Terça-feira

ESTADÃO

Minha Casa Minha Vida salva venda de imóveis durante a pandemia

As construtoras que atuam no Minha Casa Minha Vida estão sentindo impacto menor nas vendas durante a crise provocada pela pandemia de covid-19 em comparação com as empresas que atuam com empreendimentos de médio e alto padrão, nos quais as transações despencaram cerca de 65%. Assim como na crise econômica iniciada em 2014, o programa habitacional tem segurado os negócios agora, evidenciando ainda mais a sua importância, enquanto passa por uma reformulação no governo federal.

A construtora Tenda informou que, a despeito de muitos estandes de venda fechados, registrou em abril o melhor mês de vendas do ano. Focada no Minha Casa Minha Vida, a companhia tem encontrado demanda apesar da crise. "Nosso cliente é resiliente", afirmou o diretor de relações com investidores, Renan Sanches. A companhia tem conseguido dar vazão aos negócios essencialmente pelos canais digitais.

A Direcional, que também atua no programa, antecipou que suas vendas em abril e maio estão em um nível semelhante ao registrado no primeiro trimestre. "As vendas estão saudáveis dentro do contexto em que estamos vivendo", avaliou o presidente da companhia, Ricardo Ribeiro, em conferência com investidores.

A principal explicação para a blindagem do mercado de imóveis populares é que os consumidores desse segmento desejam sair da moradia atual - seja porque é compartilhada com outras famílias, ou porque o imóvel está em más condições.

Há também o interesse em trocar o aluguel pela prestação da casa própria, uma vez que os valores são semelhantes. Outro ponto é que o ritmo de formação de novas famílias nesse estrato social ainda é maior do que a quantidade de imóveis novos produzidos a cada ano. "Ou seja, tem demanda suficiente para absorver a oferta", disse Ribeiro.

Com isso, a tendência é que o Minha Casa Minha Vida ganhe ainda mais representatividade no total de negócios nos próximos meses. Atualmente, o programa responde por 79% dos lançamentos e 71% das vendas no País, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Mas esse peso tende a crescer ao longo dos próximos meses, assim como ocorreu na crise de 2014, quando o programa respondeu por mais de 80% dos negócios.

Enquanto isso, o Ministério do Desenvolvimento Regional prepara ajustes no programa, que devem ser anunciados assim que a pandemia der uma trégua. O novo Minha Casa terá uma nova modalidade, dedicada à regularização fundiária, substituindo a faixa 1, que foi paralisada por falta de recursos da União. O objetivo é fazer um mapeamento de casas que já existem em áreas que sejam regularizáveis e conceder o título da propriedade e do terreno.

O governo federal também estuda reduzir as taxas de juros do programa. Empresários do setor propuseram crédito com taxas entre 4% e 6% ao ano, ante a regra vigente, com juros de 5,5% a 8,16% ao ano. Mas a governo deve adotar um corte mais enxuto, que fique em torno de 0,5 ponto porcentual a 0,75 ponto porcentual, segundo fontes.

Média e alta renda

No segmento de imóveis para população de renda média e alta, o clima é de maior apreensão por causa da queda nas vendas. "Nas classes média e alta, as vendas certamente foram muito mais afetadas, porque esse cliente se isolou dentro de casa. Ele não tem a urgência para comprar como no segmento de baixa renda", disse Raphael Horn, copresidente da Cyrela, tradicional em empreendimentos de alto padrão.

Horn explicou que os canais digitais até ajudam na apresentação dos projetos, tramitação dos documentos e assinatura do contrato, mas o problema é que esses clientes não têm motivação para compra diante das incertezas sobre os rumos do País. "É o mesmo caso da venda de veículos, que também caiu. Dá para comprar carro online, mas ninguém está com humor para gastar R$ 50 mil ou R$ 100 mil em um carro novo", comparou. A Cyrela informou que as vendas caíram significativamente no pós-pandemia, mas não antecipou números.

A Tecnisa relatou que as vendas em abril foram 55% menores do que o previsto para o mês, antes da crise. "Sentimos um efeito nas vendas, uma vez que os estandes estão fechados. Quando o sujeito não pode ir ao estande ver a planta decorada, desiste de comprar", explicou o diretor presidente, Joseph Meyer Nigri, em entrevista. O executivo conta que as vendas efetivadas em abril já estavam sendo tratadas com os clientes nas semanas anteriores.

