Sexta-feira

VALOR

Confiança de empresário é a maior desde 2010

Com um aumento de 1 ponto em relação a dezembro de 2019, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), alcançou 65,3 pontos em janeiro. É o maior patamar desde junho de 2010. O Icei, que vai de zero a 100, é composto pelos índices de Condições Atuais e de Expectativas. Dado acima de 50 mostra que os empresários estão confiantes.

Em janeiro, o índice que mede a percepção dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e da economia subiu 0,9 ponto em relação ao mês anterior e ficou em 59 pontos. Já o que mede as expectativas subiu 1 ponto e alcançou 68,4 pontos. “Os empresários estão mais otimistas porque percebem melhoras no ambiente de negócios. Os juros e a inflação estão menores e há um aumento da demanda e da produção.

Desde o fim do ano passado, há uma melhora da atividade”, diz o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota. Ele acrescenta que os empresários acreditam que o ambiente de negócios vai melhorar nos próximos seis meses. . “Por isso, a confiança começa o ano em alta”, afirma, enfatizando que confiança elevada é necessária para aumento da produção, investimento e emprego.

No recorte regional, a confiança é maior entre os empresários do Sul, onde ficou em 67,2 pontos em janeiro. Em seguida, vêm a região Norte, com 65 pontos, e Nordeste, com 64,5 pontos. No Sudeste e no Centro-Oeste, o indicador ficou em 64,6 pontos. Além disso, diz a pesquisa, o otimismo é maior entre os empresários da indústria de transformação.

 

IPCA-15 sobe 0,71% e tem maior taxa para janeiro desde 2016, aponta IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,71% no primeiro mês de 2020, após ter registrado alta de 1,05% um mês antes, divulgou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a taxa seja menor do que a registrada em dezembro de 2019, trata-se do maior índice para meses de janeiro desde 2016 (+0,92%). Analistas esperavam uma leitura de 0,70% para o índice no começo de 2020, conforme a mediana de 33 projeções de analistas ouvidos pelo Valor Data. O intervalo das projeções variava de alta de 0,59% a avanço de 0,78%.

 

Inflação mais alta ‘não influenciou a tendência’ ,diz Campos

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que parte da indústria continuou em desaceleração no último trimestre de 2019. “No quarto trimestre houve certa volatilidade, teve gente achando que ia ter 1% de crescimento. Agora [os prognósticos] estão mais baixos, 0,6% a 0,7%”, disse ele entre entrevista ao Valor.

“A gente mira um pouco mais no longo prazo. [A política monetária] tem efeito em seis, sete, oito meses. Então mesmo que a minha política monetária esteja muito mais potente, não significa que ela vai ter um efeito muito mais imediato. Significa que vai ter um efeito mais duradouro e maior”, sublinhou.

“Então o ‘gap” continua, sempre tem um elemento de incerteza que a gente vai analisar”, completou o presidente do BC. A despeito da volatilidade das expectativas do mercado, o Banco Central não mudou a expectativa de crescimento para este ano, de 2,2%.

Com relação à inflação, que subiu para 4,3% no ano passado por causa do aumento do preço da carne, ele acredita que esse é um choque que vai se “dissipar” rapidamente. “A gente consegue ver o preço da carne caindo bastante e seguimos tranquilos com as nossas projeções, como tem sido indicado nos nossos diversos relatórios”, afirmou.

Campos sustentou que o choque de preços ocorrido no fim de 2019 não alterou a tendência dos preços para 2020. Também informou que os núcleos de inflação, que retiram do cálculo os produtos com variação mais volátil, como os preços agrícolas, não tiveram forte alteração. O mercado viu as declarações de Campos ao Valor como indicação de espaço para a queda da taxa básica dos juros (Selic).

Valor: Como o senhor explica os frustrantes indicadores de atividade no fim do ano? 

Campos Neto: Não achávamos que haveria crescimento intenso e muito rápido.

Valor: Por quê?

Campos: Tínhamos um trabalho longo de microreformas para melhorar a alocação de recursos. Estamos vindo de dez anos de má alocação na economia, de forma ineficiente. E a melhor alocação não acontece da noite para o dia. No quatro trimestre, parte da indústria desacelerou. Quem está fazendo a conta no detalhe está ajustando o crescimento um pouco [para baixo].

Valor: O BC também ajustará suas expectativas para 2020?

Campos: O otimista chega a um PIB crescendo 3% e o mais pessimista, 1,5%. Estamos com 2,2%. Estamos mais preocupados com o crescimento sustentado e não se vamos crescer 2% ou 3%. Estamos fazendo uma reinvenção do crescimento com dinheiro privado. Esta é uma mensagem importante.

