Sexta-feira

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Concessões de crédito para PJ atingem R$ 20,5 bi entre 13 e 17 de julho

As concessões de crédito livre para pessoas jurídicas (PJ) atingiram R$ 20,5 bilhões na semana número 29 do ano, entre 13 e 17 de julho, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (30). Na mesma semana de 2019, por sua vez, os empréstimos haviam somado R$ 21,1 bilhões. Já as concessões de crédito livre para pessoas físicas (PF) ficaram em R$ 11,1 bilhões, contra R$ 13 bilhões na mesma semana de 2019. No acumulado a partir da semana número 11 do ano, as concessões para PJ cresceram 20,4% e os empréstimos para PF tiveram alta de 5,2%. Os números não incluem cheque especial e cartão de crédito, tanto no caso de pessoa jurídica quanto de pessoa física.

 

FOLHA

Empresas têm dificuldade para pagar contas, e calotes devem aumentar

A maioria das 2,8 milhões de empresas em atividade no Brasil teve dificuldades para realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de junho, em meio à pandemia da Covid-19. E quase metade delas teve que postergar o pagamento de impostos como medida para ajudar nas contas, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) pelo IBGE.

O cenário se encaminha para o aumento da inadimplência no país, já que a demanda continua baixa e os custos, altos para as empresas, segundo especialistas ouvidos pela Folha.

Os dados da pesquisa do IBGE são de junho, mas o cenário atual do mês de julho é ainda pior e tende a perdurar por mais alguns meses. Não há como prever uma retomada enquanto a Covid-19 deixar rastros de contaminados e mortos, impondo o distanciamento social nas cidades brasileiras.

"Os custos continuam caindo na conta. E em função da falta de movimento é claro que as empresas não conseguiram adequar o fluxo de caixa", disse o professor Otto Nogami, economista do Insper.

Ele avalia que a tendência é que o quadro se agrave, já que a retomada não está acontecendo na velocidade esperada pelos empresários.

"Tem muita empresa postergando abertura, pois percebeu que ficaria mais caro abrir do que se manter fechado", definiu. Sem demanda, vão se acumulando impostos e contas atrasadas, o que vai aumentando a dívida e dificuldando a equalização do fluxo de caixa.

De acordo com o IBGE, para 52,9% das empresas em funcionamento no país foi difícil manter a capacidade em realizar pagamentos de rotina no período estudado. Entre as pequenas companhias, com até 59 funcionários, essa proporção foi maior (53,2%) do que nas médias (42,1%), com até 499 empregados, e grandes (29,5%), com 500 ou mais pessoas.

O empresário Vagner Bezerra Duarte, dono do bar Santo Remédio, no bairro Grajaú, Rio de Janeiro, foi um dos que sentiram dificuldade em arcar com todos pagamentos durante a pandemia. Ele explicou que a prioridade era garantir o pagamento dos salários da equipe durante a crise e recorreu ao Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

O programa foi criado com o objetivo de destravar o crédito para pequenos empresários, mas a demora na liberação contribuiu para que o estabelecimento passasse aperto durante a pandemia. "Se eles tivessem ajudado no início de abril, como esperado, teríamos superado a crise com menos dificuldade", disse.

Sem faturamento por mais de 100 dias, a empresa precisou buscar cooperação de fornecedores de longa data. "Alguns foram mais flexíveis e realistas e aguardaram nosso empréstimo do governo federal. Só assim conseguimos respirar e sanar todas as contas", disse o empresário. Mesmo diante das dificuldades, Vagner conseguiu arcar com as remunerações de seus funcionários.

A realidade de Duarte é a mesma que a maioria dos empresários do setor de serviços prestados às famílias, o mais atingido pela dificuldade de arcar com os pagamentos, com 79,9% dos negócios impactados. O segmento inclui bares, restaurantes e hotéis, além de turismo e viagens, em um conjunto de atividades que acabaram suspensas ou realizadas de forma parcial ao longo da pandemia.

