Quinta-feira

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América Latina tem a pior perspectiva de crescimento entre emergentes, diz Citi

A perspectiva de analistas do mercado é que os países emergentes devem obter uma aceleração no crescimento em 2020, apesar de uma provável desaceleração na China. No entanto, a recuperação será, em geral, sem muito brilho e a América Latina terá o desempenho mais fraco entre o grupo de nações em desenvolvimento.

“Mesmo que esperemos uma recuperação cíclica para a América Latina em 2020, ainda estamos preocupados com a quase impossibilidade de a região escapar de uma armadilha de baixo crescimento”, afirmam economistas do banco Citi, em relatório. A previsão de crescimento do Citi para a Ásia é de 5,2% para este ano, enquanto para a América Latina é de 1,7%. Outras regiões também superam as expectativas em relação ao desempenho econômico dos países latino-americanos.

Para a Europa emergente, a perspectiva é crescimento de 2,6%. Para África e Oriente Médio, a estimativa é expansão de 3,2% este ano. “A América Latina sofre de baixo crescimento crônico, em grande parte devido a baixos índices de investimento público e privado. O investimento é baixo porque a poupança é baixa.

A poupança externa não pode ajudar a cobrir brechas persistentes entre poupança e investimento doméstico, devido a fracos cenários institucionais e desequilíbrios macro recorrentes. A alta correlação entre economia e investimento está bem documentada empiricamente”, aponta o Citi.

O relatório do Citi, assinado pelos economistas Ernesto Revilla, Fernando Díaz e Esteban Tamayo, ainda indica preocupações com a possibilidade de mais agitação social nos países latino-americanos, depois que uma onda de protestos no segundo semestre do ano passado causou distúrbios e mudanças em vários países da região, com destaque para o Chile, que iniciou um processo de reforma na Constituição para tentar reduzir a desigualdade social.

“Não há uma maneira fácil de sair dessa armadilha. Se os governos optarem por validar a pressão em direção à redução da poupança pública (aumento dos desequilíbrios nas finanças públicas), o resultado seria o aumento da volatilidade macro. Se os governos priorizarem finanças públicas restritas, o resultado seria ciclos mais fortes e mais frequentes de agitação social”, observa o Citi.

Os analistas do banco sugerem que a melhor solução seria promover reformas econômicas para aumentar a produtividade e diversificar a capacidade produtiva, mas reconhece que há obstáculos a serem considerados no atual momento político.

“Parece difícil, dada a natureza contrativa de curto prazo de tais reformas, políticas fragmentadas e baixo apoio público. Isso é particularmente preocupante, uma vez que o pêndulo ideológico da região girou para os governos que dominaram a onda de sentimentos antiestablishment, mas que ainda precisam gerar uma narrativa coerente para o crescimento inclusivo e sustentável.

Como dissemos antes, a nova macroeconomia do populismo na região pode, no fim, parecer muito semelhante à antiga”. A Capital Economics corrobora a análise. Em seu relatório mais atual sobre emergentes, os economistas da consultoria britânica afirmam: “A maioria das economias latino-americanas deve se fortalecer em 2020, mas esperamos que essas recuperações sejam lentas e frágeis. A região provavelmente será a parte com o pior desempenho entre os emergentes este ano”.

Brasil Em relação ao Brasil, o Citi destaca que a narrativa de crescimento foi prejudicada por dados econômicos frustrantes no começo deste ano. O Índice Gerente de Compras (PMI) do setor industrial brasileiro recuou para 50,2 pontos em dezembro, de 52,9 em novembro, segundo a consultoria IHS Markit.

Além disso, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de novembro mostrou alta de apenas 0,6% nas vendas em novembro, abaixo da mediana de 1,3% de economistas consultados anteriormente pelo Valor Data. Já as vendas no varejo ampliado tiveram recuo de 0,5%. “Os dados fracos minaram a narrativa de crescimento, que havia aumentado entre os investidores após o PIB do terceiro trimestre, tornando o real a moeda com pior desempenho entre os emergentes até agora em 2020”.

