Sexta-feira

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BC: Estoque de crédito sobe 1,6% em dezembro e 15,5% em 2020

O saldo das operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,6% em dezembro, para R$ 4,017 trilhões. No ano passado, a alta foi de 15,5%. Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo Banco Central, o estoque de operações foi para 54,2%, frente a 53,5% em novembro. Em dezembro de 2019, o saldo era de 47%.

O saldo total do crédito livre avançou 1,8% em dezembro sobre o mês anterior, chegando a um total de R$ 2,320 trilhões. No ano, a alta foi de 15,2%. Já o crédito direcionado avançou 1,2% em dezembro, para R$ 1,698 trilhão, com alta de 15,9% no ano.

O saldo total de crédito para as famílias aumentou 1,4% no mês e cresceu 10,9% no ano, chegando a R$ 2,239 trilhões. Para as empresas, o avanço no mês foi de 1,7%, alcançando R$ 2,238 trilhões. No ano, a alta foi de 10,9%.

No segmento de pessoa física, o saldo de operações para a compra de veículos subiu 1,8% em dezembro, e 8,1% no ano, fechando em R$ 220,031 bilhões, a uma taxa de juros média de 19,2% ao ano. O estoque total de crédito imobiliário com recursos direcionados avançou 1,1% no mês e 11,7% no ano, para R$ 712,813 bilhões, com juro médio de 7% ao ano. Concessões

O sistema financeiro concedeu em dezembro 5,4% a mais em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com novembro. No ano, a alta foi de 5,2%.

O número divulgado pelo BC leva em conta as concessões totais em cada mês. Considerando a média por dia útil, houve queda de 4,2%. As concessões para clientes corporativos subiram 10,2% contra o mês anterior, somando R$ 190,4 bilhões.

Em 2020, houve alta de 10,8%. Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 208,1 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, 1,4% acima do que tinha concedido em novembro. Em 2020, houve alta de 0,4%.

A concessão com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, subiu 6,4% em dezembro. Em 2020, houve alta de 1,2%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, diminuíram 1,4% no mês passado.

No ano passado, por sua vez, foi registrado crescimento de 48,8%. Em termos dessazonalizados, porém, as concessões de crédito caíram 9,8% em dezembro, na comparação com novembro. Para as pessoas físicas (PF), houve queda de 4%, enquanto para as pessoas jurídicas (PJ) foi registrada contração de 14,7%.

No crédito livre total, as concessões caíram 6,3%, com queda de 2,2% para PJ e queda de 5,9% para PF. No crédito direcionado, caíram 19,7%, com queda de 50,1% para PJ e recuo de 2,4% para PF.

 

Bolsonaro já perdeu apoio de parte do empresariado, diz Arminio

O apoio que o governo Jair Bolsonaro já teve entre o empresariado não é mais o mesmo, segundo o ex-presidente do Banco Central e sócio da Gávea Investimentos, Arminio Fraga. Na Live do Valor desta quinta-feira, o economista disse que pelo menos uma parte dos empresários é favorável ao impeachment do presidente.

Questionado se acredita que o atual governo já perdeu apoio do empresariado, ele respondeu: “Eu diria que sim. Eu não vou falar, todo mundo morre de medo, é da natureza da coisa, mas acho que a turma já entendeu que aquela promessa de governo liberal na economia e mais manso nos temas de costumes, que isso já era.”

“Qualquer um bem informado a essa altura do jogo vai dizer ‘espera aí, vamos evitar os extremos’. Acho que o empresariado é muito firme em cair fora dos extremos, [em ver que] os dois estão dando totalmente errado, ‘vamos procurar alguma coisa aqui no meio, procurar um pêndulo, mas um pêndulo mais curtinho, mais civilizado’”, completou.

Questionado se o pensamento predominante no meio empresarial é a favor ou contra a continuidade do atual governo, disse: “Eu não vejo o empresariado como sendo uma coisa monolítica, ainda acho que tem muita gente dizendo ‘não, vai dar dor de cabeça, pode gerar um comportamento perigoso, deixa estar, vamos resolver isso daqui a dois anos’. Tem outros que dizem ‘não, não dá para aguentar, é demais, é melhor resolver isso agora, inclusive para a economia’.”

 “Não tenho uma pesquisa, mas que há um movimento bastante relevante e que está mobilizando as pessoas, isso eu não tenho dúvida”, concluiu. Segundo Arminio, a chance de novas mesas na Câmara dos Deputados e no Senado estarem alinhadas ao presidente pode dar algum alento ao governo federal, mas não garante um caminho tranquilo até 2022 nem a reeleição do presidente.

“A eleição dos dois favoritos do governo [na Câmara e no Senado] daria alguma margem de manobra ao presidente. Isso não significa que ele não tenha de lidar com esses enormes desafios do país”, disse . [Também] É difícil isso se ligar com as chances de reeleição [de Bolsonaro] em 2022", afirmou ele.

Questionado em outros momentos sobre os processos de impeachment contra Bolsonaro, Arminio evitou dar opiniões mais incisivas, mas reconheceu que esse é um sentimento crescente na sociedade. “Há um descontentamento bastante relevante do empresariado, não tenho dúvidas de que esse tema está mobilizando as pessoas”, disse.