Valor: É um mundo novo para o país, onde sempre o recurso público jogou papel relevante.

Campos: Os juros [taxa Selic a 4,5% ao ano] são um mundo novo, além do plano econômico liberal. No segundo semestre de 2019 o crescimento do setor privado estava ligeiramente acima de 2%. A economia mundial não está ajudando muito, mas o crescimento do Brasil superior ao da América Latina é algo que há anos não víamos. Temos que mirar a sequência de reformas e de transformação da economia, em vez de ficarmos preocupados com o crescimento de apenas um ano.

Valor: Onde pode haver transformação que acelere a expansão?

Campos: A parte imobiliária é uma forma de gerar riqueza na economia sem gerar gastos.

Valor: De que forma?

Campos: Quando olhamos o estoque de imóveis comerciais e residenciais das capitais, vale de R$ 12 trilhões a R$ 13,6 trilhões. Mas o volume de financiamentos é de apenas R$ 500 bilhões. Portanto, grande parte desse estoque já está quitado. Então, a questão é como usar esse estoque de capital. Preciso ter um mercado em que o dinheiro circule na economia. Nos outros países, fizeram securitização. Aqui, fizemos o home equity [uso do imóvel como garantia de empréstimo]. Pega todo o ciclo e gera efeito no boom da construção civil. Os nossos programas microeconômicos são peças que se encaixam. Precisamos colocar preços e mercado nas coisas. A dívida privada tem algumas imperfeições. É preciso atacar a burocracia para o investidor recomprar dívida... Estou trocando o encanamento e não só jogando água nos canos.

Valor: O senhor já deixou claro que a futura sistemática de assistência de liquidez reduzirá parte dos R$ 440 bilhões em recursos dos bancos retidos pelo BC na forma de compulsórios. Para onde vai esse dinheiro?

Campos: Esse ciclo fechado de medidas tem um potencial muito grande na economia. Não adianta só pensar em liberar compulsório. Tenho que ter um ciclo, uma roda de riqueza sendo gerada pelo crédito privado, com liquidez, mercado secundário, precificação, para o recurso não ficar empoçado ou girando no overnight.

Valor: A portabilidade entra nessa discussão?

Campos: Preciso que, se você tiver um financiamento a 12% e quiser passar para outro banco a 7,5%, isso seja feito com alguma agilidade. Estamos olhando esse tema. A portabilidade tem crescido muito. No outro tema do crédito, além de portar, a hora que você faz o mercado, ele pode transformar a dívida bancária em dívida de mercado, que é desintermediar, você foi direto na fonte de financiamento. Esse é um ciclo importante que vai contribuir.

Valor: Qual o impacto da agenda fiscal sobre os juros?

Campos: Tem o movimento de credibilidade, que é feito por um fiscal melhor, caem os juros longos. Quando isso acontece, as empresas que precisavam de subsídio para projetos que não eram sustentáveis com juros mais altos não precisam de subsídio. Elas vão no mercado e fazem crédito privado. Fazendo isso, esse subsídio não precisa mais ser dado.

Valor: O que é possível fazer com o dinheiro que ia para subsídios?

Campos: Uma parte você vai cancelar. A gente tem feito isso, e outro pedaço você quer incentivar o pequeno e o médio. Tenho a queda dos juros longos, programas para incentivar o pequeno e o médio, cooperativismo é um deles, microcrédito é outro, nova política de crédito rural é outra. Por exemplo, o grande agricultor olha a taxa de juros longo e fala: não vou preencher um caminhão de formulário para pegar um juro subsidiado se posso ir no mercado e pegar. Esse dinheiro sobra, acontece o que a gente chama de empoçamento. Dinheiro que deveria estar direcionado para a categoria não está sendo usado. Isso significa que o plano está funcionando, não precisa mais de subsídio. Ninguém quer ter subsídio. Isso está acontecendo. Você vai diminuindo e passando para o pequeno e o médio.

Valor: Desde a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), houve ajustes das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. Isso deixa o BC mais propenso a cortar juros?

Campos: As condições financeiras trabalham sobre a aceleração da economia com algum gap e com algumas incertezas. Isso é o que a gente qualifica todas as vezes em que fazemos a reunião. A nossa expectativa de crescimento está muito parecida [com as estimativas anteriores]. Tem alguma volatilidade nas expectativas do mercado, mas não mudamos as nossas. No quarto trimestre, houve certa volatilidade, teve gente achando que ia ser 1% [de crescimento], agora estão mais baixo, 0,6% a 0,7%. A gente mira um pouco mais no longo prazo. A política monetária tem efeito em seis, sete, oito meses. Então, mesmo que a minha política monetária esteja muito mais potente, não significa que ela vai ter um efeito muito mais imediato, significa que vai ter um efeito mais duradouro e maior. Então o gap continua, sempre tem um elemento de incerteza que a gente vai analisar.