Até o momento, o dólar se valorizou aproximadamente 4,5% ante o real no primeiro mês de 2020. Contudo, se por um lado o cenário ainda é pouco atrativo para investidores estrangeiros, o Citi observa que os investidores locais mantêm o sentimento positivo. “Considerando que o Ibovespa ainda está próximo de máximos históricos, não acreditamos que os investidores locais tenham desistido da narrativa de crescimento ainda”.

 

Pesquisa CNT/MDA: Avaliação positiva do governo Bolsonaro sobe para 34,5% em janeiro

A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro alcançou 34,5% em janeiro de 2020, contra 29,4% em agosto de 2019, de acordo com os dados da pesquisa CNT-MDA divulgados nesta quarta-feira. Por outro lado, a avaliação negativa do governo federal caiu de 39,5% em agosto de 2019 para 31% em janeiro de 2020.

A aprovação pessoal do presidente subiu de 41% em agosto de 2019 para 47,8% em janeiro de 2020, ainda de acordo com a pesquisa. A desaprovação pessoal de Bolsonaro caiu de 53,7% em agosto de 2019 para 47% em janeiro de 2020. Combate à corrupção (30,1%), economia (22,1%) e segurança (22%) são as áreas mais bem avaliadas do governo Bolsonaro, segundo a pesquisa.

As áreas com pior desempenho são saúde (resposta de 36,1% dos entrevistados), educação (22,9%), meio ambiente (18,5%) e também economia (16,2%). Nesse trecho do questionário da pesquisa, cada entrevistado teve a oportunidade de escolher duas áreas. A expectativa de 43,2% dos entrevistados é que a situação do emprego melhorará nos próximos seis meses. Para 18,9% deles, vai piorar, e 35,4% acreditam que ficará igual. Para 34,3% dos entrevistados, a renda mensal aumentará, enquanto 11% acreditam que diminuirá.

A maioria, 51,8%, acreditam que ficará igual. A área da saúde melhorará para 30,5%, enquanto 24,8% acreditam que ficará pior. 42,6% dizem que nada mudará. Na educação, 36% esperam uma melhora, contra 21,4% que aguardam uma piora nessa área. Para 40,5%, a situação ficará igual.

Na segurança pública, 37,9% têm expectativa de melhora, frente a 22% que acreditam numa piora nessa área. Para 38%, não haverá mudança. Apesar dos indicadores positivos, 78,2% dos entrevistados dizem não ter conhecimento sobre nenhuma ação direta do governo Bolsonaro na cidade ou região onde moram. Só 18,1% disseram ter conhecimento de alguma ação do governo em sua região.

Para 40,1%, já há melhorias no governo Bolsonaro em relação aos anteriores. Para 33,5%, a atual gestão continua de forma semelhante as passadas e 24,7% percebem piora após o primeiro ano de governo.

A expectativa positiva para os próximos três anos de gestão do governo Bolsonaro supera, em muito, a atual avaliação do governo, segundo a pesquisa. Para 48,8% dos entrevistados, o presidente Jair Bolsonaro fará um governo ótimo ou bom até o fim de seu mandato. Hoje o governo é avaliado positivamente por 34,5%. Já os que esperam um fim de governo pior são 22,5% - hoje a avaliação negativa do governo é de 31%.

Os que consideram que o governo manterá uma gestão regular nos próximos três anos são 24,3%, contra 32,1% que responderam, em janeiro, que assim avaliam o governo. Uma parcela maior de brasileiros acredita que o país está melhor do que um ano atrás. Para 36,2% da população, o Brasil de hoje está melhor. Para 25%, está pior; 37,4% classificaram como igual. Os que veem melhora responderam, principalmente, que houve melhoras na economia (48,7%), menos corrupção (46,8%), maior segurança pública (30,5%), melhor utilização do dinheiro público (21,4%) e valorização da família (19,6%), entre outros.

Os que enxergaram piora após um ano de gestão Bolsonaro afirmam que os motivos são piora na economia (54,3%), saúde (42,7%), educação (30,5%), segurança pública (27,%), corrupção (16%) e pior utilização do dinheiro público (15%). Contratado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o instituto MDA ouviu 2002 pessoas em 137 municípios entre os dias 15 a 18 de janeiro de 2020. A margem de erro máxima é de 2,2 pontos percentuais.

 

 

 

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