Terça-feira

Contratos digitais no setor imobiliário ganham escala na pandemia

Os contratos digitais ganharam importância inédita na pandemia. Os contratos de venda de um loteamento com 1,2 mil unidades em Cotia (SP), da incorporadora Lote 5, por exemplo, estão sendo feitos de maneira 100% digital. A economia é de quase 200 mil folhas de impressão e até R$ 1,2 milhão com autenticações, reconhecimentos de firmas, deslocamentos e serviços de despachantes.

Ferramenta. Segundo a advogada de direito imobiliário que assessorou a operação, Kelly Durazzo, assinar digitalmente a transferência de imóveis é uma realidade desde o início da pandemia, mas a larga escala comercial só foi possível após um acordo para a criação de uma assinatura digital mais barata. A assinatura digital custa R$ 49,90, tem validade de três meses e será paga pela loteadora.

 

Mercado eleva pela 18ª vez seguida projeção de inflação em 2020

A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2020 subiu, pela 18ª semana consecutiva, agora de 4,21% para 4,35%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2021, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 3,34%.

Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação oficial subiu de 4,04% para 4,34% em 2020, mas permaneceu em 3,41% para 2021. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4,00% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

PIB

A mediana das projeções do mercado para a economia brasileira em 2020 voltou a cair, de -4,40% para -4,41%, vindo de um piso de -6,54% atingido no fim de junho. Para 2021, o ponto-médio das expectativas para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 3,50%, mantendo apostas na recuperação de parte das perdas deste ano.

Selic

A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2021 manteve-se em 3,00% ao ano entre os economistas em geral e 3,13% ao ano entre os campeões de acertos.

Dólar

A mediana das projeções para o dólar no fim de 2020 entre os economistas que mais acertam as previsões voltou a subir, de R$ 5,25 para R$ 5,41. Para 2021, o ponto-médio das projeções subiu de R$ 5,22 para R$ 5,25 entre os campeões de acertos. Entre os economistas em geral, a expectativa caiu de R$ 5,22 para R$ 5,20 no fim de 2020 e de R$ 5,10 para R$ 5,03 no encerramento de 2021.

 

Itaú vê início de ciclo de alta da Selic em agosto de 2021

Com a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em 2020 concluída, o Itaú Unibanco revisou suas projeções para a taxa Selic no fim de 2021 de 3,0% para 3,5%.

Os economistas do banco, inclusive, apontam para o risco de uma elevação do juro básico já no primeiro semestre, “com o Banco Central vigilante quanto a novas surpresas de inflação”.

“Para 2021, destacamos que o momento e o ritmo de elevação da taxa de juros dependerão da evolução da inflação no primeiro trimestre do ano”, afirmam os economistas, que projetam inflação acumulada de 0,7% nos primeiros três meses de 2021, abaixo do nível de 1% esperado pela mediana das expectativas do Boletim Focus.

Para o Itaú, a concretização do cenário mais benigno é compatível com o início de um ciclo de normalização apenas em agosto. “Caso contrário, isto é, em caso de novas surpresas no IPCA ou piora no balanço de riscos, a taxa Selic poderia subir já no primeiro semestre de 2021”, apontam os economistas do banco.

Eles lembram, ainda, que o comunicado de semana passada do Copom mostrou um viés “claramente altista” em relação à Selic. O Itaú Unibanco revisou a alta do IPCA em 2020 de 3,5% para 4,4% e, em 2021, de 3,1% para 3,3%.

Para 2022, a estimativa é também de 3,3%. A projeção para este ano leva em conta a mudança de bandeira tarifária na conta de luz, que passou para vermelha 2, o que implica custo adicional de R$ 6,243 a cada kWh consumido.

O impacto será de 0,45 ponto na inflação de dezembro, que também deve contar com pressão em passagens aéreas e educação, via coleta extraordinária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período.

Com base em um cenário de bandeira amarela em dezembro de 2021, o anúncio da Aneel terá impacto de -0,30 ponto na inflação do próximo ano. Mas ele será compensado por revisões altistas recentes na expectativa de outros preços administrados, principalmente o reajuste de planos de saúde.

A inflação acumulada em 12 meses passará boa parte de 2021 acima do teto da meta, com pico de 5,8% em maio, estima o Itaú. Segundo o banco, a ociosidade na economia deve seguir elevada, o que contribui para a dinâmica benigna da inflação, que deve terminar o ano abaixo da meta.

“Tendo em vista a magnitude do hiato do produto e o tempo necessário para seu fechamento, não vemos, neste momento, risco significativo de inflação de demanda”, escrevem economistas do banco em relatório de revisão de cenário divulgado hoje.

