Sexta-feira

O ESTADO DE SÃO PAULO

Moradia popular dá impulso à recuperação do mercado imobiliário

Construção civil. Entre as empresas com ações na Bolsa, as três companhias que trabalham com unidades enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida responderam por dois terços do total de lançamentos e das vendas de imóveis no terceiro trimestre

As empresas de construção que desenvolvem moradias populares, enquadradas no Minha Casa, Minha Vida, têm puxado a recuperação do mercado imobiliário. Direcional, MRV e Tenda responderam por dois terços dos lançamentos e das vendas do terceiro trimestre entre as 11 incorporadoras listadas na Bolsa.

Juntas, as três lançaram empreendimentos com valor de vendas estimado em R$ 2 bilhões, um crescimento de 55,5% na comparação anual. As vendas no período totalizaram R$ 2,1 bilhões, avanço de 23,5%.

"O protagonismo da faixa popular na recuperação acontece sobretudo por causa do crédito. Os empreendimentos mais baratos, do Minha Casa, Minha Vida, têm acesso a crédito mais em conta. Os juros altos no passado recente praticamente inviabilizavam o financiamento", diz Pedro de Seixas, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em negócios imobiliários.

Em São Paulo, imóveis com preços até R$ 240 mil lideraram em quase todos os indicadores de agosto, aponta o Secovi-SP (entidade do setor). No País, dados da Abrainc (associação de incorporadoras) mostram que as vendas de imóveis novos do Minha Casa, Minha Vida até agosto somaram 41,7 mil unidades, 23,6% mais que no mesmo período de 2016. Foram 33,4 mil lançamentos, alta de 13%.

O copresidente da MRV, Eduardo Fischer, reitera a perspectiva de mais lançamentos e vendas em 2018. Ele também avalia que há boa disponibilidade de recursos para financiar a compra de imóveis com juros baixos, ao contrário do restante do mercado. "As sinalizações do governo são de que a habitação popular é prioridade."

Já a Direcional avalia que ainda existe grande diferença no desempenho de cada ramo. Tanto o médio quanto o alto padrão sofrem com distratos, juros altos e baixa demanda. Diante disso, a companhia abandonou novos projetos nesse mercado. Mas no de moradias populares, a trajetória continua positiva.

No grupo das empresas focadas tanto no médio quanto no alto padrão - Cyrela, Even, Eztec, Gafisa, PDG, Rossi, Rodobens e Tecnisa - o resultado na Bolsa foi mais modesto. Os lançamentos atingiram R$ 1,27 bilhão, alta de 4,6%. Já as vendas subiram 42,4%, para R$ 1,39 bilhão.

As incorporadoras conseguiram aumentar lançamentos e vendas no terceiro trimestre, além de diminuir o tamanho do rombo financeiro, o que sinaliza uma inflexão no mercado imobiliárioapós anos de crise.

Sair do vermelho, entretanto, é algo esperado só para meados de 2018, segundo empresários.

Eles avaliam que o setor ainda depende de um avanço mais consistente da economia brasileira e da confiança dos consumidores para impulsionar as vendas e reduzir os estoques.

O vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Rodrigo Luna, ressalta que o crescimento do setor depende da volta do emprego e da retomada da renda.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Saneamento e rodovias perdem investimento no NE

Nos Estados, a recessão afetou especialmente a prestação de serviços públicos e os investimentos. O saneamento básico e o abastecimento de água então entre os mais prejudicados especialmente na região Nordeste.

O ciclo de construções de barragens e adutoras, que marcou o início da estiagem há seis anos, não passa de lembrança agora. Em 2014, foram destinados R$ 823 milhões para obras hídricas no Nordeste e semiárido de Minas Gerais. O valor despencou para R$ 370 milhões no ano seguinte.

Não tardou para que a descontinuidade nos investimentos chegasse ao dia a dia do cidadão. Moradora do Engenho Velho da Federação, bairro popular numa área central de Salvador, capital da Bahia, a manicure Luciene Guedes Silva, 50, interrompe regularmente o sono por volta de meia-noite. Motivo: encher mais de 20 baldes e bacias que guarda no banheiro de sua casa para garantir água no dia seguinte.

Sem uma caixa-d'água, ela vive como refém do inconstante abastecimento no qual a água só chega às torneiras tarde da noite. "Pior é quando tenho que lavar roupa, fico a madrugada inteira acordada", conta a manicure.

A deterioração das rodovias é outro indicador da gravidade da crise. Neste ano, 63,4% das rodovias baianas foram classificadas como deficientes, segundo estudo da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Em 2015, eram 55,5%.

A CNT estima que seriam necessários R$ 4,9 bilhões para recuperar as rodovias. Mas recursos para investimento andam em falta nos cofres estadual e federal.