A Eztec registrava vendas médias de R$ 40 milhões por semana até a primeira quinzena de março. Com a chegada da crise, esse patamar despencou 90%, para R$ 4 milhões por semana. "As pessoas ficaram em choque, entraram em um estado de perplexidade", disse o diretor de relações com investidores, Emílio Fugazza.

A boa notícia, segundo ele, é que desde o fim de abril, as vendas estão se aproximando de um patamar um pouco mais alto, de R$ 10 milhões por semana. "Ainda estamos abaixo do nível pré-crise, mas é, honestamente, um sinal positivo de melhora para o setor." Na avaliação do executivo, as pessoas estão retomando os negócios pouco a pouco, à medida em que vão se acostumando à nova realidade.

 

VALOR

Amparado por otimismo no exterior, Ibovespa fecha em alta de 4,69%

O alívio em medidas de restrição social em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, somado aos sinais de retomada da China e resultado promissor de uma vacina da farmacêutica Moderna contra o novo coronavírus, aumentou o otimismo do investidor em relação à recuperação da economia. Como resultado, os preços do petróleo e do minério de ferro dispararam e, consequentemente, o Ibovespa, dado o peso relevante das empresas de commodities em sua composição.

O fôlego extra que garantiu o índice acima de 81 mil pontos veio do setor bancário, após o Senado adiar a discussão sobre teto para juros. Após ajustes, o Ibovespa fechou em alta de 4,69%, aos 81.194 pontos. Em nenhum momento do pregão o Ibovespa ficou no negativo, subindo 0,02%, na mínima dos 77.571 pontos, e 4,98%, na máxima de 81.420 pontos. Vale ON, que sozinha representa 10,15% do Ibovespa, fechou em alta de 6,68%, a R$ 51,26.

Os papéis foram beneficiados pela valorização de 3,4% do minério de ferro no porto de Qingdao, a US$ 96,84 a tonelada, em função da demanda aquecida das siderúrgicas chinesas e pelo aumento dos preços do aço. Já Petrobras ON teve um avanço de 9,72% e a PN de 8,10%, impulsionadas pelos preços do petróleo, que estão acima dos US$ 30 o barril. Juntos, os papéis têm participação de 9,39% no índice.

O petróleo Brent para julho fechou em alta de 7,10%, a US$ 34,81 o barril, e o WTI para junho teve alta de 8,1%, a US$ 31,82 o barril. A forte alta da commodity ocorreu com sinais de recuperação da atividade econômica na China e alívio nas medidas de restrição social, principalmente em Nova York, Espanha e Itália.

Outra notícia que elevou a percepção de que a retomada da economia pode ocorrer antes do esperado veio da farmacêutica americana Moderna. Segundo a empresa, a fase 1 do teste clínico da vacina contra a covid-19 teve resultados positivos. A fase 2 será iniciada em breve. Além do noticiário positivo vindo do exterior, o Ibovespa ganhou fôlego com o setor bancário, após o Senado adiar a discussão da proposta que definia em 30% o juros do cartão de crédito e cheque especial.

Além do teto do juros, o Senado também adiou a votação do projeto que eleva a tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 20% para 50% para instituições financeiras. Banco do Brasil ON fechou em alta de 4,78%, Itaú Unibanco PN subiu 4,81%, Bradesco ON (4,74%), Bradesco PN (5,26%), Santander units (6,88%) e BTG Pactual units (9,20%). Os bancos têm participação de 18% no Ibovespa.

O volume financeiro total do Ibovespa somou R$ 21,8 bilhões, acima da média diária de 2020 de R$ 19,7 bilhões. Hoje também foi dia do exercício de vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 7,53 bilhões. Assim, o volume agregado, que considera todo o volume da B3 e opções, totalizou R$ 34,2 bilhões.

