Terça-feira

O GLOBO

Câmara aprova suspensão do pagamento de parcelas do Minha Casa Minha Vida

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira um projeto que suspende o pagamento de parcelas do Minha Casa Minha Vida enquanto perdurar o estado de calamidade pública devido à pandemia, e até 90 dias depois de seu término. A proposta segue agora para o Senado Federal.

O projeto determina ainda que não poderão ser cobrados juros e mora por atraso de pagamento sobre as parcelas suspensas. As famílias mais pobres, com renda abaixo de R$ 1,8 mil, enquadradas na Faixa 1 do programa, estão tendo que pagar normalmente as prestações, que variam entre R$ 80 e R$ 270.

Nessa faixa, os beneficiários pagam valores simbólicos, de acordo com a renda bruta. Mas em caso de inadimplência, eles enfrentam o risco de perder a moradia na Justiça.

Os recursos para essa faixa do programa vêm do Orçamento da União e são repassados ao Fundo de Amparo Residencial (FAR). Essa é a explicação dada pela Caixa para não suspender o pagamento das prestações das famílias mais pobres. O banco alega que não tem gestão sob o programa, só atua no repasse dos recursos.

Segundo a Caixa, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) é que tem a prerrogativa de estender a pausa no pagamento para as famílias mais pobres. O Ministério, por sua vez, informa que acionou a pasta da Economia para adoção de medidas orçamentárias que viabilizem a suspensão e que está apoiando o projeto aprovado na Câmara dos Deputados.

 

VALOR

Investidor estrangeiro fica com 36% de ofertas de ações em 2020

Os investidores estrangeiros ficaram com 36% das ofertas de novas ações (IPOs e “follow-ons”) realizadas em 2020 na bolsa brasileira, o equivalente a R$ 14 bilhões. Já os investidores institucionais foram os maiores participantes, com 44% ou R$ 17,37 bilhões. No total, os IPOs e follow-ons movimentaram R$ 39,26 bilhões, conforme dados disponibilizados pela B3 até o início de julho.

A participação dos estrangeiros neste ano é, até o momento, inferior à observada em 2019, de 44%. Já a dos institucionais foi de 46%. Os dados da B3 de 2020 não contabilizam ainda o IPO da Ambipar, de R$ 1,082 bilhão, e a oferta da Lojas Americanas, de R$ 7,9 bilhões. Para os próximos meses, a perspectiva é positiva para novas ofertas, o que, segundo especialistas, deve amortecer a valorização do Ibovespa, a medida que parte do fluxo deve ser destinado para essas operações.

Além disso, com mais papéis ofertados, o aumento da demanda por ações será suprido, sem que haja um grande impacto sobre os preços. Analistas também observam que o ajuste de carteiras influenciará na valorização, já que alguns investidores tendem a vender papéis no mercado secundário para participar do primário.

Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há 20 pedidos de IPOs em análise. O próximo deve ser do Grupo Soma, dono de marcas de roupas como Animale e Farm, com precificação no dia 29. David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America (BofA) no Brasil, explica que a expectativa é elevada para a bolsa brasileira, que terá um aumento da alocação de recursos diante da baixa da taxa de juros (Selic) - atualmente em 2,25% ao ano.

“É exacerbado, porque a Selic nunca esteve tão baixa, e esse fluxo vai acontecer. Mas essa demanda elevada será amortecida pelas ofertas. Se não tivesse, subiria muito a bolsa”, diz. Segundo Beker, entre 12% e 13% dos recursos da indústria de fundos de investimento estão em ações. Esse mercado corresponde a algo em torno de R$ 5 trilhões. Desta forma, a cada 10% de movimento de alocação, são R$ 500 bilhões migrando para ações.

A própria retomada recente do Ibovespa, de 64,3% desde o piso dos 63 mil pontos até 104.426 pontos no fechamento de ontem - avanço de 1,49% no dia - é o que desperta o interesse das empresas para acessar o mercado de ações. “É um reflexo dos fluxos, porque há demanda por ações. O mercado global está com apetite ao risco, estimulado pelos bancos centrais. Aqui dentro, os indicadores têm sido um pouco melhores e o ruído político diminuiu.”

Na visão dele, a retomada da bolsa mostra que as empresas podem conseguir preços melhores para suas ações. Além disso, o cenário está menos nebuloso em relação aos impactos econômicos da pandemia. “Como existirão mais ações, vai subir de forma mais lenta.”

O cenário mais otimista do BofA estima o Ibovespa em 110 mil pontos em 2020. A troca de posições é um dos efeitos no Ibovespa da perspectiva positiva para IPOs e follow-ons, segundo Álvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais. “Os investidores podem vender no mercado secundário algumas ações para participar do lançamento de papéis.” Atualmente, de acordo com Bandeira, a troca de posições está sendo constante, sem muito dinheiro novo entrando no mercado. “O investidor vende aquele papel que subiu muito e parte para um papel mais barato”.

O estrangeiro é um exemplo, de acordo com Bandeira, de investidor que mantém o apetite por Brasil, mas nas ofertas novas. Enquanto o estrangeiro entrou com R$ 14 bilhões no mercado primário, já sacou R$ 82,7 bilhões do secundário em 2020, até o dia 16 de julho.

