Segunda-feira

Programa busca regularizar imóvel para baixa renda

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, finaliza o programa habitacional que substituirá o Minha Casa Minha Vida. Para afastar o governo Bolsonaro da bandeira que foi uma das principais marcas da gestão petista, a pasta pretende lançar até o fim deste mês o “Casa Verde Amarela”, com foco na regularização de imóveis de famílias de baixa renda e em estímulo a financiamentos com taxas de juros baixos. Em entrevista ao Valor, Marinho afirmou que há aproximadamente 12 milhões de residências irregulares que poderão ser beneficiadas pelo programa. O governo pagará pela regularização e por pequenas reformas nos imóveis. A medida seria uma saída diante da falta de orçamento para subsidiar novos empreendimentos para famílias de baixa renda, a exemplo do que ocorria na faixa 1 do Minha Casa. O ministro tenta reduzir juros e alongar o pagamento de subsídios da União à Caixa Econômica para viabilizar crédito a esse público.

Marinho tem se envolvido diretamente na tarefa de aumentar a presença de Bolsonaro no Nordeste. Nova viagem está prevista para esta semana. Ele afirmou que a “segurança hídrica” será uma marca do governo, o que se dará em grande parte pelo novo marco do saneamento e por um projeto de revitalização de bacias hidrográficas, que terá início no bojo da transposição do São Francisco. O ministro espera que os primeiros leilões sobre serviço de água e saneamento sejam viabilizados no primeiro semestre de 2021. Com maior segurança jurídica, Marinho acha que há interesse de investidores estrangeiros e nacionais em injetar recurso em saneamento, após a pandemia. Marinho disse que não tem problemas de relacionamento com Paulo Guedes por causa do programa Pró-Brasil, carteira de projeto de investimentos, e que o governo está afinado na ideia de dar prioridade à atração de investimentos privados.

 

Crise fará mercado imobiliário de São Paulo encolher entre 30% e 35% em 2020

A crise provocada pela pandemia do coronavírus deve interromper a recuperação do mercado imobiliário na capital paulista, que mostrou um volume crescente de negócios nos últimos três anos. A perspectiva agora é de que os lançamentos de novos projetos imobiliários na cidade devem cair entre 30% e 35% em 2020 na comparação com 2019.

A estimativa é do presidente da Brasil Brokers e vice-presidente de intermediação imobiliária do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Claudio Hermolin. “Os projetos estão praticamente prontos para serem lançados. O que falta é confiança de que os produtos serão bem vendidos”, ressalta.

Quase um mês após a autorização para reabertura dos estandes na cidade de São Paulo, as construtoras que atuam no mercado imobiliário ainda não retomaram os lançamentos de novos projetos. É verdade que o tempo foi curto para obter licenças, montar estandes e preparar equipes. Mas também tem pesado para os empresários as incertezas sobre os rumos da economia brasileira, incluindo o comportamento do emprego e da renda da população.

Tudo indica que uma retomada mais pujante continuará em compasso de espera até a pandemia ser controlada e a economia der sinais de melhora, segundo Hermolin. “Hoje os incorporadores estão olhando a água fria e se perguntando quem será o primeiro a mergulhar”, compara.

Para os meses da quarentena (entre abril e junho), havia um cronograma de lançamentos avaliados em ao menos R$ 2,5 bilhões, mas nada disso se concretizou por conta do fechamento do comércio. Já para julho e agosto juntos, são esperados lançamentos na ordem de R$ 700 milhões na cidade. É um bom recomeço, mas abaixo do ritmo pré-crise, diz Hermolin.

Nessa retomada, os lançamentos ficarão concentrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV) e nos apartamentos compactos (menos de 40 m²) – segmentos que atraem pessoas com maior necessidade de moradia e investidores, respectivamente. “Os apartamentos de três e quarto quartos, voltados para famílias e pessoas de maior poder aquisitivo, ficarão para depois”, estima.

Vendas de imóveis dão sinal de melhora

Embora o clima no mercado seja de cautela, alguns números dão esperança de que dias melhores estão chegando. Um levantamento preliminar da Lopes, antecipado ao Broadcast, mostra que as vendas na cidade de São Paulo em maio foram 50% abaixo do mesmo mês do ano passado. Já em junho, as vendas foram “apenas” 20% menores, na mesma base de comparação. “Considerando que não tivemos lançamentos nesse período, não foram números ruins”, avalia a diretora comercial da Lopes, Mirella Parpinelle.