Valor: A potência da política monetária está aumentando?

Campos: Se a gente imaginar um sistema venoso, o nosso canal de transmissão, a gente era um paciente quase enfartado, porque estava muito entupido o canal de transmissão, tinha várias imperfeições. Quais os dois blocos de medida? Por que o canal está entupido? Porque há uma participação muito grande do governo, com juros subsidiados, o resto da economia acaba trabalhando com juros mais altos. Primeiro é diminuição da participação do governo. O outro lado da agenda é alocar os recursos de maneira mais eficiente, criar competição, mercado secundário. Essas duas coisas têm efeito na política monetária.

Valor: Por que o BC tem dado tanta ênfase às reformas microeconômicas?

Campos: A reforma microeconômica é importante porque é como se você estivesse sempre preocupado em quanta água vai jogar no encanamento. Agora estou falando em trocar o encanamento, é diferente.

Valor: Trocar o encanamento significa quebrar esse sistema oligopolizado?

Campos: Isso significa que preciso gerar competição, precificação onde não existe. Não é só competição que atrapalha o encanamento. A burocracia de ter acesso a mercados, não ter precificação correta para as coisas, a parte do governo que acabava capturando toda a parte que poderia ser do mercado privado e alocar os recursos de forma ineficiente. Tudo isso faz parte, mas a competição é fundamental, porque é o que vai levar o mercado secundário e a expectativa melhor dos agentes a atingir um nível de precificação mais eficiente.

Valor: O aumento do preço da carne no fim do ano passado é uma preocupação?

Campos: Em relação à inflação, teve um elemento de incerteza, o preço da carne, que está voltando rápido. Hoje saiu [o IPCA-15] de janeiro, que foi mais ou menos dentro da expectativa do mercado. Se você pega o mercado futuro de carnes, ele voltou bastante. Ele [preço da carne] vai se dissipar mais rápido e seguimos tranquilos com as nossas projeções, como tem sido indicado nos nossos diversos relatórios.

Valor: As próprias projeções do BC parecem indicar espaço para mais corte de juros, mas o discurso não confirma essa visão. O que está pesando mais?

Campos: O que nós sempre tentamos manter é a coerência no discurso, para ser transparente e ter um encadeamento lógico. A gente sempre disse que os três fatores que vinham sendo analisados são: o externo; a parte do hiato [ociosidade da economia], local; e reformas. Durante algum momento o mercado entendeu que era só a da Previdência. Não é só Previdência, o país está em um processo de reformas, todas são importantes.

Valor: Em que sentido elas são importantes?

Campos: A gente consegue ver muito claramente, se pegar um gráfico da curva de juros longos e casar com a notícia, quando o mercado começou a achar que o teto [de gastos] seria aprovado, a curva longa começou a cair. Aí começou o processo de corte de juros pelo meu antecessor. Quando a lei do teto foi aprovada, obviamente o mercado antecipa, já estava em boa parte precificado, aí parou [a queda da taxa longa]. Quando o mercado começou a entender que de fato existia a possibilidade de passar uma reforma da Previdência mais parruda, o juro longo colapsou e a gente teve um novo processo de queda da Selic, e o fiscal foi melhorando. Ou seja: as coisas estão muito relacionadas.

Valor: Já há setores que começam a se beneficiar mais do novo cenário?

Campos: Nessa última comunicação, a gente fez questão de dizer que temos tomado várias medidas para melhorar essa parte microeconômica. É que essas medidas aumentam o canal de política [monetária]. Algumas têm impacto mais rápido. A gente consegue ver que no imobiliário já teve impacto, crédito privado começou a ter impacto, cooperativismo talvez tenha começado também. No microcrédito, a gente ainda não consegue ver o impacto, a medida não foi totalmente absorvida, as plataformas de microcrédito não estão totalmente prontas.

Valor: Em resumo, tem espaço para cortar os juros?

Campos: Essa é uma decisão tomada aqui nessa sala em todas as reuniões do Copom. A gente vai analisar todos os dados que estiverem disponíveis. Mas, falando sobre isso, é super importante analisar que há alguns elementos inflacionários que obviamente acabam não se incorporando nos núcleos, ou seja, eles são fatores passageiros. Mas é importante qualificar que há quatro, cinco, seis meses sobre tinha gente projetando para a inflação [de 2019] 3,3%, 3,2%, e foi 4,3%. Óbvio que foi um fator que não influenciou a tendência, a gente olha os núcleos que ficaram mais ou menos estáveis. Houve uma subida porque sempre tem alguma pequena contaminação. Isso está voltando, por isso que é importante que, em cada reunião do Copom, a gente olhe as variáveis, veja o que está acontecendo com os canais de transmissão.