IMPOSTOS

O IBGE aponta ainda que, do total de empresas em atividade no país, 43,9% precisaram adiar o pagamento de impostos. Flávio Magheli, coordenador da pesquisa do IBGE, explicou que isso ocorreu ou por apoio do governo por medidas provisórias ou porque as companhias tiveram problema de caixa e não conseguiram arcar com os tributos.

Novamente, o impacto foi mais percebido no setor de serviços prestados às famílias, com 74,6% das companhias apelando ao adiamento de tributos, sendo que 87,7% contaram com algum apoio do governo. Entre as empresas que conseguiram uma linha de crédito emergencial para pagamento da folha salarial, 76,4% contaram com a ajuda do governo.

Rodolpho Tobler, economista do FGV-Ibre, apontou que as companhias de menor porte vêm enfrentando dificuldades maiores para continuarem ativas, mesmo após a flexibilização do distanciamento social.

"A demanda continua baixa e os custos, altos. É um risco que nos próximos meses possa ter mais inadimplência", apontou o economista. "As empresas estão muito apertadas e as pequenas estão com mais dificuldades para sair do fundo do poço".

Tobler analisou que é preciso postergar impostos e adotar outros métodos para proteger as empresas menores, mas ainda vai haver um número elevado de calotes. "As coisas ainda estão andando devagar", disse.

BANCOS

A alta na inadimplência das empresas já reflete nos bancos. Nesta quinta, o Bradesco divulgou que seu lucro líquido caiu 40,1% no segundo trimestre de 2020 ante igual período de 2019. O tombo foi causado por mais um forte aumento das reservas para cobrir calotes, consequência dos danos econômicos do coronavírus.

O Bradesco –que já havia separado um volume 86% maior de recursos em março para tentar conter os impactos da pandemia– dobrou as provisões feitas entre abril e junho em relação ao mesmo trimestre de 2019. A alta foi de 154,9%, para R$ R$ 8,9 bilhões. Desse total, foram R$ 3,8 bilhões relacionados ao ramo financeiro e R$ 747 milhões ao ramo de seguros.

Segundo Octavio de Lazari, presidente do banco, a provisão adicional foi feita conservadoramente com base na incerteza sobre a extensão e a dimensão total da crise da pandemia.

"As provisões acontecem sempre em função da expectativa de perdas futuras da carteira de crédito e são embasadas em informações históricas e prospectivas", disse em entrevista nesta quinta (30). "O cenário econômico ainda é difícil, mas dá para dizer que aparentemente o pior momento já passou", afirmou.

VEÍCULOS

De acordo com o IBGE, o ramo mais afetado no comércio foi de veículos, peças e automocicletas, que sentiu dificuldade em arcar com os pagamentos de rotina em 61,3% das companhias. O resultado é reflexo do fechamento de fábricas e lojas e a diminuição do poder de compra do brasileiro em meio aos temores do avanço da pandemia no país e seus impactos econômicos.

Para a professora do Ibmec Vivian Almeida, a evolução do vírus e o número de contaminados e mortes permanecendo altos estão influenciando na demora para a recuperação acontecer. Outros fatores são uma parcela considerável da população que perdeu o emprego ou que, mesmo ocupada, evita gastar por medo de demissão.

"Esses são riscos que os consumidores percebem. E esses indicadores, olhando pela demanda, vão freando decisões de consumo e retardando a retomada", disse a professora. Ela explicou que, diante desse quadro, as empresas retardam pagamentos de impostos.

Segundo a última Pnad Contínua do IBGE, 7,8 milhões de postos de trabalho foram perdidos no país no trimestre encerrado em maio —a pesquisa de junho precisou ser adiada por dificuldades em colher informações por telefone em meio à pandemia.

Já dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de junho apontam que 1,5 milhão de pessoas perderam emprego com carteira assinada na pandemia.

De acordo com a pesquisa divulgada nesta quinta pelo IBGE, 14,8% do total, ou aproximadamente 410 mil empresas, precisaram fazer redução no quadro de funcionários. Cerca de 27% das companhias de serviços prestados às famílias sentiram o golpe.

Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, lançada pelo instituto no início de julho. As divulgações acontecem de forma quinzenal.

Vivian Almeida analisa que não é possível fazer uma previsão de retomada diante do atual cenário da Covid-19. "É um horizonte ainda nebuloso por essa oscilação natural da pandemia, que a cada passo monitoramos o número de casos, mortos e impacto na vida das pessoas".

CONTA DE LUZ

No setor elétrico, os indicadores de inadimplência quase quadruplicaram após o início da crise. Segundo o último boletim divulgado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) sobre o tema, o índice de inadimplência de curto prazo entre 18 de março e o fim de junho estava em 8,12%, contra uma média de 2,40% no primeiro semestre de 2019.

Os dados, porém, sinalizavam uma evolução no volume de pagamentos: considerando apenas os 30 dias anteriores a 21 de junho, o índice de inadimplência era de 4,73%. O MME parou de divulgar os dados após essa data, mas a expectativa do mercado era de nova piora depois do fim do subsídio federal aos consumidores de baixa renda, que expirou no início de julho.

Apesar da elevação na inadimplência, as distribuidoras de energia estão, desde o fim de março, proibidas de interromper o fornecimento por determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Essa medida vale até esta sexta (31), quando as contas de luz dos consumidores poderão voltar a ser desligadas em caso de inadimplência.

A medida não valerá apenas para os consumidores de baixa renda, cujo corte continuará proibido até dezembro.

 

Vamos acompanhar o governo e ampliar crédito a pequenas e médias empresas, diz presidente do Bradesco

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou nesta quinta-feira (30) que o banco vai acompanhar o movimento do governo e ampliar a oferta de linhas para financiar pequenas e médias empresas. Citou como exemplo iniciativas que teriam apoio o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), também voltado a pequenos negócios.

“Acho que é um crédito que ainda anda um pouco de lado porque os empresários menores vão evitar fazer novos investimentos agora. Devemos crescer em linhas como o Pronampe e o FGI para poder atender estruturalmente essas empresas”, afirmou o executivo em entrevista à jornalistas.

O Bradesco deverá começar a conceder créditos pelo Pronampe em agosto.

Desde o início da pandemia, empresários têm reclamado sobre a falta de crédito no mercado bancário e afirmado que a alta burocracia, a demora na resposta e o aumento de juros e da exigência de garantias têm sido empecilhos na tomada de recursos em meio à crise do coronavírus.

Um levantamento feito no início deste mês pelo Ministério da Economia a pedido da Folha, apontava que apenas 17% dos recursos anunciados em programas de financiamento lançados ou regulamentados pelo governo haviam sido desembolsados –o que representa apenas R$ 12,1 bilhões dos R$ 70 bilhões anunciados para quatro grandes linhas.

O Pronampe –que na época do levantamento ainda estava com uma execução de apenas 7,5% do previsto– foi destaque até agora. A linha teve 90% dos recursos disponibilizados emprestados em pouco mais de um mês.

Inicialmente o governo havia destinado R$ 15,9 bilhões para linha. Os recursos são voltados para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (no caso do programa, vale a receita registrada em 2019). Na quarta-feira (29), no entanto, o Ministério da Economia afirmou que espera disponibilizar mais R$ 12 bilhões para a linha até 15 de agosto.

Segundo o presidente do Bradesco, já houve uma melhora da confiança que também começa a refletir na carteira de crédito do banco.

Para pessoas jurídicas, Lazari afirma que apesar do crescimento menor no crédito para pequenas e médias empresas, a busca de recursos para capital de giro e liquidez por parte dos negócios de grande porte já voltou ao normal e, a depender da evolução do cenário em relação à pandemia, é possível que a captação de recursos para investimento comece a ganhar força.

“Se o cenário econômico melhorar, já estamos vendo alguns IPO [oferta inicial de ações] e follow nos [oferta secundária de ações] acontecendo, onde empresas com bons resultados começam uma nova procura por crédito, principalmente para captação de recursos. Mas isso também é algo que depende de encontrarmos uma vacina [contra o coronavírus] e de sua eficácia”, disse.

