Quinta-feira

BC vê continuidade no aumento do crédito no Brasil

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta quarta-feira que há uma continuidade no aumento do crédito tanto nos empréstimos e financiamentos quanto também em títulos da dívida. Ele ressaltou que o crédito ampliado do setor não financeiro atingiu R$ 11,7 trilhões (157% do PIB), o que equivale a um crescimento de 0,2% no mês e de 14,6% em 12 meses. “Mostra uma continuidade do aumento do crédito no país tanto na parte dos empréstimos e financiamentos no sistema financeiro quanto em títulos de dívida”, frisou Rocha.

Segundo ele, a expansão de títulos de dívida em 2,3% no mês acontece devido ao aumento da dívida pública por conta do combate dos efeitos econômicos e sociais da pandemia.

Rocha disse ainda que houve redução de saldos da dívida externa por conta da apreciação cambial. Ele destacou que a apreciação cambial de 7,6% em novembro fez o saldo cair. Por outro lado, demais saldos permaneceram em crescimento, citando títulos de dívidas (0,3%) e empréstimos e financiamento (1,9%).

O chefe de Departamento do BC destacou que o crédito do Sistema Financeiro Nacional se aproximou dos R$ 4 trilhões, o equivalente a um pouco mais da metade do PIB.

Segundo ele, o aumento da demanda do crédito acontece na pessoa física e jurídica, com recursos livres e direcionados. Para Rocha, isso se deve a uma recuperação econômica.

O aumento do credito é espalhado, conforme Rocha, e não está relacionado apenas aos programas de crédito anunciados pelo governo para ajudar no período da pandemia.

Para o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, se a taxa de câmbio estivesse estável em novembro, o crescimento total do crédito seria de 2,3%, em vez de 2%. Em novembro, a taxa de apreciação cambial foi de 7,6%.

Segundo ele, a apreciação cambial reduz saldo de operações indexadas a moeda estrangeira como repasses externos e para financiamento de exportações. Também afeta o financiamento do BNDES, mas em menor grau. “Isso significa que a apreciação cambial em novembro reduziu o saldo do crédito, mas mesmo assim o crédito subiu”, frisou.

Redução da inadimplência

Rocha explicou ainda que a redução da inadimplência dos empréstimos bancários está relacionada não só às medidas adotadas pelas instituições financeiras como renegociar ou pausar os pagamentos assim como ao próprio aumento da concessão de crédito. Em novembro, a taxa de inadimplência foi de 2,2%. Segundo Rocha, a inadimplência continua sua trajetória de redução e se encontra no menor nível da série.

O chefe do Departamento de Estatísticas do BC destacou que, no caso da inadimplência dos recursos direcionados, houve uma redução de 1,4% em outubro para 0,9% em novembro. Isso aconteceu devido a uma negociação de dívida na área rural com as instituições financeiras. Com isso, essa taxa retorna ao patamar de 2019. A inadimplência com recursos livres (3,0% em novembro) também está na mínima histórica.

Sobre concessão de crédito de capital de giro para as empresas, Rocha disse que com a redução das incertezas, que ainda continua grande, já se tem uma demanda de crédito para expandir a atividade para que empresa continuem seguindo seu rumo. Segundo ele, as taxas de juros entre os patamares mais baixos da série histórica também contribuem para o aumento dos empréstimos.

Juros e spreads

Rocha destacou também que tanto as taxas de juros quanto os spreads bancários se mantiveram estáveis em novembro. Ele disse que, no caso do crédito direcionado para pessoa jurídica, houve uma elevação devido à alta da TLP por conta do aumento do IPCA.

No caso dos recursos livres, não tem uma regra específica, mas houve uma forte tendência de queda diretamente relacionada à baixa da Selic, principalmente nos últimos anos.

Pelos dados divulgados hoje pelo Banco Central, a taxa média de juros das pessoas jurídicas na linha conta garantida (com recursos livres) teve uma alta de outubro para novembro passando de 27,5% para 28,8% ao ano, sendo que outras modalidades com recursos livres para empresas tiveram redução.