 

Moody’s espera volta das reformas após a crise

Apesar da forte deterioração econômica neste ano no Brasil, a Moody’s adota como cenário base uma retomada da trajetória fiscal e do crescimento do país, com continuidade da agenda de reformas, no período após a crise do coronavírus, afirmou a vice-presidente e principal analista para os ratings do Brasil da agência, Samar Maziad, em teleconferência com jornalistas.

Segundo a executiva da agência de classificação de risco, embora os desafios sejam grandes, o país tem implementado avanços estruturais significativos que ajudam a contrabalançar os problemas atuais. Com essa avaliação, a Moody’s reafirmou a nota soberana do Brasil em “Baa2”, com perspectiva “estável”, na sexta-feira.

Conforme Samar, a agência espera uma contração de 5,3% no PIB brasileiro neste ano e um crescimento de 3,3% em 2021. O déficit fiscal na avaliação da classificadora vai alcançar 10,5% do PIB em 2020 e a dívida bruta pública vai saltar para 88% do PIB no período. No entanto, após o fim da crise da covid-19, o país tenderia a retomar a trajetória de redução do déficit, de melhora no perfil fiscal e com retomada gradual do crescimento. Apesar do ambiente global macroeconômico extremamente desafiador, “vimos melhoras em várias áreas nos últimos anos e que equilibram os desafios que vemos agora”, apontou Samar.

Conforme a vice-presidente da Moody’s, “não é só o Brasil, o mundo todo está atravessando um momento de forte deterioração econômica”. A agência ressalta, porém, que os números tendem a melhorar ao longo dos próximos anos. O ambiente de juros baixos, o processo de consolidação fiscal desde a criação do teto de gastos, a agenda de reformas, com destaque para a aprovação da nova Previdência, e as baixas vulnerabilidades externas tornam o Brasil relativamente resistente a choques e capaz de criar condições para uma retomada.

A perspectiva estável, segundo a analista, “equilibra esses fatores e os riscos”. Dentre os desafios, a agência cita a possibilidade de uma contração econômica mais profunda e mais persistente, que traria uma possibilidade de maior deterioração fiscal ou ainda de um dano de longo prazo nas contas públicas. Samar também disse enxergar as turbulências políticas, com embates frequentes entre Executivo e outros poderes, como um fator de risco adicional. “No caso do Brasil, é um elemento que pode afetar a trajetória positiva de retomada e trazer incertezas sobre a continuidade da agenda de reformas.”

A analista da Moody’s lembrou que essa volatilidade política já faz parte do cenário brasileiro há alguns anos. “Para ser franca, no perfil do Brasil, por vários anos, desde pelo menos a discussão do impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff] é algo que tem estado presente em nossas avaliações.”

A vice-presidente da Moody’s enfatizou ainda a importância da regra do teto de gastos para a trajetória fiscal do país no período pós-crise. “O teto de gastos é uma âncora fiscal no momento”, disse. “Nossa expectativa em nosso cenário base é que a deterioração fiscal será limitada [ao período de resposta à pandemia] e a acumulação de dívida será mais restrita a este ano”, disse.

Após a abertura da economia, a agência espera que o crescimento da dívida pública se estabilize e “eventualmente diminua” nos anos seguintes. Para manter a trajetória de consolidação fiscal, Samar reforçou a importância de manter a regra do teto. “Se perder a âncora fiscal, os gastos vão continuar a subir em termos reais, com aumento da acumulação de dívida. Com elevação sem controle dos gastos obrigatórios, o crescimento da dívida se torna explosivo.”

Samar também enfatizou a necessidade de retomada da agenda de reformas após a retomada. “É importante ter em mente que, sem reformas adicionais, além da Previdência, a trajetória esperada será interrompida”, apontou. A analista acrescentou ainda esperar que algumas reformas já apresentadas sejam aprovadas no ano que vem. Com a crise do coronavírus, “agora esperamos que [as reformas] estejam presentes já no projeto de orçamento do ano que vem”.

Sobre o cenário de câmbio atual, Samar afirmou que, por enquanto, a desvalorização do real não representa um risco para o perfil de crédito soberano do Brasil. “A taxa de câmbio do dia a dia não afeta o perfil de crédito e o mesmo vale para o CDS e o aumento de spread.” Conforme a analista sênior da Moody’s, o Brasil tem pouca vulnerabilidade externa e mesmo a desvalorização da moeda do país tem sido moderada na comparação com outros países da América Latina. “Quando existe uma dependência de funding externo, como é o caso de alguns emergentes, a questão cambial se torna um fator de risco, mas não é o caso do Brasil.”

