Sexta-feira

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Investimento cai 2,7% no 4º trimestre, mas cresce 2,1% em 2019, mostra Ipea

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida dos investimentos em máquinas, construção civil e pesquisas, fechou o quarto trimestre de 2019 em queda de 2,7% frente aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, segundo indicador divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Se confirmado isso em março, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o Produto Interno Bruto (PIB), os investimentos terão interrompido uma sequência de dois trimestres de alta pela série com ajuste sazonal. O indicador havia avançado 3% no segundo trimestre e 2% no terceiro trimestre.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, os investimentos mostraram queda de 0,9% no quarto trimestre do ano passado. Por essa base de comparação, foi a primeira queda dos investimentos desde o terceiro trimestre de 2017. Apesar da baixa no fim do ano passado, os investimentos cresceram em 2019. Nos cálculos do Ipea, o indicador de FBCF cresceu 2,1% no acumulado do ano, na comparação a 2018. Em 2018, os investimentos haviam crescido em ritmo mais acelerado, de 3,9% na comparação ao ano anterior.

Componentes Isoladamente em dezembro, os investimentos recuaram 2% na comparação a novembro de 2019, na série com ajuste sazonal. O resultado foi puxado pelo menor consumo aparente de máquinas e equipamentos — produção nacional destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse dado recuou 6,8% em dezembro.

“Enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos recuou 9% em dezembro, a importação caiu 7,7% no mesmo período”, detalhou o Ipea em nota divulgada nesta quinta-feira, frisando que o consumo aparente de máquinas e equipamentos fechou o ano, apesar disso, em campo positivo, em alta de 3,1%. O indicador de construção civil, por sua vez, recuou 1,6% em dezembro, na série dessazonalizada.

 

Cenário piora em 2019 e 44% da indústria passa por recessão

Depois de dois anos de recuperação parcial da crise, a indústria de transformação ficou praticamente estagnada no ano passado, com sua sonhada aceleração fazendo água. Levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), obtido pelo Valor, revela que quatro em cada dez segmentos do setor encerraram o ano em recessão.

Dos 93 subsetores da indústria investigados, 41 enfrentaram queda de moderada a forte no ano passado (44% do total), com baixas no volume de produção mais intensas do que 1%. É uma quantidade maior do que em 2018 (37 de 93, ou 40%). Outros 11 segmentos ficaram estagnados (sem variação na produção ou próxima de zero). E 41 cresceram mais de 1%.

Com 41 segmentos em recessão e 41 em crescimento, poderia ser uma questão de copo meio cheio, meio vazio. Mas estamos no terceiro ano de recuperação, após uma longa crise, então teria sido melhor se já tivéssemos superado essa etapa”, diz Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi. “Houve quedas disseminadas, revelando as dificuldades de 2019.”

O levantamento foi feito pelo Iedi a partir da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o Iedi, 2019 foi um tropeço que mostra a fragilidade da recuperação industrial, sujeita a voltar a recessão frente a obstáculos. Dados do IBGE mostraram que a indústria de transformação teve leve alta (0,2%) em 2019 em relação ao ano anterior.

O resultado aponta para uma perda de ímpeto da recuperação. O setor havia crescido 2,2% em 2017 e mais 1,1% em 2018. Durante a crise, a transformação acumulou queda de 18,8% de 2014 a 2016. Os ramos da indústria que fecharam o ano em queda são diversificados. Entre os mais importantes, estão os setores siderúrgico (-6,1%); os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%); os tratores, máquinas e equipamentos de agricultura e pecuária (-12,4%); e os tubos de aço (-16%).

No setor de papel e celulose, a produção foi afetada pelo excesso de estoques na China, o que provocou um processo de ajuste de oferta, explica Paulo Hartung, presidente-executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Para ele, a recuperação da economia brasileira pode ampliar o consumo de pasta para papel em 2020. “O setor está otimista para este ano.”

Já os fabricantes de máquinas agrícolas queixam-se da queda da exportações para Argentina (devido à crise) e Paraguai (por causa de uma seca local). Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, diz que as exportações recuaram 16% em valor.