Valor: A impressão que se tem é que os investimentos no país estão sempre atrasando.

Campos: O ciclo vai se autoalimentando. O primeiro [investidor] acredita mais, aí, gera o crescimento. Alguns entram mais rapidamente e outros demoram mais. Investimento real é diferente de portfólio. Alguém que toma decisão de montar fábrica não é tão rápido quanto quem decide comprar uma ação. A segunda parte da resposta entra na questão do clima, que foi destaque em Davos e tem sido destaque também nas nossas conversas internas do governo, que tomou uma medida recentemente (a criação do Conselho da Amazônia).

Valor: O Brasil vem sendo fortemente criticado nessa área desde o início do governo Bolsonaro.

Campos: O que importa para a gente é que o tema vem crescendo, impactando áreas diferentes. Primeiro, foi muito na parte energética. O meio ambiente começou a influenciar a produção de energia. Depois, passou para a agricultura, cada vez mais impactando a forma de produzir alimentos. Agora, está se desenhando uma terceira forma que é muito mais intensa, o impacto no fluxo financeiro mundial. Essa parte é muito relevante para a gente. Estamos desenhando todo um programa de diminuição do governo, com investimento privado. Parte desse investimento vem de fora. A gente vai ter um desenho diferente daqui para a frente.

Valor: Por quê?

Campos: O investimento externo vai olhar esses critérios [ambientais]. Precisamos estar em conformidade. Eu externei essa opinião algumas vezes [dentro do governo]. Existe uma visibilidade maior tanto no nosso governo quanto em vários outros desse impacto [da questão ambiental] nos fluxos financeiros. Alguns anúncios já foram feitos.

Valor: Quem já exige esse selo?

Campos: A BlackRock, por exemplo, anunciou que, para ter empresas na carteira, precisarão seguir critérios de governança ambiental. O mundo financeiro é interligado mais rapidamente. Se tenho uma seta que diz que meu fundo só pode investir em empresas que tenham esse selo [ambiental], a empresa precisa ter certo critério para investir. Se ele investir em outra [empresa] que não tem [o selo], mesmo fazendo todo o resto, ela perde o selo.

Valor: O aumento do déficit em conta corrente é uma preocupação?

Campos: A gente tem conversado muito sobre isso. Em 2019, houve volatilidade causada por dois motivos no mesmo período.

Valor: Quais?

Campos: Um foi uma troca de metodologia do BC, para entender o que era o dinheiro que estava circulando fora das empresas brasileiras. Isso era feito por meio de um documento chamado DARF. Esse método começou a ter cada vez menos relevância. Em algum momento, na gestão anterior, foi entendido que mesmo o DARF sendo um dado real, ele não teria muita relevância. A gente não conseguia ver o caixa que as empresas brasileiras tinham fora e o que elas estavam fazendo, se estavam voltando, investindo. A gente tinha outro banco de dados censitário, que as empresas diziam que estavam fazendo. O BC entendeu que esse dado censitário talvez fosse melhor do que os dados que a gente tinha. Quando isso ocorreu, houve impacto, mas foi feita em fases para que a mudança não fosse abrupta, saiu inclusive no Relatório de Inflação anterior. Outro tema foi um erro no Documento Único de Importação. O número veio bastante diferente do que todo o mercado esperava. Essas duas mudanças geraram volatilidade.

Valor: No comércio propriamente dito, há preocupação?

Campos: Quando a gente olha o que piorou, teve um elemento de Argentina grande, um elemento agropecuário grande. Não é uma tendência preocupante, a gente vai acompanhar isso no dia a dia.

Valor: O senhor é o terror do sistema bancário, com a agenda de ‘open banking’ e a obrigatoriedade de ampla abertura de informações?

Campos: Não. A nossa agenda é muito boa para o sistema bancário. Gera competição, precificação e inclusão. Você vai aumentar a função intermediação financeira, alocar os recursos de maneira mais eficiente, diminuindo o direcionamento. Vale lembrar que hoje o balanço de um banco tem dois pedaços.

Valor: Quais?

Campos: Um, de 60%, que é o crédito livre, de rentabilidade alta, de 25% e 30%, e os outros 40%, que são recursos direcionados, de rentabilidade baixa, abaixo de 8%. Estou liberando uma parte que tem retorno baixo para ter retorno alto. Essa substituição de tudo que é direcionado, subsidiado, tem um efeito benéfico para os bancos. Tem a questão da competição, que vai gerar inclusão e segmentação.