 

ESTADÃO

BNDES negocia ‘crédito âncora’ aos fornecedores mais afetados pela pandemia

O BNDES começou a estruturar uma linha de financiamento para apoiar a cadeia de fornecedores de segmentos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. O orçamento está sendo definido, mas deve somar, ao menos, R$ 2 bilhões e o primeiro candidato a acessar os recursos deverá ser o setor de varejo, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Batizada de “crédito âncora”, a modalidade já foi utilizada pelo BNDES em outras ocasiões. A ideia é que as grandes empresas atuem como repassadoras de recursos do banco de fomento a sua cadeia de fornecedores. Assim, pequenas e médias empresas poderão ter acesso a condições de crédito melhores, aproveitando-se da qualidade do risco de grupos maiores.

Conversas já têm ocorrido entre representantes do BNDES e entidades do setor de varejo. Outros segmentos que também foram afetados na crise, como o automotivo, também são elegíveis ao chamado “crédito âncora”.

No passado, o BNDES aprovou operações de apoio a fornecedores. Dentre as empresas que acessaram os recursos, estiveram nomes como O Boticário e Renner. Enquanto na empresa de cosméticos o objetivo foi financiar a rede de franqueados, na rede varejista o apoio foi a fornecedores nacionais, emprestando recursos para a modernização de fábricas, por exemplo.

O banco de fomento tem coordenado a ajuda ao lado de bancos privados a segmentos que tiveram seus negócios corroídos pelas medidas de isolamento, essenciais para combater a propagação do vírus.

 

Investimentos sustentáveis têm desempenho superior aos tradicionais no 1º trimestre de 2020

Os investimentos sustentáveis tiveram desempenho melhor que as opções tradicionais no primeiro trimestre de 2020, segundo relatório da empresa de gestão de ativos BlackRock, divulgado com exclusividade pelo Estadão/Broadcast no Brasil. Os dados levam em consideração alguns dos principais indicadores 'verdes' dos mercados internacionais.

Conforme o estudo, 51 dos 57 índices de sustentabilidade da empresa Morningstar, analisados pela BlackRock, tiveram resultados superiores aos dos considerados 'tradicionais'. Resultado similar também foi observado nos indicadores da empresa de análise de fundos Morgan Stanley Capital International (MSCI), na qual 15 dos 17 índices de sustentabilidade também renderam mais que os seus equivalentes 'comuns'.

No Brasil, os índices acionários da B3 mostram o mesmo comportamento no ano considerado até a última sexta-feira, 15. As perdas do Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, totalizadas em 32,9%, foram maiores que as baixas de 28,19% do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, onde estão as empresas consideradas verdes.

Finanças verdes

O resultado favorável dos investimentos sustentáveis, ao invés dos tradicionais, chega em um momento em que organizações privadas, como o Fórum Econômico Mundial (FMI) e a própria BlackRock, além de outras autoridades, como o Banco de Compensações Internacionais (BIS), priorizam as questões voltadas a temas ambientais, governamentais e sociais.

Na semana passada, o BIS publicou um trabalho defendendo que os setores bancário e financeiro desenvolvam "finanças verdes" e encontrem uma solução sustentável para a crise mundial causada pela pandemia do coronavírus.

Em seu relatório, a BlackRock aponta que, apesar do período de tempo analisado pelo estudo ser curto, a resistência dos investimentos sustentáveis está de acordo com o observado pela gestora americana, durante as recessões de 2015 a 2016 e ainda 2018. "Além disso, esses resultados estão em linha com as pesquisas da BlackRock publicadas desde meados de 2018, demonstrando que as estratégias sustentáveis não exigem abdicar do lucro e têm como característica a estabilidade".

