Terça-feira

Bancos estão cautelosos com economia, mas veem crédito crescendo 7% em 2021

Os bancos preveem expansão de 7% no crédito em 2021, liderada pelas operações com recursos livres, aponta a edição de dezembro da Pesquisa Febraban de Economia Bancária, realizada entre os dias 17 e 21 de dezembro de 2020. É uma projeção ligeiramente mais otimista que a feita em novembro, quando a perspectiva era de um crescimento de 6,8% neste ano.

Os bancos também preveem que o saldo das operações de crédito tenha avançado 13,7% no ano passado, ante 11,8% na projeção feita em novembro. No ano que se encerrou, porém, o crescimento foi liderado pelas linhas com recursos direcionados, refletindo as modalidades de empréstimos para as empresas atravessarem a crise e a forte demanda por crédito imobiliário.

Para 2021, a expectativa captada pela pesquisa é de aumento de 9,6% no estoque de operações com recursos livres e de 3,4% nas linhas com recursos direcionados. As projeções indicam crescimento de 14,7% no crédito com recursos livres e de 12,2% nos recursos direcionados em 2020. "Em 2020, o crédito foi o grande muro de contenção para evitar o colapso da economia e a pesquisa confirma que em 2021 as concessões tendem a continuar estimulando a atividade", disse, por meio de nota, o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

A pesquisa é feita a cada 45 dias com instituições financeiras, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Executivos de 16 bancos participaram da pesquisa de dezembro. A sondagem capturou também uma melhora nas projeções para a inadimplência deste ano. Os bancos agora preveem que o indicador fique em 4% em 2021, ante 4,3% na pesquisa realizada em novembro.

De acordo com o levantamento, 57,1% dos participantes esperam que o Copom retire o "forward guidance" [diretriz futura] na reunião de março, enquanto 14,3% preveem que isso será feito ainda no encontro de janeiro. O processo de normalização das taxas de juros terá início no terceiro trimestre na opinião de 80% dos entrevistados, enquanto 13,3% que a subida da Selic comece no segundo trimestre.

Em relação ao desempenho da economia, os participantes mostram incerteza. Para 26,7%, o crescimento do PIB será de até 3% diante de um quadro de incerteza fiscal, redução de estímulos e possibilidade da adoção de novas medidas de distanciamento social. Outros 46,7% veem a economia avançando entre 3% e 3,5%, com a atividade perdendo tração em relação ao fim do ano passado. Uma parcela de 20% está mais otimista e espera crescimento acima de 3,5%, com vacina, melhoria na questão fiscal e juros baixos.

 

Mercado reduz expectativas para Selic e PIB em 2021

O mercado reduziu as expectativas tanto para a taxa básica de juros quanto para o desempenho da economia em 2021, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira (4).

Neste ano, a projeção é de que a taxa básica Selic encerre a 3%, contra 3,13% na mediana das projeções da semana anterior, indo a 4,50% no fim de 2022.

A taxa fechou 2020 na mínima histórica de 2% e o Focus aponta manutenção desse valor na primeira reunião deste ano, em 19 e 20 de janeiro.

Para o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, a Selic também deve fechar este ano a 3% e ir a 4% no ano que vem, sem alterações;

O levantamento semanal apontou ainda que os economistas consultados passaram a ver contração de 4,36% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, de queda de 4,4% antes. Para 2021, o crescimento do PIB passou a ser estimado em 3,4%, 0,09 ponto percentual a menos do que na semana anterior. Para 2022 a expectativa é de crescimento de 2,5%.

Para a inflação, a pesquisa mostra estimativa de 4,38% em 2020, de 4,39% antes. Para este ano a conta é de uma alta do IPCA de 3,32% de 3,34% antes, com avanço de 3,50% em 2022.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4%, para 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

 

Fundos imobiliários têm crescimento de 76% no total de investidores

Impulsionados pela taxa de juros baixa, os fundos de investimentos imobiliários (FII) registraram até novembro de 2020 um crescimento de 76,1% na base de cotistas em relação ao ano anterior. Esse ânimo segue tendência vista em 2019, quando o número de investidores já havia mais que triplicado em relação ao ano anterior. O apetite pelos fundos imobiliários cresceu em um mercado sem alternativas atrativas para a renda fixa.

Para especialistas, não será surpresa se nos próximos cinco anos o número de pessoas físicas em fundos imobiliários alcançar entre 5 milhões e 10 milhões de investidores.