Valor: De que forma?

Campos: Haverá fintechs especializadas em algum tipo de serviço. Às vezes, um banco grande está fazendo uma função muito bem e não tem um retorno tão bom. Ele pode ser substituído por outra fintech que vá fazer só aquele serviço. No futuro tudo estará tudo interoperável, instantâneo e aberto. Não vejo como isso possa ser ruim para o sistema. Talvez os grandes agentes de mercado possam pensar que terão uma fatia um pouco menor de um bolo muito maior.

Valor: A mudança do cheque especial está funcionando?

Campos: Foi implantada em janeiro e os bancos já estão cobrando no máximo os juros de 8%. O que tem aparecido é que os bancos decidiram não cobrar tarifa. Não tenho notícia de um banco que tenha vindo a público falar que vá cobrar tarifa. Mas há notícias de vários que já determinaram que não vão cobrar. No fim, o resultado o realinhamento do produto, em que uma taxa de juros média para o cliente é mais baixa. A tarifa é um direito de os bancos cobrarem. Eles estão preferindo não cobrar, o que significa que o produto era viável, mesmo não cobrando tarifa. O banco está olhando mais o cliente com o portfólio de produtos. Não posso pensar só em um produto, preciso que o cliente consuma vários [produtos].

Valor: Não dá para reduzir esses 8%?

Campos: A medida foi feita pensando na reengenharia do produto. Nós queríamos que o produto existisse, só queríamos fazer uma reengenharia. Os bancos vão poder cobrar menos de 8% se quiserem. Caso tenha competição saudável, isso vai acontecer. Tem banco já dizendo que vai cobrar menos de 8%. Mais recentemente, em conversas, outros agentes falaram: ‘Dependendo da plataforma que eu construir, posso ter juros mais baixos’. É importante a portabilidade, que alguém que não esteja satisfeito com os juros possa ir para outro lugar. A ideia nunca foi fazer controle de nada. A gente entendeu que esse produto tinha uma engenharia muito perversa e que precisava ser mudada. O que vamos ver é que haverá um produto, talvez não com a mesma rentabilidade de antes, talvez até maior, mas ele vai fazer parte de um grupo de produtos. Os bancos olham os produtos como um todo.

 

Nubank cria gestora de investimentos e se filia à Anbima

O Nubank criou uma gestora de investimentos que, por enquanto, vai administrar apenas o caixa do grupo em busca de mais eficiência, embora esteja apta a gerenciar e distribuir fundos próprios.

 “O foco da empresa segue em desenvolver soluções para os principais problemas financeiros das pessoas e a gestão de investimentos pode ser uma opção no futuro”, diz o Nubank, em nota.

A Nu Investimentos possui autorização de funcionamento como administradora de carteiras e valores mobiliários pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde julho de 2018. A partir de hoje, no entanto, a gestora também inicia a filiação à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), entidade que representa e autorregula o setor.

Segundo o banco digital explicou, a autorização da CVM foi o começo do processo de criação da gestora que, com a associação à Anbima, se torna 100% operacional. O Nubank tem 12 milhões de usuários de seu cartão de crédito, lançado em 2014. Já a NuConta tem 17 milhões de clientes.

O banco digital também iniciou os testes para concessão de crédito pessoal. Com escritórios também no México e na Argentina, o Nubank já captou US$ 820 milhões em sete rodadas de investimento de fundos como Sequoia, Kaszek e Redpoint Ventures. A Anbima também aprovou a adesão de cinco empresas: BRDR, Capstone Partners, MDM Capital, Onze Gestora e Pleni. No total, são 266 empresas associadas

 

Discurso do BC reforça aposta em juro baixo

Logo que os primeiros comentários de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, chegaram às mesas de operação, um sinal de alívio se instaurou no mercado futuro de juros na tarde de ontem. Boa parte da pressão que as taxas carregavam desde cedo foi revertida, numa evidência de que as declarações do dirigente respaldavam as apostas num cenário de juros baixos.

“Em um momento de dólar alto e choques de oferta, o presidente do BC ajuda a ancorar o debate e indica que o mais importante é olhar o comportamento dos núcleos de inflação”, disse Aurelio Bicalho, economista-chefe da Vinland Capital, ao se referir a métricas menos voláteis nos índices de preços, que apontam um quadro de inflação bem abaixo das metas perseguidas pela autoridade monetária.

Com a expectativa reforçada após as falas de Campos, o economista projeta corte da taxa Selic, de 4,5% para 4,25%, em fevereiro, com alta de juros só a partir de meados de 2021. “A sinalização para política monetária é que há espaço para taxa de juros cair um pouco mais”, diz.