Segundo Rocha, o aumento na taxa na modalidade de conta garantida é pontual e específico de poucas instituições financeiras. “Não vejo situação que se iniciou em um aumento de taxa”, frisou. O chefe de Departamento do BC disse que não dá para saber o que será do futuro, pois depende do comportamento da taxa básica de juros que é decidida pelo Copom.

 

País cria 414 mil empregos em novembro, recorde histórico, mas não recupera perdas da pandemia

O Brasil criou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. O número é o maior de toda série histórica, que tem início em 1992.

Esse também foi o quinto mês seguido de geração de empregos com carteira assinada. No acumulado de julho a novembro, foram criados 1,499 milhão de postos de trabalho formais. Mesmo assim, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho deste ano, período mais agudo da pandemia do coronavírus, quando 1,612 milhão de vagas foram fechadas.

Acumulado do ano

De janeiro a novembro deste ano, houve a geração de 227.025 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o Brasil registrou 948.344 contratações a mais do que demissões.

O resultado dos onze primeiros meses de 2020 também é o pior para esse período desde 2016, quando foi registrado o fechamento líquido de 858.333 postos de trabalho com carteira assinada.

As demissões no acumulado do ano refletem o impacto da recessão na economia brasileira gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Setores

A abertura líquida de 414.556 vagas de trabalho com carteira assinada em novembro foi impulsionada pelos desempenhos dos setores de serviços, comércio e indústria.

De acordo com os dados do Caged, houve um saldo positivo de 179.261 contratações no setor de serviços em novembro, que liderou entre os segmentos no resultado líquido. No comércio, o saldo foi de 179.077. Já na indústria, foram 51.457 vagas no resultado final do mês passado. Em seguida vem construção, com abertura líquida de 20.724 vagas. No setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura houve fechamento de 15.353 vagas.

Guedes comemora e diz que esperança é vacinação em massa

Ao comemorar os dados do Caged, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que contar com a vacinação em massa contra a covid-19 para a recuperação econômica. “Para ano que vem nossa esperança vai ser a vacinação em massa para salvar vidas, garantir retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada econômica”, disse Guedes o ministro.

“Quando observamos serviços e comércios, foram exatamente os setores mais atingidos pela pandemia. E a economia voltou em V (quando a retomada é na mesma velocidade da queda) como eu tinha antecipado, como poucos acreditaram, confirmando nossas expectativas, em vez vez da destriuição de empregos, como nas crises de 2015 e 2016, nós já estamos antes de chegar o dado de dezembro com 227 mil empregos criados”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, após a divulgação dos dados.

De acordo com ele, em 2015 e 2016, as crises foram criadas por "erros" na condução da economia que provocaram o fechamento das vagas.  “Agora com a pandemia, que é questão de fora, criamos empregos”, disse.  Na visão dele, as reformas "prosseguiram", mesmo com um ritmo "um pouco lento". “Mas seguem acontecendo”, afirmou.

“Só o negacionismo pode negar os números, eles estão aí, ano de geração líquida de empregos. Não imagino que isso (emprego) tenha acontecido em qualquer outro país no mercado formal. Seguimos preocupados com invisíveis, vamos cuidar disso à frente também”, disse.

Dezembro no azul

 Apesar de dizer que evita fazer previsões, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco afirmou não achar difícil que os dados do Caged "surpreendam" em dezembro, devido as iniciativas para manutenção de emprego, ao contrário do que acontece geralmente, quando as demissões superam as contratações. "Podemos ter saldo positivo em dezembro, de forma atípica", afirmou Bianco, ressalvando, no entanto, que prefere se ater apenas à divulgação dos dados.

"É possível alta taxa de contratação de temporários com demanda forte e retomada da economia. Demanda está forte agora e é possível que porcentual elevado de temporários sejam contratados", comentou o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo.

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