A executiva relata que as vendas foram principalmente de unidades no Minha Casa Minha Vida, além de algumas poucas unidades de alto padrão fechados por pessoas que trabalham em setores produtivos que seguiram ativos na crise, como agronegócio, varejo online e supermercados.

Com esse nível de liquidez considerado relativamente bom, Parpinelle acredita que os incorporadores terão disposição para voltar a lançar em breve e de forma gradual. “Os projetos que estavam previstos para o segundo e o terceiro trimestres devem ser realizados ainda este ano. Mas os lançamentos do quarto trimestre devem ficar para 2021. Não dá tempo de recuperar”, calcula.

Outro dado que serve de alento para o setor é a pesquisa sobre crédito imobiliário. Entre janeiro a maio de 2020, os empréstimos totalizaram R$ 34,08 bilhões, expansão de 23,2% em comparação com esses mesmos meses de 2019. Só em maio, foram R$ 7,13 bilhões, aumento de 8,2% frente a maio do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A Abecip destacou que o volume financiado em maio, segundo mês completo sob isolamento social, foi praticamente igual ao de janeiro, o que sugere um impacto reduzido da crise sobre o setor.

“Entre maio e junho tivemos um incremento considerável na entrada de novos pedidos de crédito em comparação com os meses de março e abril, quando o setor teve um impacto pelo menor número de transações imobiliárias”, conta o diretor de negócios imobiliários do Santander, Sandro Gamba. “O volume de análise de crédito vem aumentando tanto no mercado de imóveis. Isso é um dado positivo”.

Construtoras veem risco de demissões

A pesquisa da Abecip também mostrou, entretanto, que há uma diferença no comportamento da carteira de crédito. O crescimento dos empréstimos está concentrado nos contratos com pessoas físicas, que tomam recursos para a compra das moradias, novas ou usadas. Já os financiamentos a construtoras está mais devagar, como reflexo do adiamento de novos projetos e início de obras.

A liberação de crédito para a aquisição somou R$ 5,3 bilhões em maio e R$ 27,2 bilhões no ano, o que representam altas de 12,2% e 30,1%, respectivamente. Na contramão, o crédito para a construção foi de R$ 1,8 bilhão em maio e R$ 6,9 bilhões no ano, baixa de 2% e alta de 1,8%, respectivamente.

“Essa parada no crédito à produção reflete os lançamentos. Por consequência, as empresas não contratam serviços e não compram materiais, adiando a retomada da economia como um todo”, observa o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França.

Caso os lançamentos demorem a ser retomados, o risco passa a ser de demissão, alerta. “As empresas têm uma estrutura instalada grande que envolve escritórios e equipes de backoffice. Se postergarem por muito tempo os lançamentos, podemos ver uma redução das equipes internas. Se ficarem sem as receitas, tem que equilibrar as despesas”, explica.

A pesquisa mais recente realizada pela Abrainc com 20 incorporadoras associadas em todo o País, com dados do último trimestre móvel encerrado em abril de 2020, mostrou que foram vendidas 29,7 mil unidades no período, alta de 2,7% ante o mesmo período do ano passado. Os lançamentos somaram 18,4 mil unidades, avanço de 2,2% na mesma base de comparação.

 

Surpresa positiva com dados não altera rumo da Selic

Embora os números acima do esperado de indicadores de atividade tenham deixado para trás os cenários econômicos mais pessimistas, a avaliação de que a ociosidade permanecerá em níveis elevados no Brasil segue sobre a mesa e dá aval para que a taxa básica de juros continue em suas mínimas históricas por um período extenso.

Analistas, inclusive, notam que há chance de uma nova redução na taxa Selic e ressaltam que uma normalização da política monetária deve demorar para ter início. “Vamos ter como legado uma piora bastante grande no mercado de trabalho, nas condições das famílias e isso pode ter um efeito importante de arrasto, um evento desfavorável para uma retomada. O conjunto de dados do segundo trimestre tem sido melhor do que se antecipava, mas estamos falando de uma economia que, nas nossas projeções, deve exibir uma contração de 6% neste ano”, afirma Claudio Ferraz, economista-chefe do BTG Pactual.