“Medimos nossa resultado pelo faturamento, e não por quantidade, como o IBGE. No nosso cálculo, houve crescimento de 4,7% da receita real em 2019. Só que nosso resultado não inclui os tratores, que teriam registrado queda de 15% segundo dados divulgados pela associação das montadoras, a Anfavea”, explica Bastos.

Os segmentos da indústria de transformação em campo positivo incluem bens de consumo e de capital. Dos bens duráveis, chama atenção o crescimento da linha branca - a produção de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar avançou 10,7% em 2019. Mais crédito, liberação de recursos do FGTS e a recuperação do mercado de trabalho ajudaram. Entre os bens de capital, estão máquinas e equipamentos de uso industrial (+16,4%), máquinas e equipamentos de uso geral (+8,2%), estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada (+7,8%).

Também se recuperam produtos da construção civil, como artefatos de concreto e cimento (+6,7%). Itens alimentícios também tiveram bom desempenho. A produção de conservas de frutas e legumes cresceu 30,2%. Já a fabricação de produtos de carne mostrou avanço de 5,6%, o que pode ter sido ajudado pela maior demanda por proteína do mercado da China, após uma peste ter reduzido o plantel de suínos no país. Para Cagnin, a boa notícia é que o quarto trimestre de 2019 trouxe alguma amenização do número de setores em queda, mas ainda pequena e pouco disseminada. “É algo que nutre alguma esperança de progresso para 2020”, diz.

 

Brasil precisa avançar nas reformas para retomar grau de investimento, aponta Fitch

Retomar o grau de investimento pode ser uma tarefa de mais de uma década para o Brasil, se for levada em conta a experiência de países da América do Sul que conseguiram reconquistar o selo de bom pagador pela Fitch. Shelly Shetty, diretora sênior e co-chefe de ratings soberanos das Américas da agência de classificação de risco, lembrou, durante evento em São Paulo, que Colômbia e Uruguai levaram, respectivamente, 11,3 e 11 anos.

Em um grupo maior, de 10 países que retomaram o grau de investimento, o prazo médio alcança 6,1 anos. No caso do Brasil, os desafios, segundo a executiva responsável pela análise de notas soberanas na América Latina, passam por três grandes fatores. A diretora da Ficth explica que os três níveis que separam o rating brasileiro da elite econômica se devem a vulnerabilidades macroeconômicas, às finanças públicas e a questões estruturais. “Um grau a menos na nota brasileira é explicada pelo lado macro”, diz Shelly.

“Comparado a outros países, o crescimento potencial abaixo de 2%, por exemplo, é fraco. Isso implica em pressões fiscais e sociais.” A retirada de outro grau no rating é justificada pelo alto déficit público. “O Brasil tem várias fraquezas estruturais, como o perfil de gasto público, com forte crescimento de despesas obrigatórias, e o peso fiscal” sobre o setor produtivo, afirma. A agência retira ainda um terceiro grau devido ao cenário de vulnerabilidades estruturais.

“O Congresso fragmentado, por exemplo, reduz a previsibilidade de aprovação das reformas”, diz. Shelly cita ainda questões relacionadas à corrupção e problemas de desigualdade de renda e outras pressões sociais. Apesar de desafiador o país começou a aprumar o rumo em direção a uma melhora no rating. Na visão da Fitch, o Brasil vai crescer 2,2% neste ano, o dobro de 2019. “Esperamos uma aceleração da retomada econômica no país em 2020”, afirma.

Segundo a executiva, “o déficit fiscal brasileiro está caindo, o que é uma boa notícia, mas ainda precisamos ver um recuo sustentável do déficit”. Conforme a diretora da Fitch, a recuperação econômica ainda permanece lenta e oscilante. O prosseguimento da agenda de reformas ajudaria a consolidar o processo de recuperação.

“A questão é ver quais avanços vamos ver em 2020”, afirma. Conforme Shelly, há algumas boas notícias relacionadas ao Brasil, como a solidez das contas externas. Outro ponto positivo “é que a inflação está bem ancorada e com expectativas bem contidas”.

 

Juros futuros fecham em alta, após decisão do Copom

A mensagem do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de que o ciclo de flexibilização pode ter chegado ao fim refletiu num firme movimento de alta no mercado de juros nesta quinta-feira (6). Logo no início do dia, as taxas futuras dispararam em reação ao comunicado mais duro da autoridade monetária.

