Quinta-feira

VALOR

Tecnisa recebe proposta não solicitada de fusão com Gafisa

A Tecnisa divulgou nesta quarta-feira ter recebido proposta não solicitada da Gafisa de combinação de negócios das duas incorporadoras. A Gafisa fez a proposta pelo fundo Bergamo, do qual detém a totalidade das cotas. O Bergamo possui 3,1% do capital da Tecnisa. Segundo comunicado da Tecnisa, o negócio proposto seria feito, conforme a Gafisa, pela substituição de ações das duas incorporadoras pela entidade que consolidará negócios ou de oferta pública voluntária de aquisição de ações.

A Gafisa afirma que a fusão criará a segunda maior empresa do mercado imobiliário brasileiro. Em nota, o vicepresidente de finanças e gestão da companhia, Ian Andrade, afirma que a combinação possibilita “retomada de faturamento aos melhores níveis históricos, nos patamares de 2012 e 2013”. A empresa combinada com a Tecnisa poderia lançar de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões anuais, de acordo com a Gafisa. Até 2021, seria possível lançar R$ 2 bilhões.

O documento recebido pela Tecnisa informa que a definição do formato ficará a cargo das negociações entre as duas incorporadoras. Até o momento, não há tratativas entre as duas administrações, de acordo com a Tecnisa. Foram propostos também aumento do capital autorizado para 200 milhões de ações ordinárias, votação de nova chapa do conselho de administração e aumento de capital de R$ 500 milhões. Por volta das 13h, as ações das duas incorporadoras operavam em baixa na bolsa. A Gafisa recuava mais de 5% e a Tecnisa, mais de 2%.

 

Ata do Fed cita depreciação do real em meio a corte de juros e pandemia

A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgada nesta quarta-feira, faz menção ao Brasil. Na parte em que fala sobre a revisão da situação financeira global feita por sua equipe, a autoridade monetária lembra que, da reunião de 9 e 10 de junho para o encontro de 28 e 29 de julho, o real teve depreciação de quase 5% em relação ao dólar. Isso ocorreu “em meio aos contínuos cortes de juros pelo Banco Central do Brasil, escalada nos casos de coronavírus e turbulências políticas no Brasil”.

Após o último encontro do Fed, o BC brasileiro cortou mais uma vez os juros, em 0,25 ponto porcentual, para a mínima histórica de 2%, enquanto os casos de coronavírus no país só aumentaram, ultrapassando a marca de 100 mil mortes. De lá para cá, o real se depreciou mais 6,1% em relação ao dólar.

Curva de juros

A ata não ofereceu nenhuma novidade sobre política monetária, uma vez que os membros ainda debatem novas maneiras de fornecer estímulos à economia. As autoridades discutiram o fortalecimento das orientações fornecidas sobre a direção futura das taxas de juros (forward guidance), mas ainda não tomaram nenhuma decisão formal de colocá-lo em prática. Além disso, os funcionários do Fed parecem ter recuado nas estratégias de controle da curva de juros, vendo apenas benefícios "modestos" dessa abordagem.

Em paralelo, vários funcionários viram riscos com o controle da curva de juros: "Os participantes notaram a possibilidade de uma expansão excessivamente rápida do balanço patrimonial e dificuldades no desenho e comunicação das condições sob as quais tal política seria encerrada", diz o documento.

De forma mais ampla, quando se trata da revisão formal da estratégia do Fed, as autoridades disseram que terminá-la "seria muito útil para fornecer uma estrutura abrangente, que ajudaria a orientar as futuras ações de política monetária e de comunicação do Fomc"

 

Âncora fiscal terá peso igual ao da monetária, defende Montezano

A âncora fiscal será vista no futuro com a mesma importância que hoje é dada ao controle inflacionário. A afirmação foi feita ontem pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, que considera saudável o debate existente durante a atual crise econômica sobre a possibilidade de se extrapolar ou não os limites do teto de gastos.

“No passado discutiu-se a necessidade de se deveríamos ter uma âncora monetária. Hoje esse debate está superado, ninguém questiona mais a relevância e a função social de você ter uma inflação sob controle”, disse Montezano, que participou da Live do Valor.

Na visão de Montezano, é importante para o banco, que tem os investimentos em infraestrutura como um dos principais objetivos, “que o juro soberano, o juro nacional, esteja sob controle”. “E hoje quem controla esse juro é nossa âncora fiscal. Qualquer discussão que a gente tenha um debate entre aumentar um pouco o gasto público acima dessa linha é compensado várias e várias vezes com o que a gente perde na outra ponta no custo do financiamento”, ponderou o executivo.

“A gente vê como um processo de amadurecimento da nossa visão macroeconômica e, se Deus quiser, daqui a alguns anos essa âncora fiscal vai ser vista como a âncora monetária hoje, em que é inquestionável”, acrescentou. Montezano também explicou que, por causa da pandemia, houve aumento da procura por recursos do banco. Até junho, os desembolsos da instituição acumulados em 12 meses somaram R$ 56,165 bilhões, dos quais R$ 26,028 bilhões ocorreram neste ano.

“Hoje o que a gente vê no banco é uma certa aceleração desses desembolsos, tanto pelos recursos próprios do BNDES a gente vê essa tendência crescente, quanto também pelos programas de governo”, frisou Montezano.

Esses programas de governo que têm o banco estatal como operador contribuíram inclusive para que a instituição financeira tivesse um saldo positivo com o Tesouro Nacional, mesmo com o processo em curso de devolução de recursos.