Para ele, é um número que indica uma ociosidade ainda maior na economia, “sendo que não tínhamos conseguido fechar o hiato do produto da recessão anterior”. Mesmo que o cenário indique uma contração menos severa na economia do que se imaginava a princípio, Ferraz acredita que o ambiente requer juros estimulativos e diz ser muito cedo para falar sobre uma normalização da política monetária.

A projeção oficial do BTG indica manutenção da Selic em 2,25% anuais por um período prolongado, sendo elevada a 3% no fim de 2021. Ferraz, contudo, avalia que o Banco Central deixou a porta aberta para novos cortes e nota que a comunicação recente aponta para uma chance um pouco maior de redução de 0,25 ponto percentual da taxa básica em agosto.

Os números de atividade menos negativos do segundo trimestre fizeram com que a Occam revisasse sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de uma queda de 6,5% para uma retração de 5,6%. Para o economista-chefe da gestora, Paulo Val, embora os dados mais recentes tenham surpreendido, o quadro continua a indicar uma fraqueza aguda da economia. Não por acaso, Val espera que o juro básico seja mantido nos atuais 2,25% por um longo período, com uma normalização tendo início somente em 2022.

“Vamos ter uma ociosidade muito grande no mercado de trabalho e uma normalização nesse ambiente não aconteceria tão cedo”, diz o economista. Val alerta, porém, que o cenário da Occam abarca uma razoabilidade fiscal e alguma agenda positiva passados os efeitos da pandemia. Para ele, essa narrativa já começa a dar alguns sinais, mas será necessário o Brasil andar mais na pauta fiscal. “É o grande calcanhar de Aquiles que, se atingido, pode fazer o BC rever sua estratégia mais cedo por causa da deterioração da percepção de risco”, diz.

Não é por acaso que o Morgan Stanley também espera manutenção da taxa básica de juros em 2,25%. O economista para Brasil do banco americano, Thiago Machado, avalia, em relatório, que a incerteza em relação à situação fiscal deve impedir reduções adicionais. “O desafio no Brasil está em como restaurar a âncora fiscal. Como o governo pode priorizar os gastos sociais, com um orçamento inflexível, e ainda cumprir a regra do teto de gastos em 2021? A relação entre a dívida bruta e o PIB pode estar se aproximando do nível de três dígitos em breve, dada a deterioração das métricas fiscais.”

Para ele, a preservação da estabilidade financeira em meio às preocupações fiscais justificaria uma abordagem cautelosa quanto ao afrouxamento monetário. Machado alerta, ainda, que “saídas repentinas de capital e a depreciação cambial podem desancorar as expectativas de inflação e forçar o BC a elevar os juros no momento em que a recuperação precisa de taxas baixas”.

Por ora, o consenso do mercado indica projeções de inflação abaixo da meta de 3,75% em 2021. “Se não houver nenhuma surpresa ou choque, a inflação continuará a rodar abaixo da meta e uma convergência ocorreria só por volta de 2022”, afirma o diretor de pesquisa econômica da Pezco, Helcio Takeda. Para ele, esse cenário aponta para manutenção da Selic em 2,25% e início de um ciclo de alta nos juros somente em 2022.

O economista-chefe da JGP, Fernando Rocha, acredita que o juro básico sofrerá uma queda de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom. Ele, contudo, argumenta que não vê uma outra redução na taxa básica de juros no encontro de setembro, até porque os números de inflação já devem estar um pouco mais altos, embora em níveis nada preocupantes para a meta. “Teremos um juro real de -1,5% a -1%. Não há dúvidas de que esse nível é estimulativo e o próprio BC tem deixado isso bem claro.”

Ele diz acreditar que o processo de normalização da política monetária pode ter início já no primeiro semestre de 2021. Ao menos no momento atual, que está inserido em um contexto sem precedentes para a economia global, o estrategista-chefe para mercados emergentes do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli, diz ser necessário olhar para os números absolutos, que apontam para a atividade econômica ainda na UTI.

“A recuperação não tem sido forte. A previsão é que foi negativa demais porque a qualidade das estimativas foi baixa, já que o mercado não tinha parâmetros.” Ele diz que ficaria muito surpreso se o Brasil tivesse qualquer pressão de demanda que gerasse impulso nos preços no próximo ano.