“Sobre o forward guidance, as autoridades ponderaram que, por ora, as condições para a sua manutenção seguem satisfeitas, mas destacaram que as projeções e expectativas de inflação para 2022 já se situam próximas à meta, o que pode levar o comitê a abandonar esse instrumento na medida em que o horizonte relevante para a política monetária migre gradualmente de 2021 para 2022”, apontam os economistas do Itaú.

O banco também alterou sua projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 e passou a esperar que o dólar encerre o ano que vem em R$ 4,75. Antes, a expectativa era de que a moeda americana fecharia 2021 em R$ 5,00.

“Com a sinalização de manutenção do teto de gastos, a incerteza fiscal deve diminuir. Isso, somado à retomada do crescimento econômico, o cenário global mais benigno e um balanço de pagamentos já ajustado), abre espaço para a apreciação da moeda em direção a um patamar mais consistente com os fundamentos”, apontam os economistas do banco.

Em relação a 2022, a projeção do Itaú também contempla o dólar a R$ 4,75. Resultado primário O Itaú Unibanco melhorou as estimativas para o déficit primário do país neste e no próximo ano e prevê que o teto de gastos será cumprido em 2021 e 2022, apesar do precário ambiente fiscal.

No relatório de revisão de cenário divulgado hoje, o banco estimou o déficit primário de 2020 em 10,6% do PIB, ou R$ 800 bilhões, menos que os 11,7% do PIB (R$ 850 bilhões) previstos anteriormente. Em 2021, o déficit deverá diminuir para 2,1% do PIB (R$ 180 bilhões), de 2,5% (R$ 200 bilhões) previstos antes.

Para 2022, a expectativa é de um déficit de 1,5% do PIB (R$ 140 bilhões). Segundo o relatório, a revisão de 2020 decorre de um menor impacto fiscal do chamado orçamento de guerra, principalmente com o pagamento acima do esperado do diferimento de impostos pelas empresas e de um melhor resultado com Estados, municípios e estatais.

Para 2021, a revisão foi influenciada pela expectativa de um gasto menor em créditos extraordinários e não sujeitos ao teto de gastos, que devem se restringir a cerca de R$ 10 bilhões para ações de saúde (de R$ 33 bilhões previstos antes), como a vacinação da população.

Quanto ao teto de gastos, a incerteza quanto ao seu cumprimento deve permanecer até março, para quando se aguarda a aprovação do Orçamento.

O Itaú espera a manutenção em termos nominais do gasto discricionário na comparação com 2020. Para 2022, o desafio de cumprir o teto deve ser suavizado pelo efeito calendário da inflação, diz o banco.

Enquanto o teto de gastos será reajustado por um IPCA maior até junho de 2021 (5,7%, ante 2,1% até junho de 2020 para o Orçamento de 2021), os gastos sociais, que são metade dos gastos primários do governo, seguirão um INPC menor acumulado até dezembro (2,8% em 2021, ante 5,3% em 2020).

“Assim, mantido o reajuste do salário mínimo apenas pela inflação e ausência de reajuste nominal para servidores públicos, o governo terá um espaço fiscal de cerca de R$ 27 bilhões em 2022, dos quais cerca de R$ 18 bilhões devem ser utilizados para recomposição de gastos discricionários”, escrevem os economistas do banco.

A dívida bruta deve alcançar 89% do PIB em 2020, 84% do PIB em 2021 e 83% do PIB em 2022, ante 74% do PIB em 2019, nas estimativas da instituição.

Além da recente revisão da série histórica do PIB pelo IBGE, que reduziu a relação dívida/PIB em cerca de 1,5 ponto percentual, os melhores resultados primários, o crescimento econômico temporariamente acima do potencial, os juros reais abaixo do patamar neutro e um deflator do PIB acima do IPCA beneficiarão a dívida nos próximos anos, segundo o Itaú que estima crescimento da economia de 4% em 2021 e de 2,5% em 2022.

 

Mesmo mais fraco, IBC-Br confirma trajetória de retomada

Apesar do desempenho abaixo do esperado, o indicador do Banco Central para a atividade em outubro não gerou mudanças significativas no entendimento dos analistas de que a economia brasileira entrou no último trimestre de 2020 dando continuidade à retomada, mas em um ritmo mais lento e com uma desaceleração que deve prosseguir pelos primeiros meses de 2021.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,86% em outubro, na comparação com ajuste sazonal com o mês anterior, informou ontem a autoridade monetária. Em setembro, o indicador teve alta de 1,68% (dado revisado de 1,29%). A mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data apontava alta de 1,1% em outubro.