Montezano explicou que, desde a escalada da crise da covid-19 no país, ficou acordado que não haveria, neste ano, antecipação de recursos nessa devolução. Ou seja, o BNDES faz apenas a amortização ordinária da dívida em 2020. Em contrapartida, como é operador de programas criados para fazer frente aos efeitos da pandemia na economia, o banco já recebeu cerca de R$ 50 bilhões do Tesouro.

O executivo lembrou que o BNDES administra recursos do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac) e também poderá receber os recursos para administrar os empréstimos através de maquininhas de cartão para microempreendedores individuais (MEIs). “A quantidade de volume do Tesouro que tem alocado no BNDES subiu durante a crise. Não só a gente não pré-pagou, como recebeu esses aportes que estamos operando nesses programas de crédito”, disse Montezano.

Ele ressaltou que, como o Peac é um seguro de crédito, os recursos destinados a ele podem ser alavancados, o que eleva o total disponível nesses R$ 50 bilhões do Tesouro para valor na casa dos R$ 110 bilhões. “Então o potencial que o BNDES pode induzir para micro, pequenas e médias empresas é acima de R$ 100 bilhões nesses programas, é muito substancial”, disse, frisando que o mercado anual de crédito no Brasil para esse tipo de empresa fica em torno de R$ 500 bilhões a R$ 600 bilhões.

Questionado sobre o processo de venda de ações da carteira da BNDESPar, Montezano lembrou que há um acordo de “lock-up” com os acionistas da Vale, que impede a venda dos papéis. Além disso, citou a operação feita com AES e explicou que, no caso da Eletrobras, a venda dos papéis depende da aprovação do Congresso dentro do processo de privatização.

“Todo o resto do portfólio, chegando no preço correto, chegando no momento em que a gente enxergue demanda para executar as operações, a gente vai fazer isso de forma oportuna”, disse, lembrando que o banco tem vendido ações de forma a não afetar o mercado.

 

O GLOBO

Pronampe: Bolsonaro sanciona programa que direciona R$ 12 bilhões em crédito para pequena empresa

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira o projeto que direciona R$ 12 bilhões para o Pronampe, linha de crédito voltada para micro e pequenas empresas.

O montante adicional veio de um acordo entre o governo e o Congresso para realimentar a linha depois que os R$ 16 bilhões originalmente disponibilizados foram todos concedidos em cerca de um mês.

Os recursos foram remanejados da medida provisória (MP) 944, que disponibilizava R$ 34 bilhões para o financiamento de salários de pequenas e médias empresas.

A intenção original da MP não atendeu aos pequenos empresários, porque a maioria não trabalha com salários na folha de pagamento, que era uma condição para a disponibilização do crédito.

Além disso, a linha era limitada ao custeio de salários, o que não ocorre com o Pronampe, que pode ser utilizado para outras necessidades, como pagamento de fornecedores e aluguel.

Na mesma cerimônia de sanção, o presidente assinou outro projeto para liberação de crédito que cria uma linha de empréstimos de R$ 10 bilhões via maquininhas de cartão voltada para as pequenas empresas. Bolsonaro aguardou até o último dia do prazo legal para sancionar ambos os projetos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que no início da crise, o crédito estava travado, mas que os programas do governo conseguiram facilitar o acesso aos financiamentos.

— O programa está sendo um sucesso, tá saindo, estamos calibrando mais, então o dinheiro finalmente chegou na ponta.

Os recursos vão para o Fundo Garantidor de Operação (FGO), usado pelo Pronampe para garantir os empréstimos. Para ter acesso aos novos R$ 12 bilhões, o empresário deve procurar o seu banco. Os maiores operadores da linha são Caixa e Banco do Brasil.

Alterações na MP 944

Em conjunto com o governo, o Congresso também promoveu mudanças no programa de financiamento de salários de pequenas e médias empresas na tentativa de adequar as condições às necessidades dos empresários. Agora são R$ 12 bilhões disponíveis nesta linha.

As alterações aumentaram o escopo de atendimento do programa. No projeto original, o crédito era voltado para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Os parlamentares acabaram subindo o teto para R$ 50 milhões.

Além dessa alteração, o financiamento agora poderá abranger até 100% da folha de pagamento pelo período de quatro meses, limitada ao valor de dois salários mínimos por empregado. Inicialmente, o financiamento era apenas por dois meses. As operações poderão ser feitas até o dia 31 de outubro e os recursos são depositados diretamente na conta do empregado.

As condições do programa continuaram as mesmas, com uma taxa de juros de 3,75% ao ano, com prazo de 36 meses para pagamento, incluído o período da carência de seis meses.

Os recursos do programa também poderão ser utilizados para pagar débitos referentes a condenações trabalhistas do empregador. Bolsonaro vetou um trecho que estabelecia um limite de R$ 15 mil no valor máximo da utilização da linha para pagamento de acordos homologados pela Justiça do Trabalho.

Em adição, o crédito poderá ser usado para pagar verbas rescisórias decorrentes de demissões sem justa causa ocorridas no período do início da pandemia até a publicação da lei, nesta quarta-feira, para recontratação do empregado demitido.

Com essas mudanças, Paulo Guedes espera que o programa alcance 200 mil empresas. O projeto já financiou 113 mil empresas com R$ 4,5 bilhões desde que entrou em vigor em abril.

— Flexibilizamos um pouco o programa, pode ser que a empresa precise de capital de giro para outras coisas, não só para folha de pagamento. Esperamos mais do que dobrar o alcance do programa, vão ser 200 mil empresas nos próximos meses.

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