Para pessoas físicas, a expectativa é de que linhas com maiores garantias – como é o caso do crédito imobiliário e do consignado – continuem a ganhar destaque nos empréstimos do banco.

A carteira de crédito expandida do Bradesco atingiu R$ 661,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 14,9% em relação a igual período de 2019. Esse avanço foi puxado principalmente pelos empréstimos para pessoas físicas, que subiram 12,3%, para R$ 236 bilhões.

Os empréstimos para pessoas jurídicas registraram alta de 16,4%, para R$ 425,1 bilhões, com o crédito para as grandes empresas subindo 18,2% no período, para R$ 310,2 bilhões e os recursos voltados para micro, pequenas e médias empresas com avanço de 11,7%, para R$ 114,9 bilhões.

 

ESTADÃO

Caixa terá nova modalidade de crédito para pessoa física com garantia de imóvel

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou mudanças na linha de financiamento do home equity, modalidade em que um imóvel é dado como garantia. A nova linha, chamada de Real Fácil, permite que o cliente escolha a forma de correção do empréstimo, que poderá ser pela TR, pelo IPCA ou por taxa fixa.

A modalidade será oferecida a pessoas físicas a partir do dia 3 de agosto. Atualmente, a Caixa responde por pouco mais de 30%, ou R$ 3,5 bilhões, do volume desse tipo de crédito concedido em todo o mercado, de R$ 11 bilhões.

"Nossa expectativa é emprestar R$ 40 bilhões, ou seja, multiplicar em 10 vezes o que fazemos hoje", disse Guimarães. Segundo ele, essa linha tem volume muito baixo no Brasil e que esse é um segmento de foco da instituição financeira, dentro da proposta do banco de ser o maior no segmento imobiliário.

"Atingimos quase 50% do mercado com financiamento imobiliário e voltamos à posição de liderança no crédito imobiliário", afirmou.

Nova modalidade

A linha Real Fácil Caixa exige que o imóvel alienado seja livre de ônus, ou seja, não se encaixa na nova proposta regularizada recentemente em que um mesmo imóvel pode dar garantia a um novo empréstimo dentro da mesma instituição. "Vamos analisar em uma segunda etapa o home equity de um imóvel já alienado", disse.

Serão três modalidades de home equity: IPCA mais 0,60% para créditos de até 15 anos para valores de 50% do imóvel a ser dado como garantia; TR, com a taxa máxima chegando a 0,90%, mas começando em 0,70% para prazo de 15 anos e no valor de 60% do imóvel; e Taxa Pré, sem correção e fixa em 0,80% com prazo de 15 anos e o valor liberado também equivalente a 60% do imóvel a ser dado como garantia.

"Oferecemos inflação e taxa pré porque a TR está com juro a zero. Não é zerada, mas a zero porque a Selic está muito baixa", afirmou Guimarães.

O presidente da instituição afirmou que a Caixa fez várias simulações com taxas de outros bancos para saques de até R$ 150 mil e, segundo ele, mesmo a maior taxa da Caixa está abaixo dos demais bancos. A Caixa fez também simulações com modalidade "TR" para valores até R$ 300 mil para prazos de 120 meses, disse.

Financiamento de terreno

A Caixa também anunciou mudanças nas linhas de crédito para o financiamento para aquisição de terrenos urbanos e para a construção individual de imóvel.

 Para a modalidade de financiamento de lote urbanizado, poderão ser financiados valores entre R$ 50 mil e R$ 1,5 milhão, com taxa de juros efetiva de até TR + 8,50% ao ano, com financiamento de até 70% do valor do terreno e prazo de até 240 meses para pagamento da dívida.

Nas modalidades aquisição de terreno e construção e construção em terreno próprio, a Caixa passará a ofertar também taxas de juros customizadas que podem chegar a TR + 6,50% ao ano.

