Quarta-feira

VALOR

Juro baixo em 2021 ganha adeptos

Mesmo sem descuidar dos riscos que envolvem a situação fiscal no Brasil, analistas do mercado financeiro começam a mostrar um pouco mais de confiança no cenário de juros baixos por um período prolongado. Gradualmente, a perspectiva de que o Banco Central manterá a Selic inalterada em 2% até o fim de 2021 tem ganhado espaço nas projeções dos economistas, embora grande parte das estimativas contemple alguma elevação na taxa básica de juros no ano que vem.

Em pesquisa conduzida pelo Valor com 50 instituições financeiras e consultorias, a grande maioria dos analistas (42 casas) acredita que o ciclo de afrouxamento monetário chegou ao fim na semana passada e que, portanto, a Selic permanecerá no nível de 2% até o encerramento de 2020.

 Isso mostra que, mesmo após o BC indicar que poderia haver espaço para queda da Selic, os analistas seguem receosos, principalmente com os riscos fiscais que se acumulam no horizonte. Dentre aqueles que trabalham com cenários diferentes, apenas quatro entrevistados veem uma nova redução de juros em setembro, do nível atual de 2% para 1,75% — inclusive uma dessas casas vê continuidade do movimento até 1%.

Outras quatro estimam que a Selic também cairá para 1,75% em 2020, mas isso acontecerá em reuniões posteriores. Ou seja, para esses profissionais, o BC manterá a Selic em 2% em setembro e, depois, aplicará uma redução na taxa. Já para o ano de 2021, tem aumentado a adesão ao cenário de juros baixos por um período prolongado, principalmente após a nova comunicação do Banco Central.

Dentre 49 respostas para o ano que vem, 15 casas trabalham com juro de 2% e uma instituição vê a Selic em zero no fim do período. Outras 33 trabalham com juros mais elevados que o nível atual de 2%. Dentre as estimativas mais citadas, com 17 respostas, está a de 3% — mesmo patamar da mediana das projeções no Boletim Focus.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada, trouxe mais detalhes sobre o “forward guidance” adotado pela instituição na semana passada. Para os dirigentes, a prescrição futura indica riscos assimétricos para política monetária: “satisfeitas as condições necessárias, o Copom não elevaria a taxa de juros, mas poderia reduzi-la”.

No documento, o colegiado aponta que, mesmo com as limitações da ferramenta em mercados emergentes, o uso desse instrumento seria a estratégia que apresenta a melhor relação custo-benefício atualmente.

Para o economista-chefe da AZ Quest, André Muller, a ferramenta foi usada pelo Copom com o intuito de adicionar acomodação além do corte de 0,25 ponto percentual implementado na Selic. “Cortes adicionais estão condicionados aos dados e, em especial, ao ambiente fiscal, mas o viés estabelecido é uma sinalização importante”, afirma o economista.

Em seu cenário básico, a AZ Quest espera que o nível atual de 2% da Selic se mantenha inalterado ao menos até o fim de 2021. Antes da reunião do Copom, a Verus enxergava a Selic em 3% no fim do próximo ano, mas, agora, a avaliação é a de que o juro básico deve permanecer estável nos atuais 2% por um período ainda mais prolongado.

“O BC revelou que eventuais altas de juros só serão avaliadas quando as projeções de inflação para 2021 e 2022 estiverem mais próximas do centro da meta”, diz o economista-chefe da Verus, Rafael Sabadell. Para ele, a indicação do BC e a fragilidade da recuperação da economia deixam para o fim de 2022 a redução do grau de estímulo monetário.

O diretor de investimentos da Persevera, Guilherme Abbud, vê que o atual modo de juros baixos por muito tempo, acionado pelo BC, não sairá do foco tão cedo. “É muito improvável um aumento na Selic por muitos anos, pelo menos em 2020, 2021 e 2022”, afirma. Para Abbud, “a recessão crônica e a desinflação contínua são inimigas ainda mais assustadoras [do que a inflação]”. A Persevera, assim, mantém inalterado seu cenário base de juros em 1% no fim deste ano e próximos a zero em 2021.

