continua.

A questão, para Volpon, é o que ocorrerá daqui para frente e, nas conversas com investidores no exterior, três explicações aparecem para explicar o sumiço do estrangeiro. Uma delas é um certo ceticismo quanto à sustentabilidade desse crescimento, dado que o país frustrou, consistentemente, as previsões dos economistas nos últimos anos.

A segunda é a migração da renda fixa para a variável. “O investidor brasileiro, na medida em que foge do CDI, tem elevado a cotação de ativos, em especial na bolsa. Um grupo importante de investidores locais não tem acesso a outros mercados porque a regulação milita contra a diversificação internacional. Assim, a bolsa sobe bastante e, do ponto de vista do novo investidor, esse preço pode estar caro”, diz.

Por fim, existe uma mudança do padrão de comportamento esperado que começa a dar as caras, de forma cada vez mais visível em fóruns como o de Davos, que acontece nesta semana. “Investidores e fundos querem olhar não apenas para crescimento, mas também para o pode ser reunido sobre a rubrica ESG [sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa].

Sem entrar no mérito da questão, o Brasil vai mal nesse quesito. A percepção do Brasil lá fora, em especial entre o investidor de varejo, aquele que não lê muito sobre o país, é muito negativa, em meio a questões como a [das queimadas na] Amazônia e por aí vai”, afirma.

“Acredito que seja urgente que algo seja feito para mudar esse conjunto de preconceitos que têm ocorrido nos últimos anos. Isto está impedindo que a gente veja uma entrada maior na bolsa do estrangeiro que, se ocorresse, ajudaria a fortalecer o real”, continua o economista do UBS.

Para Volpon, as razões comumente citadas para explicar a fraqueza do real, como a Selic baixa e o processo pré-pagamentos de dívida no exterior, não deveriam contribuir mais sensivelmente com o comportamento recente da moeda. O que falta é justamente o estrangeiro.

“Assim como se fala em ciclo econômico, as moedas também têm ciclo. O real está mais fraco desde 2017. Chegou a hora de se recuperar, mas ainda não está acontecendo”, diz. Volpon ressalta que se mantém otimista com a perspectiva da volta do estrangeiro e isso fica refletido na expectativa para o dólar no fim do ano, que está em R$ 3,95. Apesar disso, alerta que é necessário ficar de olho nessa dinâmica.

“Se o Brasil tem um déficit em conta corrente próximo de 3% e um crescimento que ainda não chegou a 2%, uma aceleração do crescimento sem a volta do investidor estrangeiro torna mais difícil financiar esse rombo. Ou ele reaparece, ou o patamar do câmbio está errado e vai ser necessário um real mais fraco para fechar a conta”, afirma.

 

Portabilidade de crédito dispara em três anos puxada pelo imobiliário

Puxada pelo forte recuo da taxa básica de juros (Selic) nos últimos anos, a portabilidade de crédito mais do que quintuplicou em três anos. Acumulada em 12 meses, a transferência de crédito de um banco para o outro passou de R$ 8,2 bilhões em novembro de 2016 para R$ 42,3 bilhões no mesmo mês de 2019.

Os números são da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), onde ficam registradas as operações de portabilidade, e estão disponíveis no site do Banco Central (BC). Entre 2016 e 2019, a Selic caiu de 14,25% para 4,5% ao ano.

A portabilidade se expandiu de forma disseminada entre várias modalidades de crédito. Um dos destaques foi no do crédito imobiliário. O volume de financiamentos habitacionais transferidos passou de R$ 8,8 milhões para R$ 1,5 bilhão entre novembro de 2016 e novembro de 2019 - alta de mais de 170 vezes em relação ao montante original. “O crédito imobiliário foi o que mais reagiu à queda da Selic”, diz o superintendente executivo de negócios imobiliários do Santander, Paulo Duailibi.

“O cliente espera que o banco com que ele tem contrato pense nele”, diz Jair Mahl, vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, que vem estudando a possibilidade de oferecer juros mais baixos para empréstimos habitacionais contratados anteriormente.

Mesmo com a disparada, a portabilidade desse tipo de empréstimo representou apenas 0,24% do estoque de crédito imobiliário em novembro (R$ 668 bilhões). A presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Cristiane Portella, ressaltou, no entanto, que o instrumento foi criado para que o cliente possa, de forma simples e fácil, trocar de banco seja porque busca taxa de juros mais competitiva em outra instituição ou simples porque está insatisfeito com o serviço prestado.

“A portabilidade em si não é um objetivo. Teoricamente não faz bem para ninguém se a portabilidade passar para 80% de tudo”, frisa Cristiane. Marcelo Prata, sócio-fundador da Resale (portal de venda e leilão de imóveis), afirma que a portabilidade de crédito deve continuar crescendo em 2020 não só no segmento imobiliário como em outras categorias.