Em entrevista exclusiva ao Valor, Campos afirmou que a inflação mais alta no ano passado “não influenciou a tendência” dos preços. E, apesar do salto no IPCA, os núcleos de inflação “ficaram mais ou menos estáveis”. “A gente consegue ver o preço da carne caindo bastante e nós seguimos tranquilos com as nossas projeções”, afirmou o presidente, em nota publicada durante a tarde de ontem no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor.

Na B3, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) abandonaram as máximas do dia e fecharam em alta contida. Um dos vértices mais sensíveis às expectativas para a política monetária, o juro do DI para janeiro de 2021, avançou de 4,34% para 4,37%, mas manteve uma certa distância do maior nível da sessão, de 4,41%. Com isso, a probabilidade de uma nova rodada de afrouxamento monetário em fevereiro segue majoritária. De acordo com cálculos da Quantitas, as taxas futuras projetam 69% de chances de redução da Selic, de 4,5% para 4,25% no começo do próximo mês.

Para o economista-chefe do BTG Pactual, Claudio Ferraz, a entrevista de Campos mostra “um tom mais tranquilo” do dirigente, mas não configura um retrocesso em relação à comunicação anterior da autoridade monetária. “Em dezembro, antecipávamos que o juro chegaria a 4% neste ano, mas a linguagem mais cautelosa do BC fez com que tirássemos a expectativa de um segundo corte de 0,25 ponto em março.”

Dito isso, ele vê espaço para que o BC efetue redução adicional na taxa de juros neste ano, para 4,25%, diante do comportamento ainda benigno da inflação e das expectativas de inflação abaixo da meta de 4% em 2020. Pela manhã, o comportamento da inflação do setor de serviços no IPCA-15 de janeiro promoveu um ajuste de alta nas taxas de juros negociadas na B3, que voltaram a subir após uma sequência de pregões em queda. O índice cheio teve alta de 0,71%, em linha com o esperado, para taxa de 4,34% em 12 meses.

Mas o que chamou a atenção foi a aceleração em serviços. Para Julia Passabom, economista do Itaú Unibanco, houve uma surpresa concentrada nesse segmento, mas isso não gera preocupação para o comportamento do IPCA ao longo do ano. “O fundamento mostra que eles seguem bem-comportados e, por isso, não geram preocupação adicional. Vamos continuar monitorando, mas continuamos a ver o IPCA em 3,3% este ano. A foto é um pouco ruim, mas o filme continua positivo.”

O Itaú Unibanco mantém o cenário-base de mais duas reduções de 0,25 ponto percentual na Selic este ano, o que levaria o juro básico a 4% em março. É nesse caminho que acredita também a economista-chefe da BNP Paribas Asset Management, Tatiana Pinheiro. “Tivemos uma inflação média em torno de 0,3% de janeiro a novembro do ano passado. Uma vez que a pressão das carnes for absorvida e acomodada, os índices de inflação devem voltar à normalidade”, afirma.

O processo de normalização monetária, no cenário base da BNP Asset, terá início no fim deste ano e levará a taxa de juros a 6,5% em 2021. O efeito colateral dos juros baixos, entretanto, foi sentido no câmbio. O dólar desacelerou a queda após a entrevista de Campos, mas fechou em baixa de 0,23%, aos R$ 4,1659. De acordo com operadores, o recuo foi direcionado pela perspectiva de melhora no fluxo externo, tendo em vista as captações externas de grandes companhias locais.

 

FOLHA

Guedes firma compromisso pragmático com investidores em Davos, diz presidente do Bradesco

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou em entrevista à Folha que o ministro Paulo Guedes (Economia) firmou um compromisso pragmático com os investidores durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Lazari está na Suíça para o evento e participou de painel em que Guedes falou sobre o Brasil a investidores.

"O ministro Guedes relatou o que o governo fez, de como pavimentou a estrada no primeiro ano, concluiu a reforma da Previdência. E disse que está convicto que vai entregar as reforma tributária e administrativa e fazer o pacto federativo. Falou de forma clara o que o governo pretende e como isso vai impactar as diferentes áreas do setor público", afirmou Lazari.

O banqueiro defendeu que o crédito vai crescer no Brasil via bancos privados e disse que o governo reafirmou o compromisso com o investidor estrangeiro de que o Brasil tem uma excelente perspectiva de crescimento.

"O sentimento que a gente percebe entre os investidores é de um pouco mais de confiança no Brasil. O que precisa é que essas reformas [fiscal e administrativa, além do pacto federativo] andem rápido", afirmou.

Segundo Lazari, Guedes afirmou que, em no máximo 40 dias, as reformas estarão andando.