“O que está acontecendo agora não é sustentável ou desejável. O que viria depois, nós não sabemos; pode ser que o debate [sobre impeachment] avance, mas não sei. Pode ser que economia não ajude e os riscos cresçam”, completou.

Na avaliação de Arminio, há chance para uma candidatura de centro em 2022.“Candidato de centro que tenha boa proposta para o país tem chance de ganhar", disse. Ele também comentou as pretensões políticas do apresentador Luciano Huck.

“O Huck vem se dedicando a conversar com muita gente e considera a possibilidade de ir para a política. Agora é questão de ele tomar essa decisão”, disse, acrescentando que vê com bons olhos o interesse de novos nomes na política. “Vamos ver o que o tempo produz para o Huck, está cedo ainda”, disse.

Arminio ainda lembrou que em alguns temas as atitudes do governo já produzem consequências concretas na imagem do Brasil, como o meio ambiente. “O Brasil é hoje muito mal visto lá fora e caminha para certa irrelevância. Isso deve continuar. O que estamos fazendo sobre a Amazônia é uma loucura para o mundo, mas sobretudo para nós”, disse.

 

Campos diz que no curto prazo pode haver crescimento fraco e inflação em alta

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil pode passar no curto prazo por um período de crescimento não tão forte, mas com a inflação subindo. "No curto prazo, pode haver um crescimento não tão robusto, mas a inflação subindo", disse em evento virtual promovido pela Monte Bravo Investimentos. "O desafio é voltar a crescer e debelar a pandemia localmente."

Campos Neto afirmou que os números do mercado de crédito apresentados nesta manhã pela autoridade monetária, referentes a 2020, mostram um quadro positivo para o Brasil. "Tem poucos países que apresentam esse número de crédito na pandemia", disse.

A respeito dos impactos da pandemia sobre a economia mundial, ele afirmou, no entanto, que "não sabemos como a trajetória da pandemia vai ser daqui para a frente". "O ambiente é super desafiador", afirmou.

Campos Neto ainda ressaltou que o quadro fiscal é "a chave de tudo" e dá espaço ou não para o BC manejar a política monetária. O presidente reforçou que o BC considera que "vários componentes" dos choques inflacionários recentes são temporários.

Ele lembrou que a aceleração dos preços foi causada pela alta das commodities, desvalorização cambial e elevação dos preços de alimentos. Mas Campos reconheceu que "começou a haver contaminação, principalmente dos núcleos", referindo-se às medidas mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária.

Campos lembrou também que alguns membros do Comitê de Política Monetária (Copom) estão com uma visão mais pessimista sobre a inflação, como mostrou a ata divulgada na terça-feira referente à reunião do colegiado. "Alguns membros do Copom tinham opinião que já dava para ver elementos mais persistentes", disse. Segundo ele, a visão "como grupo" é que haverá agora um período de divulgação de dados "muito importante para a análise".

Reformas

Campos Neto se disse otimista com a possibilidade de avanço da agenda reformista do governo federal. "O esforço está sendo feito nesse sentido e acho que tem uma grande probabilidade de sucesso", afirmou, destacando posteriormente que o governo "pensa de uma forma muito coesa". Segundo ele, haverá uma "janela de oportunidades" após as eleições na Câmara e no Congresso para apresentar a agenda reformista.

"Vamos ter um crescimento [da economia], que no começo acho que vai sofrer um pouco, mas com medidas e reformas pode acelerar", disse, afirmando que essa pauta a ser votada no curto prazo pode ser indutora da "credibilidade" fiscal.

Campos destacou o papel de reformas já aprovadas, como a Lei de Liberdade Econômica, que "melhorou muito" o ambiente para pequenas empresas. Ele também elogiou a reforma da Previdência. "Existe um questionamento se precisa fazer outra, mas ela foi feita, até melhor do que eu esperava", disse.

Para o presidente do BC, a queda da arrecadação de 3,5% no ano passado foi "bem menos do que as pessoas esperavam". A respeito da poupança acumulada durante a pandemia, ele afirmou que ela "tem alguma capacidade" de impulsionar a economia, "mas não vai absorver completamente a saída dos benefícios".

Campos ainda mostrou preocupação com o fato de os auxílios implantados durante a crise terem possivelmente mantido empresas pouco produtivas funcionando. "Um dos temas que nos preocupamos muito, e banqueiros centrais começaram a falar nos últimos dois meses, é se criamos muitas empresas zumbis", afirmou. Onda azul Ele ainda comentou que os efeitos de uma possível reflação da economia americana sobre os países emergentes ainda não é claro.

"Dependendo de onde vai parar, pode ter efeitos diferenciados para emergentes", disse. "Não é claro, por exemplo, se moedas emergentes sofrem ou não [com a possível reflação]". O que é claro, segundo ele, é que a chamada "onda azul" nos Estados Unidos é uma volta "do multilateralismo e de maior preocupação com meio ambiente".

Ele destacou que o pacote de apoio fiscal que está sendo discutido nos Estados Unidos atualmente é diferente dos outros, por ser mais voltado a Estados e municípios. "Mas é uma enormidade, é o tamanho do Produto Interno Bruto do Canadá", disse, referindo-se ao impacto potencial de US$ 1,9 trilhão das medidas, mas lembrando que o montante ainda está sendo negociado. "O que vai prevalecer é a capacidade e efetividade fiscal dessa onda azul", afirmou.

 

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