Para Cristiane, a portabilidade do financiamento imobiliário só não foi maior porque muitos bancos já estão diminuindo suas taxas independente da portabilidade. Além disso, muitos tem optado por negociar com o cliente taxas melhores para que ele não troque de instituição financeira. “O que a gente está vendo no mercado é uma disposição dos principais players de reduzir a sua própria taxa para reter o seu cliente independente do pedido de portabilidade”, ressaltou.

“A competição pelo financiamento imobiliário está num nível muito bom para o mercado e para o consumidor. Temos visto muito bom senso nas renegociações. Cada banco faz sua conta e pensando no relacionamento de longo prazo com o cliente, explicou a presidente. Ela ressaltou que se a portabilidade não está “pegando” não é por deficiência regulatória ou problemas de funcionamento do processo.

 “Está funcionando e bem. O importante é que o consumidor está tendo redução dos juros”, ressaltou. Para ela, o crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança teve um crescimento de algo em torno de 30% no ano passado e esse desempenho deve se repetir neste ano devido ao impacto dos juros e perspectiva de melhora do emprego. A redução da taxa coloca muita gente no jogo. Em 30 anos faz muita diferença na prestação”, contou.

O Bradesco informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a portabilidade de crédito no banco é analisada caso a caso. “O objetivo é sempre manter o cliente e oferecer condições adequadas ao seu orçamento”, acrescentando que tem reduzido a taxa de juros de suas principais linhas de crédito acompanhando o movimento da Selic. Procurados, o Banco do Brasil e o Itaú não se manifestaram sobre o assunto.

 

FOLHA

Fluxo de investimento estrangeiro recua no mundo, mas cresce 26% no Brasil

Enquanto o fluxo de investimento direto estrangeiro global sofreu uma queda de 1% no ano passado, o Brasil viu essa corrente no país crescer 26%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela Unctad (agência da ONU para comércio e desenvolvimento).

Em todo o planeta, o fluxo do IED (Investimento Estrangeiro Direto) recuou de US$ 1,41 trilhão em 2018, para US$ 1,39 trilhão no ano passado. Já no Brasil, a entrada do investimento de fora subiu de US$ 60 bilhões para US$ 75 bilhões.

Com isso, o Brasil subiu três posições (ultrapassando Hong Kong, Reino Unido e Holanda) e chegou ao quarto lugar no destino de IED no mundo, superando todos os países da Europa, África e Oceania e perdendo apenas para Estados Unidos, China e Singapura.

A comitiva brasileira em Davos, onde se inicia nesta terça-feira (21) o Fórum Econômico Mundial, comemorou o resultado e pretende apresentar os números a investidores. Esse foi o melhor resultado para o Brasil desde 2012, quando o país estava na terceira posição do ranking e o fluxo de IED chegou a US$ 82 bilhões.

PRIVATIZAÇÕES

Segundo o relatório publicado pela agência, parte do crescimento da corrente de aporte estrangeiro no ano passado ocorreu graças ao programa de privatização do país que se iniciou em julho.

O texto destaca a venda da TAG (Transportadora Associada de Gás, rede de gasodutos do Norte e Nordeste). Feita em abril, a negociação rendeu algo em torno de US$ 8,7 bilhões –ou R$ 33 bilhões, em valores relativos ao câmbio da época.

Para 2020, a entidade prevê mais atração de investimento estrangeiro para o Brasil com a privatização de grandes companhias como Eletrobras e Telebras. Dados preliminares sobre os chamados projetos greenfield (que ainda estão no papel) em áreas de energia renovável e na indústria automotiva corroboram a perspectiva de um fluxo maior neste ano, diz o documento da agência.

Nos países em desenvolvimento, o IED permaneceu estável, estimado em US$ 695 bilhões, enquanto cresceu 16% na América Latina e 3% na África. Embora o fluxo tenha recuado 6% nos países asiáticos em desenvolvimento, eles ainda representaram um terço do destino global dos aportes estrangeiros.

Já as economias desenvolvidas tiveram um recuo de 6%, saindo dos US$ 683 bilhões em 2018 para US$ 643 no ano passado, segundo o documento da Unctad. Na região da América do Norte, Os Estados Unidos permaneceram estáveis e o Canadá tiveram uma alta de 8%.

Na União Europeia, o recuo do fluxo de IED atingiu 15% na comparação entre os anos. Apesar disso, as duas maiores economias do bloco apresentaram uma alta: o fluxo na França avançou 40%, enquanto na Alemanha chegou a 232%. Esse último subiu dos US$ 12 bilhões para US$ 40 bilhões, principalmente devido aos empréstimos que matrizes alemãs fizeram a subsidiárias em ano de baixo crescimento no país.

Para 2020, a projeção da agência é de um crescimento do fluxo global de IED moderado, em uma perspectiva de melhora do cenário atual, o mais fraco desde a crise global de 2009.

Se por um lado a Unctad prevê que os lucros se manterão sólidos e o conflito EUA-China será abrandado, por outro, a entidade afirma que a acumulação de altas dívidas entre economias emergentes em desenvolvimento deverá persistir, assim como políticas protecionistas.

 

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