Neste ano, em Davos, como está a percepção em relação ao Brasil? Mudou alguma coisa em relação ao ano passado?

No ano passado, como era o começo do governo, o presidente Bolsonaro fez a abertura e muito se falou, mas não tinha material para se apresentar. Eram só proposições. Este ano, apesar de não ter andado na velocidade em que a gente gostaria, entregamos uma reforma da Previdência. Fazia 30, 40 anos que a gente falava em fazer essa reforma e sabíamos o quanto batia no fiscal. Quer queira, quer não, essa reforma andou e passou. Algumas privatizações já vêm acontecendo. O BNDES lançou mais uma venda de ações, as da Petrobras agora. E temos pela frente uma agenda muito importante de reformas que está aí –e essa agenda vai ser feita.

Acho que tudo isso, associado à convicção do ministro Paulo Guedes de que essa agenda vai andar de –com reforma fiscal, o pacto federativo e a reforma administrativa–, o sentimento que a gente percebe entre os investidores é de um pouco mais de confiança no Brasil. O que precisa é que essas reformas andem rápido.

A gente percebe que essas reformas vão andar, quer seja com o ministério, quer seja com o BNDES, quer seja com o Banco Central, e com as duas Casas –com Davi Alcolumbre, no Senado, e Rodrigo Maia, na Câmara, que trata a reforma tribuária como um compromisso dos legisladores. E essas reformas não só vão andar, como vão andar na velocidade necessária. Certamente, no ano que vem, vamos ter uma história melhor ainda para contar em Davos.

O sr., representando o banco, teve agenda com investidores?

Tive. Até agora [quarta, dia 22], umas 12 de mais de 25 agendadas. Estive com presidentes de empresas, em especial da área de energia. E eles estão preparando anúncios de investimentos importantes no Brasil. A leitura é que não será um voo de galinha. Estamos entrando num longo período de crescimento sustentável.

No ano passado, a questão era fazer a reforma da Previdência. Neste ano, então, é preciso fazer a agenda de reformas engrenar e que essa parada que o governo deu não se prolongue?

Essas outras reformas são importantes, vão engrenar, mas não têm tanto peso quanto a da Previdência. Se elas vierem, todo o nosso fiscal e toda a boa perspectiva em relação ao Brasil vão se consolidar, porque vão gerar empregos, atrair investimentos. O que nos deixa feliz é ver que o governo está consciente de que essas reformas precisam andar.

No ano passado, o governo foi cobrado por sua posição em relação ao meio ambiente, inclusive por investidores de fundos e empresas. Esse problema arrefeceu?

Nenhum investidor comentou essa questão com a gente, mas sabemos que esse é um tema central aqui em Davos. Questões sócio-ambientais, a geopolítica e o crescimento econômico com inclusão digital são os três grandes pilares do fórum. Então, obviamente, em qualquer canto esse assunto vem à tona.

Mas, veja bem; assim como não podemos acusar a Austrália de ter queimado suas florestas ou o governo francês de não ter cuidado da catedral de Notre-Dame, o governo brasileiro não deve ser acusado de estar queimando a floresta indiscriminadamente. Não é isso que está ocorrendo. Claro que precisamos reforçar a política de vigilância e de combate a atos de depredação da Amazônia. Isso não é trivial. A Amazônia é praticamente um continente, uma Europa, em extensão. No entanto, estou vendo no discurso e nas ações do governo medidas para defender o meio ambiente. Guedes, inclusive, falou no painel [para empresas] sobre uma força tarefa para atuar na defesa da Amazônia.

O sr. participou desse painel para empresas, que é fechado para imprensa. Pode contar o foi dito?

O ministro Guedes relatou o que o governo fez, de como pavimentou a estrada no primeiro ano, concluiu a reforma da Previdência. E disse que está convicto que vai entregar as reforma tributária e administrativa e fazer o pacto federativo. Falou de forma clara o que o governo pretende e como isso vai impactar as diferentes áreas do setor público. Ressaltou também o programa de privatização e de redução da participação dos bancos públicos na economia. Quer dizer, o crédito do Brasil vai crescer, e vai crescer via bancos privados. Ou seja, o governo está emagrecendo, reduzindo o tamanho dos bancos públicos e reafirmando o compromisso com o investidor estrangeiro de que o Brasil tem excelente perspectiva de crescimento. E citou o relatório que mostra como os investimentos já estão crescendo no país.

O relatório da Unctad [Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento]?