Analistas veem na decisão de quarta (5) do Copom a intenção de que o efeito dos juros estimulativos se estenda por mais tempo. Assim, instituições financeiras esperam que as taxas permaneçam em níveis baixos por um período prolongado. No mercado, esse sentimento se refletiu em alta expressiva dos juros de prazo mais curto e intermediário, enquanto as taxas mais longas se mantiveram perto da estabilidade.

“Ao mesmo tempo em que a barra para cortes adicionais está mais alta, o nível de exigência para uma reversão da acomodação da política atualmente precificada no mercado também está”, nota a equipe de estratégia do Morgan Stanley, que vê um excesso de prêmio de risco nos juros futuros.

Percepção semelhante tem o J.P. Morgan. Em seu cenário base, o banco vê o início do ciclo de normalização da taxa de juros em setembro, em um processo que terminaria com a Selic a 6% no ano que vem. Os economistas Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Cristiano Souza, contudo, reconhecem que “os riscos negativos de crescimento devido à menor demanda externa podem atrasar o primeiro movimento”.

No fim da sessão regular desta quinta, às 16h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 passou de 4,29% no ajuste anterior para 4,335%; a do DI para janeiro de 2022 subiu de 4,89% para 5,01%; a do contrato para janeiro de 2023 saltou de 5,42% para 5,54%; e a do DI para janeiro de 2025 avançou de 6,05% para 6,14%. Já a taxa do DI para janeiro de 2031 passou de 6,85% para 6,86%.

O processo de achatamento da curva a termo era esperado. “O BC tentou esticar o prazo de sua política monetária e isso fez com que o mercado ajustasse em alta o miolo da curva”, diz o gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, Mauricio Patini, referindo-se aos contratos de DI para janeiro de 2022 e de 2023, cujas taxas dispararam desde o início do pregão.

Preocupações derivadas da disseminação do coronavírus fizeram com que algumas instituições revisassem para baixo projeções de crescimento econômico e de inflação. O contrato de cupom de IPCA (DAP) já negocia a inflação deste ano em 3,23% e a de 2021 em 3,63%, indicam os números da Renascença DTVM. A meta para o IPCA em 2020 é de 4% e a de 2021 é de 3,75%.

“A despeito da recente fraqueza dos dados de atividade, o Copom reafirmou que a recuperação econômica segue em ritmo gradual. Da nossa parte, continuamos também acreditando na retomada cíclica da atividade, mas há sinais de que ela será mais devagar do que o anteriormente projetado”, diz a Itaú Asset Management.

Eles lembram, ainda, que o comitê deixou de avaliar a inflação subjacente como confortável e passou a considerá-la em linha com o cumprimento da meta e acreditam que “essa mudança de percepção é derivada do aumento recente dos núcleos, algo que julgamos ser de caráter temporário”.

No ASA Bank, que também esperava juro a 4% em março, a percepção é a de que o Copom deve demorar para tirar a Selic da mínima histórica. Para Carlos Kawall, diretor do banco, o colegiado deixou claro que não planeja cortar mais os juros no curto prazo. Assim, ele vê o juro básico estável em 4,25% até o fim do ano, mas também incorpora os riscos para a atividade em suas projeções para 2021.

Assim, a leitura é que o Copom só elevará a Selic no terceiro trimestre de 2021, num processo que culminará em taxa de 5% no fim do ano que vem e de 6% em 2022. Nem todas as casas, porém, acreditam na manutenção do juro a 4,25% por um período longo.

O diretor de investimentos da Persevera Asset Management, Guilherme Abbud, reforça a possibilidade de a Selic ir a 3%, ao projetar a inflação em níveis ainda mais baixos e um cenário de decepção dos agentes financeiros com o ritmo de crescimento econômico. Assim, a gestora acredita que a interrupção no ciclo de cortes deve ser temporária. “Se voltarmos no tempo, não seria algo muito diferente do que aconteceu outras vezes”, afirmou Abbud.

 

Mercado vê Selic estável por mais tempo

A clara mensagem passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de que o ciclo de flexibilização chegou ao fim foi incorporada rapidamente no mercado de juros ontem. Logo no início do pregão, as taxas futuras dispararam em reação ao comunicado mais duro da autoridade monetária, num movimento que reverte as apostas mais ousadas de parte dos investidores em novos cortes da Selic.