O segmento corresponde hoje a menos de 2% do total da indústria brasileira de fundos de investimentos e, por isso, as perspectivas de que ele tome espaço nas carteiras que buscam diversificação são boas. O mercado se mostra atento ao potencial de crescimento, mas cauteloso. O número de fundos novos registrados em 2020 na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cresceu 12,9%. Em relação à ofertas novas, foram 70 em 2020, mesma quantidade do ano anterior.

Passada a fase mais crítica da pandemia, o segmento dos fundos imobiliários que menos se abalou foi o residencial. “Os fundos que têm relação com compra e venda de unidades imobiliárias tiveram um ano bom, as pessoas voltaram a comprar imóveis e terrenos como investimento e as taxas de juros dos bancos ajudaram”, diz o sócio da Urca Capital Partners, Caio Braz. “Moradia é sempre uma aspiração do brasileiro, então, mesmo que a economia não se aqueça como o desejado em 2021, a perspectiva é boa.”

O sócio da RB Capital Asset Mauro Lima lembra que no período entre 2014 e 2018 o mercado imobiliário sofreu muito. “Foi uma época favorável para os locatários. A partir de 2019 melhorou para o mercado de imóveis, o que foi catapultado pela queda da Selic (a taxa básica de juros da economia”, diz. Ele aponta que, a partir do começo de 2020, passou a observar uma inflação por demanda no setor. "Pode haver uma percepção de valor maior pelo vendedor de imóvel, que pode subir o preço do imóvel mesmo sem que alguém compre."

Os fundos voltados a escritórios viram o pior cenário a partir de julho. “Não tanto pelo fenômeno do home office, mas pela conjuntura econômica, que fechou empresas”, afirma Lima. O horizonte deve permanecer turvo para os empreendimentos corporativos, que devem penar em 2021 até o processo de vacinação da população estar bem encaminhado.

Ainda assim, estudo do BTG Pactual indica em primeiro lugar entre os fundos o de lajes corporativas BRCR11. Voltado a imóveis de alto padrão e com patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões, é o maior fundo corporativo da Bolsa brasileira. “Entendemos que o curto prazo é desafiador por conta da contração da atividade econômica, com potencial aumento de vacância via devoluções”, diz o estudo. A longo prazo, o BTG acredita na retomada do mercado, mesmo com a introdução do home office, e na baixa taxa de vacância das regiões mais valorizadas.

No início de 2020, antes da pandemia, havia um justificado otimismo com os fundos de shoppings. O movimento era de recuperação da economia brasileira, com melhora de emprego, renda e consumo da população, ainda que a passos lentos. A tendência era de aumento da ocupação dos shoppings e mais dividendos para os investidores.

Mas a covid-19 forçou o fechamento de todos os shoppings do País no fim de março. As vendas foram a zero e os grupos foram obrigados a suspender ou reduzir aluguéis dos lojistas, o que levou a maioria dos fundos a reter ou a cortar drasticamente a distribuição de dividendos.

Mario Lima, da RB Capital, aponta que os fundos de shoppings e hotéis devem continuar em situação delicada não só pela crise sanitária, mas pelo menor consumo que o cenário econômico e político indicam.

Os fundos imobiliários logísticos, por sua vez, são vistos com bons olhos mesmo a curto prazo. “Até poucos anos era um segmento pequeno, com empresas internacionais, agora virou uma espécie de moda”, diz Lima.

Os galpões próximos a grandes centros estão em alta, em grande parte por causa de uma indústria que cresce em meio à pandemia: a do e-commerce. "O segmento, que foi um dos mais resilientes durante a crise decorrente da pandemia de covid-19, passou por uma relevante aceleração em seu crescimento e apresenta enorme potencial, diante da baixa participação do e-commerce nas vendas de varejo do País, quando comparada aos demais países", dizia o informe em que a Vinci Partners e Fulwood anunciavam a criação de um fundo imobiliário logístico, em setembro.

Empréstimo de cotas

Desde novembro a B3, a Bolsa brasileira, permite o empréstimo de cotas de fundo imobiliários, formato já consolidado no mercado de ações. Apenas os fundos com volume médio diário negociado igual ou superior a R$ 1 milhão e média de cotistas igual ou maior a 500 estão disponíveis no serviço. Esses parâmetros foram verificados, para o lançamento, entre maio e outubro. Em maio de 2021 novos fundos que se enquadrarem nas normas poderão entrar no serviço.

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