Exatamente. No ano passado, o Brasil foi o quarto país que mais recebeu investimentos globais, atrás de Estados Unidos, China e Singapura. Guedes firmou um compromisso muito forte, pragmático, com os investidores. E não fez isso sozinho. A equipe dele estava junto. Gustavo Montezano [presidente do BNDES], Marcos Troyjo [responsável pela área de comércio exterior], Carlos da Costa [secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade], Wilson [Ferreira Júnior], presidente da Eletrobras, estavam junto para fincar o pé nesse compromisso.

Algum pergunta da plateia chamou a atenção do senhor?

Uma das pessoas fez uma pergunta bastante incisiva sobre a velocidade das reformas. O ministro Guedes disse que em 40 dias, no máximo, esses projetos estarão andando. Um menina que tem uma startup do agronegócio perguntou sobre crédito de carbono, e Guedes discorreu sobre o tema e sobre incentivos a startups, demonstrando conhecimento sobre o que se pretende.

No Brasil, a queda da taxa de juros continua sendo um tema importante. Quanto tempo a queda mais expressiva da taxa básica vai demorar para chegar na ponta, para consumidor?

O governo e, sobretudo, o Banco Central, fizeram um trabalho importante aí. Nesse ano, não vamos ter surpresas com a inflação. No ano passado, só tivemos o impacto do preço da carne. A taxa de juros teve uma redução para 4,5% e acredito que deve ficar em 4,5% agora ou caia mais devagar ao longo do ano.

As taxas de juros de produtos mais tradicionais dos bancos estão caindo. Caiu no crédito imobiliário e no consignado. A taxa de financiamento de veículos é uma das mais baixas que já vimos. O crédito rural nem precisa mais de subsídio, porque o produtor rural consegue se ajustar às taxas praticadas hoje.

É aquela história: as duas únicas coisas fora do padrão são cartão de crédito e cheque especial. Mas o Banco Central decidiu reduzir para 8% [ao mês] a taxa do cheque especial a partir de janeiro deste ano. Nós tomamos a decisão de não cobrar tarifa agora. Vamos espera para ver a reação do cliente.

Mas essa redução no juro do cheque especial não foi pacífica. A Febraban inclusive se manifestou. Como vocês viram a mudança?

Nós já estávamos conversamos muito com o Banco Central. A decisão apenas acelerou algo que esperávamos para o primeiro semestre. Está resolvido.

Não receberam como uma intervenção?

Não. O Banco Central é o regulador.

E como veem a decisão da Caixa de realizar uma redução mais agressiva nos juros de seus produtos? Soa como pressão de banco público sobre privado?

Não. Cada presidente de banco tem o seu orçamento e sabe onde pode mexer, onde fica mais difícil ou é impossível mexer. Cada um tem sua estratégia. E não vamos nos pautar por essa ou aquela estratégia. Cada banco tem a sua estrutura de custo.

Qual o cenário para o setor com essa perspectiva de juro baixo e ainda em queda?

Estamos numa situação inédita. O Brasil nunca viveu uma taxa de juros de 4,5% e com inflação baixa, de 3%, 3,5%. Nós estamos falando de uma taxa real de 1%, 1,5%. É um novo normal, que nós bancos, empresas e a população brasileira vamos ter de aprender a lidar.

Para se adaptar ao novo normal, vocês têm algo novo?

Dentro de todas as mudanças que estamos vivendo, nos chamou a atenção que a população brasileira é uma das mais conectadas ao celular do mundo e isso afeta a gente, banco. Não estou falando do banco digital. Estou falando do Bradesco, que tem 4.700 agências e tradicionalmente é digital. Fomos o primeiro a trazer o computador para o Brasil.

O primeiro a adotar o online para o cliente sacar, ver saldo e tirar extrato em qualquer lugar do Brasil, independentemente de onde estivesse a agência. Percebemos que, nessa jornada, o cliente prefere se relacionar com o banco no lugar e na hora que for mais conveniente. Dado esses fatores de mudança de comportamento, de hábito de consumo, a gente precisava que a operação comum, de crédito pessoal, que você pode parcelar em 6, 12, 24 vezes, estivesse disponível no celular.

Em 2019, com os ajustes que fizemos, do total de volume de crédito pessoal –que teve te crescido mais de 30% no ano passado–, 52% das operações não foram feitas com um gerente numa agência, mas via celular ou computador pela internet. O banco precisa acompanhar isso. Entender que operações podem ser feitas fora da agência, no sábado, no domingo, à noite.

Agora, em 2019, contratamos 67 cientistas de dados só para mexer com CRM, relacionamento com clientes, criando novas jornadas no celular. Quando eu entrei no banco, há 40 anos, a gente contratava contador, engenheiro. advogado, economista e administrador. Agora, a gente contrata cientista de dados, para poder acompanhar essa evolução, que é global e afeta toda a atividade que envolva consumo.

 

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