Na quarta-feira à noite, o colegiado reduziu a taxa básica de juros, de 4,5% para 4,25% anuais, mas afirmou que vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. Bancos que viam um corte adicional em 2020, como Itaú Unibanco, Santander, Bank of America (BofA), Safra e ASA Bank, acataram a mensagem e agora veem estabilidade da taxa até o fim do ano.

Muitos analistas veem na postura do Copom a intenção de prolongar os efeitos dos juros baixos na economia, mesmo que isso signifique abrir mão de uma nova rodada de estímulo monetário. No mercado de juros na B3, isso se refletiu em forte alta em taxas de curto prazo e um movimento menos acentuado em vencimentos mais longos.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2022 subiu de 4,92% para 5,02%, enquanto a do DI para janeiro de 2027 saiu de 6,41% para 6,49%. Com isso, as instituições financeiras esperam, agora, que a taxa Selic permaneça em níveis baixos por um período ainda maior. “Ao mesmo tempo em que a barra para cortes adicionais está mais alta, o nível de exigência para uma reversão da acomodação da política monetária (...) também está”, afirma a equipe de estratégia do Morgan Stanley, que vê um excesso de prêmio de risco nos juros futuros.

A leitura de juros baixos por ainda mais tempo também é reforçada por preocupações derivadas da disseminação do coronavírus, que fizeram com que economistas de grandes bancos revisassem para baixo suas projeções de crescimento econômico e de inflação. Para Carlos Kawall, diretor do ASA Bank, os sinais de uma retomada mais lenta da atividade, aliados a um cenário de inflação controlada, devem empurrar a primeira alta de juros para o terceiro trimestre de 2021, num processo que culminará em taxa de 5% no fim do ano e de 6% em 2022.

“Nós havíamos reduzido a projeção de crescimento do PIB do Brasil, de 2,2% para 2%, por causa do efeito do coronavírus na economia chinesa. Além disso, já estávamos vendo com mais cautela os indicadores de atividade por aqui”, afirma. Leitura semelhante é traçada no J.P. Morgan, que revisou o PIB do Brasil de 2% para 1,9% em 2020 e a inflação de 3,7% para 3,4%. Os analistas do banco veem o surto de coronavírus como um choque temporário, mas um crescimento mais fraco na China “provavelmente terá repercussões no Brasil”.

“Menor crescimento e inflação devem permitir que o Banco Central mantenha as taxas baixas por mais tempo - agora vemos a primeira elevação de 0,25 ponto percentual apenas em dezembro de 2020”, dizem. Para parte dos analistas, o principal risco para o cenário base do Copom é ver uma nova frustração com a recuperação econômica, o que poderia levar o colegiado a novos cortes da Selic.

“É necessário observar os efeitos do coronavírus sobre atividade e inflação globais. Caso o impacto seja mais negativo para a atividade do que o previsto e mais deflacionário, o Banco Central pode ser obrigado pelo balanço de riscos a cortar novamente”, afirma Tomás Goulart, economista-chefe da Novus Capital. “Por outro lado, ao usar as defasagens da política monetária, o BC se coloca em um ponto em que não vê necessidade de alterar nada em termos de política monetária por, pelo menos, seis meses”, acrescenta.

Vale dizer que, para tomar suas decisões, o Copom costuma averiguar os efeitos de prazos mais duradouros - não os de curtíssimo prazo - das surpresas que aparecem no cenário. Além disso, o colegiado tem comentado que existem incertezas em relação a uma nova potência da política monetária, as transformações no mercado de crédito e o ritmo de fechamento do hiato do produto - diferença entre PIB e seu potencial.

Nem todas as casas, porém, acreditam na manutenção do juro a 4,25% por um período longo. O diretor de investimentos da Persevera Asset Management, Guilherme Abbud, reforça a possibilidade de a Selic ir a 3%, ao projetar a inflação em níveis ainda mais baixos e um cenário de decepção dos agentes financeiros com o ritmo de crescimento econômico. Assim, a gestora acredita que a interrupção no ciclo de cortes deve ser temporária. “Se voltarmos no tempo, não seria algo muito diferente do que aconteceu outras vezes”, afirma Abbud.

 

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