Há, contudo, a avaliação de algumas casas de que algum grau de normalização monetária terá de ser visto já em 2021. É o caso do economista-chefe da Truxt Investimentos, Arthur Carvalho, para quem o juro básico deve chegar a dezembro do próximo ano em 3%. “Dado o elevado grau de incerteza inerente a economias emergentes, o ‘forward guidance’ tende a ser pouco efetivo”, diz. Também os economistas do BRP esperam que o juro básico termine o próximo ano acima dos níveis atuais.

“Nossas projeções contemplam aceleração do IPCA ao longo do segundo semestre deste ano e de 2021”, dizem. Assim, para eles, o “guidance” é positivo para a execução da política monetária ao atenuar a alta da Selic e dos juros futuros, mas não deve impedir a taxa básica de ser elevada a 3,5% até o fim do próximo ano. Além disso, analistas apontam que as discussões sobre a situação fiscal podem ter influência sobre os rumos da política monetária.

A economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, nota, por exemplo, que o Copom deixou claro que a sustentabilidade das contas públicas é fundamental para que os juros permaneçam em níveis baixos por muito tempo. “A curva de juros e o real já precificam o risco fiscal em algum grau.

A comunicação do BC tem, neste momento, menos impacto nos mercados do que as notícias sobre a possibilidade de quebra do teto. De qualquer forma, ela é bem-vinda para deixar a mensagem bem homogeneizada na sociedade”, afirma a economista. A ARX mantém inalterada sua projeção para os rumos da Selic e espera que o juro básico termine este ano nos atuais 2% e seja elevado a 4% até o fim de 2021.

 

Análise: Copom começa a explorar estímulos não convencionais

O Banco Central (BC) começou a explorar as possibilidades de estímulo monetários não convencionais, diante de um cenário provável em que as pressões desinflacionárias poderão ter duração maior do que o inicialmente esperado. Por ora, a opção é o “forward guidance” (diretriz futura), que atualmente apresenta a melhor relação custo benefício. Para entender o forward guidance, é muito importante compreender a diferença que o Copom faz entre inflação esperada e inflação projetada no cenário central. As decisões de política monetária que vinham sendo tomadas até agora se baseavam na inflação esperada pelo colegiado. O forward guidance se amarra à inflação projetada.

O forward guidance, na descrição do Comitê de Política Montária (Copom), é a uma intenção de política monetária assimétrica. O comitê não subiria os juros, mas poderia baixá-los, enquanto as suas projeções de inflação no cenário básico e as expectativas de inflação não estiverem suficientemente próximas das metas no horizonte relevante.

Conforme explicado pelo diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, há algumas semanas, a inflação esperada é um número entre a inflação projetada no cenário central (divulgada nos documentos oficiais) e a inflação projetada nos cenários alternativos (que ainda não começou a ser divulgada de forma periódica).

Na reunião da semana passada, o Copom se deparou com uma inflação de 3% na sua projeção central, mas a inflação esperada era maior do que isso, dado que seu balanço de riscos atribui um peso assimétrico do lado negativo. A inflação esperada, na semana passada, estava entre 3% e 3,75%, a meta para o ano.

 Por isso, o Copom “concluiu que seria apropriado aumentar residualmente o seu grau de estímulo monetário”, segundo ata do Copom divulgada hoje. Uma dúvida importante: o corte de 0,25 ponto percentual foi suficiente para colocar a inflação esperada na meta? A julgar pelo parágrafo 14 da ata, que fala justamente sobre a necessidade de ajuste residual, aparentemente sim. Mas o parágrafo seguinte dá a entender que, na reunião da semana passada, haveria mais espaço para baixar os juros, que não foi utilizado justamente devido ao chamado limite efetivo para a taxa de juros.