Cresce preferência por fundos sustentáveis

O estudo também mostra que, apesar da crise no mercado de petróleo no primeiro trimestre de 2020 ter afetado bem menos os investimentos sustentáveis, não é possível dizer que o setor de energia foi quem os favoreceu frente às opções tradicionais. "O desempenho abaixo do mercado no segmento tradicional por conta de energia [especialmente, petróleo e gás], explica somente uma parte do desempenho superior dos fundos sustentáveis", escrevem os analistas da BlackRock.

Na avaliação dos assuntos relacionados à sustentabilidade, os especialistas da gestora americana observaram que as empresas verdes possuem "um desempenho particularmente forte em temas que incluem relações com clientes, cultura corporativa e efetividade da diretoria, proporcionando perspectivas positivas sobre a estabilidade durante a atual crise."

Já nos primeiros três meses de 2020, cresceu a procura por fundos de investimento e fundos de índice, que estejam ligados a temas ambientais. "Os fundos abertos globais sustentáveis captaram US$ 40,5 bilhões [no primeiro trimestre], um crescimento de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior", diz o relatório.

 

O GLOBO

 

Chefe do FMI adverte que recuperação econômica global completa é improvável em 2021

A economia global levará muito mais tempo para se recuperar totalmente do choque causado pelo novo coronavírus do que o inicialmente esperado, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, ao mesmo tempo em que enfatizou o perigo do protecionismo.

Em entrevista à Reuters,  Georgieva disse que o Fundo deve rever para baixo sua previsão de uma contração de 3% no PIB em 2020, com apenas uma recuperação parcial esperada para o próximo ano, em vez da alta de 5,8% inicialmente projetada.

Neste domingo, em entrevista à rede de TV CBS, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que a plena recuperação da economia deve ser lenta e que depende de uma vacina contra Covid-19. Segundo ele, a retomada da economia pode se estender 'até o fim de 2021'.

Na conversa com a Reuters, a diretora-gerente do FMI acrescentou  que os dados de todo o mundo vieram piores do que o esperado.

— Obviamente, isso significa que levaremos muito mais tempo para ter uma recuperação completa dessa crise — disse na entrevista, embora não tenha estimado uma data-alvo específica para a recuperação.

Em abril, o credor global previu que os fechamentos de empresas e isolamento social  decretado por alguns paíse para retardar a propagação do vírus levariam o mundo à recessão mais profunda desde a Grande Depressão dos anos 1930, mas, desde então, dados apontam para "mais más notícias", disse Georgieva no início deste mês. O FMI deve divulgar novas projeções globais em junho.

Questionada sobre as renovadas tensões entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo, Georgieva disse que está pedindo aos países membros que mantenham comunicação aberta e fluxos comerciais que sustentem o crescimento global por décadas:

— Precisamos manter os fluxos comerciais abertos, especialmente para suprimentos médicos, alimentos, e, por prazos mais longos para encontrar um caminho para superar o que está acontecendo agora com esta crise. Queremos continuar a construir esse futuro mais próspero para todos, superando as cicatrizes que possam resultar dessa crise.

As tensões entre os Estados Unidos e a China aumentaram nas últimas semanas, com autoridades de ambos os lados sugerindo que um acordo duramente vencido que neutralizasse uma guerra comercial de 18 meses poderia ser abandonado meses após a assinatura.

Georgieva alertou ainda contra a volta para o protecionismo como resultado da crise.

— Não devemos nos afastar do que tem funcionado para as pessoas em todos os lugares: uma divisão do trabalho, colaboração e comércio, que permitem diminuir os custos de bens e serviços, aumentar a renda e permitir que a pobreza nos países e entre países diminua — afirmou.

O FMI — criado após a Segunda Guerra Mundial para promover a estabilidade financeira, facilitar o comércio e reduzir a pobreza em todo o mundo — forneceu financiamento de emergência a 56 países desde o início da crise e decidirá sobre 47 pedidos adicionais o mais rápido possível, disse Georgieva.

Um porta-voz do FMI disse que cerca de US$ 21 bilhões em financiamento de emergência, com taxas de juros muito baixas, foram desembolsados até o momento.

Georgieva acrescentou  que o Fundo também poderia conceder subsídios para ajudar os países mais pobres a cobrirem seus pagamentos do serviço da dívida com o organismo até o fiml do ano, depois de levantar novos compromissos de empréstimos de seus membros.

 

 

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