Terça-feira

VALOR

Linha de R$ 10 bi do Tesouro para micro e pequenas chega até fim de agosto

A linha de crédito de R$ 10 bilhões com recursos do Tesouro Nacional voltada a micro e pequenas empresas deve chegar ao mercado até o fim de agosto, segundo disseram fontes envolvidas na formulação e ouvidas pelo Valor. O programa vai usar o histórico de recebimento dos lojistas nas maquininhas de cartões para determinar o volume de recursos a ser concedido.

O pagamento das prestações será o equivalente a 8% do fluxo recebido via cartões. Os detalhes ainda vêm sendo ajustados em reuniões semanais entre governo e setor privado, e dependem da aprovação da Medida Provisória 975, que instituiu o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), no Congresso Nacional e de regulamentação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O BNDES será o operador, mas o dinheiro e o risco serão do Tesouro Nacional. Um dos pontos que colocam em dúvida o sucesso do programa é o incentivo que os bancos terão para conceder o crédito e as credenciadoras, para distribuir. Os bancos públicos e privados atuarão como repassadores da linha, que terá um custo de funding de 3,75% ao ano - mais alto que a taxa Selic - quando os recursos forem emprestados.

Como a taxa de juros para o tomador do crédito será fixa em 6% ao ano, o spread da operação é de 2,25 ponto percentual ao ano. Dessa fatia remanescente, as instituições financeiras terão de reservar uma parcela para pagar a comissão das credenciadoras e embolsarão o restante.

Tanto bancos quanto empresas de maquininhas consideram a margem apertada. Um executivo do setor bancário afirma que as instituições financeiras vão oferecer a modalidade, apesar disso, para atender os clientes em meio à crise causada pela pandemia de covid-19. Mesmo com uma remuneração considerada baixa, no fim das contas, é um bom negócio para os bancos se a linha cumprir o objetivo de evitar que essas empresas enfrentem dificuldade financeira, o que seria pior para as instituições financeiras.

O modelo prevê usar as credenciadoras como distribuidora do dinheiro porque são elas que têm mais contato direto com os pequenos lojistas. A linha é para estabelecimentos que faturam entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões ao ano. Estão previstos seis meses de carência e 30 meses de prazo para quitar a dívida. Poderão ser tomados até R$ 50 mil, segundo fontes que acompanham as negociações.

Por causa dessa carência, a modalidade deve funcionar já sob as novas regras para os recebíveis de cartões, que entram em vigor em novembro. As mudanças vão permitir que o lojista use os recebíveis como ativos financeiros para tomar crédito em diversas instituições, rompendo com a prática chamada de “trava bancária”.

Nesse modelo antigo, todo o fluxo de vendas de cartões tinha de ficar num único domicílio bancário para garantir operações de crédito só com aquele banco. A partir da nova resolução do Banco Central, os recebíveis de cartões poderão ser fracionados e oferecidos como garantia de empréstimos em qualquer instituição financeira, fundo ou fornecedor.

É esse compartilhamento que vai permitir que uma parte dos recebíveis seja automaticamente destinada ao pagamento do Tesouro. A definição das parcelas terá como referência 8% do faturamento obtido em vendas com cartões de todas as bandeiras com as quais o estabelecimento tiver capturado algum valor nos 12 meses anteriores ao início da pandemia, segundo fonte que acompanha as discussões.

Por exemplo, um lojista que tenha recebido pagamentos com Visa, Mastercard e Elo nesse período terá 8% do fluxo mensal vendido em cartões dessas bandeiras automaticamente retido após os seis meses de carência, até que todo o saldo devedor seja quitado.

O programa vem sendo discutido há meses e vai sair bem menor que o previsto originalmente, já que dividiu espaço com outras linhas de combate à crise desenvolvidas pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central.

Fonte próxima aos bancos critica a opção do governo por ter adotado uma diversidade de programas voltados ao mesmo cliente, em vez de ter criado um só mais robusto. A fragmentação, segundo ele, exige que as instituições financeiras desenvolvam sistemas e contratos para cada um deles, o que torna o processo mais burocrático.

 

Segundo trimestre será o pior em muito tempo, mas há razões para otimismo, diz XP

O segundo trimestre de 2020 será o pior em muito tempo para as empresas brasileiras, mas há razões para manter o otimismo, diz a XP Investimentos em relatório. De acordo com a corretora de investimentos, o mercado já espera uma queda de cerca de 73% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) nos meses de abril a junho de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2019.

“Dado os grandes impactos da pandemia sobre a economia durante o segundo trimestre, para a grande maioria das empresas esse deve ser um trimestre para se esquecer. Mas a pergunta que os investidores devem se fazer é: Esse impacto já não é esperado, e portanto, já deva estar descontado nos preços das ações atuais?”, diz o relatório.

A projeção de resultado por ação do Ibovespa no consenso do mercado é de queda de 57% em 2020, seguida por uma alta de 150% em 2021. A XP aponta alguns fatores que devem ser observados nos resultados a serem divulgados nessa temporada: expectativas ou metas até o final do ano; alavancagem e liquidez; planos de digitalização; e fatores ESG (sigla em inglês para critérios de sustentabilidade e governança).

Segundo a XP, mais importante que os números em si é o que as empresas esperam em relação à retomada das atividades no segundo semestre e quais os maiores desafios. Sobre a alavancagem e a liquidez das companhias, a XP afirma que “o mercado continua punindo ações de empresas altamente alavancadas durante essa crise”.

Questões como alavancagem (endividamento), caixa e custo médio da dívida seguem sendo relevantes. Sobre os planos de digitalização, a XP diz que empresas que não eram necessariamente digitais tiveram que acelerar brutalmente os seus programas de investimento em tecnologia.“O mercado vai diferenciar as empresas mais preparadas para o novo mundo pós-pandemia das menos preparadas.”

Além disso, a corretora afirma que a demanda por adoção de medidas e políticas relacionadas a sustentabilidade e governança não é passageira. “Da mesma forma que a tecnologia será um grande diferencial no futuro, o mercado vai checar cada vez mais de perto as empresas que estão melhor preparadas nas questões de sustentabilidade, e se preocupam em ter lucros visando todos os stakeholders [grupos de interesse], e não mais apenas os acionistas.”

Para a XP, os setores de proteínas, papel e celulose e mineração e siderurgia devem mostrar os resultados mais resilientes. O setor de construção civil terá resultados mais variados entre as empresas, com melhor desempenho entre as companhias que atuam nos segmentos de baixa renda. Os setores de transportes e varejo devem ser mais afetados, em especial pela queda de demanda.

 No caso do primeiro, o segmento de aviação tende a ser o mais pressionado. No varejo, companhias com exposição forte ao comércio on-line devem ser destaques positivos, como Magazine Luiza, B2W e Via Varejo. “Além disso, também esperamos que empresas de consumo básico, como Pão de Açúcar e Carrefour, apresentem uma continuidade do forte ritmo de crescimento de vendas”, diz a XP.

As empresas que administram shoppings e lajes comerciais também devem mostrar fortes impactos da pandemia, em especial as com portfólio maior de shoppings, uma vez que muitas tiveram atividades temporariamente suspensas. O setor elétrico é outro cujos impactos da covid-19 estarão bastante visíveis, com uma forte queda de demanda (em especial industrial e comercial), e risco maior de inadimplência.

 

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