Também conhecido como “lower bound”, seria um limite em que, a taxa de juros caindo abaixo dele, haveria instabilidade nos mercados, como uma fuga de recursos de fundos de renda fixa. Para lidar com esse limite, o BC esclarece na ata que eventuais baixas de juros seriam de forma espaçada em suas reuniões. Mas o Copom dá a entender que, na reunião da semana passada, deveria baixar mais os juros, mas bateu no “lower bound”. Isso está dito no parágrafo 17:

“De forma a prover o estímulo monetário considerado adequado para o cumprimento da meta” o Copom considerou o uso do forward guidance. Note que o Copom fez uma aprofundada discussão sobre os instrumentos de política monetária não convencional. A conclusão é que, hoje, o forward guidance é o mais adequado, mas outros instrumentos – como uma expansão quantitativa – não foram descartados. Apenas não são o melhor agora: “A prescrição futura seria a estratégia de implementação de política monetária que atualmente apresenta a melhor relação custo benefício”.

É bom atentar para a palavra “atualmente”. E o que diz o forward guidance? Ele amarra decisões futuras do Copom, que admite baixar os juros e não subir, desde que satisfeitas as “condições necessárias”. Quais seriam as condições necessárias? As expectativas do mercado e as projeções do cenário básico estarem suficientemente próximas das metas.

A prescrição desse forward guidance é diferente do que o Copom normalmente faria. Quando o BC fala em condições necessárias, parece excluir as condições suficientes. Quais seriam elas? Note que o BC não menciona a inflação esperada, o que equivale a dizer que vai dar peso menor – talvez nenhum - do que vinha dando até agora para o balanço de riscos nas suas decisões.

Mas essa prescrição vem com uma nota de rodapé importante: o regime fiscal precisa ser mantido para não levar a uma alta da taxa de juros estrutural. Embora o risco fiscal esteja no balanço de riscos, o Copom parece se referir um evento muito mais concreto – “ruptura” – que poderia afetar juro estrutural e projeções.

Outra ressalva feita pelo Copom é a manutenção das projeções de inflação de longo prazo. Uma dúvida importante é o horizonte de tempo desse forward guidance. O Copom vincula o forward guidance até a inflação projetada e as expectativas estarem “suficientemente próximas à meta”. Hoje, as projeções e expectativas de inflação para 2021 estão abaixo da meta, mas para 2022 estão na vizinhança da meta.

Há duas opções: o BC pode manter a sinalização até maio de 2021, quando o horizonte relevante da política monetária se desloca totalmente para 2022. Ou pode fazer essa sinalização perder força ao longo do tempo, na medida em que, paulatinamente, a inflação de 2022 ganha mais força no horizonte de política monetária. Qual delas deve escolher? Pelo que tudo indica, essa segunda hipótese é a mais provável. Kanczuk disse mais de uma vez que foca numa espécie de média das metas dos anos que estão no horizonte relevante da política monetária.

 

Medidas de crédito já têm efeito na crise, diz Campos

O segundo pacote de medidas de crédito implantado pelo Banco Central (BC) durante a crise “já está fazendo efeito”, afirmou ontem o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, em live promovida pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). “O crescimento do crédito é bastante robusto”, disse. Segundo Campos, a alta vem sendo puxada principalmente pelos bancos privados, em um movimento descrito por ele como “saudável”.

Outro ponto positivo é que as taxas de juros vêm caindo “em todas as modalidades”. Mesmo assim, ele admitiu que, no caso de empréstimos imobiliários, o BC esperava que, com a Selic em 2% ao ano, o custo na ponta final estivesse menor. Ainda em relação ao setor imobiliário, a avaliação do BC é que, com o tempo, os empréstimos vão migrar para o crédito livre. Um passo importante para o crescimento do setor, na visão de Campos, será o avanço da securitização.