Para Marcela Morais, membro da equipe de gestão da ARX Investimentos, novas ofertas têm, tecnicamente, o efeito de limitar a valorização prevista para o Ibovespa. Mas, até o momento, o volume não é suficiente para atender toda a demanda.

“Hoje há espaço suficiente para novos papéis e para continuar a demanda nos papéis já negociados na bolsa”, diz, acrescentando que se o volume ultrapassar os R$ 50 bilhões, então um impacto mais efetivo pode ocorrer. Para Marcela, a demanda elevada nas ofertas já realizadas prova essa tese de que “há espaço” para todos.

No caso do IPO mais recente, da Ambipar, o preço ficou no topo da faixa indicativa, em R$ 24,75. Já na oferta da Lojas Americanas a alta demanda permitiu a alocação do lote adicional. Segundo Jorge Oliveira, sócio responsável pela área de ações da BlueLine Asset, o sucesso de algumas ofertas foi devido ao perfil da empresa.

No caso da Ambipar, a demanda ocorreu por se tratar de uma companhia de prestação de serviços ambientais. Assim, atendeu os fundos ESG, de melhores práticas ambientais, sociais e de governança. “O estrangeiro teve interesse pelo negócio em si e a oferta caiu como uma luva.” No caso do follow-on da Americanas, Oliveira diz que a demanda ocorreu pelo potencial de crescimento do comércio eletrônico.

 

Campos reitera que possível ajuste na taxa básica de juros será residual

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçou nesta segunda-feira que um possível corte na taxa básica de juros "será residual". Em junho, o Comite de Política Monetária (Copom) cortou a Selic de 3% ao ano para 2,25%. Ele participou de reunião com investidores organizada pelo Santander.

"Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da covid-19", disse Campos nesta segunda-feira, de acordo com apresentação divulgada pelo BC em inglês.

"Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no grau de estímulo monetário será residual."

Campos e diretores do BC vêm reiterando a mensagem a respeito do eventual corte residual desde a reunião do Copom no mês passado. Ele ainda afirmou que o Copom reconhece que a variância do balanço de riscos aumentou e que informações adicionais sobre a evolução da pandemia, além de "uma queda nas incertezas fiscais", serão essenciais para que o colegiado determine os seus próximos passos.

 

ESTADÃO

Analistas do mercado financeiro ajustam projeção para o PIB de 2020 para queda de 5,95%

Os economistas do mercado financeiro ajustaram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e agora esperam queda de 5,95% na atividade econômica deste ano. Na semana passada, a projeção era de retração 6,10% e há um mês, de baixa de 6,50%.

As projeções fazem parte do boletim de mercado conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

No último dia 15, a Ministério da Economia informou que manteve a projeção de queda do PIB em 4,7% este ano, "diante da melhoria dos indicadores, refletindo um efeito positivo das políticas adotadas até então".

O Banco Mundial prevê recuo de 5% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1% em 2020.

Em junho, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) recuou 9,73% em abril ante março, na série com ajustes sazonais. Foi o maior recuo da história em um único mês. 

O PIB do primeiro trimestre do ano, que não foi totalmente afetado pelas medidas de isolamento social para conter o avanço do coronavírus, recuou 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Inflação e juros não têm alteração

Os analistas mantiveram a previsão para o IPCA, o índice oficial de preços, em alta de 1,72% no fim deste ano. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

A estimativa está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

O IPCA de junho teve alta de 0,26%, segundo o IBGE. No acumulado do primeiro semestre do ano, a alta é de 0,10%.

Também foram mantidas as projeções de 2% ao ano para a Selic no fim de 2020 e de 3% ao ano em 2021.

Em junho, ao cortar a Selic de 3,00% para 2,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que, para as próximas reuniões, “vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual”.

 

Suspensão de pagamentos de empréstimos durante a pandemia já soma R$ 12 bi no BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiu R$ 12 bilhões em suspensões temporárias de pagamentos de empréstimos, por causa da crise causada pela pandemia de covid-19, informou a instituição de fomento na sexta-feira, 17.

Segundo o BNDES, 28,5 mil empresas suspenderam os pagamentos em 77,7 mil contratos de financiamento desde que a medida foi anunciada, no fim de março. “Estima-se que os clientes beneficiados com a medida empreguem mais de 2,5 milhões de pessoas”, diz a nota divulgada pelo BNDES.

Nos empréstimos diretos e indiretos não automáticos, o BNDES encerrou o recebimento de pedidos de suspensão de pagamento no último dia 30. Em termos de valores, o setor de infraestrutura foi o mais beneficiado com a medida, com R$ 6,9 bilhões, seguido pela indústria, com R$ 1,2 bilhões.

Em termos regionais, o Sudeste recebeu 39,9% do benefício a empresas que contrataram diretamente com o BNDES, enquanto o Norte foi o mais beneficiado nos contratos indiretos não automáticos, com 61,3% dos valores.

Nos empréstimos indiretos automáticos, o BNDES ainda está recebendo pedidos de suspensão de pagamentos. “As solicitações devem ser encaminhadas ao agente financeiro que concedeu o financiamento”, informa a nota do BNDES.

 

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