Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Índice de Preços ao Produtor avança mais de 2% em maio, aponta IBGE

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que abrange as indústrias de transformação e extrativas, subiu 2,33% em maio, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior avanço mensal do índice desde setembro de 2015 (+2,99%), decorrente principalmente da desvalorização do real frente ao dólar. O resultado de abril foi revisado de alta de 1,56% para 1,58%. O IPP mede a variação dos preços dos produtos na "porta de fábrica", sem impostos e fretes.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o IPP registrou elevação de 5,96% e, em 12 meses, aumentou 10,45%. "Ficou claro que o câmbio foi o principal fator sobre o índice no mês, influenciando a alta de preços em diversas categorias de produtos", afirmou Alexandre Brandão, gerente do IPP, acrescentando que o real se desvalorizou 6,7% em maio. Conforme a pesquisa, os preços na indústria de transformação subiram 2,61% em maio, após alta de 1,44% um mês antes. Já a indústria extrativa apresentou queda de 4,10% em maio, invertendo a direção tomada no mês anterior, de 4,83% de aumento.

 Das 24 atividades abrangidas pelo IPP, 22 tiveram aumento de preços em maio. As maiores altas percentuais ficaram para as atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (7,36%), fumo (4,80%) e outros equipamentos de transporte (4,63%). Já indústrias extrativas registraram queda de 4,10%. Entre as atividades afetadas pelo dólar mais caro estão diversas matériasprimas com preços cotados internacionalmente ou importados, como papel e celulose (+3,93%), alimentos (+3,1%), fumo (4,80%) e derivados de petróleo e biocombustíveis (7,36%).

"Dentro de alimentos, por exemplo, temos a farinha de trigo, que o Brasil produz pouco e tem muita importação, assim como as carnes e suco concentrado de laranja, que o Brasil produz muito e exporta. No caso dos derivados, sabemos que existe a política de repasses da oscilação do câmbio, além do preço do barril de petróleo", acrescentou Brandão.

O representante do IBGE também menciona influência do câmbio em atividades como produção de aviões e madeira. "Se exportar a madeira gera mais receita com o dólar valorizado, o produtor local tende a direcionar a produção para exportação. Então, o comprador local precisa também pagar mais para obter o produto", explicou Brandão.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Bank of America projeta dólar em R$ 5,50 depois das eleições

O mundo e o Brasil estão conspirando para um dólar mais forte no fim deste ano.

A disputa comercial entre China, Estados Unidos e Europa e a incerteza em torno das eleições presidenciais de outubro fizeram economistas avaliarem que ainda há espaço para a moeda americana se valorizar mais.

No Bank of America Merrill Lynch, a projeção para o real só desce a ladeira neste ano de mãos dadas com a expectativa para o crescimento econômico brasileiro.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira (2), os analistas do banco revisaram a perspetiva para o real de R$ 3,52 para R$ 3,65 no fim de 2018.

Para o próximo ano, a projeção ficou quase estável, ao passar de R$ 3,71 para R$ 3,72.

O exterior ainda é o fator preponderante para a desvalorização do real e de outras moedas no mundo.

"O estímulo fiscal está levando a um crescimento americano maior em comparação com o restante do mundo, onde o crescimento vacila", indica o banco.

"Um aumento no protecionismo comercial elevaria a aversão a risco global e afetaria desproporcionalmente outros países por causa de sua abertura econômica."

Especificamente para a moeda brasileira, o fator doméstico começa a pesar.

"O risco cresceu agudamente nas últimas semanas em meio à piora do cenário externo, ao aumento das preocupações com as eleições do Brasil e com o maior impacto da paralisação dos caminhoneiros na economia", dizem os analistas David Beker e Ana Madeira no relatório.

Nos próximos meses, as incertezas eleitorais devem assumir o protagonismo sobre o comportamento do dólar, conforme a divulgação de pesquisas se tornar mais frequente e as alianças forem forjadas, indica o banco.

No pior cenário que traçou, com a vitória de um candidato com agenda contrária à do mercado e com grandes dúvidas sobre sua governabilidade, o banco espera que o real atinja R$ 5,50 em 2019.

A inflação iria a 7%, e o PIB (Produto Interno Bruto) teria queda.

Bruno Braizinha, analista da área de alocação global de ativos do Société Générale, também esboça preocupação com as eleições.

"Algumas pesquisas dizem que Jair Bolsonaro vai ganhar, independentemente do cenário. Outras dizem que vai perder. Não há clareza."

Mas, acima de tudo, a valorização do dólar é fruto de um sentimento global de aversão a risco, diz.

Sentimento esse ancorado na desaceleração do crescimento econômico mundial e, mais recentemente, nas tensões comerciais entre EUA, China e Europa, que podem gerar um aumento do protecionismo global e contribuir para a valorização do dólar.

"Há blocos que perdem menos em uma guerra comercial, e os EUA são um desses que perdem menos, porque têm mais munição para enfrentar essa guerra", diz.

O aumento do risco gera um fluxo maior de compra de dólar, ativo considerado seguro, completa. "O dólar vai continuar a se apreciar em uma escalada das tensões comerciais ante moedas emergentes e também ante o euro."

Nafez Zouk, estrategista global de macroeconomia da Oxford Economics, também associa o risco de um comércio mais fraco no mundo a um fortalecimento do dólar. Para ele, isso só contribuiria para o agravamento das tensões.