De acordo com ele, o crédito atrelado ao IPCA “endereçou parte desse problema”. A autoridade monetária, no entanto, ainda enxerga entraves para a expansão do home equity e na portabilidade de crédito imobiliário. No caso da portabilidade, ainda há burocracia excessiva, segundo Campos.

O presidente do BC disse ainda que o Brasil está em uma “posição de recuperação mais rápida” após a pandemia do que os demais países emergentes. Ele destacou que as previsões para a queda do PIB no país estão diminuindo nas últimas semanas, apesar de envolveram “uma grande incerteza”. “Mas vai ser uma queda muito grande”, afirmou Campos.

Na live, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que o banco retomou o processo de securitização do crédito imobiliário atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), suspenso em função da pandemia. Segundo ele, o banco já soma mais de R$ 10 bilhões em empréstimos imobiliários atrelados ao índice de inflação.

 

Caixa diz que crédito atrelado ao IPCA já soma R$ 10 bilhões

A Caixa Econômica Federal retomou o processo de securitização do crédito imobiliário atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), afirmou nesta terça-feira o presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães.

Ele participou de evento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Guimarães destacou que a pandemia fez, em um primeiro momento, a Caixa suspender esse processo. De acordo com ele, os empréstimos atrelados ao IPCA no banco já somam mais de R$ 10 bilhões.

O presidente também afirmou que a instituição financeira vem estudando aumentar o comprometimento de renda de 20% no caso do crédito atrelado ao IPCA. "Ainda não é um anúncio formal", disse.

 

FOLHA

Baixas na economia criam encruzilhada para Paulo Guedes

A saída de mais dois membros importantes da equipe de Paulo Guedes não pegou de surpresa o setor privado brasileiro.

Segundo alguns empresários que conversaram com a reportagem, com a condição de não terem seus nomes revelados, a agenda liberal, um dos pilares do plano econômico do governo de Jair Bolsonaro, estaria sendo preterida e levando a debandada de pessoas que deixaram o setor privado justamente por acreditarem nessa essa agenda.

A pressão por um modelo mais populista estaria ganhado força por causa do aumento de popularidade do presidente após o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. Entre os que defendem mais gastos estaria, em especial, a ala militar, que sugere mais obras.

Também chama a atenção dos empresários a postura do novo ministro da Comunicação, Fábio Faria. Ele tem participado de lives e dado declarações que tratam dos rumos econômicos do governo.

Para Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira de Brinquedos), os recentes pedidos de demissão podem ser explicados pela demonstração de ineficiência do governo em avançar com mais agilidade na agenda liberal. “O Brasil não funciona como a gente pensa, funciona como é possível”, diz Costa. “Por que o Salim não conseguiu vender empresas? Porque toda hora tem alguém empatando um negócio —um juiz de primeira instância, o Ministério Público. E isso ocorre porque não há uma boa narrativa.”

Já José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria de Plástico), lamenta pelo que chamou de perdas do governo. “É uma pena sair. Esse pessoal do setor privado teve um tempo de aprendizado e vão sair justamente agora que estão capacitados. E é o momento que mais precisamos, no início do pós-covid.”

Há quem defenda, no entanto, que Paulo Guedes nunca perdeu força dentro do governo e estaria usando a saída de dois importantes membros para pressionar o governo e conseguir acelerar o envio e aprovação de reformas.

Entre os economistas, porém, a saída dos secretários Salim Mattar e Paulo Uebel, responsáveis respectivamente por privatizações e a reforma administrativa, mostram o ministro em uma encruzilhada.

Pressionado no fronte fiscal por demandas por aumento de gastos e sem conseguir avançar sua agenda de reformas, num momento em que o presidente Bolsonaro já está com a atenção voltada para as eleições de 2022, Guedes não consegue cumprir sua promessa liberal e colhe a frustração de sua equipe.