Na comparação com igual mês de 2019, houve queda de 2,61%, na série sem ajuste. No acumulado de 12 meses, uma métrica mais estável, o IBC-Br caiu 3,93% até outubro. A atividade medida pelo BC acumula alta de 14,7% desde maio, mas ainda está 2,4% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro), calcula o Goldman Sachs.

Revisões na série, provavelmente incorporando novos números do IBGE para o Produto Interno Bruto (PIB), ajudam a explicar o desvio de outubro em relação às projeções, dizem especialistas. “Se olhamos o dado, ele não trouxe novidades ao cenário de que vimos um mês muito bom, com continuidade de alta na produção industrial, bom comportamento do varejo e um desempenho ‘ok’ de serviços, mantendo o diagnóstico de que a economia cresce em duas velocidades”, afirma Natalie Victal, economista da Garde Asset.

A indústria, que avançou 1,1% em outubro, poderia ter crescido mais, não fosse a falta de insumos, afirma Vitor Vidal, economista da XP Investimentos. Já o desempenho do varejo - alta de 0,9% no conceito restrito e de 2,1% no ampliado, que inclui veículos e material de construção -, surpreendeu o mercado.

Para Vidal, um “sinal de alerta” vem da abertura da pesquisa de serviços, setor que cresceu 1,7% em outubro. “Quando vemos os serviços prestados às famílias, às empresas e os outros serviços, que seriam o ‘core’ [núcleo] da economia, a recuperação foi muito lenta na comparação com setembro, indicando que os serviços não voltam com força.”

Entre fatores para a desaceleração da atividade em outubro, a MCM Consultores cita a base de comparação elevada, a dissipação dos efeitos da flexibilização das atividades e a redução do auxílio emergencial, conjugada ao aumento da inflação, que pressiona orçamentos familiares.

Dados antecedentes da atividade em novembro, como produção e venda de veículos, apontam para altas expressivas na indústria e comércio, diz o economista da XP.

Sobre os serviços, será preciso ainda acompanhar números do mercado de trabalho, acrescenta ele. Indicador mais qualitativo, a prévia das confianças de dezembro, com quedas nos quesitos empresarial e do consumidor, reforça, por sua vez, as perspectivas de desaceleração da atividade no fim do ano (leia no texto abaixo).

“Tem duas dinâmicas: famílias mais ricas com medo da pandemia, o número de casos aumentando e, entre famílias mais pobres, a realidade da vida que volta a se impor, o temor pelo mercado de trabalho, tirando ímpeto de consumo”, diz Vidal.

O efeito líquido da piora da pandemia, porém, ainda é incerto, porque outra parcela (crescente) da população ignora as recomendações sanitárias e aumenta a circulação, o que beneficia a atividade no curto prazo, diz a MCM, que projeta, por ora, 0,35% para o IBC-Br de novembro.

Na avaliação da Garde, a atividade em novembro deve vir um pouco mais fraca, principalmente com moderação no varejo. Indicador da gestora para medir a “temperatura” do crescimento da atividade no quarto trimestre rodava em 4% quando saíram os primeiros dados de outubro, está em 3,3% e deve convergir para a previsão oficial de 2,3% até o fim do ano, diz Natalie.

A economista projeta queda de 4,2% para o PIB de 2020 e crescimento de 3% em 2021, mas 2,7% já seriam só pelo efeito estatístico. “Vamos sentir falta do impulso fiscal como um todo visto ao longo de 2020”, afirma Natalie.

Para ela, a atividade deve “andar meio de lado” no primeiro semestre de 2021, com uma pequena chance até de variação ligeiramente negativa. Outros fatores que deixam o período mais nebuloso são o “efeito poupança”, as dinâmicas do mercado de trabalho e as perspectivas fiscais.

Vidal, da XP, diz não trabalhar com um primeiro trimestre negativo, até porque já prevê recuperação mais lenta no fim de 2020 - o PIB avançaria 1,6% no quarto trimestre e 0,8% nos três primeiros meses de 2021. “A minha grande dúvida está a partir do segundo trimestre, com a inflação corrente em torno de 5%, a taxa de desemprego batendo quase 16%, já teremos definido o próximo presidente da Câmara dos Deputados”, diz ele, projetando 0,4% para o PIB do período. A XP prevê ainda queda de 4,6% para o PIB em 2020 e alta de 3,4% em 2021.

 

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