 

O GLOBO

‘PIB dos EUA mostra que vitória contra o vírus foi declarada precocemente’ , diz ex-diretor do FMI

Otaviano Canuto, diretor do Center for Macroeconomics and Development em Washington e ex-diretor do FMI afirma que o resultado do PIB americano — com queda histórica de 32,9% —, junto com outros dados recentes da maior economia do planeta, indicam que a recuperação da atividade tende a ser mais fraca e lenta do que o imaginado, afetando todo o mundo, inclusive o Brasil. E lembra que a falta de liderança política atrapalhou este cenário.

Qual o alerta que se tira do resultado da economia americana?

O resultado mostra que o impacto recessivo do coronavírus não deve ser subestimado. A aparente recuperação parcial em maio e junho, depois do relaxamento de restrições à mobilidade, pode ter levado alguns a achar que o pior já teria passado. Houve retorno de empregos perdidos em março e abril, mas quem olhasse os dados com cuidado via que se tratava de volta parcial de desempregados temporários depois do relaxamento das restrições. Já os números de pedidos de seguro-desemprego e busca de trabalho mostravam um outro lado mais estrutural de desemprego. O tamanho da queda no PIB no segundo trimestre acabou sendo um pouco menor que aquele esperado há certo tempo atrás, mas maio e junho chegaram a dar uma falsa impressão de que o pior já teria ficado para trás.

Dados prévios do terceiro trimestre mostram um resultado ainda ruim, coincidindo com uma nova onda de infecção do vírus. O pior ainda pode estar por vir?

Os dados prévios estão comprovando algo tão enfatizado pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na quarta-feira, assim como por outros membros do Fed (o Banco Central dos EUA) em dias anteriores. O percurso da economia dos Estados Unidos vai depender do curso do vírus. Com a continuidade do ritmo rápido de infecções em boa parte do país, seus efeitos negativos sobre a economia continuam. Quem esperava fim da recessão com o alívio de medidas de distanciamento social obrigatório esqueceu que hábitos alterados e retração no consumo de serviços, que envolvem contato pessoal, continuariam negando a ideia de que existe uma escolha entre saúde e economia.

A falta de coordenação no combate ao vírus piorou o cenário econômico?

Na medida em que a falta de coordenação tornou menos eficaz o combate ao vírus, além do mau exemplo da postura do presidente Trump, um preço está sendo pago pela economia. Uma vitória contra o vírus foi declarada precocemente. A experiência em outros países já evidenciou como a postura das lideranças políticas faz diferença no que diz respeito à busca voluntária de distanciamento social e outros cuidados preventivos pela população.

A falta de isolamento social pode fazer com que a recessão seja mais longa e severa que o imaginado? A recuperação não será nem em V, nem como o símbolo da Nike?

Definitivamente não haverá recuperação em V, com algum retorno rápido à trajetória que prevalecia antes do vírus. A rigor, pode até ocorrer em W, caso surtos sejam recorrentes. Tenho dito que a recuperação de maio e junho foi o reflexo de liberação de uma parcela da demanda reprimida durante o confinamento, mas insuficiente para recuperar o PIB perdido até aqui. As mudanças no nível e na composição do consumo, especialmente de serviços, vão continuar dependendo da evolução da pandemia. Prefiro dizer que a recuperação da economia deve parecer o sinal de uma raiz quadrada.

Como o resultado dos EUA pode afetar o mundo e o Brasil?

Dado o peso da economia do país no mundo, sua recuperação mais lenta puxará para baixo a recuperação dos demais países. Vai ser importante a aprovação ou não pelo Congresso de um novo pacote de estímulos fiscais, para além dos US$ 3 trilhões aprovados em março e abril e que estão terminando. A política monetária deve continuar amparando o sistema financeiro e a economia, mas, como têm observado os membros do Fed, precisará do amparo fiscal aos cidadãos. Cabe destacar também o anúncio, na quarta-feira, da renovação de linhas temporárias de “swap” de dólares com outros bancos centrais, inclusive o brasileiro.

 

 

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