Também deixaram o governo recentemente Rubem Novaes (presidente do Banco do Brasil), Caio Megale (diretor de programas da Secretaria de Fazenda) e Mansueto Almeida (secretário do Tesouro Nacional). “A saída dos dois precisa ser vista em conjunto com as outras saídas recentes”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “A saída rápida e intensa de muitos secretários em pouco tempo é uma sinalização de que a situação da política econômica, tanto da parte fiscal, como com relação às reformas, não conseguiu avançar.”

Segundo Vale, isso revela a posição enfraquecida de Guedes diante da demanda por mais gastos vindas de um presidente focado nas eleições, de militares que querem reforça a despesa com Defesa e do centrão que cobra a fatura de seu apoio ao presidente.“A sinalização das saídas dos secretários é a de um ministro que está numa encruzilhada”, afirma.

Segundo ele, nesse mês a discussão do Orçamento será importante para avaliar o desenrolar desse impasse. “A preocupação é de que talvez o ministério da Economia não consiga entregar uma peça fiscal que pare em pé e, aí sim, os mercados vão começar a ficar bastante estressados com essa situação.”

Para Carlos Kawall, do ASA Bank, as novas baixas revelam frustrações distintas. No caso do secretário responsável pela reforma administrativa pesa mais a inação do governo, avalia o economista, já que o Congresso se mostra aberto à mudança. Já no caso das privatizações, a resistência dos parlamentares têm sido o entrave mais relevante, avalia.

“Se o secretário Uebel saiu por conta de insatisfação com a inação do governo na iniciativa política de enviar a reforma administrativa, isso preocupa”, diz Kawall. “É uma reforma que várias vezes foi anunciada que era iminente e não há nenhum motivo para que isso não ocorra, a não ser uma questão política eleitoral.”

Para José Francisco Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, a saída dos secretários e a frustração da agenda liberal não causam surpresa. “É frustração para quem acreditou”, diz. “Aquela promessa de vender R$ 1 trilhão, de fazer reforma administrativa, de flexibilizar o gasto, não deu. Quem promete aquilo não está bem acostumado com o assunto.”

 

Banco Central vê queda de 11% no PIB no segundo trimestre

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta terça-feira (11), que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre vai ditar a retomada econômica pós-pandemia do novo coronavírus.

Em apresentação, ele projetou queda de 11% no período, em relação ao segundo trimestre de 2019.

"Vai ser uma queda muito grande, vai ser nosso pior trimestre", disse em evento virtual promovido pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).

A projeção de Campos Neto supera as estimativas negativas oficiais do governo. No dia 15 de julho, o Ministério da Economia projetou queda de 9,3% em relação ao segundo trimestre de 2019.

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em junho, em sua última estimativa, previa uma queda de 10,5% do PIB no segundo trimestre deste ano.

Campos Neto destacou que o Brasil tem recuperação mais rápida em meio à crise, na comparação com outros países emergentes.

"[Entre os emergentes] O Brasil parece ter performance um pouco melhor", ressaltou.

Embora alguns setores afetados pela crise tenham recuperação mais rápida, Campos Neto ponderou que outros devem ter retomada mais lenta, como de turismo e entretenimento.

"A indústria de veículos, por exemplo, teve uma queda forte, mas já mostrou forte recuperação. Quando olhamos os voos, no entanto, a retomada foi quase zero", avaliou.

Ele também pontuou que, em crises, o desemprego apresenta piora rápida, mas demora na retomada. "Temos uma mudança no padrão de consumo e na forma como a economia vai funcionar, temos que observar se essa mudança vai levar a ter desemprego estrutural no curto prazo, mas há expectativa de melhora."

Segundo ele, alguns segmentos tiveram aumento de spread porque caíram menos que a taxa básica de juros, que está em 2% ao ano, menor patamar da história. “Mas, no geral, as taxas caíram no período [da pandemia]”, disse.

 

 

 

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