Quarta-feira

VALOR

Decisão sobre Renda Brasil mexe com mercado

O anúncio do presidente Jair Bolsonaro sobre o Renda Brasil causou estresse nos ativos brasileiros, que descolaram do comportamento positivo visto no exterior. O tom de cautela às declarações não ocorreu pelo fim das discussões em torno do programa social, mas sim pela forma como foi feito. A sensação passada foi de um novo atrito entre o presidente, que rechaçou um possível congelamento de aposentadorias, e a equipe econômica, liderada por Paulo Guedes.

O Ibovespa conseguiu manter o patamar dos 100 mil pontos no fechamento, mas ficou praticamente no zero a zero, ao subir apenas 0,02% - aos 100.298 pontos. Na mínima, logo após as declarações, o índice chegou a cair 0,63%, aos 99.647 pontos. Para efeitos de comparação, o S&P 500, em Nova York, subiu 0,52% e o EEM, principal fundo de índice (ETF) de mercados emergentes, avançou 1,05%.

No mercado de câmbio, o dólar encerrou em alta de 0,24%, a R$ 5,2884 - na máxima, chegou a R$ 5,300. Contribuiu para o desfecho do câmbio local o ambiente geral para moedas emergentes, que encerraram sem direção única, um dia antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed).

A moeda americana subiu 0,42%, por exemplo, ante o peso mexicano e 0,08% frente à lira turca, mas cedia 0,31% contra o rublo russo e 1,08% na comparação com o rand sul-africano. Na B3, o segmento de juros viu a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 passar de 2,81% no ajuste anterior para 2,86%; enquanto no contrato para janeiro de 2025 subiu de 5,93% para 6,02%. Logo no início do pregão de ontem, os mercados foram pegos por um vídeo divulgado nas redes redes sociais do presidente, em que ele rechaçava a ideia de congelar salários de aposentados e pensionistas para financiar o programa.

“Eu já disse há algumas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos”, afirmou, repetindo termos usados no mês passado, quando descartou a ideia de acabar com o abono salarial, entre outros benefícios, para turbinar o Renda Brasil. “Quem, porventura, vier me apresentar uma medida como essa, eu só posso dar cartão vermelho para essa pessoa”, acrescentou.

Segundo Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, as declarações deram a sensação de maior atrito entre o presidente e a equipe econômica. “A sinalização de que não terá Renda Brasil seria até positiva, porque tira a pressão fiscal, mas a maneira como ocorreu trouxe a preocupação de como as coisas vão evoluir daqui para frente”, diz.

Após participar de reunião fora de agenda com Bolsonaro pela manhã, Guedes declarou em evento que o cartão vermelho não foi para ele e que a decisão de abandonar o Renda Brasil no momento é uma reafirmação da responsabilidade fiscal. “Ele tentou transparecer tranquilidade, mas o que o mercado agora quer são soluções, não apenas projetos”, afirma Lima. Para o CEO da Garde Asset, Marcelo Giufrida, a notícia tem várias facetas.

 “De um lado, é positiva a decisão do presidente de não criar despesas novas, pois facilita que o Orçamento caiba no teto para o ano que vem”, nota. “Por outro, significa a chance de Guedes mais uma vez perder alguém da equipe que avançou uma linha que não tem suporte da política. Isso é uma perda de tempo, no mínimo, essa pessoa precisaria ser reposta e inevitavelmente geraria atraso na pasta.”

Giufrida considera ainda que o episódio não necessariamente implica em uma perda de prestígio de Guedes. “Claro que não é bom, mas tivemos algo parecido há algumas semanas e o Guedes continua lá”, diz. Há, no entanto, quem desconfie da disposição do Planalto em enterrar a proposta. “Ainda é prematuro afirmar isso, uma vez que o desejo de Bolsonaro de criar uma bandeira social vem antes mesmo da pandemia”, nota Thiago Pereira, economistachefe da Macro Capital. “Bolsonaro sabe que o aumento não desprezível de sua popularidade foi ajudado pelo auxílio e é sensível a esse fator”, diz.

 

FOLHA

OCDE melhora projeção para PIB brasileiro e mundial, mas não vê vacina para todos em 2021

A OCDE, organização que reúne as economias mais desenvolvidas, revisou a projeção para a contração da economia brasileira em 2020 de 7,4% para 6,5%, em meio a uma onda de revisões que projetam um desempenho menos pior para a economia global neste ano.

