Quinta-feira

ESTADÃO

Mercado eleva previsão para Selic em 2021 a 3,75% em meio a inflação mais alta

O mercado elevou a expectativa para a taxa básica de juros neste ano, ao mesmo tempo que deu continuidade à tendência de elevação da projeção da inflação, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira (17).

O levantamento semanal apontou que a expectativa para a Selic aumentou a 3,75% no final de 2021, de 3,50% antes. Para 2022, segue projeção de juros básicos a 5,0%. A meta Selic está atualmente na mínima recorde de 2%.

O movimento ocorre na esteira da sexta elevação seguida na conta para a inflação, com a alta do IPCA agora calculada em 3,62% para este ano, de 3,60% na semana anterior. Para 2022, os economistas consultados ainda veem inflação de 3,49% na mediana das projeções.

A pesquisa mostrou que o cálculo da alta dos preços administrados em 2021 aumentou em 0,16 ponto percentual, chegando a 4,60%. Para 2022, o aumento foi de 0,14 ponto, para 3,94%.

O centro da meta para a inflação em 2021 é de 3,75%. Para 2022, o objetivo é de IPCA em ​3,50%. Em ambos os anos a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.

Para o PIB (Produto Interno Bruto), a estimativa de crescimento neste ano caiu pela segunda vez seguida, a 3,43%, de 3,47% no levantamento anterior, permanecendo em 2,50% para 2022.

 

Sem auxílio e sob restrições da pandemia, economistas apontam risco de recessão

Em meio ao recrudescimento da pandemia, a economia brasileira entrou em 2021 dando sinais de perda de fôlego. Sem o auxílio emergencial para trabalhadores informais, extinto a partir de janeiro, uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) neste primeiro trimestre já estava no radar. Agora, vem crescendo o número de analistas que esperam queda também no segundo trimestre, configurando o que o mercado chama de “recessão técnica”, quando a economia se contrai por dois trimestres seguidos.

Com um Natal fraco para o comércio e com o setor de serviços terminando o ano ainda longe do normal, o sinal de dezembro foi de arrefecimento na retomada da economia. Para piorar, os primeiros dados de janeiro, como os índices de confiança do consumidor e dos empresários, o fluxo nas estradas e a venda de veículos, não foram bons.

Um movimento de revisão para baixo nas projeções de crescimento para o primeiro trimestre e para 2021 como um todo já estava em curso desde o ano passado. Agora, os dois trimestres seguidos de retração já estão no cenário das equipes de análise do banco BNP Paribas, da consultoria MB Associados e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

A MB Associados passou a projetar duas retrações seguidas no PIB, tanto no primeiro (-0,8%) quanto no segundo (-0,3%) trimestres. Para o economista-chefe da consultoria, Sérgio Vale, um dos problemas é que a vacinação contra a covid-19 vai demorar a deslanchar.

“Estou otimista com as vacinas, e vejo chance de o programa de imunização acelerar ao longo do caminho, podendo ter impacto potencialmente explosivo lá na frente, já que mais vacinas estão surgindo. No começo, no entanto, a produção, aquisição de insumo, negociação política, é tudo mais lento e podemos entrar numa recessão leve”, diz Vale.

Outras equipes – como as dos bancos Citi, Goldman Sachs, Fibra e Santander e a da consultoria Tendências – veem a economia estagnada no primeiro semestre, combinando queda no PIB do primeiro trimestre com baixo crescimento no segundo.

Pessimismo

Dados econômicos da última semana corroboraram o cenário mais pessimista. Na quarta-feira, o IBGE informou que as vendas do varejo caíram 6,1% em dezembro ante novembro, bem abaixo das mais pessimistas projeções. Na quinta-feira, o desempenho negativo do setor de serviços – queda de 0,2% ante novembro, que não surpreendeu – confirmou o clima de desaceleração. Na sexta-feira, o IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central (BC), veio com alta de 0,64% em dezembro, mas não foi suficiente para mudar o humor.

Segundo Bráulio Borges, economista sênior da LCA Consultores, se mantido o ritmo de crescimento de 3,14% do IBC-Br no quarto trimestre de 2020 sobre o terceiro, seria o suficiente para o PIB como um todo crescer 3,5% em 2021. Ou seja, se o crescimento for zero ao longo do ano, sempre na comparação de um trimestre com o imediatamente anterior, a economia já fecharia com ganho. É o que economistas chamam de “carregamento estatístico”.

“Qualquer crescimento na faixa de 3,0% ou 3,5% (em 2021 como um todo) significará que a economia estará andando de lado. Seria o crescimento mais elevado desde 2013, mas seria ilusório”, afirma Borges.

A LCA Consultores ainda não projeta dois trimestres seguidos de queda, mas, segundo Borges, pode haver retração no primeiro trimestre. Para o economista, mais preocupantes do que os dados do fim de 2020 que mostraram arrefecimento são os indicadores que já saíram sobre janeiro.

 

VALOR

Melhora de perspectiva da AL depende de medidas fiscais e clareza de retomada, diz Fitch

O progresso em medidas fiscais estruturais e uma maior clareza das possibilidades de crescimento do PIB no médio prazo vão influenciar na melhora da perspectiva dos ratings soberanos na América Latina, aponta a Fitch. Tensões políticas e sociais podem se tornar riscos à consolidação fiscal, avalia a agência de classificação de riscos.

Na região, dez notas soberanas estão em perspectiva negativa, após vários cortes ocorridos em 2020, com a pandemia exacerbando as fraquezas econômica e fiscal. Nenhum rating na América Latina exibe perspectiva positiva. A retomada do crescimento do PIB e a retirada de algumas medidas de estímulo podem levar a uma contração dos déficits fiscais em 2021.

Os riscos de baixa, no entanto, persistem, conforme ocorrem a ressurgência das infecções do coronavírus, avanço lento da vacinação e a dificuldade de retirada dos estímulos criados no ano passado. A continuidade das perspectivas negativas reflete a visão da Fitch de que vários soberanos vão ter desafios em alcançar uma consolidação fiscal consistente com uma estabilização da dívida e uma eventual redução.

O impacto da pandemia no longo prazo sobre o crescimento é altamente incerto, aponta a agência. “O fracasso em implementar estratégias críveis de consolidação no médio prazo pode desancorar as expectativas fiscais, enfraquecer os indicadores sociais e manter a destruição de empregos devido à pandemia”, considera a Fitch. “Legislaturas fragmentadas podem adicionar dificuldades em implementar políticas de ajustes fiscais impopulares, mas necessárias”, acrescenta.

As vulnerabilidades estruturais da região, continua a Fitch, incluem baixa mobilidade de receitas, alta informalidade, dependência de moderada a alta de commodities e elevada rigidez orçamentária. “Esses fatores vão tornar mais difícil para os soberanos na América Latina se beneficiarem plenamente de uma retomada do PIB”, diz a agência.

Para a Fitch, na maioria dos países da região, a experiência de uma consolidação fiscal relativamente lenta após as crises anteriores reflete “um apetite político limitado em expandir a base de impostos ou melhorar estruturalmente o perfil de gastos”. Conforme a agência, as eleições em um futuro próximo podem tornar mais lentas as reformas neste ano ou ainda influenciar o tamanho e o ritmo dos ajustes pós-pandemia.

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