Para o estrategista, a inflação não é um risco no curto prazo. Na avaliação de Giacomelli, o Copom efetuará uma redução de 0,25 ponto percentual na Selic em agosto, mas o prêmio a termo é a maior restrição para cortes adicionais nos juros. “Já estamos com o pé na lama nesse quesito. Acredito que o BC deu peso menor para a estabilidade financeira e maior para baixar o custo de financiamento do governo. Se olharmos os mercados, é possível dizer que a Selic está abaixo de um nível que priorize a estabilidade financeira”, afirma Giacomelli.

Para ele, o processo de normalização terá de ser iniciado em 2021, tendo em vista que, “no concurso de beleza em que estamos, os EUA vão ficar mais bonitos e o Brasil, mais feio. E seria muito difícil o Brasil ficar com juro real negativo de 1% nesse contexto”.

 

BNDES prorroga e amplia em R$ 5 bilhões linha de ajuda a pequena e média empresa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) anunciou na manhã deste sábado, 4, a prorrogação da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas até 31 de dezembro, com orçamento ampliado em mais R$ 5 bilhões. O orçamento da BNDES Crédito Pequenas Empresas já tinha sido ampliado em R$ 5 bilhões ainda em março, no primeiro conjunto de medidas do banco de fomento para mitigar a crise causada pela pandemia de covid-19. A nova ampliação foi decidida após os R$ 5 bilhões da ampliação de março terem sido totalmente contratados.

Segundo o BNDES, desde março, foram aprovadas 16.318 operações com 15.094 empresas, que empregam 372.800 pessoas. “A média do valor do empréstimo por operação ficou em torno de R$ 318 mil. O principal setor econômico contemplado foi o de comércio e serviços, com 79,7% dos recursos, seguido pelo de indústria de transformação (19,5%), agronegócio (0,7%) e indústria extrativista (0,1%)”, diz a nota, divulgada neste sábado pelo BNDES.

Capital de giro

Com foco no financiamento de capital de giro, a BNDES Crédito Pequenas Empresas é operada indiretamente. As empresas fecham os empréstimos com bancos comerciais da rede repassadora do banco de fomento. Nessa linha específica, são 31 agentes financeiros atuando em todo o País.

A BNDES Crédito Pequenas Empresas já existia antes da crise da pandemia. Em janeiro, já tinha passado por uma ampliação, ao passar a aceitar pedidos de crédito de empresas com faturamento anual de até R$ 90 milhões – até o ano passado, o limite era bem mais baixo, de R$ 4,8 milhões. Em janeiro, o valor máximo dos empréstimos também foi elevado de R$ 500 mil para R$ 10 milhões a cada 12 meses.

Em março, já no contexto de enfrentamento da crise, passou a aceitar pedido de empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões. O banco de fomento também ampliou o valor máximo dos empréstimos R$ 10 milhões para R$ 70 milhões a cada 12 meses. A elevação desse limite acompanha a ampliação do faturamento máximo que a empresa deve ter para ser elegível aos financiamentos - quanto maior o porte da empresa, maior será sua necessidade de capital de giro.

Por outro lado, as condições de financiamento não mudaram em março, uma vez que já tinha havido uma ligeira redução de juros no início de fevereiro, também antes da pandemia. Quando foi lançado, em março de 2019, os empréstimos da BNDES Crédito Pequenas Empresas já tinham prazo máximo de cinco anos, com carência de até dois anos.

Já o “spread” do BNDES (que entra na conta da taxa final de juros) era de 1,45% ao ano no desenho original, mas foi reduzido para 1,25% a partir de 3 de fevereiro deste ano. Ou seja, todas essas condições (prazo máximo de cinco anos, com carência de até dois anos, e “spread” de 1,25% ao ano) já estavam vigentes antes das ampliações de março, para enfrentar a crise.

Condições

Ao anunciar a nova ampliação da BNDES Crédito Pequenas Empresas neste sábado, 4, o banco não informou sobre mudanças nas condições dos empréstimos. Na nota, a instituição de fomento ressalta que “as taxas de juros variam, pois são negociadas entre a empresa e o agente financeiro”. A média dos juros finais cobrados às empresas de todos os portes elegíveis na linha está em 11,23% ao ano, segundo o site do BNDES.

“O objetivo da linha nessa segunda etapa permanece o mesmo: oferecer recursos para o uso livre das empresas, de maneira simples e ágil, por meio dos agentes financeiros parceiros (cooperativas de créditos e bancos comerciais, públicos ou privados)”, diz a nota do banco.

 

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