A projeção do governo é de queda do PIB de 4,7% neste ano e crescimento de 3,2% no próximo. As estimativas do mercado pela pesquisa Focus, do Banco Central, é de -5,11% e +3,5%, respectivamente.

Em junho, a entidade previa uma contração global de 6%, revista para 4,5% no seu relatório trimestral de setembro, divulgado nesta quarta-feira (16). Para 2021, é estimado crescimento mundial de 5% (ante 5,2% em junho), insuficiente para que o nível da economia volte ao patamar anterior à pandemia no próximo ano.

“As projeções pressupõem que surtos locais esporádicos continuarão, sendo tratados por intervenções locais direcionadas, em vez de bloqueios nacionais. Presume-se que uma vacinação não se torne amplamente disponível até o final de 2021”, diz a OCDE.

Se a ameaça do coronavírus desaparecer mais rapidamente do que o esperado, diz a OCDE, uma maior confiança pode aumentar a atividade global significativamente em 2021. Um ressurgimento mais forte do vírus, com medidas mais rigorosas de contenção, poderiam cortar de dois a três pontos percentuais do crescimento global em 2021.

No caso brasileiro, é projetada recuperação de 3,6%, mas que poderia ficar em apenas 1% no cenário pessimista.

Segundo a entidade, a revisão de 2020 reflete a queda na produção global menor que a esperada, mas esse fator positivo mascara diferenças consideráveis entre os países, com revisões em alta na China, EUA e Europa e para baixo na Índia, México e Argentina.

No Brasil, a melhora de 0,9 ponto percentual na projeção de 2020 é inferior à revisão de 1,5 ponto para cima no desempenho global. Nos EUA, houve melhora de 3,5 pontos. Na China, de 4,4 pontos percentuais.

Segundo a OCDE, o nível de produção aumentou rapidamente após a flexibilização das medidas de confinamento e a reabertura inicial de empresas, mas o ritmo da recuperação global perdeu ímpeto durante os meses de verão no hemisfério norte, que começou no final de junho.

“Os gastos das famílias com muitos bens duráveis se recuperaram de forma relativamente rápida, mas os gastos com serviços, especialmente aqueles que exigem proximidade entre trabalhadores e consumidores ou viagens, permaneceu deprimido”, diz a instituição em seu boletim.

Olhando para a frente, a entidade diz que o apoio das políticas fiscal e monetária precisa ser mantido para preservar a confiança e limitar incertezas, citando a sinalização de que as taxas de juros serão mantidas baixas por um longo tempo. Disse ainda que medidas fiscais adicionais são bem-vindas.

“O objetivo deve ser evitar aperto orçamentário prematuro em uma época em que as economias ainda são frágeis”, diz a OCDE, que cita a importância de programas de retenção de empregos e apoio à renda para limitar a longa duração e os custos da crise.

 

ESTADÃO

Governo mantém projeção de queda de 4,7% para o PIB em 2020

O Ministério da Economia manteve sua projeção para a recessão em 2020, decorrente da pandemia de covid-19. De acordo com a nova grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), a retração estimada para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 seguiu em 4,70%. Essa é a mesma previsão divulgada pela equipe econômica em maio, e depois, em julho.

Passado o tombo mais forte na economia neste ano, a equipe econômica espera uma recuperação acelerada no próximo ano. Para 2021, a projeção de crescimento seguiu em 3,20%. Para 2022, a estimativa de alta no PIB passou de 2,60% para 2,50%.

O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023 e 2024, ambas em 2,50%.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma queda de 5,11% para o PIB de 2020. Para 2021, a estimativa é de alta de 3,50%.

Ainda de acordo com a equipe econômica, a indústria e o comércio devem ser o motor da atividade no terceiro trimestre deste ano e o setor de serviços deverá ganhar protagonismo nos últimos meses de 2020.

A estimativa de queda do PIB neste ano é reflexo de medidas restritivas e de distanciamento social tomadas para frear a pandemia do novo coronavírus.

As ações levaram, por exemplo, ao fechamento de boa parte do comércio e de fábricas ligadas a áreas consideradas não essenciais. Esses serviços, porém, estão sendo gradativamente reabertos em todo o País.

Inflação

A projeção do Ministério da Economia é que a inflação medida pelo IPCA fique em 1,83% este ano, abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4%.

Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação medida pelo IPCA seja de 2,94%.

 

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