Como alternativa, o governo da Bahia tenta conseguir um empréstimo de R$ 600 milhões do Banco do Brasil para recuperar rodovias. A concessão do crédito foi autorizada pelo governo federal em agosto, mas o dinheiro não foi liberado até agora.

 

Em 2015, PIB caiu para todos os Estados pela primeira vez

Todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, registraram queda no PIB em 2015, ante o ano anterior, de acordo com dados das Contas Regionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É a primeira vez na história que isso acontece no país, segundo registros do instituto.

"Esse resultado de queda de todas as unidades da federação ainda não tinha sido visto, inclusive por nenhuma série já estimada pelo IBGE antes disso [2002, início da atual série histórica]. É um resultado inédito que afeta todos os Estados da federação", afirmou o gerente das Contas Regionais, Frederico Cunha.

O IBGE registrou PIB de R$ 5,996 trilhões no país em 2015 e, com isso, revisou a queda em relação a 2014 de 3,8% para 3,5%.

O Estado que teve o melhor desempenho em 2015 foi o Mato Grosso do Sul, com queda de 0,3% no volume de seu PIB, em parte pelo bom ano da agropecuária local, que cresceu 10% no período. Os setores de indústria (-4,4%) e serviços (-1,6%), no entanto, contribuíram para o recuou da taxa.

"Os Estados que tiveram melhor resultado foram bastante influenciados pela agropecuária. O que pesou negativamente foi a indústria de transformação, o comércio e a construção civil. Todas essas atividades tiveram quedas expressivas", disse Cunha.

O Amapá registrou a redução mais acentuada, com queda de -5,5% no PIB. As principais contribuições negativas foram dos setores de indústria (-16,9%) e serviços (-4,1%). Eles foram puxados para baixo, principalmente, pelas atividades da construção (-17,9%) e do comércio, manutenção e reparação de veículos (-14,5%).

PESO

Os cinco estados com maior participação no PIB do país em 2015 —São Paulo (32,4%), Rio de Janeiro (11,0%), Minas Gerais (8,7%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (6,3%)— concentravam 64,7% da economia brasileira, 0,2 pontos percentuais (p.p.) menos que em 2014. Essa redução deveu-se, sobretudo, a Rio de Janeiro e Minas Gerais, que registraram queda neste aspecto.

A região Sudeste manteve a tendência registrada nos últimos anos e perdeu 0,9% de participação no PIB do Brasil em 2015, ficando em 54%. A queda acumulada desde 2002 é de 3,4 p.p., enquanto ganharam espaço Norte (0,7 p.p.), Nordeste (1,1 p.p.), Centro-oeste (1,1 p.p.) e Sul (0,6 p.p.).

"Na série 2002-2015, a região Sudeste é a única que perde participação. Na verdade, todos os Estados da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste ganharam participação, exceto Alagoas, Distrito Federal, Amazonas e Sergipe. O que mais ganhou foi o Mato Grosso, com o avanço da fronteira agrícola, entre outros fatores. Santa Catarina e Pará também ganharam bastante", explica Cunha.

A perda do Sudeste aconteceu mesmo com uma leve recuperação de espaço por parte de São Paulo, de 32,2% em 2014 para 32,4% em 2015. Perderam participação no período, porém, Rio de Janeiro (de 11,6% para 11%), Minas Gerais (de 8,9% para 8,7%) e Espírito Santo (de 2,2% para 2,0%).

 

Temer defende benefícios fiscais a pequenas empresas sem dívidas

O presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira (16) projeto de lei complementar que cria um cadastro nacional para beneficiar empresas sem dívidas com o poder público.

A iniciativa foi apresentada pelo deputado federal Jorginho Mello (PR-SC) e deve ser alterada com a inclusão de mecanismos como a facilitação de acesso a crédito e redução de juros.

No lançamento da Semana Global do Empreendedorismo, o peemedebista disse que é necessário conceder benefícios a micro e pequenas empresas consideradas boas pagadoras.

"O ideal é que nessa lei complementar tenha um prêmio ou incentivo para os bons pagadores. Eu vou apoiar esse projeto", disse.

Segundo o presidente do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Afif Domingos, a ideia é que, além de oferecer benefícios, a proposta ofereça alternativas de regularização das dívidas a empresas devedoras.

"Nós temos 590 mil empresas notificadas pelos atrasos de tributos e que vão ser excluídas do Cadastro do Simples", disse.

De acordo com ele, a ideia é que a proposta de lei seja alterada ainda neste ano, para ser aprovada no início do ano que vem.

"Nós temos de criar uma espécie de cadastro positivo da empresa boa pagadora para estimular o pagamento de imposto e não desestimulá-las com os constantes refinanciamentos", disse.

Em discurso, Afif criticou o fato das micro e pequenas empresas incluídas no Cadastro Simples terem sido excluídas do Refis, programa de parcelamento de dívidas do governo federal.

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