"Um dólar mais forte por causa, em parte, do aumento da demanda por ativos mais seguros em um mundo com volatilidade crescente acrescentaria pressão adicional ao comércio, que já está vendo uma intensificação das tensões entre EUA e China."

Sem ação do BC, moeda americana fecha acima de R$ 3,90

São Paulo"‚A expectativa de acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China fez com que o segundo semestre deste ano começasse com perspectiva negativa para o mercado financeiro.

O dólar avançou sobre a maioria das moedas emergentes e fechou acima dos R$ 3,90 nesta segunda-feira (2) pela primeira vez em quase um mês.

Na próxima sexta-feira (6) entrarão em vigor as tarifas impostas pelo governo Donald Trump a US$ 34 bilhões (R$ 132,8 bilhões) em produtos chineses, mais um passo do conflito que se desenha desde março.

De uma cesta de 24 divisas, o dólar avançou sobre 22 delas.

O dólar subiu 0,59%, a R$ 3,9120, o maior patamar de fechamento desde 7 de junho.

Naquele dia, o Banco Central havia começado a intervir no mercado para conter a disparada da moeda.

A atuação, que foi agressiva na primeira semana, começou a arrefecer.

Na semana passada, o órgão fez apenas duas intervenções extras, por meio de leilões de linha (venda de dólares com o compromisso de recompra).

Foram colocados cerca de US$ 3 bilhões (R$ 11,7 bilhões) no mercado.

Nas semanas anteriores, o Banco Central vinha atuando no mercado com a oferta de contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro).

Desde que essas ações deixaram de ser realizadas, o dólar já subiu 3,4%.

As Bolsas mundiais também sentiram durante grande parte desta segunda o impacto da crise comercial.

Na Europa e na Ásia, os principais índices fecharam no vermelho.

As Bolsas americanas caíram durante boa parte dos negócios, mas inverteram o sinal após o governo Trump anunciar que seria prematuro deixar a OMC (Organização Mundial do Comércio).

 

Fazenda e BC tentam blindar cadastro positivo

Preocupados com um projeto sobre proteção de dados pessoais que tramita no Senado, BC (Banco Central) e Ministério da Fazenda tentam articular alterações no texto.

Os dois órgãos temem que a matéria que corre paralelamente no Congresso inviabilize o pleno funcionamento do cadastro positivo.

A proposta do cadastro positivo ainda está na Câmara, é tratada como prioridade pelo governo e logo deverá ir para o Senado.

Nesta segunda-feira (2), técnicos da Fazenda e do BC se reuniram com a equipe do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator do projeto.

Eles pedem mudanças em pontos do texto que poderiam interferir em questões consideradas centrais no cadastro positivo.

Em um deles, a inclusão automática de todos os consumidores no cadastro poderia ser questionada. Outro item que incomoda o governo pode ampliar o espectro de punições para má gestão do cadastro. Não está nos planos do relator mudar nenhum dos dois.

Há mais de um ano e meio, o governo apresentou proposta para tornar automática a adesão de todos os consumidores brasileiros ao cadastro positivo —um banco de dados que reúne informações de crédito com objetivo de diferenciar bons e maus pagadores.

Hoje, o cadastro existe, mas tem baixa eficácia porque a adesão não é automática.

O governo argumenta que a ampliação desse banco de dados permitirá que as instituições financeiras mapeiem melhor os consumidores e possam oferecer taxas de juros mais baixas.

Consumidores que desejarem ficar fora do cadastro terão de pedir a exclusão do nome.

Entretanto, o governo considera que a entrada automática de todos os brasileiros com CPF no cadastro pode estar em risco, conforme relato de participantes da reunião.

O conflito está em um dispositivo do projeto sobre proteção de dados que estabelece que o tratamento de informações pessoais somente poderá ser realizado com o consentimento do titular.

A equipe do relator afirma que o trecho será mantido no projeto porque outro dispositivo prevê o uso dos dados pessoais "para a proteção do crédito".

Sobre as punições, o governo argumentou à equipe de Ferraço que o projeto do cadastro positivo prevê que a responsabilização pelo teor dos dados deve recair sobre as instituições financeiras, deixando de fora as empresas gestoras dos bancos de dados.

O relator do cadastro positivo, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), diz que a última versão do texto traz responsabilidade solidária.

Pela proposta que trata dos dados pessoais, as instituições financeiras e os gestores de dados devem responder de maneira solidária.

Na reunião, Fazenda e Banco Central afirmaram que uma ampliação das responsabilidades aumenta o risco do negócio e pode dificultar a implementação do cadastro.

"Nas reuniões que fiz, o Banco Central não participou, não trouxe manifestação. Depois que eu apresentei o relatório, o BC trouxe as contribuições", disse.

Ferraço resiste a fazer alteração. Ele disse que as ponderações que recebeu são "até razoáveis", mas não vai acatá-las.

"Admitir que isso volte para a Câmara, sabe-se lá Deus quando isso vai ser aprovado", afirmou.

O projeto está pronto para votação na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.

Com as divergências em relação ao texto, o governo Michel Temer trabalha para adiar a análise, prevista para esta terça-feira (3).

Se for aprovada, a proposta vai passar por outras duas comissões antes de ir a plenário.

Procurados, Fazenda e BC informaram que não comentam projetos de lei.

 

 

 

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